A vida do bispo Robinson Cavalcanti (1944-2012) marcou a muitos. Neste espaço, lembramos e celebramos os desafios, risos e lágrimas que compartilhamos influenciados pela sua presença.
#1 por Carlos Caldas em 29 de fevereiro de 2012 - 9:58
A última semana de fevereiro de 2012 começou péssima. Recebi com assombro e muita tristeza a notícia da morte de Robinson Cavalcanti. Desnecessário dizer que tal notícia me abalou, e muito. Conheci o Robinson em 1986, por ocasião de um congresso nacional da ABU em Fortaleza. Mas antes disso, quando seminarista no Seminário Presbiteriano do Sul em Campinas já havia lido o CRISTIANISMO E POLÍTICA dele. Fiquei maravilhado com a leitura. Desde então tivemos um relacionamento muito bom. Estivemos juntos no CLADE III (Terceiro Congresso Latino-Americano de Evangelização) em Quito em 1992. Toda vez que eu ia ao Recife eu me encontrava com ele. A última vez foi em setembro de 2011. Várias e várias vezes almoçamos e jantamos juntos. Conversávamos frequentemente. Eu sempre me dirigia ele dizendo “Salve meu Bispo!” Durante estes anos todos toda vez que recebia Ultimato eu cumpria um ritual: lia as “Cartas dos leitores” e depois lia o texto do Robinson. Só então ia ler os outros textos. Assisti a muitas palestras dele, e li incontáveis dos seus textos. Admirei muitíssimo sua capacidade rara de se expressar com uma facilidade impressionante tanto no discurso oral como no discurso escrito. Poucos são os que conseguem se sair bem nestas duas possibilidades. Robinson foi um destes poucos. Seu texto era ágil e fluente, suas palestras extremamente bem humoradas. Aliás, o bom humor era uma de suas marcas registradas. Um raciocínio muito rápido, arguto, uma capacidade impressionante de observação. Robinson foi o pioneiro na comunidade evangélica brasileira a introduzir temas para a reflexão como a questão da sexualidade e do envolvimento sócio-político. Não se usava ainda no país a expressão, mas Robinson foi pioneiro no que hoje chamamos de Teologia Pública. Era intensamente apaixonado pelo que fazia. Evangelical convicto, foi pioneiro também na reflexão teológica contextual latino-americana, tendo sido o único brasileiro a participar da reunião de organização da Fraternidade Teológica Latino-Americana em Cochabamba, Bolívia, no início da década de 1970. Gostava de dizer que foi o único brasileiro a participar de todos os congressos de Lausanne e de ter sido o primeiro evangélico brasileiro a estudar Ciência Política em nível de pós-graduação. Ele também era apaixonadíssimo pelo anglicanismo. Dava gosto ver como ele era entusiasmado com a proposta anglicana de “via média”, mas um anglicanismo protestante, fiel à proposta de Richard Hooker, mas ao mesmo tempo um anglicanismo que assume e leva a sério sua herança litúrgica, que é católico mas não é romano. Uma expressão que ele sempre usava era “estadista do Reino”. Robinson Cavalcanti foi um estadista do Reino de Deus. Eu me lembro muito bem de textos dele que me emocionaram muito, por exemplo, quando do falecimento de Dionísio Pape, missionário inglês do movimento estudantil que atuou por muitos anos no Brasil. Robinson influenciou profundamente a minha geração, a mim particularmente. Citei vários de seus textos publicados em Ultimato na minha tese de doutorado a respeito de Orlando Costas, e me lembro dele me falando dos encontros que teve com Orlando em vários encontros da FTL e de outros movimentos protestantes mundiais. Ele era admirador inconteste de Martin Luther King Junior (havia um poster do Rev. King Junior em uma das paredes do escritório de sua diocese no Recife) e de Dietrich Bonhoeffer. Era grato ao legado dos missionários protestantes dos Estados Unidos, especialmente os da primeira leva, que aqui aportaram no século XIX, mas ao mesmo tempo era crítico contundente dos missionários que chegavam especialmente a partir da segunda metade do século XX, marcados por um fundamentalismo estreito e estúpido (dizer que o fundamentalismo estadunidense do pós-guerra que infelizmente é até hoje muito influente na mentalidade evangélica brasileira é estreito e estúpido é o paroxismo do pleonasmo) Todavia, eu discordava de algumas de suas opiniões. Ele era entusiasta da opção episcopal da administração eclesiástica, mas exagerava nas conclusões em sua leitura da história. Um dos seus textos publicados em Ultimato tecia crítica – acertada – ao Estado de Israel em seu tratamento para com os palestinos, mas errava a meu ver ao exagerar até no título: “Palestina, o holocausto dos filhos de Ismael”. Não se pode usar a palavra “holocausto” neste caso. Outro texto dele que causou espécie, também publicado em Ultimato foi “Os terreiros de Jesus”, no qual defendia ousadamente (a audácia e a coragem de inovar eram outras de suas marcas registradas) uma contextualização, a organização de terreiros não de umbanda, mas “de Jesus” como dizia o título do texto. Discordava também de uma expressão que ele usava com frequência para se referir ao anglicanismo – ele defendia que o anglicanismo e o luteranismo faziam parte do que ele chamava de “primeira Reforma”. Nunca entendi em que sentido estas duas correntes do protestantismo seriam uma “primeira” reforma. Discutimos – no bom sentido da palavra – a este respeito. Robinson sofreu muito. Acompanhei algumas das crises que viveu em sua denominação. Foi perseguido e injustiçado internamente em sua denominação mas não abriu mão de suas convicções. Sofreu também muito por questões familiares, ao ponto de ter acontecido o que aconteceu. Escrevo estas linhas mas até agora me recuso a acreditar que Robinson e Míriam tenham nos deixado de maneira tão estúpida e brutal. Lamento muitíssimo e choro de tristeza por esta perda. Robinson representou muito para o evangelicalismo brasileiro. Sua história ainda precisa ser contada. Que o Senhor a quem Robinson serviu conforte os familiares e nos dê forças para continuarmos na caminhada. Robinson deixa legado abençoado. Parafraseando o que Karl Barth disse a respeito de João Calvino, que nós que o conhecemos, com ele convivemos, rimos de suas piadas, celebramos a vida com ele, possamos continuar, apesar de tristes e sem entender porque isto aconteceu, seguindo, não o Robinson, mas aquele que foi o mestre de Robinson.
