2 Coríntios 1.4-6; 2.14; 4.15-18
Muitas pessoas se debatem em vão contra as dificuldades da vida, batendo as asas sem conseguir levantar voo. “Se eu estivesse em qualquer lugar que não fosse aqui, eu estaria bem”. Elas sonham com o que fariam se não estivessem onde estão.
Nós precisamos viver com a realidade que temos. Os filhos de Israel viviam do maná no deserto, enquanto marchavam para a terra prometida. Maná significa: “O que é”. Eles não sabiam o que era o maná, então o chamaram de “O que é”. Eles viviam com “O que é”. Você e eu devemos viver com “O que é”, não importa se esperamos viver com “O que será”. Os filhos de Israel se cansaram do maná, mas ele os sustentou até chegarem à terra prometida. Você e eu podemos nos cansar desse “O que é”, mas devemos aprender a viver dele até chegarmos à terra prometida.
Voltando da América do Sul, o avião em que eu estava atrasou bastante para continuar a viagem porque ficou à espera de dois passageiros locais no aeroporto de Trinidad. Eu era um passageiro “de conexão”; e esse atraso significava que eu perderia reuniões importantes, há muito planejadas, em Miami. O comandante da aeronave concordou que isso era “injusto” para mim, mas estas palavras me ocorreram de maneira muito clara: “Senhor, eu não peço um tratamento especial; peço poder para receber bem qualquer tipo de tratamento e usá-lo”. Senti paz dentro de mim. Essas palavras permaneceram como uma bênção no meu interior desde então. Elas me orientaram durante aquele período de espera – “O que é” – e têm me orientado em muitas situações até hoje. Para receber essas palavras valeu o atraso. De toda situação injusta e impossível, você pode obter algo que faça dela não uma situação limitante, mas contributiva. Você pode viver “O que é” – e o maná irá alimentá-lo, sustentá-lo até chegar ao melhor de Deus, à terra prometida do Senhor.
Um carteiro de cinquenta anos sofreu um derrame que comprometeu o funcionamento de um braço e o fez arrastar uma das pernas. Seus dias de entrega de cartas acabaram? Não! Ele ainda distribui cartas, esbanjando alegria com cada uma delas. Ele se senta na frente da sua casa e acena, animado, para todos que passam – ele é o centro do bom ânimo na cidade. Ele está vivendo com “O que é” e ajudando uma cidade a fazer o mesmo.
Ó Cristo, agradeço-te porque viveste com o maná nos anos silenciosos e obscuros em Nazaré – e viveste com ele gloriosamente. Ajuda-me a viver com o que vier – seja bom, mau ou indiferente. Então viverei verdadeiramente. Amém.
Afirmação do dia: Se eu não receber aquilo de que gosto, então gostarei daquilo que receber.
>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.