Semana 60: Lucas 16.19-31

— Mas Abraão respondeu: “Os seus irmãos têm a Lei de Moisés e os livros dos Profetas para os avisar. Que eles os escutem!” — “Só isso não basta, Pai Abraão!”, respondeu o rico. “Porém, se alguém ressuscitar e for falar com eles, aí eles se arrependerão dos seus pecados.” — Mas Abraão respondeu: “Se eles não escutarem Moisés nem os profetas, não crerão, mesmo que alguém ressuscite.”

Jesus contou um segundo estudo de caso para ilustrar o seu ensino que permeia todo o capítulo 16 do Evangelho segundo Lucas. Contou o caso de um homem rico que procurava gratificação para si (roupas e festas) (v.19). Jesus não identificou o nome do homem. Depois Jesus falou de um homem pobre e abertamente doente que ficava no portão do homem rico aguardando migalhas (vv.20-21). O homem pobre é identificado como “Lázaro”. O fato que Jesus identificou um pelo seu nome e não identificou o outro sugere que o homem rico era insignificante, e não o pobre.

Conforme a parábola, Lázaro morreu e foi levado para “o seio (lugar de honra) de Abraão”. O rico também morreu e viu de longe Lázaro ao lado de Abraão (v.22). Evidentemente o lugar onde o rico estava não era um lugar tanto “diferente” quanto “separado” (v.26).

O homem rico procurou alívio de Abraão mas recebeu efetivamente o mesmo aviso que Jesus já havia dado no v. 13 (vv.23-25). Quanto o rico insistiu, Abraão respondeu falando do aviso prévia que o homem rico recebeu nas Escrituras. Isto também lembrando da observação de Jesus no v. 16 (v.29).

Finalmente o homem rico apelou para uma revelação “maior” que as Escrituras, o testemunho de uma pessoa ressuscitada dentre os mortos. Mas Abraão respondeu que o testemunho das Escrituras é suficiente (vv.30-31, veja v. 17). Qual era a “lição”? Era a seguinte: um novo momento chegou para o qual as Escrituras já apontaram em que a justiça finalmente seria revelada (ser vivenciada na valorização da comunidade). Ou seja, as pessoas não são comodidades financeiras, devem ser tratadas com justiça. Os relacionamentos justas são mais importantes que o dinheiro e o ganho pessoal.

Na oração Pai Nosso, somos ensinados a orar, “perdoa-nos as nossas dívidas assim como perdoamos os nossos devedores”. Ou seja, não pode haver entre nós pendências. Nunca seremos uma comunidade alternativa, uma comunidade justiçaficada, se comportarmos do mesmo jeito que aqueles que não são discípulos se comportam. Precisamos demonstrar um outro jeito de viver.

Oração

Eterno Pai, encha-nos do Teu Espírito para que vivamos como Jesus, com compaixão e misericóridia e amor pelo nosso próximo. Amém.

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