#2 por Rev. Pr, João Batista em 1 de março de 2012 - 8:49
Tive o privilégio de conhecê-lo a 12 anos, suas palavras sempre foram de grande firmeza e valor teológioco para a igreja. Certamente uma falta terrível ele fará no nosso meio, como pessoa, como mestre e como pastor.
Que Deus possa consolar-nos, a todos nós que nos consideramos da sua família.
#3 por Ricardo Mattos em 29 de fevereiro de 2012 - 12:30
Obrigado Amigo Carlos Caldas, por tão emocionada e sincera homenagem ao Amigo e Irmão Robinson Cavalcanti. Deus console todos os que estão se considerando órfãos neste momento, de um dos grandes pensadores, teólogos e especialmente Servos comprometidos com o SENHOR JESUS, como foi Dom Robinson.
Compartilho de seu sentimento e pesar.
Pr. Ricardo Mattos
Campinas – SP
Robinson Cavalcante na minha vida
Aos 19 anos, eu sofria de uma dicotomia teológica que debilitava minha fé. De um lado, entendia a importância de trabalhar para o reino de Deus, de outro, via o que meus amigos marxistas insistiam em apontar: uma igreja totalmente alienada da vida real e sofrida de tantos ao meu redor.
A gota d’água foi quando a Dona Antônia, uma selhora de 60 anos, negra e quase cega, caiu numa fossa aberta na calçada à caminho da igreja e como consequência teve sua perna amputada. Ao visitá-la, o meu pastor escolheu ler para ela aquela passagem: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.”
Só que ele não julgou importante levar alguma palavra de Deus para o hospital que tinha demorado 10 horas para prestar assistência, ou para o médico que a atendera sem sequer lhe dar um banho, ou para a cidade que insistia em manter fossas nas calçadas das ruas. Era uma fé muito privada. Parecia que Deus não tinha nada a dizer sobre a injustiça. Saí da igreja.
Minha fé continuou débil até o Robinson Cavalcanti passar pela minha cidade, numa série de palestras eletrizantes que me mostraram que o Jesus da Bíblia não estava nenhum pouco alienado da situação política e social do meu país, do meu povo. Gravei suas palestras numa daquelas fitas cassetes e elas se tornaram o meu talismã. Eu carregava a fita para todo lado. Elas serviram como o meu guia de sobrevivência durante os anos de formação universitária.
O Bispo Robinson foi a primeira pessoa a me dizer que o meu interesse pelas questões sociais estava em sintonia com a visão de Jesus para o nosso mundo e até para a minha vida. Ele foi o primeiro a me dizer que os profetas não estavam mortos.
Como um bom profeta, ele dizia muitas coisas provocativas, tinha um humor altamente sofisticado, um palavreado rebuscadíssimo que nos deixava matutando sobre o quê exatamente quis dizer. Às vezes nos deixava irados. Isto foi muito bom para mim. Voltar às suas palavras, rever o que disse, tentar traduzir suas máximas, se tornou um exercício importante para a minha vida.
Dou graças a Deus pela sua vida e me uno a milhares, quem sabe milhões, num profundo lamento pela nossa perda. O que me consola, um pouquinho, é imaginar as conversas dele com Jesus naquele espaço eterno que nos é vedado mas que é o novo contexto do Pr. Robinson e sua esposa Miriam. Nos vemos lá, um dia.
Recebi a notícia da trágica partida do nosso bispo e de sua esposa justamente no momento em que eu estava me deleitando em algumas de suas palestras, entre elas uma proferida num congresso da ABU, e outra, proferida num simpósio da editora Vida Nova. Estava a admirar o gênio e a perspicácia de Dom Robinson ao tratar de fatos concretos os mais variados e inusitados possíveis no âmbito da existência humana. Acima de tudo, para mim, no ouvi-lo falar, havia sempre uma rica oportunidade de aprender como apresentar as Boas Notícias de Nosso Senhor Jesus Cristo como uma dínamo transformador de nossa realidade concreta e, também, como fornecer, mediante essa mesma mensagem, respostas e soluções plausíveis para os dilemas dos homens e mulheres de nosso tempo. Confesso que, como estudante universitário, sinto-me cada dia mais compelido a fazer de seus exitosos passos no mundo acadêmico uma trilha para mim. No mesmo sentido, através de seu labor pastoral, pude entender da melhor e mais nítida forma possível o que é que significa ser um bispo, um pastor de almas. Antes de aprender o sentido do episcopado com Dom Robinson, eu achava que “bispo” era apenas umas das peças de tabuleiro de xadrez… Mas, enfim, aquela notícia ingrata não era uma pegadinha, como eu muito desejei que fosse: ele realmente se foi! Conosco então, que ainda militamos, irá permanecer o seu vasto legado. Contudo, para esse momento em que percebemos um enorme vácuo, precisamos de forças, de ânimo e das consolações do Divino Espírito Santo para prosseguirmos. Que Deus nos ajude e nos conduza adiante, rumo à Canaã.
Asp. Leonardo Morais, Jr., ofa
Ponto Missionário Anglicano de Santo Estevão Mártir -DAR
Francisco Beltrão-PR
Em 2002 li pela primeira vez um livro de Robinson Cavalcanti, o relançamento feito pela Editora Ultimato de “Cristianismo e Política”. Entretanto fui ouvir ele pessoalmente apenas em 2007 em São Paulo. De lá para cá estive presente em suas palestras/pregações pelo menos uma dezena de vezes, seja em Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
Por duas vezes tive o privilégio de estar à mesa com ele e ouvir suas histórias. A primeira em 2010 em São Paulo, logo após sua pregação na IBAB, juntamente com Volney Faustini e os pastores Fabricio Cunha e Levi Araújo, tivemos um jantar repleto de histórias trazidas pela memória do bispo e palavras de incentivo e sabedoria.
A última vez foi em Campinas no final de 2011 onde ele palestrou na FTL (Fraternidade Teológica Latino Americana) da qual foi um dos fundadores na década de 70. Fomos jantar com alguns pastores, entre eles Wilson Costa e João Leonel. Mais uma vez sua simplicidade e alegria estiveram presentes a mesa.
Nos últimos três anos esteve envolvido na gestação da recém criada Aliança Cristã Evangélica Brasileira. Participou de sua fundação no final de 2010 e era um de seus principais entusiastas. Tive o privilégio de estar envolvido com ele neste processo, achei graça quando me chamou de “ministro das comunicações” da Aliança Evangélica. O humor era algo que nunca lhe faltava.
