Posts tagged vida digital

22 de dezembro de 2010

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“Por mais agnósticos ou sincréticos que estejam os tempos, rituais de renovação são sempre importantes. Mesmo que sirvam para lembrar que, na essência, pouca coisa muda. Por mais que o mundo lá fora pareça estar nas últimas e que a nova geração esteja perdida.”

Luli Radfahrer, Folha de S.Paulo – 22/12/2010

 

“O Twitter já angariou mais de 100 milhões de usuários no mundo. O Brasil é o segundo país com maior utilização proporcional da rede.”

Marcos Strecker, Folha de S.Paulo – 22/12/2010

20 de dezembro de 2010

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“Ano após ano, prometemos, torcemos, desistimos antes do meio do ano após constatar nosso provável fracasso e então começamos a torcer pela chegada do fim do ano para fazer novas promessas. Ano após ano, o ciclo se repete, a história não muda. Mudam, talvez, os sonhos, mas não mudamos nossa história. Promessas não passam de pura expectativa do futuro enquanto não adotamos nenhuma ação para que elas se concretizem. Se você quer realmente realizar seus sonhos em 2011, pare de sonhar, deixe de simplesmente prometer. Assuma seus sonhos como projetos pessoais, faça as contas de quanto tempo e/ou dinheiro você precisa para concretizá-los e, simplesmente, aja. […] Se, a cada mês, você faz o pequeno esforço necessário para alcançar sua grande meta, o trabalho fica menor, e seu desgaste também. O problema por trás do insucesso de nossas promessas é que muitas pessoas passam a vida sonhando demais e esquecem de agir para concretizar seus sonhos. Peter Drucker, o maior pensador na ciência da administração, dizia que a melhor maneira de prever o futuro é construí-lo. Uma construção não é feita de sonhos, mas sim de projetos e de várias ações para completar as diversas fases deles. Descobri, ao planejar, executar e finalizar diversos projetos em minha vida e na vida de meus clientes, que um sonho bem planejado tende a acontecer antes ou melhor do que o inicialmente previsto.”

Gustavo Cerbasi, Folha de S.Paulo – 20/12/2010

 

“No Brasil, a pesquisa engatinha, o número de estudantes estrangeiros é mínimo e os cursos são gratuitos. Enquanto na Universidade Oxford (7ª do ranking), a verba para pesquisa é a maior rubrica do orçamento (39,9% do total de R$ 2,3 bilhões), na USP ela não está nem sequer especificada. ‘Não há dúvidas de que dinheiro para pesquisas é um dos fatores mais importantes para as boas universidades. É com ele que você atrai e paga os melhores profissionais do mundo para desenvolver trabalhos de ponta’, diz Phil Baty, responsável pelo ranking da THE (Times Higher Edication), o mais respeitado do mundo. […] O MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), terceiro no ranking, pesquisa é tão importante quanto aulas. ‘Praticamente todos os nossos professores estão fazendo pesquisa simultaneamente com o trabalho em aula’, diz Jennifer Hirsch, do departamento de comunicação do instituto.”

Vaguinaldo Marinheiro, Luciana Coelho e Sabine Righetti, Folha de S.Paulo – 20/12/2010

 

“Internet: é o veículo preferencial de comunicação entre jovens. As redes sociais são as que mais ‘bombam’! Amizades, ‘ficadas’ e namoros sempre rolam. Paradoxo: a moçada continua a se expor sem ter noção dos riscos. Nota: Aproveite, com cuidado!”

Jairo Bouer, psiquiatra, Folha de S.Paulo – 20/12/2010

 

“Ainda há racismo e discriminação social e de gênero em muitas médias e grandes empresas. O desrespeito ocorre mais com funcionários de menor remuneração, justamente aqueles que compõem a ‘nova classe média’, dominante no consumo brasileiro. […] Respeito precisa começar no escritório e na fábrica. Só aí vai chegar ao mercado e aos corações e mentes dos consumidores. Assim, todos entenderão que sustentabilidade é também um modo de vida que não pode prescindir de dignidade e oportunidades iguais para todos.”

