Palavra do leitor
- 04 de janeiro de 2017
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Artigo Divindade Humana
Referência: Atos 14.8-15 (King James)
A paz de Cristo. O texto supracitado nos apresenta uma situação no mínimo inusitada na vida de Paulo e Barnabé, na cidade de Listra. Após ser agente de milagre na vida de um homem aleijado desde o nascimento, a porção bíblica relata que contemplando o que Paulo realizara por meio do poder da palavra de Deus, a multidão começou a gritar: "Os deuses desceram até nós em forma de seres humanos".
À Barnabé deram o nome de Zeus (Júpiter na mitologia romana). Zeus era o grande deus do panteão grego e chefiava todos os demais deuses helênicos tais como Krónos, Poseidon, Héra, Áres, Apollo, Afrodite, Atenas, entre outros.
À Paulo chamaram Hermes (Mercúrio na mitologia grega). Segundo a mitologia grega, Hermes era notório por seus discursos eloquentes, sendo o porta-voz de Zeus. Hermes é apresentado como o inventor da capacidade de falar. A palavra "hermenêutica", que é a ciência da interpretação textual, se deriva do seu nome. E então a multidão desejou tributar a eles sacrifícios. E eles como homens de Deus, rasgaram a vestes, rejeitaram a atitude de idolatria por parte do povo e declararam ser apenas seres humanos e não divindades.
Oxalá, quem dera, os homens agissem ´como Paulo e Barnabé, que não tomaram glória para si e atribuíram o sobrenatural somente ao poder de Deus.
Quiseram atribuir a Paulo e Barnabé aquilo que eles não eram. Eles eram apenas homens. Somos apenas homens. Mas o antropocentrismo tenta dizer o contrário.
Se opondo a ideia do Teocentrismo (que defendia que Deus deve ser o centro do pensamento e das ações do homem) e com o fim da chamada "Idade das Trevas", nasceu o Antropocentrismo, uma ideia onde se defende que o homem deve estar no centro das ações, da cultura, da história e da filosofia – o homem como o centro dos cosmos. O homem como centro de tudo.
Os renascentistas defensores do antropocentrismo "pregavam" a razão, o homem e a matéria. Queriam também ver o prazer desvencilhar-se do rótulo de "pecado".
É importante salientar que esse pensamento filosófico tem ganho cada vez mais força em nossos dias. A sociedade contemporânea é extremamente antropocêntrica. E, pasmem, essa cosmovisão está difundida em muitas igrejas.
Ora, se o homem quer ser o centro. Deus precisa deixar de ser o centro. E se o homem quer ocupar o lugar de Deus, subentende-se que o homem quer ser a própria divindade. Charles Darwin disse que "O homem, em sua arrogância, pensa de si mesmo como uma grande obra, merecedora da intervenção de uma divindade". Eu discordo de Darwin e entendo que o homem deseja muito mais do que uma intervenção divina. O homem quer ser uma "divindade".
"O homem quer ser Deus, mas o próprio Deus tomou a forma de homem".
Quero discorrer sobre essas duas afirmações.
1) "O homem quer ser Deus".
Galilleu Gallilei, disse: "Todo menino quer ser homem. Todo homem quer ser rei. Todo rei quer ser Deus".
Um dos argumentos da serpente para persuadir Eva foi: "Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como deuses, versados no bem e no mal". (Gn 3.5 Bíblia de Jerusalém)
Entre os Hebreus, conforme o relato da Torre de Babel em gênesis 11, vemos homens comuns que alimentaram o desejo de chegar aos céus, ultrapassar a última fronteira, ser como Deus. Hoje cientistas buscam clonar o homem. O homem criando o homem e dando-lhe vida. Definitivamente o homem quer ser Deus.
2) "O próprio Deus tomou a forma de homem".
Galilleu Gallilei também disse: "... só Deus quis ser homem".
Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Fp 2:5-8)
O homem querendo ser Deus e o próprio Deus tornou-se homem! Por quê?
a) Deus tornou-se homem para cumprir sua missão terrena, já que somente como homem poderia resgatar aos homens;
b) Deus tornou-se homem para identificar-se com os homens e para os homens se identificarem com Ele, na sua glória;
c) Deus tornou-se homem por nos amar de forma incondicional;
d) Deus tornou-se homem para morrer numa cruz por cada um de nós e nos libertar do cativeiro do pecado;
e) Deus tornou-se homem para que onde o primeiro Adão fracassou, o segundo Adão, que é Cristo, triunfasse.
Por fim, nós não somos Zeus, nem Hermes. Somos homens. Sem nossa humanidade nos tornamos aberrações, monstros.
