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Como buscar a santidade?

A Bíblia revela uma expectativa de Deus pela santidade de seus filhos. Em alguns momentos a palavra “santo” parece ser substituída por “perfeito”. “Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão diante, prossigo para o alvo…” (Fp 3.12-13). Nós também sabemos que a perfeição não é um valor possível para seres humanos limitados. João exorta que ninguém diga que não peca, porque agindo assim mente e sugere que Deus é mentiroso. Em seguida exorta-nos a não pecar e emenda: “Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2.1). A tensão é inconfundível e sugestiva.

Responda:
Como buscar a santidade, conforme orienta a Bíblia, sem se desumanizar com moralismos cruéis, ou sem se esvaziar de valor com culpas insuperáveis?

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  1. #1 por Marcos Melo em 24/06/2009 - 11:28

    Estou interessado em ler este livro… o título me instigou.

    • #2 por Meire Fernandes Barbosa em 24/06/2009 - 16:45

      Oi….
      Pois leia. É bom.
      Olha só, é um livro difícil! Difícil de tão belo. De tão, tão, tão humano! Sua escrita é translúcida, engraçada, poética. Hãã…a ‘lagarta estraga-prazer’ teve vida. Não dá pra deixar de ler.

      Penso que, somente quem viveu oscilações na fé e sobreviveu poderia escrever um texto tão reluzente e esclarecedor.
      Eu vivi. Muitos viveram. Sua leitura fará muito bem aos que tiverem a ousadia de se descobrirem imperfeitos!!

  2. #3 por Michel em 24/06/2009 - 13:55

    No mundo em que vivemos atualmente, este livro parece ser um refresco para a nossa espiritualidade, tal cheia de neuras, legalismos e culpa. Vai ser a minha próxima compra. (Não li ainda, mas o título me deixou curioso).

    • #4 por Elienai Jr. em 03/07/2009 - 11:01

      Michel,
      este livro faz parte de um movimento em direção à brisa refrescante. Por que não, do Espírito? Nasceu de meu exercício pastoral, da necessidade de colocar os pés no chão, de socorrer pessoas adoecidas não mais pela vida, mas pelo encaixotamento da vida em crenças e tradições distantes da realidade.
      Permita-me o risco de parecer muito pretensioso. O que escrevi e tenho pregado é uma desistência de continuar o caminho, o mesmo do sacerdote e do levita, e desprezar a vítima das contingências da vida. Preferi parar e render-me à realidade da dor do outro, que também é minha. Para ajudá-lo na cura, que também é minha.
      Espero que o texto faça bem a você.

  3. #5 por José Eudes da Silva em 24/06/2009 - 16:10

    Infelizmente a Ultimato fica dando brechas para puplicação de um livro cujo autor é um HEREGE que acabou com a Igreja Betesda no Ceará, principalmente em Fortaleza. Fica aqui o meu repúdio e minha indiguinação, sempre fui leitor assíduo da Ultimato, mas de hoje em diante vou rever meus conceitos quando se tratar da Editora Ultimato. José Eudes da Silva, Administrado de Empresa, Fortaleza-CE.

    • #6 por Elienai Jr. em 03/07/2009 - 10:54

      Eudes,
      sua fala expõe seus compromissos. Chama-me de herege ao mesmo tempo que reproduz uma “futrica” denominacional. É isso mesmo. Tentar estigmatizar alguém com o xingamento de herege tem a mesma natureza que as disputas de poder. Nada diz respeito ao Reino de Deus, nem à pretensa verdade. Apenas à destruição de alguém que passou a significar uma ameaça a interesses baixos.
      Do mesmo modo como me portei enquanto pastoreei em Fortaleza, faço neste livro. Tudo o que tenho a dizer digo “de cima do telhado” com o testemunho de todos, não nos corredores ou às escuras, como fazem os que jogam o jogo feio do poder.
      Se pretende discordar do que digo, porque não o faz com dignidade? Por que não discute com argumentos o que digo? Mas ao fazê-lo, permita-me ser diferente de você. A benção do Corpo de Cristo está na diversidade. Toda hegemonia é perversa e satânica. Porque implica em destruir pessoas para anular diferenças.
      Não vou sugerir que leia o livro, seria arrogante, mas sugiro que só o discuta se lê-lo. Seria mais bonito e mais cristão.

