Não permita que as ações dos outros determinem as suas 

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Mateus 5.38-42

Seja guiado por Cristo, não pelas circunstâncias. Se permitir que a conduta e a atitude de outras pessoas determinem sua conduta e atitude, você estará mudando com cada pessoa que conhecer. Você estará no nível legalista da vida, o nível em que você paga na mesma moeda. Você estará abaixo do nível cristão, na lei do carma, não na lei de Cristo. Lembre-se de que Jesus disse que, se você desistir de ter atitudes da graça – de perdoar inimigos, de entrar “em acordo depressa com seu adversário […] enquanto ainda estiver com ele a caminho [do tribunal]” (Mt 5.25) – e tomar atitudes legalistas, então você se renderá aos processos legais, e terá de pagar até “o último centavo” (v. 26). E esse processo exaustivo não terá fim.

Hoje, li a notícia de uma importante reunião, na qual se disse que eu havia feito uma proposta, mas essa proposta “foi derrotada”. Eu me vi me gloriando por dentro com aquela derrota, pois, embora eu esteja errado muitas vezes, sei que dessa vez estava certo. Posso esperar que os anos falem contra as horas. A pessoa não precisa ficar entusiasmada ou exasperada quando sabe que tem o respaldo da realidade. “Aquele que confia, jamais será abalado” (Is 28.16) – não terá pressa em vingar-se, retribuir, retaliar. Essa pessoa pode se contentar com a derrota temporária, desde que esteja ligada à vitória a longo prazo. “Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias” (2Co 12.10). “Regozijo-me” não nas fraquezas, nos insultos e no resto em si, mas “por amor de Cristo”. Esta expressão, “por amor de Cristo”, faz com que você deixe de ser o capacho de todos para se transformar no templo de refúgio de todos. Você tem uma essência interior de dignidade, de segurança, de glória, pois sabe que, no final, o certo emergirá. Você pode confiar nos processos de Deus quando sabe que não pode confiar no ser humano.

Lembre-se das palavras do antigo quacre James Naylor: “Sobreviver a toda ira e contenda, e aborrecer toda exaltação e crueldade, ou o que quer que seja de natureza oposta a si mesmo”.* “Sobreviver” e “aborrecer” – é isso! Ao se entregar ao amor, você “sobrevive” a tudo e “aborrece” tudo. Pois o amor vive e dá, dá e vive. E, assim, o ódio morre.

Ó Cristo, tu sobreviverás a tudo que é contrário ao teu amor e o aborrecerás. Porque o amor é eterno; o ódio é do momento passageiro. Entrego-me ao amor, para amar mesmo onde não desejo. Pois tu podes me fazer amar os que não são dignos de ser amados e, talvez, no processo, eles também se tornem dignos de ser amados. Amém. 

Afirmação do dia: Não descerei ao nível da pessoa que me fez mal, tentando pagar na mesma moeda.

* GOUGH, John. A history of the people called quakers, v. 1. Dublin: R. Jackson, 1789. p. 247. 

 

>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.

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