Na terra deixou saudades. Porém para os que crêem na ressurreição do corpo, dizemos um até breve!
Parabéns a equipe Ultimato por tão bela homenagem.
Em 2000 no Congresso Nacional da ABUB em Belo Horizonte tive o primeiro contato com o D. Robinson. Me lembro muito bem de uma frase que falou na ocasião “o Reino de Deus nos capacita a sermos cidadãos do céus e da terra”. Pra mim foi muito marcante ver alguém com uma mensagem tão contundente num momento tão importante em minha vida. Aos 16 anos de idade eu estava me descobrindo como missionário no ambiente estudantil.
Depois daí tive acesso regular aos seus textos por meio da revista Ultimato. Estes sempre me serviram de referencial profético sobre cidadania e vida cristã.
Na ABU Nordeste pude vivenciar sua simplicidade, pois mesmo com agenda lotada nunca negou nossos convites. Em 2008, em ocasião do Curso de Férias da ABU Nordeste tivemos o prazer de ouvir seu testemunho: falou sobre o seu chamado e como exercia a docência, a assessoria auxiliar durante dez anos e o episcopado; falou também sobre suas relações pessoais, como conheceu sua esposa Míriam, também falou como conseguia conciliar tantos afazeres e manter uma vida com certa tranquilidade e uma rotina devocional.
O que posso dizer é que toda vez que o D. Robinson esteve presente em nosso meio voltávamos pra casa encorajados e dispostos a exercer o ministério onde quer que fosse.
Minha noiva era responsável pelo contato da ABU Recife com os profissiosnais e ex-abeuenses, portanto, necessáriamente teve muita aproximação com o Robinson e na segunda-feira desta semana, chorando muito ela me deu a triste notícia. Agora neste momento ela está no velório do Robinson e de sua esposa Míriam.
Ainda estamos muito abalados com o triste acontecimento e pela forma que este ocorreu. Estamos preocupados com a família do Robinson, mas de certa forma sabendo que em breve estaremos juntos eternamente.
#8 por George Henrique Kling de Moraes em 29 de fevereiro de 2012 - 16:01
Muito dolorida esta morte tão prematura. Como pode ser lido nos comentários anteriores foi um exemplo de cristão moderno. Deixará muitas saudades. Mas temos que continuar nossa peregrinação nesta espaçonave terra. Que o Deus do Universo nos sustente durante a cicatrização desta ferida. George Moraes
#9 por Ramon Velasquez em 29 de fevereiro de 2012 - 16:39
Tristeza, consternação e saudades de nosso Amigo e Mestre Robinson Cavalcanti…um Guerreiro que ao longo de sua Jornada, defendeu como poucos, o Evangelho…um Discípulo de Cristo, pois sempre posicionou-se a favor dos direitos dos pobres e oprimidos, defendendo todas as causas favoráveis aos mesmos…e um Profeta que soube erguer sua voz e sua caneta para exortar, admoestar, ensinar e denunciar as mazelas de nosso tempo…fomos Amigos de luta no MEP, em várias causas, em Campanhas Eleitorais (89, 90, 94, 2002), na maioria das vezes, preferia o anonimato, mas jamais se furtou à responsabilidade de proclamar o Evangelho…foi para mim um Grande Exemplo de Cristão…já sentimos sua falta!!!
Ramon Velasquez – Ex-Prefeito de Rio Grande da Serra-SP, ex-Presidente do Consórcio de Prefeitos do Grande ABC Paulista e ex-Presidente do MEP-SP
#10 por Ednilson Rodrigues em 29 de fevereiro de 2012 - 16:42
Perdi um mestre…. Alguém que ouvia com admiração e procurava seguir na caminhada. Que Deus console a todos. Bispo Robinson Cavalcanti, ainda chocado e inconformado pela noticia, agradeço a Deus por sua vida e obra.
#11 por Denicce em 29 de fevereiro de 2012 - 16:45
Sábio, conselheiro, e que nos levava a todos a repensar o papel da igreja na sociedade atual. Certamente suas palavras nos farão falta, mas seu exemplo nos inspirará a seguir adiante, rumo a Cidade Celeste onde todos havemos de nos encontrar um dia.
Uma tragédia dessas, um filho que mata a facadas pai e mãe, nos tiraria a paz no dia.
Isso se agrava quando pai e mãe brutalmente assassinados, são dois arautos do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Todos têm razão. Perde a Igreja, perde o povo do Deus altíssimo, perde a sociedade em geral.
Mas, irmãos um pouco mais distantes, vocês não têm ideia do quanto se perde de alegria, do quanto as mesas ficarão mais tristes. As histórias serão menos interessantes. Os dados e informações voltarão a ser frios. As conversas serão mais enfadonhas.
Aquele que sabia contar histórias como ninguém, fazer rir e chorar, que sabia bater sem doer, que esticava monólogos que tinham tudo para dar sono, mas instigavam e faziam com que duas ou três horas parecessem poucos minutos, se foi.
Se foi ontem de forma rápida, como sempre, sem despedir-se, como nunca soube fazer muito bem.
Foi-se Dom Robinson, homem ilustre e ilibado. Servo fiel do Deus altíssimo, que recebeu-o pessoalmente na glória. Homem cuja humildade era tão extensa quanto seu curriculum.
Um bom amigo mais velho, que enchia a nossa vida, a dos mais novos, de sonhos e esperança.
De tantas coisas a se lamentar, lamento o fato de que as mesas e as histórias nunca mais serão as mesmas…
#13 por Marcelo Barreto em 29 de fevereiro de 2012 - 17:59
Mesmo não tendo contato pessoal com o Robinson posso dizer que ele, por meio de seus escritos e palestras, contribuiu significativamente para a minha formação cristã, especialmente no que se refere a vida em sociedade. Confio na soberania de Deus para saber que mesmos as más notícias estão sob seu controle. Podemos aprender e nos submeter à vontade de Deus, ainda que nos custe dor.
#14 por Guilherme de Carvalho em 29 de fevereiro de 2012 - 18:40
A coisa toda doeu em mim e doeu muito. Mas sei que não doeu tanto quanto para inúmeros irmãos que o conheciam pessoalmente e de perto, que andaram e lutaram com ele. Só posso imaginar a dor de gente como o Carlos aí em cima, ou o Nelson Bomílcar, ou o Valdir, ou a turma da ABU, e a turma da Ultimato, e tanta gente…
Apenas trocamos idéias por email e nos vimos no encontro Ultimato 40 anos. Tivemos sim, um intercâmbio de idéias: li, como tantos outros, “Cristianismo e Política” no comecinho de minhas indagações sobre fé e cultura, e tivemos a honra de ter o prefácio de nosso livro “Cosmovisão Cristã e Transformação” escrito por ele, com uma compreensão e um entusiasmo que me deixaram constrangido. Devo dizer que esse prefácio nos deu a confiança necessária para entrar no universo do pensamento de missão integral brasileiro, no qual éramos e ainda somos iniciantes.