  4. #7 por robson santos sarmento em 24/06/2009 - 20:14

    A santidade deve ser concebida como uma proposta singular e pertinente de vínculos transparentes e profundos com Deus. E isto alcança a sua plenitude, a partir do momento em que estabelecemos compromisso e compromentemo-nos em realizar o evangelho do servir e servo. Por mais que muitos relutem, torna-se inócuo e até despropositado incorrermos na expectativa de uma cristandade salutar e de impactos, enquanto perdurar uma visão clerical e eclesiológica. Em outras, faço ênfase a sermos, deveras, comunidade de diálogo, companheirismo, ouvido e respeito. Tão somente, compreenderemos e discerniremos que o evangelho se esparrama na concretude da existência humana, no seu cotidiando, nas suas vicissitudes e intempéries. Eis aqui o ponto fulcral da santidade arraigada e regida pela testemunha da Graça (Cristo Jesus). Afinal de contas, reputar a palavra santidade, segundo os paradigmas de personalidades desprovido de sangue e paixão, dúvida e êxtase, constitui uma afronta e um despeito. Em direção oposta, somos convidados a desatar as cordas e abraçar o exercício da vida cristã relacional, comunitária e regada pela palavra-mestra, regida pelo Espírito Santo e sem desperdiçar todo o arsenal de elementos teológicos a nossa disposição.

  5. #8 por Daniela em 26/06/2009 - 12:02

    A resposta é simples: ser mais humanos, na parte humana que é “imagem e semelhança de Deus”, e lutando contra o pecado.
    Porém algumas exposições do autor me deixaram confusa. Trecho:
    “Não podemos ler a Bíblia sem perceber seus mitos, não só os de Gênesis, como também os, muito prováveis, de Jó e Jonas (que me ocorrem como exemplo). […] Tampouco podemos fingir não saber que sua narrativa é imprecisa e descronológica, como exemplifica a descrição dos dias da criação, em que os luminares são criados depois da separação entre luz e trevas. Que fique claro que não é a cronologia da origem do mundo que está em questão, mas o seu significado, de um Deus que tira da desordem a vida e a enche de conteúdo.” (p. 142.)
    Ou eu não entendi direito, ou no capítulo 13 ele diz que o Gênesis é mito (claro, reforça que um mito não deixa de trazer lições) e que é ingenuidade crer na inerrância da Bíblia. Bom, pelo menos despertou minha curiosidade para ler mais sobre os diversos pensamentos teológicos…

    • #9 por Elienai Jr. em 03/07/2009 - 10:41

      Daniela,
      o mito não é qualquer forma pensamento. Sem os mitos de tantas culturas ficamos também sem grande parte do legado de sabedoria da humanidade. O mito não é uma falsa expressão, mas uma linguagem simbólica, a única à altura, para falar de valores e compreensões que uma linguagem descritiva, científica ou jornalísta não articula. Se cremos que a Bíblia é a palavra de Deus, temos que acreditar que Deus se revela através da linguagem mítica, poética, narrativa. Afinal, esta é a marca literária das Escrituras. Desistir dessa linguagem é desitir da Bíblia.
      Quanto à idéia de inerrância e infalibilidade, sei que mexo em um vespeiro fundamentalista. Mas é uma ingenuidade tratar qualquer que seja a expressão linguística como infalível. Deus é infalível. Mas o que Deus nos fala vem através de palavras, e as palavras são sempre precárias. Mudam de sentido com o passar do tempo, da cultura, do contexto, das línguas e das individualidades. Além disso, falando da Bíblia, temos os processos de transmissão dos textos, as traduções, as versões, que por mais rigorosos que possam ser, são tão precários quanto à capacidade humana de se comunicar.
      Na minha opinião, essa é a grandeza da Bíblia, sermos revelados de Deus apesar da precariedade de nossa linguagem. Coisa de gente que ama o suficiente para ter fé.