Ricardo Young, Folha de S.Paulo – 20/12/2010

 

“A produtividade é medida; o bem-estar, não. O estresse no trabalho tem consequências para a saúde, debilitando a economia mesmo quando a empresa registra altos lucros.”

Rosabeth Moss Kanter, professorship da Harvard Business School, nos EUA. Harvard Businness Review – dezembro de 2010

 

“A empresa hoje opera num cenário repleto de novas ameaças a sua reputação. Equipada para o embate com grandes concorrentes, pode ser pega de surpresa por pequenos adversários munidos de um arsenal incrivelmente possante de novas mídias e redes sociais: blogs, tweets, mensagens de texto, abaixo-assinados na internet, páginas de protesto no Facebook, vídeos digitais. Certas empresas já sentiram na pele o dano que pode ser causado pelos disparos de um único crítico altamente motivado de posse de um computador.”

Leslie Gaines-Ross, diretora de estratégia de reputação da consultoria internacional de relações públicas Weber Shandwick, Harvard Businness Review – dezembro de 2010

15 de dezembro de 2010

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“Os narcisistas não têm noção sobre como as coisas parecem da perspectiva dos outros. São muito sensíveis ao serem ignorados, mas dificilmente reconhecem quando fazem isso com os outros.”

Charles Zanor, Folha de S.Paulo – 15/12/2010

 

“Muitas coisas mudaram nas últimas décadas. Algumas são mais evidentes, como o aumento do uso de telefones celulares (segundo a Anatel, são 191 milhões no Brasil, mais do que um por habitante). Outras mudanças são menos óbvias, como o aumento do isolamento urbano e a pandemia de depressão.”

Luli Radfahrer, Folha de S.Paulo – 15/12/2010

 

“Em um marco histórico, os norte-americanos passam o mesmo tempo conectados à internet e assistindo à televisão, segundo um estudo da consultoria Forrest divulgado pelo ‘Wall Street Journal’. Ambas as atividades agora detêm 13 horas por semana dos norte-americanos. De acordo com a pesquisa, as pessoas não passaram a assistir a menos televisão, porém o tempo gasto na internet aumentou. Em cinco anos, a utilização da internet no país registrou aumento de 121%. Em contrapartida, atividades como ouvir rádio e ler jornais e revistas ‘off-line’ tomam agora menos o tempo dos norte-americanos. No uso da internet nos Estados Unidos, o e-mail é o instrumento mais popular. Dos 40 mil entrevistados, 92% declararam que usam o correio eletrônico.
Já as redes sociais, como Twitter e Facebook, são usadas por 35% dos respondentes da pesquisa, mais que o dobro de três anos atrás (15%). Declararam ler blogs 18% dos entrevistados.”

Folha de S.Paulo – 15/12/2010

13 de dezembro de 2010

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“Ter acesso a informações de diferentes fontes, poder comparar ideia e interagir em uma discussão faz com que você tenha uma maior apropriação da informação e seja um leitor mais crítico”.

Luciana Allan – superintendente do Instituto Crescer, Folha de S.Paulo – 13/12/2010

 

“A atração sexual no século 21, ao que parece, ainda se alimenta dos estereótipos do século 20. Só que as mulheres, ao se equipararem ou superarem os homens na educação e no mercado de trabalho, estão também virando de ponta-cabeça os papéis tradicionais dos gêneros, com profundas consequências para a dinâmica dos relacionamentos.
Há um crescente contingente de mulheres de sucesso na faixa dos 30 a 40 anos que têm dificuldades para encontrar um parceiro. Há mulheres-alfa que terminam com os homens-alfa, mas decidem colocar a carreira em segundo plano quando chegam os bebês. E há também um terceiro grupo, pequeno, mas crescente: o das mulheres que ganham mais que seus parceiros, gerando diversos contorcionismos comportamentais destinados a manter intacta a aparência tradicional dos papéis de cada gênero. […] O psicanalista Bernard Prieur diz que os homens que ganham menos que as parceiras sofrem inseguranças: “Eles se sentem social e pessoalmente vulneráveis. Socialmente, vão contra milênios de crenças e estereótipos que os veem como arrimo do lar. E o sucesso da parceira lhes dá sentimento de fracasso”, disse Prieur, na edição de novembro da revista francesa ‘Marie Claire’.”

