Palavra do leitor
- 12 de abril de 2018
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Subversão da realidade
"Vocês o reconheceram por este sinal: encontrão o bebê enrolado em faixas de pano, deitado numa manjedoura." Lucas 2:12
Acredito que esse sinal é tão simples que se o anjo não avisasse, eles pensariam que aquela seria mais uma família pobre que não tinham lugar nem condições de receber a criança, que passaria desapercebido por todos os que esperavam o Cristo. É frustrante e constrangedor quando criamos a imagem de algo e ela não corresponde ao nosso ideal (fazemos isso naturalmente com a vida, com as pessoas, com os lugares e cabe a pergunta: onde temos criado um ideal que não tem sido correspondido? Certamente ele precisa ser destruído como castelos de areia, pois, a realidade não é o que imaginamos).
Logo no nascimento, Jesus começa a mexer com a estrutura humana mostrando que toda realidade é iconoclasta. Como escreveu C S Lewis no livro a anatomia de uma dor, relatando sua dor de ter perdido a esposa para a morte. "Toda realidade é iconoclasta, escreve ele. A pessoa amada na Terra, até mesmo nesta vida, não cessa de triunfar sobre a simples ideia que você faz dela." Nesse perspectiva o Messias não cansou de triunfar sobre qualquer ideia que eles teriam construído do que seria um Messias ideal e mostra isso desde o seu nascimento.
Todos os Senhores de então nasciam nos palácios, o Cristo, o Senhor, anunciado pelo anjo, nasce numa manjedoura. A ordem já estava sendo subvertida no nascimento. Havia um novo Senhor na história e ele não era perceptível sem que uma voz o anunciasse e apontasse quem o era. A vida foi reorganizada, a ordem subvertida, o Senhor não era mais Cezar e a partir disso ecoava latente nos corações dos esperançados a pergunta: quais eram as implicações para todos aqueles agora que se submetiam ao seu governo e não ao de Cezar?
Naquela época aqueles que o seguiam certamente estavam declarando sua sentença de morte, ou seja, estavam morrendo antes de morrer. Mas com uma grande diferença, a mesma entre tiranos e mártires. Como bem escreveu o teólogo dinamarquês e pai do existencialismo Soren Kierkegaard "A primeira forma de governo no mundo foi a dos "tiranos", e a última será a dos mártires... Naturalmente existe uma enorme diferença entre o tirano e o mártir, embora ambos tenham uma coisa em comum: o poder de constrangimento.
O tirano, ele mesmo ambicioso por dominar, obriga as pessoas por meio de seu poder; o mártir, ele mesmo incondicionalmente obediente a Deus, incita os outros por meio do sofrimento. O tirano morre e seu governo acaba; o mártir morre e seu governo se inicia. O tirano era egoisticamente o indivíduo que, de maneira desumana, fazia como que os outros se transformassem nas "massas" e governasse sobre as massas; o mártir é o sofrimento individual que educa outros por meio de seu amor cristão pela humanidade, traduzindo as massas em indivíduos - e há alegria no céu diante de cada indivíduo a quem ele salva das massas."
Agora todo sangue derramado em favor do Cristo é sangue de justiça contrapondo cada gota de sangue que foi derramado pelo império romano em função da morte. O anúncio do Reino dos céus acontece quando os discípulos de Jesus encarnam como seu Senhor a missão de Deus e não tem uma área sequer em que Deus não esteja subvertendo e fazendo novas todas as coisas.
Acredito que esse sinal é tão simples que se o anjo não avisasse, eles pensariam que aquela seria mais uma família pobre que não tinham lugar nem condições de receber a criança, que passaria desapercebido por todos os que esperavam o Cristo. É frustrante e constrangedor quando criamos a imagem de algo e ela não corresponde ao nosso ideal (fazemos isso naturalmente com a vida, com as pessoas, com os lugares e cabe a pergunta: onde temos criado um ideal que não tem sido correspondido? Certamente ele precisa ser destruído como castelos de areia, pois, a realidade não é o que imaginamos).
Logo no nascimento, Jesus começa a mexer com a estrutura humana mostrando que toda realidade é iconoclasta. Como escreveu C S Lewis no livro a anatomia de uma dor, relatando sua dor de ter perdido a esposa para a morte. "Toda realidade é iconoclasta, escreve ele. A pessoa amada na Terra, até mesmo nesta vida, não cessa de triunfar sobre a simples ideia que você faz dela." Nesse perspectiva o Messias não cansou de triunfar sobre qualquer ideia que eles teriam construído do que seria um Messias ideal e mostra isso desde o seu nascimento.
Todos os Senhores de então nasciam nos palácios, o Cristo, o Senhor, anunciado pelo anjo, nasce numa manjedoura. A ordem já estava sendo subvertida no nascimento. Havia um novo Senhor na história e ele não era perceptível sem que uma voz o anunciasse e apontasse quem o era. A vida foi reorganizada, a ordem subvertida, o Senhor não era mais Cezar e a partir disso ecoava latente nos corações dos esperançados a pergunta: quais eram as implicações para todos aqueles agora que se submetiam ao seu governo e não ao de Cezar?
Naquela época aqueles que o seguiam certamente estavam declarando sua sentença de morte, ou seja, estavam morrendo antes de morrer. Mas com uma grande diferença, a mesma entre tiranos e mártires. Como bem escreveu o teólogo dinamarquês e pai do existencialismo Soren Kierkegaard "A primeira forma de governo no mundo foi a dos "tiranos", e a última será a dos mártires... Naturalmente existe uma enorme diferença entre o tirano e o mártir, embora ambos tenham uma coisa em comum: o poder de constrangimento.
O tirano, ele mesmo ambicioso por dominar, obriga as pessoas por meio de seu poder; o mártir, ele mesmo incondicionalmente obediente a Deus, incita os outros por meio do sofrimento. O tirano morre e seu governo acaba; o mártir morre e seu governo se inicia. O tirano era egoisticamente o indivíduo que, de maneira desumana, fazia como que os outros se transformassem nas "massas" e governasse sobre as massas; o mártir é o sofrimento individual que educa outros por meio de seu amor cristão pela humanidade, traduzindo as massas em indivíduos - e há alegria no céu diante de cada indivíduo a quem ele salva das massas."
Agora todo sangue derramado em favor do Cristo é sangue de justiça contrapondo cada gota de sangue que foi derramado pelo império romano em função da morte. O anúncio do Reino dos céus acontece quando os discípulos de Jesus encarnam como seu Senhor a missão de Deus e não tem uma área sequer em que Deus não esteja subvertendo e fazendo novas todas as coisas.
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