Então em resposta Jó disse:
“Sem dúvida, vocês são a voz do povo, e, quando morrerem, não haverá mais sabedoria…Mas eu também entendo as coisas e não sou menos do que vocês. Quem não sabe isso que vocês disseram?

Reflexão

Aconteceu na semana passada. Era apenas a nossa segunda vez naquela reunião dum pequeno grupo de pessoas procurando implantar o evangelho no seu bairro. Eu e a minha esposa não conhecemos metade das pessoas que estavam lá. Pediram que eu trouxesse a palavra, o que eu fiz.

De repente, uma jovem senhora deu uma de Jó…e com todo o capriche. Falou energeticamente e muito frustrada, “por que Deus me abandonou? Por que não responde as minhas orações. Não fiz nada errado…” E não parou aí. Falou e reclamou com toda a seriedade um tempão e deixou um silêncio, até mesmo um espanto, pairando na reunião. Já ví este tipo de confusão antes, mas nunca desta dimensão.

Então vieram os conselhos, praticamente de todo mundo, eu inclusivo. Conselhos bons? A maioria sim. Conselhos acertados? Não faço idéia porque ainda não sei direito o que aquela senhora passava. Mas uma coisa me impressionou: ela escutava cada um que falava sem nunca interromper. Mas no final de cada conselho, parecia que todo isto era de pouca ou de nenhuma ajuda.

Jó também escutavam as respostas longas dos seus amigos…sem nunca interrompê-los. E embora seja possível, até compreensível, entender a sua resposta acima como ironia, acredito que ele estava falando sinceramente quando dizia que quando os amigos morrerem não haverá mais sabedoria (bem, talvez estivesse exagerando um pouco!).

Impressionante! Como eu gostaria de ter a mesma paciência de ouvir o conselho de amigos, mesmo quando é tudo furado. Lamentavelmente conheço de outra sorte grandes líderes cristãos que não conseguem ouvir nem sequer uma sentença (!) inteira a seu respeito sem interromper para se defender.

Oração

Deus tenha misericórdia de nós! Amém.

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