Katrin Bennhold, The New York Times/ Folha de S.Paulo – 13/12/2010

 

“Precisamos da ficção para entender as hipnotizantes possibilidades da realidade, pois, como notou o romancista israelense Amos Oz, ‘às vezes, os fatos ameaçam a verdade’.
[…]  Minha sensação é de que tendências mais profundas são inexoráveis, qualquer que seja a expressão particular que elas encontrem.”

Roger Cohen, The New York Times/ Folha de S.Paulo – 13/12/2010

 

“O Twitter é uma janela para desejos, necessidades e experiências de atuais e potenciais clientes. […] A capacidade de reconhecer oportunidades ao acompanhar a sabedoria coletiva ajuda a amadurecer. […] Ouvir o Twitter serve como nossa janela para a relevância. Colocar as palavras ouvidas em ação abre o nosso caminho para que a transmitamos e façamos jus a ela. Mas o sucesso de qualquer negócio está em sua capacidade de liderar conversações, e não apenas responder a elas. E tudo começa quando escutamos.”

Brian Solis, Folha de S.Paulo – 13/12/2010

 

“Pouco importa se você acredita que o ‘outro’ seja sempre legal (mentira, existem ‘outros’ que são o fim da picada), ou se você não cresceu o bastante para não viver como cinderela. O mundo é mais complexo do que nosso ‘coração de estudante’ imagina.”

Luiz Felipe Pondé, Folha de S.Paulo – 13/12/2010

18 de novembro de 2010

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“Ser alegre não significa necessariamente ser brincalhão. Nada contra ter a piada pronta, mas a alegria é muito mais do que isso: ser alegre é gostar de viver mesmo quando as coisas não dão certo ou quando a vida nos castiga.”

Contardo Calligaris – Folha de S.Paulo, 18/11/2010

 

“Está no projeto de Orçamento de 2011: dotação de R$ 900 milhões para gastos com a Copa no decorrer apenas do próximo ano. Nada como um país sem necessidades e necessitados. E com a fabricação permanente de mais ou maiores afortunados.”

Janio de Freitas, Folha de S.Paulo – 18/11/2010

 

“Eu mesma já criei tantos e-mails que perdi a conta. Nem lembro mais da maioria. Uso atualmente três: um do trabalho, um pessoal (embora a separação entre pessoal e profissional não seja tão rígida) e um terceiro que serve de arquivo, para onde reencaminho e-mails dos quais vou precisar no futuro e vou querer achar rapidamente.
Esse terceiro não informo a ninguém, pois só quero receber coisas de mim mesma ali e não ter a obrigação de abrir, a não ser em situações muito específicas -por exemplo, para recuperar o número localizador da minha passagem num embarque ou o de uma reserva de hotel.

Sou altamente dependente de e-mail. Mas o e-mail é um dos maiores infernos da minha vida. Recebo às toneladas, num fluxo quase ininterrupto. Desperdiço preciosas horas diárias apagando aquilo que não vou ler ou tentando educar os sistemas antispam (spam = e-mails não solicitados) sobre remetentes que quero que barrem de uma vez por todas. Produtos e serviços que não quero, de comerciantes que desconheço, maldades virtuais que não mereço, remédios de que não preciso.”

