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- 28 de março de 2017
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Jihadista que lutou na guerra da Síria se torna cristão
Ele tem 25 anos e reúne todo domingo um grupo de 22 refugiados cristãos para leituras bíblicas, na sala de sua casa. Mas nem sempre foi assim a vida de Bashir Mohammad. Há quatro anos ele estava lutando na linha de frente pelo grupo Frente Nusra, braço da Al Qaeda, em meio à guerra civil da Síria. A história do ex-jihadista que deixou o Islã e se voltou para Jesus foi noticiada na última sexta-feira (24) no site do The New York Times.
Em países em que a maioria é cristã, tem sido bastante comum a conversão de refugiados muçulmanos. Entretanto, estas conversões são vistas como uma medida para aumentar as chances de receber asilo nesses países, já que seria perigoso mandar essas pessoas de volta para seu país de origem, onde estariam sujeitas a perseguição.
Já a história de Mohammad é bem diferente, como mostrou a matéria do site norte-americano. Após a conversão, ele continua vivendo em um país majoritariamente muçulmano e não mostra interesse em buscar asilo no Ocidente.
O primeiro contato com extremistas
Mohammad cresceu numa família muçulmana, no norte da Síria, e teve contato com o extremismo islâmico durante a adolescência, levado por um primo. Ouvindo pregadores jihadistas, ele aderiu algumas das interpretações mais extremas do Islã. Em 2011, quando iniciou a guerra na Síria, Mohammad se juntou às forças curdas pela independência da sua região.
Mais tarde, em 2012, ele aceitou o convite feito por alguns amigos para integrar a Frente Nusra, que buscava estabelecer um estado extremista na região. O que o levou a testemunhar inúmeras mortes e brutalidades. A propaganda que era feita, fazia com que Mohammad pensasse que não estava fazendo nada de errado, apenas lutando contra os “inimigos de Deus”.
“Vi muçulmanos matando muçulmano, percebi que algo estava errado”
A vida de Mohammad começou a mudar quando ele passou a questionar os ideais do grupo extremista. “Fui à Nusra em busca do meu Deus. Mas depois que vi muçulmanos matando muçulmanos, percebi que havia algo de errado”.
Em 2014, Mohammad e a esposa conseguiram fugir da guerra e foram para Istambul, juntando-se aos cerca de 2,5 milhões de sírios que vivem em exílio na Turquia. No ano seguinte, sua esposa ficou gravemente doente. Mohammad decidiu pedir ajuda ao mesmo primo que o tinha levado para ouvir as pregações dos jihadistas. Para a surpresa de Mohammad, seu primo estava morando no Canadá e tinha se convertido ao cristianismo.
Oração, cura e conversão
Dias após Ahmad orar por telefone para a cura da esposa de Mohammad, ela ficou curada. Mohammad atribuiu a cura às orações do seu primo e pediu ao primo que lhe indicasse um pregador cristão em Istambul, que pudesse lhe falar mais sobre o cristianismo. Foi então que Mohammad conheceu Eimad Brim, um missionário do grupo evangélico Bom Pastor.
Há quatro anos, não apenas suas crenças mudaram como seu comportamento também. Durante as reuniões, ele lidera os cânticos e as orações. Mohammad conta que se tornou mais calmo ao ler a Bíblia e se sentiu bem acolhido nas igrejas que visitou. Para ele, as orações cristãs eram mais generosas do que as muçulmanas.
A matéria ainda narra que outro fato pode ter contribuído para que Mohammad e a esposa tenham deixado o Islã e se voltarem a Jesus: ambos tiveram sonhos com Jesus. “Há uma grande diferença entre o Deus que eu costumava adorar e aquele que eu adoro agora. Nós adorávamos com medo. Agora tudo mudou”, disse Mohammad.
A conversão de Mohammad ao cristianismo, contudo, tem um preço alto. Deixar o Islã fez dele um alvo para seus antigos aliados extremistas. Ele teme que algum dia o capturem, mas se isso acontecer, ele afirma que agora tem a maior proteção de todas. “Confio em Deus”, diz ele.
Fonte: The New York Times.
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Muçulmano encontram Jesus em sonhos e visões
Em países em que a maioria é cristã, tem sido bastante comum a conversão de refugiados muçulmanos. Entretanto, estas conversões são vistas como uma medida para aumentar as chances de receber asilo nesses países, já que seria perigoso mandar essas pessoas de volta para seu país de origem, onde estariam sujeitas a perseguição.
Já a história de Mohammad é bem diferente, como mostrou a matéria do site norte-americano. Após a conversão, ele continua vivendo em um país majoritariamente muçulmano e não mostra interesse em buscar asilo no Ocidente.
O primeiro contato com extremistas
Mohammad cresceu numa família muçulmana, no norte da Síria, e teve contato com o extremismo islâmico durante a adolescência, levado por um primo. Ouvindo pregadores jihadistas, ele aderiu algumas das interpretações mais extremas do Islã. Em 2011, quando iniciou a guerra na Síria, Mohammad se juntou às forças curdas pela independência da sua região.
Mais tarde, em 2012, ele aceitou o convite feito por alguns amigos para integrar a Frente Nusra, que buscava estabelecer um estado extremista na região. O que o levou a testemunhar inúmeras mortes e brutalidades. A propaganda que era feita, fazia com que Mohammad pensasse que não estava fazendo nada de errado, apenas lutando contra os “inimigos de Deus”.
“Vi muçulmanos matando muçulmano, percebi que algo estava errado”
A vida de Mohammad começou a mudar quando ele passou a questionar os ideais do grupo extremista. “Fui à Nusra em busca do meu Deus. Mas depois que vi muçulmanos matando muçulmanos, percebi que havia algo de errado”.
Em 2014, Mohammad e a esposa conseguiram fugir da guerra e foram para Istambul, juntando-se aos cerca de 2,5 milhões de sírios que vivem em exílio na Turquia. No ano seguinte, sua esposa ficou gravemente doente. Mohammad decidiu pedir ajuda ao mesmo primo que o tinha levado para ouvir as pregações dos jihadistas. Para a surpresa de Mohammad, seu primo estava morando no Canadá e tinha se convertido ao cristianismo.
Oração, cura e conversão
Dias após Ahmad orar por telefone para a cura da esposa de Mohammad, ela ficou curada. Mohammad atribuiu a cura às orações do seu primo e pediu ao primo que lhe indicasse um pregador cristão em Istambul, que pudesse lhe falar mais sobre o cristianismo. Foi então que Mohammad conheceu Eimad Brim, um missionário do grupo evangélico Bom Pastor.
Há quatro anos, não apenas suas crenças mudaram como seu comportamento também. Durante as reuniões, ele lidera os cânticos e as orações. Mohammad conta que se tornou mais calmo ao ler a Bíblia e se sentiu bem acolhido nas igrejas que visitou. Para ele, as orações cristãs eram mais generosas do que as muçulmanas.
A matéria ainda narra que outro fato pode ter contribuído para que Mohammad e a esposa tenham deixado o Islã e se voltarem a Jesus: ambos tiveram sonhos com Jesus. “Há uma grande diferença entre o Deus que eu costumava adorar e aquele que eu adoro agora. Nós adorávamos com medo. Agora tudo mudou”, disse Mohammad.
A conversão de Mohammad ao cristianismo, contudo, tem um preço alto. Deixar o Islã fez dele um alvo para seus antigos aliados extremistas. Ele teme que algum dia o capturem, mas se isso acontecer, ele afirma que agora tem a maior proteção de todas. “Confio em Deus”, diz ele.
Fonte: The New York Times.
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