  6. #10 por robson santos sarmento em 26/06/2009 - 12:53

    A vida cristã não pode abrir mão do doce e afável desafio da interdependência. Isto implica evitarmos assumirmos a postura de uma vertente alumiada, tão somente, em razão de não compartilharmos com uma linha evangelical pouco afeita a profunidade. Evidentemente, o lançamento da obra ”salvos da perfeição” nos convida a refletirmos minuciosamente na simplicidade e singela manifestação do evangelho. E, sem sombra dúvida, fomenta-nos a uma inter-relação de veia comunitária e dialogal com o outro. Afinal de contas, de nada adianta permanecermos num gueto de idéias, a partir do momento em que não as compartilhamos. Por isso, a presente obra tem um quê de inocência nas palavras e paralelamente de afã nas imagens. Ademais, possamos nos deliciar e embevecer com as lágrimas de uma humanidade aberta as vicissitudes e intempéries da vida, regidas pela Graça lúdica e revolucionária.

  7. #11 por José Eudes da Silva em 03/07/2009 - 16:59

    Elienai,
    Meus compromissos são com a verdade, não tenho nada haver com “futrica” denominacional, diga-se de passagem, “futricas” deve existir na denominação em que você está inserido, tanto é que teve que voltar para Tatuapé-SP e deixar a Betesda em Fortaleza-CE. Sou apenas um cristão que vem observando o andar da carruagem nos últimos anos no meio evangélico brasileiro, onde vejo teologias enterradas sendo desenterradas, colocando em jogo o poder e autoridade de Deus, com frases tipo: “não cremos em um Deus que tudo ordena e orquestra” ou “ afirmar que Deus conhece o futuro é o mesmo que afirmar que já esteja pronto”. Deus pode tudo, ele sabe tudo, sabe até mesmo quantos cabelos temos em nossa cabeça. A benção não está na diversidade e sim nos verdadeiros adoradores de Deus que o adorem em espírito e em verdade, que veja a soberania dEle. Irei ler seu livro sim, depois de ler irei expor aqui a resenha do livro, afinal o próprio Senhor Jesus alertou sobre os falsos mestres.

    • #12 por Jonildo Farias em 15/07/2009 - 16:06

      Caro Irmão em Cristo.
      Peça ao Espirito Santo para que lhe dê entendimento, para que voce possa compreender as verdades do Reino dos Céus, viver sua vida cristã sem nenhuma confusão mental, seja por palavras ou sentimentos. O mesmo Criador do universo, cujo Espírito pairava sobre a face das águas, tem o mesmo poder para organizar o caos da confusão e dar beleza e vida. Apóstolo Pedro andou com Jesus e no entanto não queria se misturar com o centurião Cornélio, mas o Espirito santo já havia sido derramado em Cornélio que era diferente de Pedro. Pedro estava enganado e Deus lhe deu entendimento. O que importa agora não é se Deus conhece o futuro ou não, e sim o que fazemos no presente, se vivemos na presença dEle, se nos parecemos com Jesus. O futuro pertence a eternidade. Ficarias louco tentar desvendar os pensamentos de Deus. Nossa compreensão é muito limitada pra tentar desvendar estas questões. Querer estas respostas prontas, vencer um debate é resultado do que aconteceu no jardim do Édem. Talvez quando O vermos face a face poderemos perguntar pessoalmente a Jesus sobre todas as curiosodades sobre Deus. Por enquanto façamos o que diz a palavra: em 1Tess.
      9 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,
      10 Que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
      11 Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.
      12 E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;

      Deus te abençoe.

  8. #13 por Roberto Freire em 06/07/2009 - 19:10

    Deus é Deus, alguém duvida? Ele é poderoso e grande El Shadai, o Deus do impossível, o Deus de milagres, o Deus que conhece presente, passado e futuro, isso mesmo, ele conhece as coisas do futuro antes mesmo de acontecer, Ele é o Rei dos reis e Senhor do Senhores, vamos parar com tantas teologias e filosofias acerca de Deus. Querem mesmo saber da verdade? Leia a Biblia.

