“Os jovens aprendem, desde muito cedo, a deixar a sua atenção flutuar entre várias coisas, mas também que conseguem baixar a âncora quando querem. Só quando querem, e não também quando precisam. […] O mundo exige as duas coisas: capacidade de atenção concentrada e também a de realizar bem várias tarefas simultaneamente. Se os jovens têm potencial para desenvolver as duas habilidades, devemos, então, contribuir com isso. Para completar, fica faltando apenas a nossa colaboração com os jovens no sentido de apontar para eles que a realidade exige mais do que exercer nosso potencial em função do querer; é preciso também considerar o dever e a necessidade.”

Rosely Sayão, psicóloga, Folha de S.Paulo, 22/03/2011

 

“A culpa é mais um sentimento difuso que vai do fígado ao coração, assombrando o cérebro, escurecendo a visão, um zumbido nos ouvidos, que faz do mundo opaco. Uma ameaça que inunda o sangue. Como uma náusea que não se sabe de qual órgão do corpo vem, nem para qual faculdade da alma se dirige. Um afeto incômodo, mas que faz você sentir que ainda tem corpo e alma, como numa intoxicação que paralisa o cotidiano.”

Luiz Felipe Pondé, Folha de S.Paulo, 21/03/2011

 

“Quando o assunto é mídia social, o Brasil aparece como protagonista: é o país mais conectado do mundo, com adesão de 86% dos usuários em uma média de cinco horas mensais de navegação em páginas virtuais. E mais de um quinto dos internautas brasileiros está no Twitter: os tuiteiros representam 21,8% da população on-line do país, segundo pesquisa da comScore realizada em dezembro e divulgada no fim do mês passado. Isso deixa o país no topo do ranking mundial do índice de tuiteiros, ficando atrás apenas da Holanda. Na terra das papoulas, 22,3% dos internautas estão no Twitter.”

Alexandre Orrico, Folha de S.Paulo, 23/03/2011

 

“Tudo é cada vez mais temporário, previsível, instantâneo, pragmático. Considerando o uso e o acúmulo que se faz das coisas, um mercado assim até poderia ser chamado de racional, se não fosse claramente irracional.”

Luli Radfahrer, Folha de S.Paulo, 23/03/2011

 

“No futuro, o estrategista de sucesso terá uma noção holística e empática de clientes e será capaz de converter insights um tanto quanto vagos num modelo de negócios criativo que possa ser prototipado e revisto em tempo real. Para tanto, terá de ser um bom comunicado, aceitar de bom grado a ambiguidade e estar pronto para abandonar a busca de respostas simples, diretas ao ponto.”

Roger L. Martin, reitor da Rotman School of Management (University of Toronto), no Canadá – Harvard Business Review, março de 2011

 

“Devanear é parte da condição humana. Mesmo que o conhecimento hoje seja acelerado e as pessoas ajam de maneira mais autômata, é fundamental devanear.”

Fernando Milton, psiquiatra, Revista Vida Simples – março de 2011