“Mais gente está se tornando mais narcisista, ou está se apresentando para o mundo como se só se importasse consigo própria. Mais gente está ficando obcecada e compelida a checar constantemente o telefone. E há uma pesquisa que mostra que mais pessoas estão ficando deprimidas quando não têm coisas maravilhosas para mostrar aos outros no Facebook.”
Larry Rosen, psicólogo – Folha de S.Paulo, 25/06/2012

“Nessa idade ninguém vai mudar radicalmente o modo de ver as coisas, que é uma decantação de tudo que foi vivido. […] Acredito no poder da oração. Mas as instituições religiosas, e incluo todas as ordens, estão preocupadas com política e poder. Já os evangélicos cresceram enormemente como utilitarismo sistêmico produtivista, industrialista. Hoje já é uma religião para lá da religião.”
Gilberto Gil, 70, cantor – Folha de S.Paulo, 25/06/2012

“Cartões e cheques especiais são vias rápidas para o superendividamento. […] O anzol do crédito terá, em sua ponta, a minhoca do acesso mais fácil a bens e serviços. Mas continuará sendo uma pescaria indevida, de consumidores incautos, ávidos por mais conforto e lazer.
Maria Inês Dolci – Folha de S.Paulo, 25/06/2012

“Não há uma definição do amor romântico que agrade a todos. Para os pragmáticos, o amor é algo que inventamos para satisfazer uma necessidade. Para os céticos, é uma surpresa! Para quem sempre escolhe a pessoa errada, amar é sofrer. Para os obcecados, significa estreitar seu foco sobre um único objeto de desejo. Para as pessoas de pensamento estratégico, amar significa priorizar o bem-estar do(da) amado(a), porque a felicidade dele(a) aumenta a sua própria.”
Michael Keep – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“‘Política é a arte de engolir sapos.’ A frase pode ser alterada, trocando-se a palavra ‘arte’ por outra: ‘necessidade’. E não se aplica apenas aos profissionais que se dedicam e, em alguns casos, se beneficiam com a obrigação de comer batráquios, mas àqueles que torcem e chegam a se entusiasmar com os artistas ou com os necessitados de se alimentar com um produto que ainda não faz parte da cesta básica.”
Carlos Heitor Cony – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“As férias, para crianças e jovens, poderiam ser um tempo de descobertas e solidificação de aprendizagens se nesse tempo eles não fossem levados a ter novos compromissos, mesmo que sejam compromissos com o lazer.”
Rosely Sayão – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“Cerca de 58% dos profissionais graduados em engenharia trabalham em empresas de grande porte, segundo amostra de 105 mil currículos cadastrados no site de carreira vagas.com.br. Outros 24% estão em empresas de médio porte e 13%, em companhias pequenas.”
Maria Cristina Frias – Folha de S.Paulo, 26/06/2012

“Esse mundo imensamente midiático, em que se oferece a ilusão da liberdade radical de se autoinventar, é falso.”
Jonathan Franzen – O Estado de S.Paulo, 30/06/2012

“A escolha entre o nada e a coisa nenhuma é bem disfarçada no poder de ostentar que promete redimir do buraco subjetivo. Não tendo mais o que expressar, alguém simplesmente ‘ostenta’ um relógio caro, um computador moderninho, um carrão oneroso. Ou um piercing, um músculo forte. Tudo e cada coisa é reduzida à marca, emblema do capital e seu poder na era do Espetáculo. […] A saída é a arte, a poesia, a negação ativa contra o uso e o consumo de marcas. A prática anti-capitalista é um ateísmo e começa com a recusa aos seus deuses como simples profanação cotidiana.”
Marcia Tiburi, Revista Cult – junho/2012

“O tráfico de pessoas, principalmente para exploração sexual, é o terceiro crime mais lucrativo do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas e armas. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), 2,4 milhões de pessoas são traficadas, anualmente, para o trabalho forçado. A exploração sexual representa quase 80% dos casos detectados – seguido do trabalho escravo e do comércio ilegal de órgãos. De cada cinco vítimas, quatro são mulheres ou meninas e metade das pessoas traficadas são menores de idade. […] Um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), baseado no Relatório Nacional sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para o Propósito de Exploração Sexual (publicado em 2002), mapeou 241 rotas de tráfico: 110 dentro do Brasil e 131 internacionais. As ações estão concentradas em 520 municípios. Os principais destinos no exterior são para Europa. Segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, cerca de 70 mil brasileiros são traficados, anualmente, para o exterior, correspondendo a 10% dos lucros mundiais.”
Rôney Rodrigues – Revista Caros Amigos, junho de 2012