  9. #14 por Michel em 07/07/2009 - 18:24

    Olá Elienai,
    Gostaria de saber sobre estas frases “não cremos em um Deus que tudo ordena e orquestra” ou “ afirmar que Deus conhece o futuro é o mesmo que afirmar que já esteja pronto”. São do seu livro? Me explique a sua versão de Deus…

    • #15 por Elienai em 08/07/2009 - 16:09

      Michel,
      as frases não são do livro, como já bem esclareceu a Tânia. Mas refletem o que penso sobre a vida. Porque de Deus só consigo pensar o que vivencio.
      Apesar do clima anti-heresias que se criou, principalmente por irmãos que defendem o determinismo histórico, ou seja, a crença de que tudo o que acontece está sobre o controle e determinação divinas, ainda sim insisto em não varrer para debaixo do tapete preguiçoso dos mistérios e paradoxos minhas dúvidas e propostas.
      Mesmo não sendo o forum nem meu livro os lugares dessas discussões, posso dizer o que penso sobre o assunto.
      Creio que Deus é todo poderoso e que conhece tudo. Minha questão com o conhecimento do futuro nada tem a ver com o que Deus é capaz, mas com as consequências de tal conceito para liberdade humana. Alguém pode até optar por descrer na liberdade, autonomia e responsabilidade humanas, mas se quiser acreditar não poderá conviver com a idéia de um Deus que conhecendo o futuro se relaciona conosco. Porque se conhece o futuro, ele já existe. Se já existe, foi Deus quem o determinou, porque senão Deus seria também sujeito a uma força maior do que Ele.
      O que acredito é que o futuro não existe. Que ele será escrito pelas decisões que tomarmos junto com todos os fatores que incidirem sobre nós, ou seja, em nossa história. Se não existe, não há o que conhecer. Se existisse, é claro que Deus o conheceria.
      Um Deus que conhece o futuro e se relaciona conosco fazendo-nos crer que nossas decisões importam é um cínico, certamente não é Deus.
      Um Deus que conhece o futuro é seu responsável direto, logo, autor de todas as mazelas e perversidades que na história se manifestam. Não posso crer assim.
      A Bíblia nos dá respaldo para crer tanto em coisas do futuro determinadas, como indeterminadas. Cabe-nos interpretação. Na minha opinião o chão que pisamos determinará como interpretaremos. Se nosso chão for o das nossas cidades, do nosso mundo, escolheremos um Deus compassivo que sofre ao nosso lado para não abrir mão de nossa liberdade e decorrente amor legítimo. Se o chão for o da instituição religiosa, continuaremos repetindo afirmações que violentam mentes críticas e ávidas por sentido.
      Coloco meu blog à disposição para essas outras discussões que não as do livro. elienaijr.wordpress.com
      Um abraço,
      Elienai

  10. #16 por Tânia em 08/07/2009 - 08:08

    Michel,
    A frase “não cremos em um Deus que tudo ordena e orquestra” é do Ricardo Gondim que é líder da Igreja Betesda , e “afirmar que Deus conhece o futuro é o mesmo que afirmar que já esteja pronto” é de uma matéria no site http://www.ricardogondim.com.br, escrita por Elinai Jr. O que dá pra sentir é que não sabemos onde esses “filosofos” a respeito de Deus quer chegar.

    • #17 por Elienai em 08/07/2009 - 16:22

      Tânia,
      não só os filósofos, mas os engenheiros, os garis, os professores e todas as classificações que couberem na diversa realidade humana tem acesso a graça de Deus. Pensar sobre Deus nunca foi privilégio dos teólogos diplomados, ou religiosos com feição particular. Mas eu não acho que excluir foi sua intenção. Mas é minha intenção lembrar que a riqueza do Reino de Deus é que pode vir inclusive na insistência de brigar pela vida de uma Siro-fenícia, tanto quanto na fé mais expressiva de um centurião romano, politeísta e pagão.
      Talvez sua compreensão de que meu pensamento e do Ricardo, citado aqui por você, seja de “filósofos” seja porque escolhemos uma linguagem menos religiosa para falar de Deus, o que não deveria nos reprovar, Jesus fez o mesmo com suas parábolas e respostas em forma de pergunta. Ou quem sabe o fato de incluirmos em nossas conversas as vozes de poetas, romancistas, ensaistas e outros com o fim de enriquecer nossos diálogos, mas também não acho que isso deveria incomodar, afinal de contas, o próprio Apóstolo Paulo citava os poetas gregos em seus sermões, como o fez aos atenienses e à Timóteo.
      Veja, não tenho cartas nas mangas para que você suspeite de um “aonde querem nos levar”. Sou um cristão apaixonado por Jesus e comprometido com o seu Reino. Pastoreio desde os 22 anos de idade. Dediquei minha vida a um propósito que nunca escondi de ninguém: proclamar o evangelho e promover o Reino de Deus.
      Um abraço,
      Elienai

