“Eu digo aos meus gestores: você já entende qual é o real problema do cliente? Não é o que ele diz ter, mal o real problema dele? […] Tem um outro ponto: durante esse desenvolvimento, um comportamento que eu tenho é escutar todo mundo, em todos os sentidos, e extrair o que tem de bom. Eu tenho prazer no que eu faço e gosto de contar. Eu fico energizado para contar, porque é essa paixão que faz o sucesso. O resto, é sua capacidade de direcionar o resto da equipe.”
Alysson Barros Paolinelli, 40, CEO da Aqces Logística – O Estado de S.Paulo, 15/07/2012

“A composição da força de trabalho mudou muito nos últimos anos. As equipes estão cada vez mais diversas, multidisciplinares, multiétnicas e jovens – impulsionadas pela inclusão da geração Y no mercado de trabalho. Para se manterem competitivas, empresas precisam aprender a unir culturas, línguas, origens e profissões, transformar tudo num conjunto integrado e ainda abrir espaço para a valorização do indivíduo. As organizações devem manter uma comunicação eficiente com essa força de trabalho diversa e, principalmente, promover a interação entre funcionários num ambiente colaborativo que estimula a inovação.”
Christiana C. Martins – O Estado de S.Paulo, 15/07/2012

“Ser feliz hoje é excluir o mundo em torno. Ser feliz é uma vivência pelo avesso, pelo “não”. Ser feliz é não ver, não pensar, é não se deixar impressionar pelas desgraças do País ou dos outros.”
Arnaldo Jabor – O Estado de S.Paulo, 17/07/2012

“Entre os estudantes do ensino superior, 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa. O indicador reflete o expressivo crescimento de universidades de baixa qualidade. […] Segundo dados do IBGE e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), cerca de 30 milhões de estudantes ingressaram nos ensinos médio e superior entre 2000 e 2009. Para a diretora do IPM, o aumento foi bom, pois possibilitou a difusão da educação em vários estratos da sociedade. No entanto, a qualidade do ensino caiu por conta do crescimento acelerado. “Algumas universidades só pegam a nata e as outras se adaptaram ao público menos qualificado por uma questão de sobrevivência”, comenta. […] Entre as pessoas de 50 a 64 anos, o índice de analfabetismo funcional é ainda maior, atingindo 52%. Levando em conta os 60 milhões de brasileiros que deixaram de completar o ensino fundamental de acordo com dados do Censo 2010, a oferta de vagas em EJA não chega a 5% da necessidade nacional.”
Luis Carrasco – O Estado de S.Paulo, 17/07/2012

“A cada 4 pessoas ao redor do mundo, 3 possuem um celular, aponta um estudo do Banco Mundial, que será divulgado hoje. O número de aparelhos, que era de 700 milhões em 2000, multiplicou-se por mais de 8 e chegou a 5,9 bilhões em 2010. O aumento foi liderado pelos países emergentes. Em dez anos, nações como China e Brasil ampliaram sua participação de 29% do total para 71% – cerca de 5 bilhões.”
Folha de S.Paulo, 17/07/2012

“Mais do que excesso de hormônios, a neurociência já identificou na imaturidade do córtex órbito-frontal dos jovens – área cérebro responsável por cálculos de custo-benefício – uma das causas do excesso de decisões equivocadas nessa faixa etária. A imaturidade leva o jovem a não pensar nas consequências de longo prazo e a sobrevalorizar os ganhos de curto prazo.”
Bruno Paes Manso – O Estado de S.Paulo, 18/07/2012

“O último Censo do IBGE mostrou que 43 mil meninas menores de 14 anos vivem relacionamentos estáveis no Brasil. Como a prática é ilegal, a maioria vive em união consensual, sem registro. É o retrato de uma cultura atrasada que ainda sobrevive nos grotões de nosso país. Na maioria dos casos, fruto do esquecimento secular por parte dos governantes. […]Nos países pobres, mais de 30% das jovens se casam antes de completar 18 anos. Muitas meninas enfrentam pressões para terem filhos o mais rapidamente possível, engravidam e morrem de hemorragia. Os maridos não são fiéis e elas, com maior vulnerabilidade por causa da idade, frequentemente também sucumbem a DSTs. É uma realidade com nuances distintas. Na África ocidental, a fome empurra jovens para o casamento precoce. Pais casam suas filhas mais cedo em busca de dotes para ajudar as famílias a sobreviver. O Níger tem o mais alto índice de casamento infantil no mundo, com uma em cada duas jovens se casando antes dos 15 anos -algumas delas com apenas sete anos. As noivas meninas têm seu futuro comprometido e seus direitos básicos de brincar e estudar violados. Se tornam meninas sem presente e mulheres sem futuro.”
Marta Suplicy – Folha de S.Paulo, 21/07/2012