Esse 27 de julho amanheceu mais triste e mais cinza. Às 3h15 da manhã, em Londres, faleceu John Stott, aos 90 anos de idade, completados no dia 27 de abril deste ano. Segundo Benjamin Homan, presidente da John Stott Ministries, a sua morte foi em decorrência das complicações de saúde relacionadas à idade avançada, que trazia muitos desconfortos para ele nas últimas semanas. Stott era considerado um dos mais importantes e respeitados teólogos contemporâneos, além de líder destacado da igreja evangélica mundial.

Stott pastoreou a Igreja All Souls, em Londres, durante décadas. Sua posse nessa igreja se deu em 1950. Também serviu por anos a família real inglesa como capelão.

Estudou na Trinity College Cambridge, onde se formou em primeiro lugar da classe, tanto em francês como em teologia. É doutor honorário em várias universidades na Inglaterra, Estados Unidos e Canadá.

Autor de muitos livros, escritos sempre com profundidade, simplicidade, sólida fundamentação bíblica e em diálogo com a cultura contemporânea. Dentre eles destacam-se alguns títulos: “Crer também é pensar”, “Porque sou cristão”, “A cruz de Cristo”, “Eu creio na pregação”, “Cristianismo Equilibrado”, “Entenda a Bíblia”. “Ouça o Espírito, ouça o mundo”, “O discípulo radical”, que é a sua última obra, lançada no Brasil em 2010, pela Editora Ultimato.

Seu livro mais conhecido, “Cristianismo básico”, vendeu mais de 2 milhões de cópias e já foi traduzido para mais de 60 línguas.

Como Billy Graham foi um dos destacados líderes do Congresso Internancional de Evangelização Mundial, conhecido como Lausanne, na Suíça, em julho de 1974. Ele foi o líder da comissão que redigiu finalmente o conhecido Pacto de Lausanne, mais importante documento da fé evangélica mundial da segunda metade do século XX.

Celibatário consciente, Stott nunca se casou nem teve filhos. Viveu os últimos dias acamado numa casa de repouso nos arredores de Londres, onde recebia o carinho, as visitas e as orações de pessoas próximas.

Deus seja louvado pela vida preciosa deste ser humano especial, discípulo radical de Cristo e exemplo de fé e ação evangélica para o mundo hoje. Vida que agora é recolhida nos braços eternos do Senhor, até o aguardado dia da ressurreição.

 

Texto escrito por Clemir Fernandes e Carlinhos Veiga.

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