Fé à prova de fogo

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Referência: Daniel 3

Considerações Preliminares

Conforme profetizado, o rei babilônico Nabucodonosor sitiou Jerusalém, dando início aos aproximados 70 anos de cativeiro do povo pertencente ao Deus de Israel. Dentre os filhos de Israel, jovens de linhagem real são separados para assistir diante do rei opressor, entre eles estão Hananias, Misael e e Azarias que receberam do chefe dos eunucos os nomes de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.

O cativeiro era um castigo da parte de Deus, por motivo de apostasia. Deus por meio do profeta Jeremias em sua carta aos cativos da Babilônia declarou: Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais. (Jeremias 29:11 ACF)

Introdução

1. O projeto (3.1): Nabucodonosor constrói uma estátua de ouro com quase 27m de altura e mais de 2,5m de largura.

2. Os políticos (3.2-3): O rei intima todos os líderes políticos a participar da dedicação da estátua.

3. A proclamação (3.4-5): Quando a banda toca, quem está presente deve curvar-se e adorar a estátua de ouro.

4. A penalidade (3.6-7): Todos os que recusarem curvar-se serão lançados numa fornalha de fogo. As fornalhas tinham como principal função na Babilônia cozer tijolos. Contudo, lançar pessoas na fornalha ardente era um método de execução sui generis do governo de Nabucodonosor (Jeremias 29.22).

5. A pressão da multidão (3.7)
Ao som da música as multidões se prostraram para adorar, mas Misael, Hananias e Azarias não se deixaram influenciar e permaneceram firmes.

Desenvolvimento

Três Homens e uma prova de fé – Intimidade com Deus leva-nos a ignorar as circunstâncias adversas porque conhecemos o poder e o caráter do nosso Deus que nunca nos abandona.

1. Fé Declarada

1.1. Certos caldeus levantaram acusação contra Misael, Azarias e Hananias. Intimidade com Deus exige declararmos a nossa fé, independente do preço a ser pago. A Escritura diz: Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio (2 Timóteo 1.7).

1.2. A argumentação do rei (3.13-15): O rei oferece aos três homens uma segunda chance. Além do mais, qual deus poderia livrá-los das mãos de Nabucodonosor? Da perspectiva politeísta de Nabucodonosor, não havia deus capaz de tal livramento. Nabucodonosor não sabia da intimidade que aqueles jovens tinham com Deus nem tampouco a surpresa que teria por parte da manifestação do poder do Deus de Israel.

1.3. Quem tem intimidade com Deus tem convicção da sua fé e não tem medo da ameaça de homens, por mais poderosos que eles sejam (3.16-18): A resposta dos três homens é surpreendente: "Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer" (Daniel 3:16-18). E desperta a ira do rei (3.19-23) e ele ordena que os jovens sejam lançados na fornalha, aquecida sete vezes mais do que o normal.

2. Fé Triunfante

2.1. Os três homens vivem e os homens mais poderosos do exército de Nabucodonosor morrem queimados (3.22).

3. Fé Inabalável.

3.1. Outro homem juntou-se a eles, e parece um ser divino (3.25b): Esse ser divino é o próprio Jesus que deixou a glória do céu e desceu na terra por causa da fé inabalável de três homens.

3.2 O livramento (3.26-28): Ao comando do rei, os três homens são tirados da fornalha, nem sequer cheirando à fumaça.

4. Fé Contagiante.

4.1. Nabucodonosor reconhece o poder de Deus (3.29).

4.2. O decreto (3.29-30): Nabucodonosor impõe sentença de morte a qualquer um que falar contra Deus, e os três homens são promovidos a posições mais elevadas e prosperam.


Conclusão

A intimidade para com Deus de Hananias, Misael e Azarias e o resultado de tamanha ousadia foi registrado pelo autor de Hebreus: “Apagaram a força do fogo” (Hebreus 11.34).

Deus não nos livra da fornalha, mas na fornalha.

Intimidade com Deus fortalece a nossa fé e nos capacita a conquistar o impossível: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11.1).

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Opinião do leitor