Antes de tudo, sou grato a meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vocês, porque em todo o mundo está sendo anunciada a fé que vocês têm. Deus, a quem sirvo de todoo coração pregando o evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como sempre me lembro de vocês em minhas orações; e peço que agora, finalmente, pela vontade de Deus, seja-me aberto o caminho para que eu possa visitá-los. Anseio vê-los, a fim decompartilhar com vocês algum dom espiritual, para fortalecê-los, isto é, para que eu evocês sejamos mutuamente encorajados pela fé. (NVI)

Reflexão

Muitas pessoas pensam em Paulo como um machista ultra-conservador, normalmente bravo, e geralmente difícil de se relacionar. Dá até para entender como este perfil pode ser construiído, quando repara algumas passagens onde, de fato, Paulo repreende duramente (especialmente em Gálatas e 2 Coríntios). Mas este estereótipo não coaduna com o testemunho maior tanto das suas cartas quanto do Livro de Atos. Aliás, não podia ser de outro modo. Afinal, como se explica o seu grande sucesso missionário sem concluir que Paulo sabia desenvolver boas amizades? Eu diria até que o o seu desenvolvimento sincero de amizades era uma das principais razões por que ele conseguia desenvolver igrejas boas em tão pouco tempo.

A passagem acima ilustra como Paulo tratava até pessoas que ainda não conhecia pessoalmente. E se for ler com atenção o capítulo 16 desta carta, o seu trato carinhoso e profundamente amigável é inescapável (veja também os últimos versos do Livro de Atos e suas cartas aos filipenses e aos tessalonicenses).

Romanos trata da proposta de Deus para a criação: justiça redentora (ele introduz este tema principal logo em seguida, no versículo 16). No Livro de Gênesis aprendemos que o ser humano recebe a incumbência de cuidar da criação e em Romanos 8 os seguidores de Cristo tem papel especial neste empreendimento. Logo a redenção da criação é vinculada à redenção das pessoas. Por isso, o desenvolvimento de relacionamentos amigáveis é tão importante.

Mais uma consideração, se Deus amou ao mundo de tal modo que deu seu filho, Jesus, nós também, seguidores de Jesus, não deveremos amar? Claro que sim. Creio que ninguém contesta. Mas como amar, se não se relacionar. E como se relacionar sem desenvolver amizades.

Não “ganharemos” o mundo pelos nossos seminários, publicações, ciência, teologias e pregações, mesmo que tudo isto tenha seu devido papel. A nossa influência decorre principal, ou pelo menos inicialmente, do nosso trato…trato amigável.

Oração

Pai, ensina-nos a amar, ser amigo, tomar café com o vizinho, convidar para o jantar tanto o nosso querido quanto o desprezado. Em nome de Jesus. Amém.

Clique na imagem para baixar uma cópia para imprimir

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *