“Não queremos o Haiti de antes do terremoto. Não queremos as pessoas vivendo em morros, como era antes. Queremos refundar o país. O que você vê aqui no Haiti não é resultado do terremoto. É resultado do problema social que existia antes.Essa é a oportunidade de tentar sanar esse problema histórico. Temos de fazer este país ser autosustentável. Acho que não há muitos países-membros da ONU que queiram ficar subsidiando o Haiti para sempre.”

Edmond Mulet, 59, chefe da Minustah (missão da ONU no Haiti), Folha de S.Paulo, 25 de outubro de 2010

 

“Desde o século 17, a natureza tem sido considerada um obstáculo ao progresso do ser humano, considerado o ‘centro’ da civilização. Esta concepção levou à destruição em massa de várias formas de vida na Terra, pondo em risco, agora, a própria sobrevivência da humanidade. A nova civilização que precisa ser erguida tem de ser a civilização do ‘cuidado’ – com o ambiente, com as pessoas e com a vida, no sentido mais amplo. Os valores norteadores desta empreitada estão contidos na Carta da Terra, uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica (www.cartadaterra.com.org). Neste momento em que é urgente mudar a maneira de viver, a Carta da Terra nos desafia a rever nossos valores e a buscar um caminho melhor para a nossa existência. O desafio é também seu.”

Ricardo Young, Folha de S.Paulo, 25 de outubro de 2010

 

“Segundo levantamento (Instituto de Política de Harvard), que ouviu 2.004 eleitores de 18 a 29 anos pelo país entre 24 de setembro e 4 de outubro, só 27% dos jovens dizem que vão votar nas legislativas de 2 de novembro. […] ‘Em 2008, a geração do milênio assumiu o controle do seu destino, entrou no processo político e mudou a direção do país’, disse John Della Volpe, diretor de pesquisa do instituto. […] Após participarem ativamente da campanha de Obama, hoje só 18% dos jovens se dizem ‘engajados’, contra 24% em novembro, quando os EUA já estavam mergulhados na crise, diz a pergunta. Nascidos após 1982, a geração do milênio é vista como mais engajada do que a geração X, que vai do meio dos anos 60 ao começo dos 80. Em termos demográficos, superam a geração anterior na proporção de 2 para 1 e os baby-boomers em 1 milhão.”

Luciana Coelho, Folha de S.Paulo, 25 de outubro de 2010