Márion Strecker, 50, jornalista – Folha de S.Paulo – 18/11/2010

10 de novembro de 2010

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10 de novembro

“Um adolescente urbano consome volumes de informação simultânea que parecem assombrosos para os membros de gerações anteriores: ele pode, sem esforço, assistir a três canais de TV enquanto ouve música, fala ao celular, acessa alguns sites, joga algum jogo, conversa com os colegas via comunicadores instantâneos, escreve em blogs e no Twitter… Quando alguém o interrompe nesse ambiente hiperconectado e pergunta o que ele está fazendo, sua resposta natural é: “nada”. Não se pode negar-lhe uma certa razão.
Sempre que nos deparamos com um ambiente novo, em que poucas certezas estão consolidadas, a impressão é que tudo está acontecendo ao mesmo tempo. O excesso de informações sem prioridades confunde e angustia. Na verdade, é o senso de hierarquia e priorização que ainda não foi estabelecido.

Multitarefa é um mito. O indivíduo que faz várias coisas ao mesmo tempo raramente faz alguma delas com precisão. Na maioria das vezes o máximo que faz é perceber, de forma genérica, como deve se comportar, sem ao menos se questionar se esse comportamento faz sentido.

O mundo conectado, com seu acúmulo de informações, se torna cada vez mais contextual e menos específico. Como um jovem índio adaptado à floresta, o nativo digital se movimenta à vontade em seu ambiente. Mas ao contrário do índio na floresta, ele não ganha consciência de seu ecossistema.”

Luli Radfahrer, Folha de S.Paulo, 10/11/2010

09 de novembro de 2010

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“De acordo com o documento n.º 63 do Observatório Universitário, menos de 30% dos brasileiros graduados em um curso superior em comunicação trabalham na área em que se formaram.

Esse mesmo percentual é de 33% para os engenheiros e de cerca de 50% para advogados, administradores e pedagogos.

Muitos educadores atribuem os números acima em parte à visão de que a educação superior existe apenas ou principalmente para oferecer formação profissional específica. Essa visão atrasada é a mãe da exigência da escolha a que nossos jovens se veem obrigados assim que chegam ao ensino médio e começam a pensar no vestibular.
Não é surpreendente que, mais tarde, muitos busquem atividades em áreas distintas daquelas em que se formaram. Há alguns anos, contudo, surgiu uma nova abordagem pedagógica para essas questões.

São os chamados bacharelados interdisciplinares (BIs), iniciados na Universidade Federal do ABC e hoje oferecidos em diversas universidades, entre elas na Universidade Federal de São Paulo, que oferecerá um BI em ciência e tecnologia a partir de 2011.

Focados em uma grande área do conhecimento, os BIs se propõem a ensinar os fundamentos de várias áreas do saber, relacionando-as entre si. O bacharel em ciência e tecnologia terá sólidos conhecimentos nas ciências básicas, aliados a uma formação humanística.
Um valor fundamental dos BIs é que, neles, o aluno é responsável pela escolha de 50% da sua grade curricular, adquirindo na universidade o hábito da busca pelo conhecimento e conquistando uma autonomia que deverá usar ao longo de toda a vida.
A capacidade de adquirir conhecimento novo com autonomia, aliás, parece ser a chave da habilitação profissional no século 21, e esse é o propósito dos BIs.”

Helio Waldman e Armando Zeferino Milioni, Folha de S.Paulo, 09/11/2010

 

“A internet – e o Twitter em particular- está dando publicidade a comportamentos que só tinham vigência no âmbito da vida pessoal de cada um. Assim como muitos expõem sua vida privada à visitação coletiva sem nenhum receio do ridículo, vários preconceitos também estão se tornando visíveis nas redes sociais.
Talvez seja positivo que as barbaridades que as pessoas dizem no escritório, no clube ou no bar, só entre amigos, possam agora ser objeto de discussão pública, mesmo que isso possa nos virar o estômago ou levar à conclusão de que, definitivamente, o inferno são os outros.”

Fernando de Barros e Silva, Folha de S.Paulo, 09/11/2010 

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