Não concordava com tudo o que ele dizia sobre política e ordem social, mas foi com alegria que testemunhei o crescimento de seu espírito evangélico nos últimos anos, com a firme decisão de se opôr à dissolução da ortodoxia e à sua absorção por qualquer ideologia secular. Ao contrário do que muitos irmãos mais à direita dizem, o Robinson acabou se mostrando mais cristão que social-democrata – ao contrário de tantos hoje que são mais definidos por sua posição política à esquerda ou à direita do que por sua fé.
Puxa, eu tinha “contas a acertar” com ele… ainda íamos nos encontrar e ter aquela séria conversa sobre o futuro da política cristã no Brasil, mas não deu, Deus não quis.
Agora resta o lamento, o “porquê?”, o luto e a luta com Deus, para que a nossa fé cresça mais um pouco. Deve ter sido terrível o peso da alma, no Robinson e na Miriam, morrendo naquelas circunstâncias, pela mão daquele rapaz; mas para eles o véu já foi removido, e já está tudo ou quase tudo explicado.
Mas não para nós. Precisamos de ajuda; precisamos que o Senhor aumente a nossa fé e a nossa esperança; que o Senhor não nos deixe vacilar na confiança diante da escuridão, coisa que o Robinson com certeza reprovaria. Lembremo-nos, então, de que anda que a terra seja sem forma e vazia, e haja trevas sobre a face do abismo, ainda assim o Espírito de Deus está ali.
#15 por Leon Souza em 29 de fevereiro de 2012 - 18:46
Quero agradecer a Deus por ter nos dado o grande prazer de desfrutarmos da presença, do ensino e da sabedoria de seu servo Robinson Cavalcanti, um nordestino que nos orgulha, um homem que nos inspira. O conheci na ABUB em 2000 no SESC-BH, e a ultima vez que o vi e o cumprimentei também foi no SESC-BH em 2010, ambas as ocasiões por conta do Congresso Nacional da ABUB. As lagrimas são inevitáveis, mas o consolo do Espírito Santo nos cobrirá.
A mim e minha família, junta-se toda a ALIANÇA BÍBLICA SECUNDARISTA, que completa 40 anos em 2012, e sem dúvida foi fruto de muito esforço dele também, e do seu apoio ao longo dos anos enquanto esteve entre nós.
A primeira vez que ouvi falar do Dom Robinson foi numa época em que eu pensava que anglicanismo era algo que só existia nos livros de História. Nascido e criado em berço pentecostal, me chamou atenção aquela figura com camisa roxa, gola clerical e cruz pendurada no pescoço nas páginas de uma revista evangélica. Podia ser um clérigo da Igreja Romana, mas o que ele estaria fazendo numa matéria dedicada a “celebridades evangélicas”? Fiquei surpreso ao ler, no rodapé da foto que ele era bispo da Igreja Anglicana.
Nessa mesma época, eu vinha sendo incomodado pela falta de identidade dos evangélicos e, ver um ministro evangélico com “roupa de padre” intensificou meu interesse por estudar aquele grupo social em que eu estava inserido, agora, com um desafio maior. Eu estava convencido de que era necessário estudar a História da Igreja, conhecer as várias doutrinas, liturgias, costumes. Eu precisava entender, historicamente, o que me separava de um católico romano, bem como entender o por quê de um bispo anglicano se vestir daquela maneira, muito mais parecido com um católico do que com um evangélico.
Em pouco tempo eu já tinha visitado várias igrejas históricas, conversado com pastores e leigos, lido textos sobre os mais diversos assuntos. Dentre centenas de textos que lia, os de Robinson Cavalcanti e de outros ministros da Diocese Anglicana do Recife sempre me despertavam especial interesse. Passei a admirar a Igreja Anglicana e, apesar de nunca ter sido membro desta igreja, nutri, por anos, muito carinho pelo anglicanismo.
Talvez, não por acaso, meu desencantamento com a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil começou num momento de crise da instituição que culminou na sua divisão. De um lado estava a maioria da igreja, teologicamente liberal, adepta de um inclusivismo sem limites, altamente influenciada pelo secularismo da Episcopal Church of USA. Do outro lado, ministros e leigos do norte e nordeste que, liderados por Dom Robinson, mantiveram-se firmes ao cristianismo bíblico e conservador.
Contudo, um dos assuntos abordados constantemente por Dom Robinson que mais me chamavam a atenção não estava diretamente relacionado ao anglicanismo. Trata-se da Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB ou simplesmente ABU). No dia em que me matriculei na UNESP em Assis-SP, tratei logo de encontrar evangélicos e buscar informações sobre a ABU. Não havia ABU em Assis, mas havia um grupo de cristãos sedentos e interessados pela missão integral da Igreja, numa luta que não é apenas espiritual, mas também social, por um mundo mais justo, pacífico e que respeite o meio-ambiente. Em pouco tempo estávamos participando dos encontros da ABU e, embora fôssemos um grupo muito pequeno, éramos o suficiente para incomodar os “alérgicos” ao cristianismo, o que talvez seja um bom sinal!
Hoje estou formado e muito feliz ao ver que a ABU está de pé e atuante em Assis. Ver aquela molecada falando de Deus na universidade e recepcionando os calouros me enche de uma alegria inexplicável. Sinto-me satisfeito e com a sensação de que, por pouco que eu tenha contribuído, uma semente muito boa foi plantada ali.
Sinto-me profundamente triste com a morte desse que, tenho certeza, foi uma das personagens mais importantes na História recente da Igreja Evangélica no Brasil. Alegro-me, no entanto, pela sua influência na minha vida espiritual e acadêmica, e pela certeza de que há muitos frutos do seu ministério espalhados por todo o mundo.
Que Deus conforte os familiares e tenha misericórida do rapaz que o matou.
Como todos,recebi a noticia da morte do amado consternada!!!! Chorei muito!!!! nunca o vi! lia seus artigos na Ultimato, e o respeitava por tudo o que ele era!!!! AInda estou chocada!!!!!
Deus abençoe e console familiares, amigos, colaboradores, e leitores ( como eu).
#18 por Revda.Solange em 29 de fevereiro de 2012 - 20:41
Registro meu sentimento de orfandade, Dom Roblnson deixa um grande vazio no espaço Teológico, grande pensador, um profeta a frente do seu tempo, expresso minha gratidão ao nosso Deus por sua vida e todo o seu legado incalculável. Que o Senhor nosso Deus, derrame do seu consolo sobre todos
O Bispo Robinson Cavalcanti, sem sombra de dúvida, fora um dos líderes evangélicos que melhor contribuiu para a formação de meu caráter enquanto pessoa e para o desenvolvimento de meu ministério enquanto pastor.
Sua pena afiada, assim como sua eloquência jovial, ficaram para sempre em minha memória.
Portanto, como uma humilde homenagem ao seu poderoso legado, faço coro as palavras do rei Davi:
“Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um príncipe e um grande homem?” 2 Sm 3.38b
Que o Senhor em sua misericórdia conforte a todos os familiares e amigos.
Até logo Bispo Robinson!
Um Bispo que deu brilho ao episcopado brasileiro. Suas palavras, seu estilo, seu humor, respeito, sabedoria e fé, ficarão como uma marca na história da Igreja brasileira.
#21 por Aldair B. Quintanilha em 29 de fevereiro de 2012 - 22:06
É lamentável… a Igreja evangélica brasileira fica sem um de seus grandes pensadores.
No ano passado presenteei um professor da minha faculdade com o livro de autoria do Pr. Robson Cavalcanti – “A Igreja, o país e o mundo”. O professor fez muitos elogios ao livro.
fica aqui registrado minha gratidão a Deus pela contribuição do Pr. Robson a minha vida.
Robinson, lamento sua partida, principalmente o modo. Junto a Péricles Couto e Jonh Stott, você se ajunta à grande nuvem de testemunhas citada pelo autor de Hebreus.
#23 por Raniere em 29 de fevereiro de 2012 - 22:24
Sou grato a Deus por ter tido o privilégio de poder conviver com o Bispo Robinson e sua doce esposa Mirian. Seu exemplo de cristão, pensador, pastor e amigo sempre terá influência sobre toda uma geração. Por tudo que ouvi, li do Bispo Robinson Cavalcanti, nunca esquecerei de uma palavra que ele me disse, em uma de nossas muitas conversas em seu gabinete episcopal: “Nossos erros nos tornam mais humanos”. Que Deus receba nossa gratidão pelo convívio com inesquecível casal, bem como, nos console e derrame perdão em nossos corações.
#24 por Elias Bispo em 29 de fevereiro de 2012 - 22:38
Robinson Cavalcanti influenciou a minha vida cristã através dos seus livros e artigos na revista Ultimato, ao longo dos últimos 35 anos.
Peço-lhes licença para honrá-lo, pois a sua atuação política-cristã influenciou a minha vida, desde os tempos do Movimento Cristão Democrático de Centro – MCDC, quando ainda jovem universitário, no alvorecer da abertura política, me dirigia ao salão cedido pela 1a. Igreja Presbiteriana em Recife, aos sábados à tarde, para escutá-lo.
Tive o prazer de votar nele para Deputado Estadual poucos anos depois e conferir a apuração da urna – só tinha aquele voto para ele, o meu.
Robinson continuou influenciando a minha trajetória de vida através dos livros: Cristianismo e Política, Libertação e Sexualidade, A Utopia Possível, dentre outros, além dos artigos publicados na revista Ultimato, da qual sou leitor há quase 30 anos.
Os seus escritos sobre o evagelicalismo integral têm permeado a minha mente até hoje, pois o Evangelho todo para o homem todo e para todos os homens, revelam que a humanidade é feita a imagem de Deus e que a fé sem obra é morta.
Precisamos de uma redenção do todo e uma restauração da mãe-terra e do universo.
Resta-nos o consolo de saber que quando o CÉU ganha, ninguém perde…
Robinson e Miriam partiram para a eternidade e estão desfrutando da presença do Senhor.
Conheci Robinson Cavalcanti em 1989, durante a primeira campanha de Lula para a presidência, quando eu tinha 18 anos. Morava em uma cidade da Zona da Mata de Pernambuco, participava de grupos jovens e ingressava naquele ano também no curso de história na Faculdade de Formação de Professores de Nazaré da Mata(FFPNM/UPE). Fiz o curso em um momento singular da própria história, onde caía o muro de Berlim, as eleições diretas eram retomadas no Brasil, a democracia se consolidava, e na década seguinte, o número de evangélicos em todo o país apenas cresceria. Nos anos seguintes, Robinson nunca se furtou a visitar nossa cidade, Timbaúba, e dar palestras em grupos de jovens, em reuniões políticas ou em eventos que fazíamos para comemorar alguma data. Essa, por sinal, é uma das coisas que mais chamavam a atenção. Robinson era uma pessoa que nunca negava ir a nenhum lugar, mesmo que a atividade fosse pequena. A ideia de ser fermento na massa e que as mudanças eram um processo longo de transformações nunca desanimou o nosso querido bispo. Encontrei-o novamente por diversas vezes na Universidade Federal de Pernambuco, onde flertei um pouco com o mestrado em Ciências Políticas. Terminei por cursar o mestrado em história, mas trabalhando um tema que era caro ao intelectual Robinson, que era a questão das oligarquias e relações de poder. Pela providência do Senhor, fui aprovado em concurso para professor e fui designado para trabalhar em uma escola onde Miriam, sua esposa, também era professora. Pessoa simples, nunca alardeou ser esposa de quem era. Pessoa corajosa, disposta sempre a ajudar, como fez até seu último dia. Com muito orgulho, participei de alguns programas na televisão e rádio com o velho mestre, já eu também agora, formado, um profissional, um historiador. Num deles, um debate na TV onde avaliávamos os resultados das eleições de 2010, estava absolutamente feliz, imaginem todos! fazendo comentários políticos ao lado do mestre Robinson! Um misto de satisfação e frio na barriga, reconhecimento de quem sabia do tamanho da pessoa ali, ao lado. E, tenho certeza, Robinson também estava satisfeito com o antigo aluno. Nosso querido amigo e bispo vai fazer falta.
