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Palavra do leitor

Carro novo, Guilota e Bullyng e Falácia

Ninguém precisa de um carro, muito menos de um carro novo para ser feliz. Mas perguntam: E como eu vou me locomover? Hoje, sem carro, como você se locomove?

E a resposta vem da antiguidade: O meio mais importante de locomoção, Deus já te deu. São as pernas. Como assim? Uai! Basta você amputar suas pernas, as duas pernas, que você vai entender, rapidamente, que o principal meio de locomoção que você tem, Deus já te deu. E são suas duas pernas. Uai, mas você tá apelando. Tudo bem. Vamos ser menos radical. Você está com suas duas pernas quebradas!!!! Totalmente paralisadas pelo tratamento!!. Daniel, seja razoável, você ainda está sendo muito radical. Está bom, vamos suavizar. Simplesmente, imagine você sem as suas duas pernas. Imagiiine você sem as suas duuuas pernas!? (imaginou?) Para onde você vai? Só se for carregado, arrastando ou arrastado. Correto?!

Permita-me dar o contraexemplo da graça e da misericórdia de Deus.

Guilota tinha paralisia infantil. E, exatamente por isso, era o Guilota. Mas veja o que o Guilota fazia: ficava lamentando o bullying!? Não!!! Ia jogar futebol. E qual era a sua posição? Goleiro! E no gol, Guilota se posicionava do lado da perna boa. E voava, com essa perna boa, quando a bola ia no canto da perna ruim. Não vou dizer que ele era o melhor goleiro. Mas, era um bom goleiro.
E Guilota andava guilotando por onde ia. E todos o chamavam Guilota. Mas, ele se tornou o doutor Paulo.

Mas não pense que, no gol, Guilota ficava parado, porque ele andava; ele corria. E quando nosso time ia lá no Sertãozinho, jogar futebol, se nosso time ganhasse, Sertãozinho se revoltava e queria dar o pau. E quem não corresse ganhava o cacete. E o Dr. Paulo, o Guilota, o que ele fazia? Ficava para trás?! Não! Pegava sua muleta e com aquela muleta e com aquela perna dura, dava passos maiores que todos, disparava e nunca apanhava. Guilota corria, com muleta e tudo; com aparelho na perna e bullying nas costas. Fruto da graça e da misericórdia de Deus para reabilitar pernas perdidas, almas sofridas, ouvidos massacrados.

Há! Uma última coisa; além de não precisar de carro para se locomover e muito menos ser feliz, para quem tem fé e acredita de verdade que essa estória de Bullying é invenção humana, veja os muitos Guilotas, que dão pouca importância ao serem chamados Guilota, mas que pela graça, misericórdia se tornaram os doutores Paulos. E que pela fé mataram o bullying.

Para quem não acredita em Bullying, porque é mera criação humana, bullying está morto.

Então, Daniel, pra você, Bullying não existe e basta acreditar nisso para que seus efeitos cessem? Por favor, relembre minhas palavras, compreenda-as. Jamais disse que chacotas, maledicências, desdenhos, intimidações, desprezos, xingamentos não existem. Existem e estão por toda a parte e existem desde a antiguidade. Onde quer que o homem esteja, lá estão.

Disse que é uma invenção humana e é uma estória: uma narrativa falaciosa.

Como qualquer pecado, o Bullying é uma invenção humana. Aliás a primeira criação genuína de Adão e Eva, aquilo que saiu do coração deles, foi o primeiro pecado: o querer ser iguais a Deus. Isso naturalmente incentivado pela narrativa falaciosa de Satanás: "É certo que não morrereis. ... e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal". Então acreditando nessa narrativa e desejando ser iguais a Deus, Eva tomou do fruto proibido comeu e o deu a Adão, e ele comeu, apesar da lei que alertava, guiava e impunha: no dia em dele comeres, certamente, morrerás.

Enfatizar um problema além do razoável, contribui mais para sua perpetuação que para sua solução. A lei evidencia o pecado e, não poucas vezes estimula o desejo de transgredir a lei, aguçando o desejo da rebeldia. Hoje, fala-se demais no crime: desde sua simples citação, passando pela narração dos detalhes e do como foi executado, chegando à apologia a eles em filmes, livros, séries. Muitas vezes, tal postura desperta e incentiva o mal. Se você ficou com dúvidas acerca desse ponto, por favor, leia a Carta de Paulo os Romanos de 7:7-24.

O Bullying é uma narrativa falaciosa que só aumenta o problema. Proibi-lo não corta o mal pela raiz. E fazer acreditar que quem é xingado, desprezado ou assediado para o mal é um coitado, um sofredor sem cura, uma vítima sem remédio e outras falácias, é dizer ao que sofre que fique repisando, sangrando e lambendo suas feridas. No fim, só lhe aumenta a dor e, no meio, incentiva a autocomisseração — a melhor maneira de manter o ofendido preso à ofensa e odiando o ofensor. Aliás, um abismo chama outro abismo e a razão humana ao tentar solucionar um pecado, termina criando outros pecados.

A solução também vem da antiguidade: a graça e a misericórdia de Deus, claramente estampada em Jesus e sua cruz: o cordeiro de Deus que foi imolado antes da fundação do mundo e os consequentes pagamento e perdão e de todo e qualquer pecado.
Brasília - DF
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