A vida reduzida à simplicidade

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1 Coríntios 2.1-5; 2 Coríntios 1.12-14

Jesus não apenas era simples, mas também exigia simplicidade. Ele a exigiu como uma condição para entrar no reino de Deus: “A não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus” (Mt 18.3). A menos que você reduza a vida à simplicidade de espírito, você não poderá entrar no reino dos céus.

Dentro desse reino nada é revelado, exceto para os de coração simples: “E as revelaste aos pequeninos […] pois assim foi do teu agrado” (Mt 11.25-26). Este é o propósito escolhido por Deus na natureza e na graça? Aos simples de coração e de mente essas coisas são reveladas, e os demais permanecem na escuridão? Aparentemente, sim.

Jesus disse: “Não se preocupem com a forma pela qual se defenderão” (Lc 12.11), pois, se você estiver numa posição defensiva, você estará numa situação complicada e ficará “amarrado” internamente. Deixe que sua vida e sua conduta sejam sua defesa; não ande nervoso por aí, tentando explicar tudo. Seja o tipo de pessoa que pode esperar que os anos e os séculos se pronunciem contra as horas. Além disso, você pode se dar ao luxo de confessar erros, porque, na essência, você está certo. Você não tem medo de ser considerado errado, porque tem plena consciência de que está certo. Pessoas fracas estão sempre se defendendo; pessoas fortes podem esperar que o tempo as defenda.

Você pode ser rico de duas maneiras: na abundância das suas posses ou na escassez dos seus desejos. Quando seus desejos são reduzidos à simplicidade, então você é rico. Alguém perguntou a uma pessoa radiante que havia sofrido muito como ela superou tudo, e a resposta foi: “Penso pouco no que não tenho e muito no que tenho”.

Portanto, nossa definição de cristianismo se torna simples. Credos e sistemas complicados dão lugar ao simples. Um bispo pomposo que visitava uma aldeia na Índia perguntou a algumas pessoas candidatas ao batismo: “O que é ser cristão?”, e esperava uma resposta teológica. Em vez disso, elas disseram: “Viver como o senhor Murray”. O senhor Murray era o missionário que lhes ensinava. A palavra do cristianismo havia-se feito carne nele. Foi assim em Jesus.

Ó Cristo vivo, faze-me simples, sem presunção e sem medo. Dá-me a mente que há em ti; assim, também serei simples, direto e amoroso. Eu gostaria de ter o coração de quem ama o simples e o verdadeiro. Dá-me esse coração. Amém. 

Afirmação do dia: Quando estou na defensiva, estou vivendo pelo medo, não pela fé. 

 

>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.

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