#26 por Anderson Moraes em 1 de março de 2012 - 8:58
Conheci a obra de Dom Robinson Cavalcanti por meio da ABU e pude ouvi-lo falar em dois congressos, pela primeira vez em 2000, pela última, em 2010. Nesse intervalo de dez anos, a igreja, o governo, o mundo, tudo mudou. Mas a coerência de Dom Robinson continuou a mesma e meu prazer em aprender com ele também. Uma pena que não terei a oportunidade de ouvi-lo novamente.
No início de 2011 Robinson trocava emails e telefonemas com meu pai, Péricles, sobre o livro “Igreja: Agente de Transformação” lançado naquela época com a abertura de um nordestino da estirpe e trajetória singular de Robinson Cavalcanti, palavras do meu pai. O livro foi possível “pela graça de Deus e pela colaboração voluntária de autores vinculados à Fraternidade Teológica Latino-Americana devido ao ideário que os une de buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça”. Robinson havia aceitado o convite de ser também o palestrante do treinamento dos líderes e envolvidos na Missão Aliança no Brasil em outubro de 2011, onde o livro seria a base de um diálogo sobre as experiências dos projetos sociais apoiados pela Missão. Mas em agosto, em meio a descoberta de um câncer atroz, Deus chamou meu pai para Si. Ficamos perplexos e sem chão. Mas minha mãe Alva, suportada pelas mãos do Senhor perseverou em completar os planos mais imediatos que meu pai perseguia. E Robinson se juntou a ela cumprindo sua palavra, segundo ele mesmo, uma dívida com o amigo Péricles, e alimentou os líderes da Missão Aliança naquele outubro ainda triste, e de forma extremamente carinhosa, trouxe ânimo a todos. Somos imensamente gratos ao Senhor pela vida e testemunho do casal Cavalcanti. Por serem amigos de caminhada de fé. Foi uma busca nutrida em amor, do Reino de Deus e sua justiça. Agora, quem poderia prever? Robinson e Miriam se juntam ao meu pai e a tantos outros soldados de Cristo, como bem expressou acima Eduardo Mundim. A nós, que ainda perplexos, seguimos em frente, nos resta dizer: “Nós te saudamos, ó Cruz, nossa única esperança”, Henri J. M. Nouwen em “Uma Carta de Consolação”, ed. Cultrix.
Não tenho palavras para expressar a dor e o lamento que invadiram o meu coração pela triste e repentina partida de nosso profeta tupiniquim – Robinson Cavancanti. Certamente ele foi um dos maiores pensadores que a igreja evangélica brasileira já teve. Fico com minhas lágrimas e doce lembrança de sua vida e humor caracteristico.
De quanto o Senhor te usou como benção na minha vida.
Em 1973 eu chegava a ABU, confuso e atordoado – – –
com as múltiplas demandas da vida de jovem adulto – – –
com a mente desorientada pelos sinais conflitantes da igreja e sociedade – – –
sob a ditadura militar – – – que propagava injustiça e terror – – –
com a igreja – – – voltada apenas ao evangelismo – – –
Foi numa das reuniões da terças na sala da ABU em Recife que te ouvi pela primeira vez.
Ouvi tua mensagem coerente de esperança:
não apenas na luta contra as injustiças da ditadura – – –
não apenas na rejeição da sociedade secular – – –
mas
na visão de um evangelho transformador – – –
da missão integral da igreja – – –
com base nas escrituras – – –
dentro de uma fundamentação e realidade histórica da reforma protestante – – –
Não precisou muito: os pontos estavam conectados.
Renovei meus votos de dedicação ao Senhor – – – E entrei na luta com grande confiança.
Ao me graduar encorajaste os formandos da ABU de 1975 a começar a Aliança Bíblica Profissional. Com o teu apoio aceitei relutatmente ser o primeiro presidente do grupo em Recife. Quanto apredemos – – – com tua contribuição
Depois veio o Partido Cristão Democrático de Centro – – – a criação do primeiro comitê do Partido Popular em Recife. Os artigos inspiradores no Jornal do Comercio, as muitas palestras e chamados ao engajamento socio-politico
Lembro quando ajudastes me a escreve um manifesto dos funcionários Cristãos da CHESF contra a participação incondicional nas demonstrações de greve geral, e que convidava a uma refleção mais profunda do contexto social-economico-politico.
Após isto imigramos para os Estados Unidos e perdemos contatos – embora sempre li com grande interesse e edificação teus artigos no Ultimato.
Tua influencia, contudo, e palavras de encorajamento e visão do Reino sempre permaneceram comigo, dando forma as minhas decisões na vida.
Choro a tua partida precoce, mas meu coração regozija de louvor ao Senhor pela tua vida.
Que benção que partiste juntos com a tua amada e fiel Miriam.
Um dia iremos recordar tudo de bom – tudo que foi redimido pelo poder do evangelho pelo qual lutastes como poucos – e com uma consistência e dons dados pelo Espírito do Santo.
E nesta esperança continuamos.
Maranata! Vem Senhor Jesus.
Do teu irmão Paulo F Ribeiro (que carinhosamente sempre chamavas de Paulinho)
#30 por Andréa Pavel em 1 de março de 2012 - 11:53
Tive a oportunidade como produtora da Rádio Trans Mundial de entrevistar o Bp.Robinson em dois encontros da Sepal. Um homem simples com uma palavra concreta e forte. Alguém que se indignava com a injustiça e que ensinava que cristão “tem sim” que envolver-se em política, praticando a igreja como Missão Integral. Lembro que dá última vez, nada do que falamos foi registrado pelo meu gravador e ele me sorriu e disse: “Filha, há preocupações maiores que eu deixar registrada minhas palavras”. Combinamos de gravar novamente, mas não deu. Quantas lições naqueles quinze minutos… Reli por coincidência um artigo seu na semana passada, em um exemplar de Ultimato e ainda pensei: como esse homem é profundo no que escreve… como não dá pra passar rápido por sua escrita sem deter-se e refletir… como seria bom se na igreja entendesse essas bandeiras erguidas… Foi isso. Uma análise descompromissada, mero pensamento, uma lembrança fugaz e a terrível notícia no domingo seguinte. A certeza que restou é doravante ele e sua esposa estarem nos braços do Pai. Aleluia.
