Meu irmão, eu compartilho da mesma dúvida que você no tocante as características de um hino. Muita coisa precisa ser levada em consideração, mas entre elas o fato de que o salmista ordena que se louve com “arte e júbilo”. Penso que arte significa muito mais do que um arranjo musical formado por passagens rítmicas complexas e harmonias repletas de dissonâncias. O simples é sempre belo. Concordo que a letra precisa ser simples, mas não consigo aceitar que seja superficial de modo que em nada acrescente ou edifique a vida daqueles que a cantarão. Nossos hinários antigos que contém letras e melodias de cristãos sinceros como Fanny J. Crosby e do próprio Lutero são a prova prática da arte que falta na maioria das músicas cristãs de hoje em dia. Do meu ponto de vista o hino precisa ser simples na melodia, claro na letra, mas isso não exclui o dever de ser ainda obra de arte. Deve ser belo e edificante, fruto do comprometimento com a teologia sadia e da utilização da arte como meio de adoração a Deus. E o melhor exemplo disso que falo é uma das poucas músicas de sua autoria que eu conheço, mas que tem acompanhado e edificado minha vida desde muito tempo, o cântico Purificação. Um abraço.