  11. #18 por Cerestino em 08/07/2009 - 14:36

    Citando novamente Ricardo Gondim em seu livro: “é proibido – o que e bíblia permite e a igreja proíbe”, é só no relacionamento com Jesus, pela sua Graça. Pois pela Graça somos salvos e santificados!

    simples, porém árduo.

    E particularmente tenho prestado atenção no amor como força transformadora e justificadora. Deus é amor. Podemos amar. Eu acho que o amor justifica, salva, transforma.

  12. #19 por Tânia em 09/07/2009 - 19:34

    Michel,

    O próprio Elienai assume sua posição teologica a respeito de Deus ao dizer: “as frases não são do livro, como já bem esclareceu a Tânia. Mas refletem o que penso sobre a vida. Porque de Deus só consigo pensar o que vivencio…..”. Sendo assim, ele realmente acredita que Deus não sabe do furuto, ou seja, ele acaba de assumir a TEOLOGIA RELACIONAL (Teísmo Aberto) utilizada dentro da comunidade evangélica (BETESDA) a qual ele é pastor. Uma pena que existem evangélicos que ainda dão crédito a tais autores relacionais. Que a Paz de Jesus Cristo esteja com todos.

  13. #20 por Alfredo em 10/07/2009 - 08:09

    Olá,
    fiquei surpreso ao ler esses comentários tanto de pessoas visitantes como o próprio autor (Elienai Jr) dando respostas de explicações a cada comentário, senti o desejo de também comentar e expor o que sei sobre Deus e sua Onisciência. DEUS É ONISCIENTE, conhece perfeita e simultaneamente, e como em um eterno “agora”, todas as coisas que são Rm 11:33 (Dt 29:29; Sl 147:4-5; Is 40:28). Deus de maneira inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples. O conhecimento de Deus tem suas características: É arquétipo, Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria idéia anterior à sua existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este conhecimento não é obtido de fora, como o nosso (Rm.11:33,34). É inato e imediato, não resulta de observação ou de processo de raciocínio (Jó.37:16) É simultâneo, não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua totalidade, e não de forma fragmentada uma após outra (Is.40:28). É completo, Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente consciente (Sl.147:5). Deus tem conhecimento de Si mesmo e de todas as coisas possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de sua onipotência. É chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade divina. (Por exemplo: O conhecimento do mal é um conhecimento necessário porque não é da vontade de Deus que o mal lhe seja conhecido (Hc.1:13) Deus não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não por experiência, que envolve uma ação de Sua vontade, mas sim por simples inteligência, por ser ato do intelecto divino (veja IICo.5:21 onde o termo grego ginosko é usado). Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das coisas que existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. É também chamado visionis, isto é, conhecimento de vista. Deus pode conhecer previamente as ações livres dos homens(presciências). Deus decretou todas as coisas, e as decretou com suas causas e condições na exata ordem em que ocorrem, portanto sua presciência de coisas contingentes (ISm.23:12; IIRs.13:19; Jr.38:17-20; Ez.3:6 e Mt.11:21) apoia-se em seu decreto. Deus não originou o mal mas o conheceu nas ações livres do homem (conhecimento necessário), o decretou e preconheceu os homens. Portanto a ordem é conhecimento necessário, decreto, presciência. A presciência de Deus é muito mais do que saber o que vai acontecer no futuro e que inclui Sua escolha efetiva (Nm.16:5; Jz.9:6; Am.3:2). Veja Rm.8:29; IPe.1:2; Gl.4:9. Como se processou o conhecimento necessário de Deus nas livres ações dos homens antes mesmo que Ele as decretasse? A liberdade humana não é uma coisa inteiramente indeterminada, solta no ar, que pende numa ou noutra direção, mas é determinada por nossas próprias considerações intelectuais e caráter (lubentia rationalis = auto-determinação racional). Liberdade não é arbitrariedade e em toda ação racional há um porquê, uma razão que decide a ação. Portanto o homem verdadeiramente livre não é o homem incerto e imprevisível, mas o homem seguro. A liberdade tem suas leis – leis espirituais – e a Mente Onisciente sabe quais são Jo.2:24,25). Em resumo, a presciência é um conhecimento livre (scientia libera) e, logicamente procede do decreto, “…segundo o decreto sua vontade” (Ef.1:11). A sabedoria de Deus é a Sua inteligência como manifestada na adaptação de meios e fins. Deus sempre busca os melhores fins e os melhores meios possíveis para a consecução dos seus propósitos. H.B. Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz os melhores resultados possíveis com os melhores meios possíveis. Uma definição ainda melhor há de incluir a glorificação de Deus: Sabedoria é a perfeição de Deus pela qual Ele aplica o seu conhecimento à consecução dos seus fins de um modo que o glorifica o máximo (Rm.ll:33-36; Ef.1:11,12; Cl.1:16). Encontramos a sabedoria de Deus na criação (Sl.19:1-7; Sl.104), na redenção (ICo.2:7; Ef.3:10) . Deus conhece nosso coração: 1Jo 3:20; Tudo o que acontecerá At 15:18 (Is 46:9-10; At 2:23); tudo que aconteceria em todas as circunstâncias possíveis (1Sm 23:12; Mt 11:23); O plano total dos séculos Ef 1:9-12 (Pv 5:21; Rm 8:28-30; Ef 3:4-9; Cl 1:25-26); O bem e o mal Pv 15:3 (Ml 3:16); Os homens Pv 5:21 (Ex 3:19; 2 Rs 7:1-2; Sl 33:13-15; 41:9; Sl 69:5; Jr 1:5; Mt 10:30; 20:17-19; At 3:17-18; Gl 1:15-16; He 4:13; 1Pe 1:2; 1:20 + Mc 13:32); tudo na natureza, toda estrela, todo passarinho Jó 37:16; Sl 147:4; Is 42:9; Mt 10:29-30; Os feitos do homem Sl 139:2-3; Jr 16:17; As palavras do homem Sl139:4; os pensamentos e imaginações do homem 1Rs 8:39; 1Cr 28:9; Sl 44:21; 39:2,4,11,13; Lc 16:15; Rm 8:27; 1Jo 3:20; as necessidades e tristezas do homem Ex 3:7; Mt 6:32. A sabedoria é personificada na Pessoa do Senhor Jesus (Pv.8 e ICo.1:30; Jó.9:4; veja também Jó 12:13,16). Toda honra, glória e louvor a Ti meu Deus, perdoe essas pessoas que erram em achar que estão certas com seus pensamentos a seu respeito.

  14. #21 por Fábio Edson em 10/07/2009 - 16:40

    Parabens Elienai. Fico triste com o que fizeram com o povo evangélico, um povo intolerante, parece-me uns xiitas, sei lá.
    Continue postando e escrevendo seus pensamentos, Deus o fêz livre e salvo dos perfeitos.
    Abraços.

  15. #22 por Michel em 11/07/2009 - 20:39

    “Um Deus que conhece o futuro é seu responsável direto, logo, autor de todas as mazelas e perversidades que na história se manifestam. Não posso crer assim.” Baseado em suas afirmações, eu só posso crer que cada cristão escolhe o Deus para si, seja legalista ou um Deus de graça. Cada um “faz” a sua teologia! É difícil demais para mim acreditar num Deus que não conhece o futuro… eu acredito que as nossas decisões estão diante de Deus, sejam elas boas ou as más, mas Ele não interfere nelas. Ou como disse o Ed René “as vezes Deus interfere no livre-arbítrio como fez com o profeta Jeremias.” Só posso concluir uma coisa: Deus é Deus de pessoas e não de teologias prontas que O colocam numa fórmula matemática.”