#31 por Geovane Grangeiro em 1 de março de 2012 - 13:03
Ainda como estudante universitário, no fervor inicial da academia, um colega metodista, Tonny, me entregou uma fita K7 com uma mensagem gravada. Era uma palestra do Bispo Robinson. Ela falava sobre a herança greco-romana à cultura ocidental e ainda sobre a necessidade de o cristão estudar vertentes teóricas ainda que dela discorde, como o marxismo. De lá para cá o nome Robinson Cavalcanti nunca mais saiu do meu imaginário. Não parei mais de consultar seus escritos, fontes de constante aprendizado. Ainda guardava a esperança de um dia vê-lo pessoalmente ministrando uma palestra ou pregação. Não é mais possível. Seguirei seu exemplo para um dia poder encontrá-lo no Céu. A Esperança continua viva.
#32 por Israel Lins de Oliveira Santos em 1 de março de 2012 - 14:12
Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado…
Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles.
Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei.
Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase :
“Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!”
Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal…
Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus.
Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele.
Você acredita nessas coisas? Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu. . . Sabe por quê? Por que… Ser seu amigo já é um pedaço dele!
Vinicius de Moraes
#33 por Pedro de Lucca em 1 de março de 2012 - 14:24
Quedava-me absorto ao ouvi-lo. E não raro, meus olhos vertiam em lágrimas ao receber a Vida que de suas palavras e viver brotavam. Para mim, Dom Robinson e irmã Míriam foram mártires das drogas. Que não deixa de ser “leões” soltos nas arenas da vida…Sua partida, fez brotar na minha alma, a urgência de deixar de ser mera testemunha do Reino, e tomar lugar ativo e lúcido contra as drogas e violência que instalou-se em inúmeros lares. Cabe a nós – Igreja – colocarmos em prática a mensagem pura e genuína do evangelho reproduzida por este Pastor de Almas.
Que levantem-se Homens e Mulheres da envergadura de Dom Robinson. Maranata!
Precisamos aproveitar o máximo cada relacionamento, porque por mais intenso que provamos o outro a brevidade da vida se encarregará de nos dizer que ainda foi pouco. Sentiremos saudades do Rev. Cavalcanti.
Meu primeiro contato com Robinson Cavalcanti foi em 1997, em meu primeiro ano no Seminário Teológico Congregacional do Rio de Janeiro, através de seus artigos publicados em ULTIMATO. Havia uma assinatura coletiva entre professores e alunos. Desde então, em todos esses anos em que leio a revista, seu artigo sempre foi a minha primeira leitura ao abrir as páginas de ULTIMATO.
Em 2010 Robinson Cavalcanti veio a Niterói para falar na Semana Teológica promovida pelo Projeto Água da Vida, sob o tema “ Luz na Mente. Fogo no Coração”. Foi o preletor principal. Ministrou em dois dias. Fui aos dois. Cheguei em minha cidade por volta da 01: 00 da manhã, mas feliz por ter ouvido uma das mentes mais brilhantes do país.
Em 2011 o Projeto novamente o convidou e tive a honra de receber o convite do Rev. Leclaer Victer para compor uma mesa com o Robinson Cavalcanti para participar de um debate após as suas preleções, mas, com problemas de sáude, não pude comparecer.
Lembro-me das cômicas palavras do Rev. Paulo Leite, meu professor de Exposição Bíblica ( Profetas), quando nos disse que conhecia três pessoas inteligentes na Igreja Brasileira: “Caio Fábio, Russel Shedd e Robinson Cavalcanti. Com um diferencial: Robinson sabe que sabe. E o que é pior: sabe que você não sabe”. Nós, alunos, fomos às gargalhadas.
Quem o perdeu não foi apenas sua família e sua igreja, mas todos que o conheciam e o admiravam pela inteligência, piedade, seriedade, amor ao Evangelho de Cristo e pela sua imensa simplicidade e humildade.
É uma pena! A Igreja Evangélica no Brasil está cada vez mais vazia de boas referências em sua liderança.
Com pesar…
Rev. Idauro Campos
Pastor da Igreja Congregacional de Niterói.
#36 por Isabella Passos em 1 de março de 2012 - 15:29
Sem precisar pensar muito digo que ele era o pensador cristão mais consistente de nosso país. Seu trabalho em continuidade abraçando as rupturas necessárias demonstram a sua relevância para o cenário evangélico tão esquizofrênico que temos vivido. Todos perdemos com sua morte, tanto os de perto quanto os de longe. A revista sem sombra de dúvidas perde seu maior colunista, tanto pelo tema quanto pelo tom da abordagens. Graças à Deus por Robinson Cavalcanti.
#37 por Lucas Ferreira em 1 de março de 2012 - 15:36
Conheci o ainda recente Bispo Robinson Cavalcante na Igreja Episcopal do Bom Samaritano no Bairro de Boa Viagem, Recife-PE, onde iniciei minha caminhada cristã, eu e meus amigos. Digo recente, por que tinha acabado de ser ordenado, evento que eu e toda a igreja participamos. Caravanas e tudo mais.
Lembro com muita alegria de uma brincadeira que fizemos com ele, foi assim: Quando o conhecemos, e passamos a conviver com ele praticamente todos os dias, achamos ele muito parecido com um dos personagens dos Simpsons, se não me engano, um diretor de uma escola. Fizemos uma caricatura do Bispo com esse personagem e colocamos no seu gabinete por baixo da porta. No outro dia, um colega que trabalhava na igreja foi na minha casa e disse que o Bispo Robinson estava nos chamando em seu gabinete. Chegamos lá, todos muito nervosos. Esperamos alguns minutos quando então ele nos chamou. Entramos de cabeça baixa, ele nos pediu para sentar, pegou o desenho que fizemos e perguntou – Quem fez? Apontamos o meliante, e ele disse – Ficou muito bom. Ufa!!! Rsrs… Mas, aproveitou para nos aconselhar, orientar, e dizer que não é certo colocar nada por baixo da porta de ninguém, etc, etc, etc… Guardo esse momento no coração, e guardarei para sempre. Breve nos encontraremos, quando eu também for promovido.
Primeiramente gostaria de parabenizar esta renomada Revista pela iniciativa de homengear Robinson Cavalcant através deste espaço. Gente, falar de robinson não é fácil, pois em toda a minha vida de cristã nunca vi ninguém tão coerente em suas ações, foi para mim um líder espiritual na época de adolescência e juventude, como leitora por muitos anos da Revista Ultimato, era impressindível não ler os textos dele ou utilizá-los em trabalhos da universidade. Quando recebi anotícia da tragédia, pensei: Difícil vai ser ler a Ultimato agora! Mas, acredito que Deus levantará outros como ele que desperte em nós uma postura atenta de serviço e de exercício dos dons que Deus nos deu, tendo como referência a unidade da Igreja na busca de uma sociedade justa e igualitária. Amigo que se foi eu hoje sonho, mas sei que esta noite vai passar pra sempre, sempre ser um dia lindo que nunca poderá nos separar.
