“Entender de gente, aprender o que motiva as pessoas, o que as inspira, acho que isso é fundamental. Você aprende muito fazendo. Também se aprende falando com quem já fez, com nossos próprios erros, claro que isso ajuda. Mas o verdadeiro sábio consegue aprender com a opinião dos outros, com a experiência dos outros, para evitar os seus próprios erros. Se você tiver bastante experiência, claro que isso ajuda, pois você já passou por aquilo e vai evitar erros. Mas ninguém tem toda experiência, nunca se está 100% preparado para o novo. Por isso, eu acho que ajuda muito conhecer pessoas que já tenham vivido mais do que você, ou que tenham vivido experiências diferentes das suas, ou até já morreram. Assim, ler muito é importante. Então, você usa essa experiência para evitar ficar aprendendo só com seus próprios erros – que demora mais para aprender.”

Adriano Romano, “O Estado de S.Paulo” – 31/03/2013

 

“É preciso ter um objetivo claro – identificar o que está incomodando de fato na vida profissional para que o foco de suas ações seja bem definido. Faça uma relação do que você pode, de fato, fazer para mudar essa situação. Tente não depender de terceiros. As soluções podem variar de uma conversa sincera com pares e superiores, buscando melhorar a situação atual, uma análise junto à sua empresa sobre as perspectivas de mudança de setor ou mesmo uma revisão salarial.”

Adriana Gomes, “Folha de S.Paulo” – 31/03/2013

 

“Reportagens sobre gêneros costumam concluir que ‘eles’ estão confusos, perdidos e precisam de uma revolução, já que ‘elas’ fizeram a sua. Será que os homens concordam? Duvido. Tenho a impressão, nada científica, de que os homens gostariam apenas que as mulheres parassem de reclamar deles o tempo todo. Ou reclamam deles ou da falta deles.”

Ruth de Aquino, “Revista Época” – 01/04/2013

 

“Por que é bom a criança experimentar o medo desde cedo? Porque essa é uma emoção que pode surgir em qualquer momento da sua vida e é melhor ela aprender a reconhecê-la logo na infância para, assim, começar a desenvolver mecanismos pessoais de reação. A criança precisa reconhecer, por exemplo, o medo que protege, ou seja, aquele que a ajudará a se desviar de situações de risco. Paralelamente, precisa reconhecer o medo exagerado que a congela, aquele que impede o movimento da vida e que exige superação. É experimentando os mais variados medos que a criança vai perceber e aprender que alguns medos precisam ser respeitados pelo aviso de perigo que dão, enquanto outros medos exigem uma estratégia de enfrentamento que se consegue com coragem. A coragem, portanto, nasce do medo. E quem não quer que o seu filho desenvolva tal virtude? […] O que pode atrapalhar a criança não é o medo que ela sente, e sim o medo que os pais sentem de que ela sinta medo. Isso porque a criança pode entender que os pais a consideram desprovida de recursos para enfrentar os medos que a vida lhe apresenta.”

Rosely Sayão, “Folha de S.Paulo” – 02/04/2013

 

“Como se ensina a esperar? Se não aprendermos a esperar, de que forma viveremos esperançosos de um futuro melhor, mais promissor? Sonhar e ter esperança são ingredientes indispensáveis para um viver equilibrado no tempo presente. Quando olhamos adiante e não conseguimos discernir nada, como orientaremos as nossas escolhas?”

Anna Veronica Mautner, “Folha de S.Paulo” – 02/04/2013

 

“Repensar escolas para o século 21 deve ser a nossa prioridade. Precisamos nos concentrar mais em ensinar a habilidade e disposição de aprender e fazer a diferença e trazer os três ingredientes mais poderosos da motivação intrínseca para a sala de aula: jogo, paixão e propósito.”

Tony Wagner, “O Estado de S.Paulo” – 03/04/2013

 

“No passado, esperava-se que os profissionais fossem para empregos cujo nome se assemelhava ao do curso. Hoje, tal como nos países ricos, ocorre a ‘desprofissionalização’ dos diplomas. Exercem a profissão menos de 20% dos advogados, 10% dos economistas e 5% dos filósofos. Haveria que cortar 95% das matrículas em filosofia? Não, pois os quatro anos de graduação se converteram, para a maioria, em uma educação ‘genérica’, que prepara para exercer ocupações meio indefinidas. Nada errado.”

Claudio de Moura Castro, “Revista Veja” – 03/04/2013

 

“A urgência hoje vivida de compartilhar imediatamente todos os acontecimentos (ouvir uma música, comprar uma roupa, deliciar-se com um vinho, trocar um olhar) retira a vivência da realidade do âmbito individual, pois o essencial é antes dividir com alguém o sucedido para receber imediatamente o assentimento elogioso do que sentir isoladamente o prazer do fato, transformando-se, dessa maneira, o mundo numa grande academia do elogio mútuo. A satisfação, então, vem de fora, pois algo só vale se outrem vier a curtir. Instala-se um novo cartesianismo: eu compartilho, logo existo.”

Miguel Reale Júnior, “O Estado de S.Paulo” – 06/04/2013

“A agressão à mulher é mais frequente no fim do relacionamento, revela pesquisa do Ministério Público de São Paulo. Mais da metade das agressões (57%) acontece no período. Foram analisados 854 inquéritos, entre abril e novembro de 2012, e selecionadas 186 mulheres. A promotora Silvia Chakian de Toledo Santos diz que o resultado revela ‘a cultura machista do País, onde o homem se vê proprietário da mulher’.”

“O Estado de S.Paulo” – 06/04/2013