Não queira ser Deus, antes, seja um homem que resplandece a glória de Deus.
A paz de Cristo. O texto supracitado nos apresenta uma situação no mínimo inusitada na vida de Paulo e Barnabé, na cidade de Listra. Após ser agente de milagre na vida de um homem aleijado desde o nascimento, a porção bíblica relata que contemplando o que Paulo realizara por meio do poder da palavra de Deus, a multidão começou a gritar: "Os deuses desceram até nós em forma de seres humanos".
À Barnabé deram o nome de Zeus (Júpiter na mitologia romana). Zeus era o grande deus do panteão grego e chefiava todos os demais deuses helênicos tais como Krónos, Poseidon, Héra, Áres, Apollo, Afrodite, Atenas, entre outros.
À Paulo chamaram Hermes (Mercúrio na mitologia grega). Segundo a mitologia grega, Hermes era notório por seus discursos eloquentes, sendo o porta-voz de Zeus. Hermes é apresentado como o inventor da capacidade de falar. A palavra "hermenêutica", que é a ciência da interpretação textual, se deriva do seu nome. E então a multidão desejou tributar a eles sacrifícios. E eles como homens de Deus, rasgaram a vestes, rejeitaram a atitude de idolatria por parte do povo e declararam ser apenas seres humanos e não divindades.
Oxalá, quem dera, os homens agissem ´como Paulo e Barnabé, que não tomaram glória para si e atribuíram o sobrenatural somente ao poder de Deus.
Quiseram atribuir a Paulo e Barnabé aquilo que eles não eram. Eles eram apenas homens. Somos apenas homens. Mas o antropocentrismo tenta dizer o contrário.
Se opondo a ideia do Teocentrismo (que defendia que Deus deve ser o centro do pensamento e das ações do homem) e com o fim da chamada "Idade das Trevas", nasceu o Antropocentrismo, uma ideia onde se defende que o homem deve estar no centro das ações, da cultura, da história e da filosofia – o homem como o centro dos cosmos. O homem como centro de tudo.
Os renascentistas defensores do antropocentrismo "pregavam" a razão, o homem e a matéria. Queriam também ver o prazer desvencilhar-se do rótulo de "pecado".
É importante salientar que esse pensamento filosófico tem ganho cada vez mais força em nossos dias. A sociedade contemporânea é extremamente antropocêntrica. E, pasmem, essa cosmovisão está difundida em muitas igrejas.
Ora, se o homem quer ser o centro. Deus precisa deixar de ser o centro. E se o homem quer ocupar o lugar de Deus, subentende-se que o homem quer ser a própria divindade. Charles Darwin disse que "O homem, em sua arrogância, pensa de si mesmo como uma grande obra, merecedora da intervenção de uma divindade". Eu discordo de Darwin e entendo que o homem deseja muito mais do que uma intervenção divina. O homem quer ser uma "divindade".
"O homem quer ser Deus, mas o próprio Deus tomou a forma de homem".
Quero discorrer sobre essas duas afirmações.
1) "O homem quer ser Deus".
Galilleu Gallilei, disse: "Todo menino quer ser homem. Todo homem quer ser rei. Todo rei quer ser Deus".
Um dos argumentos da serpente para persuadir Eva foi: "Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como deuses, versados no bem e no mal". (Gn 3.5 Bíblia de Jerusalém)
Entre os Hebreus, conforme o relato da Torre de Babel em gênesis 11, vemos homens comuns que alimentaram o desejo de chegar aos céus, ultrapassar a última fronteira, ser como Deus. Hoje cientistas buscam clonar o homem. O homem criando o homem e dando-lhe vida. Definitivamente o homem quer ser Deus.
2) "O próprio Deus tomou a forma de homem".
Galilleu Gallilei também disse: "... só Deus quis ser homem".
Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Fp 2:5-8)
O homem querendo ser Deus e o próprio Deus tornou-se homem! Por quê?
a) Deus tornou-se homem para cumprir sua missão terrena, já que somente como homem poderia resgatar aos homens;
b) Deus tornou-se homem para identificar-se com os homens e para os homens se identificarem com Ele, na sua glória;
c) Deus tornou-se homem por nos amar de forma incondicional;
d) Deus tornou-se homem para morrer numa cruz por cada um de nós e nos libertar do cativeiro do pecado;
e) Deus tornou-se homem para que onde o primeiro Adão fracassou, o segundo Adão, que é Cristo, triunfasse.
Por fim, nós não somos Zeus, nem Hermes. Somos homens. Sem nossa humanidade nos tornamos aberrações, monstros.
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