Por Ricardo Barbosa
E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. [Apocalipse 5.9-10]
O valor da cruz de Cristo está naquilo que ela realizou, e não na dor que provocou. As autoridades religiosas e políticas exerceram seu poder e o crucificaram, acharam que a cruz poria fim não apenas à sua vida, mas também às ameaças que ela trouxe. Quando olharam para o Calvário e o viram agonizando na cruz, estavam certos da sua vitória. Sentiram-se senhores da vida e da morte. Pilatos mesmo reconheceu o poder que tinha nas mãos ao afirmar sua autoridade para absolvê-lo ou condená-lo. E assim os homens cultuam o poder.
Mas a cruz deu a Jesus a autoridade sobre a história dos homens. É ele quem detém o poder para abrir o livro e conduzir os acontecimentos. Ele é o alfa e o ômega e aquele que tem as chaves da morte e do inferno. Quem governa a história não são os políticos poderosos, nem ditadores autoritários. É Cristo, que, com seu sangue, estabeleceu seu reino. A cruz foi o triunfo do amor sobre o poder.
Você vive sob o triunfo do crucificado ou sua vida é determinada pelas potências que governam e decidem os destinos do mundo?
“Silenciam os poderes ante a cruz do Gólgota. O teu povo agraciado canta ‘amém’ e ‘aleluia’. Graças pelas tuas dores, graças pelo teu morrer. Tu nos deste vida nova: adoramos teu poder” (Friedrich von Bodelschwingh, 1831–1910).
Pai, sentimo-nos impotentes diante do poder daqueles que governam; às vezes parece que são eles que detêm o destino, que determinam os acontecimentos. Leva-nos de volta ao Calvário, abre nossos olhos para contemplarmos o triunfo da cruz, dá-nos mais uma vez a graça de vivermos dominados pelo invisível, por aquilo que ninguém vê, senão aqueles cujos olhos foram abertos por ti. Amém.
>> Retirado de Refeições Diárias – Celebrando a Reconciliação. Editora Ultimato.