“Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis e até mesmo a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las. É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés.”
Ferreira Gullar – Folha de S.Paulo, 06/05/2012

“O maior perigo é quando sua maior amiga está passando por uma crise e pede um conselho. As pessoas só querem que se diga o que elas querem ouvir, e há até quem ache que amigo só existe para dar razão quando não se tem razão – você não sabia?”
Danuza Leão – Folha de S.Paulo, 06/05/2012

“Muita gente acha que psicoterapia é só para desabafar. Não sabe que dá trabalho, que muita coisa precisa ser feita fora do consultório. Eu sempre digo a meus pacientes que nós dois temos de trabalhar duro e que ele precisa implementar os novos comportamentos fora do consultório. Se ele está esperando uma solução mágica, não vai acontecer. há pessoas procurando mágica. São preguiçosas. Se você puder acreditar que vai virar um milionário, é mais fácil do que arregaçar as mangas e dar duro. a pessoa realmente tem de querer olhar para si mesma e mudar.”
Jonathan Alpert – Folha de S.Paulo, 07/05/2012

“Não é mais permitido a um indivíduo razoavelmente integrado estar desconectado ou alheio aos fatos, ignorante de acontecimentos, incapaz de realizar uma tarefa. […]Hoje todos são compelidos a saber, opinar, compartilhar, blogar e retuitar, mesmo que não façam a mais pálida ideia do assunto abordado. A ignorância, antes considerada uma bênção, foi transformada em maldição, obrigando a todos que nasçam prontos, especialistas. O resultado, previsível, é um enorme conflito entre demandas e capacidades, obrigando cada indivíduo a empacotar a informação que recebe o mais rápido possível e transmiti-la para grupos cada vez maiores de pessoas que fazem o mesmo, em um tsunami de meias-verdades, preconceitos, informações rasas e citações fora de contexto. Por mais que entusiastas de mídias sociais classifiquem essa prática como uma formação de opinião mais democrática, inovadora e aberta, a realidade a transforma em um tipo vicioso de fofoca, terreno fértil para todo tipo de boataria, casa de doidos em que todos falam para ninguém escutar. Na velocidade e na pressão das redes de compartilhamento, a informação gratuita perde seu valor. Sem tempo, foco ou referências de qualidade, não há como estabelecer uma reflexão sólida. O resultado é uma espécie de histeria coletiva, combustível social à espera do primeiro estopim que a incendeie.”
Luli Radfahrer – Folha de S.Paulo, 07/05/2012

“O aprendizado é simplesmente a mudança das conexões responsáveis pelo processamento de informações no cérebro conforme elas são usadas. Essa é uma propriedade de neurônios em geral e que se mantém ao longo de toda a vida. O que muda de uma pessoa para a outra e com a idade não é tanto a capacidade de aprender e sim os fatores que influenciam o aprendizado, sobretudo a atenção, a prática, o método… e a motivação. Para começo de conversa, é preciso querer aprender.[…] A tecnologia não é o problema; o problema é nossa preguiça em lidar com ela.”
Suzana Herculano-Houzel – Folha de S.Paulo, 08/05/2012

“A cada duas horas, uma mulher é morta no Brasil. Na maioria dos casos, o assassino é o namorado, marido ou ex-companheiro, que mata dentro de casa, após já ter cometido pelo menos um ato de agressão. Os dados constam do Mapa da Violência de 2012 – Homicídio de Mulheres e mostram que, em uma lista de 87 países, o Brasil é o sétimo que mais mata. Em 2012, foram 4.297 casos ou 4.4 assassinatos por 100 mil habitantes. […] Nas últimas três décadas, de acordo com o histórico do mapa, 91.932 mulheres foram mortas no Brasil.”
Adriana Ferraz – O Estado de S.Paulo, 08/05/2012

“Os sentimentos e as emoções são as bases sobre as quais constituímos nossos mapas éticos. O problema é que nossos instintos morais nem sempre estão certos.”
Hélio Schwartsman – Folha de S.Paulo, 09/05/2012

“Ganhar eleições é acertar nos sonhos que povoam corações e mentes. Sonhos só se alimentam quando o sonhado é possível.”
Marta Suplicy – Folha de S.Paulo, 12/05/2012