Semana 70: Lucas 19.1-10

Jesus entrou em Jericó e estava atravessando a cidade. Morava ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos. Ele estava tentando ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, pois Zaqueu era muito baixo. Então correu adiante da multidão e subiu numa figueira brava para ver Jesus, que devia passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse a Zaqueu:— Zaqueu, desça depressa, pois hoje preciso ficar na sua casa. Zaqueu desceu depressa e o recebeu na sua casa, com muita alegria. Todos os que viram isso começaram a resmungar:— Este homem foi se hospedar na casa de um pecador! Zaqueu se levantou e disse ao Senhor:— Escute, Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais. Então Jesus disse:— Hoje a salvação entrou nesta casa, pois este homem também é descendente de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido.

Jericó era uma das últimas paradas de Jesus na sua jornada para Jerusalém, onde ele sabia que destino lhe aguardava. Mais do que nunca era a hora de decisão. Quem estava com ele estava com ele. As pessoas precisavam decidir uma vez para todos qual seria o seu relacionamento com Jesus e isto significava primeiro o reconhecimento no seu interior de quem ele realmente era. Porque se era mesmo o messias, se era, como falava, o portador de salvação, a decisão era mais clara. Precisava ficar corpo e alma do lado dele. Mas a medida que Jesus se aproximava de Jerusalém esta decisão precisava ser tomada. E, às vezes, era tomada pelas pessoas que menos se esperava. A história do Zaqueu era um destes casos. A história é simples, simples, simples. Não exige nenhum esforço intelectual para entendê-la. Mas exige uma quantidade enorme de coragem e decisão para ouvir esta história no miolo do seu coração e agir de acordo. 

O incidente ocorreu em Jericó, uma cidade onde viviam metade das ordens sacerdotais. Logo estava cheia de líderes religiosos. Também era um importante cidade comercial pelo seu local perto da fronteira com a Perea onde um cobrador de impostos se beneficiaria dos impostos de importação e exportação. Mas Zaqueu não era era um cobrador de impostos qualquer. Ele era o chefe deles o que significava que estava especialmente bem posicionado para se enriquecer aos custos da população. Logo, se os cobradores de impostos eram odeados pelos outros judeus, mais ainda era o seu chefe.

Chegando perto de Jericó, no final de Lucas 18, logo antes da história do Zaqueu, Jesus curou um cego que muito se esforçava para falar com Jesus. Certamente a notícia, como sempre, se espalhou rapidamente. E Zaqueu se esforçava muito para ver com os próprios olhos quem era o objeto de tanta conversa. Mas ele era um baixinho e não coseguiu enxergar por cima das outras pessoas que o cercavam. Então, lemos que ele correu adiante deixando os outros para trás e subiu uma árvore, um sicômoro, para poder enxergar Jesus. Ora Zaqueu tinha virado uma criança, pois os homens não corriam naquela cultura. Só as crianças corriam…como Zaqueu.

E dito feito. Chegando aí, Jesus olhou para cima e viu o baixinho olhando para baixo á de cima e o chamou pelo nome, “Zaqueu, desça depressa porque quero ficar na sua casa.” Novamente Zaqueu era feito criança, pois desceu depressa e com alegria deu as boas vindas para Jesus.

O povão, quando viu isso, ficou indignado comentando que Jesus ia se hospedar na casa numa pecador. Mas Zaqueu permaneceu firme e em pé diante deles e fez uma afirmação para Jesus, mas também na presença de todos, espantosa: “Dou agora metade que tenho para os pobres e pagarei em quadrúplico se defraudei alguém.” Digo que isto é espantoso pelo seguinte: a lei judaica estabeleceu 20% como uma porcentagem anual razoável que um rico piedoso deverá dar para os pobres. Zaqueu estava dando metade…50%. E notem bem, depois de reduzir a sua riqueza pela metade, Zaqueu, daquela metade ia restituir quatro vezes aquelas pessoas que ele defraudou nos seus negócios. (Este era a restituição que a lei exigia dum ladrão – Êx 22.1). E tudo isso Zaqueu falou em pé, em baixo da árvore na presença de todo o mundo. Não é mole. E qual foi a consequência? Jesus disse que a salvação chegou hoje mesmo na casa, isto é de Zaqueu pois não era mais um funcionário político safado e sem vergonha, tido pelos compatriotas como indigno de ser judeu. Não, ele hoje se revelava um legítimo filho de Abraão, e assim, herdeiro das promessas feitas para Abraão de ser muito abençoado por Deus e de ser um instrumento de Deus para abençoar a vida de muitos outros.

E Jesus finaliza com a afirmação da sua vocação: “Pois o Filho do Homem veio buscar e salvar os que estavam perdidos.”

Agora, tenho uma só pergunta para você? Gostaria de ouvir Jesus falando estas palavras para ti: “Hoje mesmo a salvação chegou na tua casa”? Muitos aqui, já ouviram Jesus dizendo isto para eles. Esta mensagem não é para vocês. Por favor, permaneçam em oração. Mas eu tenho certeza que há pessoas aqui que não podem afirmar que Jesus já anunciou a sua salvação para as suas vidas. Por isso, peço que prestem atenção aos passos que Zaqueu tomou. Pois o seu final poderá ser tão feliz como o final do Zaqueu.

Oração

Pai, graças Te damos pelo exemplo de Zaqueu. Queremos ser justos com as pessoas que já prejudicamos igual a ele, e assim faremos. Aceita a nossa gratidão pelas Tuas misericórdias. Em nome de Jesus. Amém.

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