    • #23 por ELENILDA GRAMISCELLI SALES em 05/10/2009 - 16:52

      É verdade Michel,

      Enquanto teólogos, aprendizes de teólogos, leigos e simpatizantes destes círculos discutem coisas indescutíveis acerca da onisciência, onipotência e onipresença de Deus, a esquecida Bíblia Sagrada, que talvez tenha deixado de ser até mesmo Sagrada, porque já tornou-se “questionável”, continua dizendo a verdade através dos séculos, aos que têm ouvidos…

      3 Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
      4 e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. (2ª Timóteio 4.3-4)

      Ou será que eles vão querer dizer também que este texto é um mito? Francamente! Não gosto de discussões teológicas e nunca me envolvo nelas, mas não pude me conter porque estes argumentos são nada mais do que falácias para desmentir, diminuir, empobrecer, questionar, tanto a imutável Palavra de Deus, quanto o imutável Deus da Palavra! Não podemos diminuir Deus e enlatá-lO afim de que caiba em nossa percepção humana da vida para torná-lo mais próximo do nosso ser. Lembremos que a maior expressão da compaixão Divina estava no Gólgota.

  16. #24 por Michel em 11/07/2009 - 20:41

    numa fórmula de física. fica melhor assim…

  17. #25 por Julio Cesar Cutrim em 12/07/2009 - 22:12

    Gostei do seu livro. Eu o li em uma semana e tirei proveito de cada capítulo. Parabens pelos belíssimos insights. Ao ler o livro ‘Salvos da Perfeição’ recordei de várias de suas ministrações. É muito bom ter parte de suas reflexões em mãos agora.
    Recomendo a leitura desta obra para todas aquelas pessoas que estão com sede e com fome de alimento ‘sólido’. Recomendo àquelas pessoas que valorizam o pensar e o refletir e estão cheios da mesmice dos jargões religiosos. Recomendo às pessoas que chegaram à conclusão de que não são ‘donos’ da verdade, que entendem que a verdade é uma construção cujo acabamento não chegou a sua conclusão. Recomendo às pessoas que ‘sabem’ ler com entendimento, que sabem perceber a ‘gravidade’ e a seriedade dos temas abordados nesta obra. Recomendo a leitores que se permitem entender que a escrita de um autor com frequência é resultado de muita pesquisa e muitas outras obras lidas. O papel do leitor é no mínimo de respeito e humildade, afinal não conhecemos todo o material de pesquisa do autor.
    O livro é apropriado para nossa época, responde a várias questões que a grande maioria das pessoas fora da religião possue. E às pessoas envolvidas na religião terão muito subsídio para refletir, pensar e repensar, pesquisar e descobrir. Vale a pena. Leia já.

  18. #26 por Tânia em 12/07/2009 - 23:05

    Parabéns Michel pelo belo comentário, uma pena que muita gente ta sendo influenciada por essas teologias.

  19. #27 por patrícia em 27/11/2009 - 09:36

    exepcional Pr. seu livro nos tira da bitola pronta, pregada hoje nos grandes auditorios “evangelicos” até na música do padre fábio de melo expressa a compreençao de Deus na minha humanidade.
    voçe apenas externa o os hipocricas encondem atrás do seu fundamentalimo .
    patrícia. maracanau ce.

  20. #28 por PASTOR TEOLOGO em 23/10/2010 - 19:29

    boa noite,
    elienai voce é uma pessoa que deus tem levantado de forma maravilhosa que o senhor continue lhe usando no reino de deus de forma extraordinaria ! um abraço

  21. #29 por Marcos em 02/02/2013 - 11:58

    Este livro é incrível…Estava afastado da igreja por questões que não sabia e nunca soube explicar mas este livro é um verdadeiro convite ao retorno à fé. Parabéns Pastor Elienai. Bendito seja Deus que moveu seu coração a escrever coisas tão sábias e profundas. É desta lucidez que a igreja hodierna necessita. Vejo nos seus escritos um Deus mais humano, mais presente, mais amoroso bem longe dessas incursões fundamentalistas e sem sentido que quando no muito anestesiam as mentes incautas. Minha gratidão

(não será publicado)