#39 por Marilene Ferreira Marques em 1 de março de 2012 - 17:16
“Perece o justo e não há quem se impressione com isso, e os homens piedosos são arrebatados sem que alguém considere nesse fato, pois o justo é levado antes que venha o mal, e entra na paz; descansam nos seus leitos os que andam em retidão”. Isaías 57:2 e 3
#40 por Jorge Alberto de Carvalho em 1 de março de 2012 - 17:21
O Brasíl e o mundo perdeu um grande servo de Deus. Atuante, militante com as armas da paz e do amor. Fui muito abençoado com os seus escritos na Revista Ultimato e também com seus livros. Um deles que marcou minha e de minha esposa, foi “Uma bênção chamada Sexo”, onde ele nos contextualiza desde o descobrimento do Brasil. Que continue trazendo conforto a todos os familiares, parente e amigos. Oremos também pelo projeto Cristolândia, que já tem uma base em Recife. No amor de Cristo, Jorge & Mariluza Carvalho.
#41 por Djair Pinho Alves em 1 de março de 2012 - 17:30
Na manhã de segunda-feira, 27/2, pedi para Amanda, filha do Pr. Éder Flávio (meu filho na fé), para que falasse ao seu pai para que este me enviasse 2 CDs ( A Igreja Suicida e outro)do Bispo Robinson que eu havia lhe emprestado, pois eu necessitava ouví-los em razão de um trabalho que estava preparando. Qual não foi a minha perplexidade algumas horas depois ao receber a notícia da trágica morte deste baluarte do verdadeiro evangelho nestes tempos de hipocrisia e do evangelho da porta e do caminho largo. Por coincidência, estou fazendo a leitura do livro “O Deus que eu não entendo”. O que nos conforta é que, mesmo não entendendo os mistérios do Deus Eterno, sabemos que o Bispo Robinson e sua amada esposa repousam nos braços amorosos daquele que tem nas mãos o controle de todas as coisas, nos céus e na terra. A presença física, alegre e esclarecedora, do Bispo Robinson nos fará muita falta, mas o seu legado com certeza, continuará inspirando as futuras gerações de “bereanos”.
#42 por Pr Silair Garcia - Ig. Metodista Wesleyana em Valadares/MG em 1 de março de 2012 - 17:31
Realmente perdemos uma grande voz na proclamação das verdades bíblicas, verdades estas que eram tão bem explicadas pelo Rev. Cavalcante.
Quem sabe talvez a partir desse momento possamos refletir a necessidade de nos posicionarmos frente a esta tão grande tarefa, cumprindo com zelo o IDE do Senhor…
Que Deus nos abençoe a todos.
Além de ter lido livros e artigos de Dom Robinson Cavalcanti na revista Ultimato e na imprensa secular, tive o prazer de conversar com Dom Robinson anos atrás, num encontro do Movimento Progressista Evangélico aqui em São Paulo: era um homem culto e de uma clareza muito grande quanto ao Evangelho e ao papel da Igreja Brasileira. Suas visões e ideias colaboraram muito para minha maturidade como cristão e como cidadão. Vai fazer muita falta.
Mais do que os muitos títulos que precediam seu nome, Robinson Cavalcante foi um grande servo!
Mais do que teoria, suas teses nos constrangem a uma prática teológica simples, porém extremamente relevante.
#45 por Mauro Ricciardi Leira em 1 de março de 2012 - 17:48
Prof. Robinson. Minha última lembrança foi de nosso encontro em Boston, onde pudemos conversar sobre seu tempo de ABU, e meu tempo de ABU; como seus escritos nos impactaram.
Se tivermos que eleger alguns ‘Pais da Igreja’ brasileira, você certamente estará nessa lista.
Nunca vou me esquecer de “expulsar demônios num lado da praça, e fazer passeata do outro…”
Obrigado Professor. Até um dia, onde estaremos no Grande Diálogo com Ele.
“Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.” – Ap 14. 13
Foi brutalmente assassinato, no domingo (26) pelo filho adotivo, o bispo da Igreja Anglicana em Recife, D. Robinson Cavalcanti. Sua esposa, Mirian Nunes Machado Cotias Cavalcanti, também morreu neste crime bárbaro. A noticia foi divulgada nesta madrugada no site oficial da Igreja Anglicana Diocese do Recife.
O Diário de Pernambuco informou que, de acordo com a policia, o autor do crime é o filho adotivo do casal, Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, de 29 anos. O rapaz morava nos Estados Unidos desde os 16 anos de idade e já havia sido preso várias vezes devido ao envolvimento com drogas e outros delitos. Ele havia chegado ao Brasil há mais ou menos 15 dias.
Essa noticia abalou-me ao abrir o computador nesta manhã!Nunca o conheci pessoalmente. Eu o conhecia através de seu trabalho e de sua voz corajosa e profética no meio protestante. Já li diversos textos seus e lamento, profundamente, que uma vida tão preciosa tenha sido ceifada de forma tão brutal e sem sentido.
Sua voz humana foi silenciada. No entanto, o seu grito corajoso e profético há de se transformar, pelo poder de Deus, num eco que se estenderá ao longo dos anos que virão, animando velhos crentes e despertando novas gerações; gerações não-desfibradas, mas sim, corajosas, firmes e cheias de tino!
Em lágrimas, oro, rogando a Deus que o Seu Santo Espírito Console, abundante e sobrenaturalmente, a família, os amigos chegados e o rebanho que ficou orfanado de seu precioso pastor!
Já lia o Bispo Robinson antes de assisti-lo na Sepal em 2010. Perdemos uma retumbante voz profética com “p” maiúsculo. Profeta de verdade. Voz de denúncia, voz consciente, voz informada pela centralidade na Palavra de Deus. Que Deus nos retire o nó da garganta e nos dê uma porção da unção que derramou sobre ela para que inspirados nesse exemplo, não sejamos omissos e não nos calemos.
Uma angústia tomou-me o coração, comprimindo-o. Não consegui acreditar até que percebi que era verdade. Não conheci Dom Robinson pessoalmente. Nunca o ouvi. Mas deleitei-me em lê-lo. E que leituras! Transformadoras, elucidativas, questionadoras! Sentirei sua ausência na Ultimato, por exemplo. Mas tenho para mim que o céu está celebrando a chegada deste servo do Senhor. Ele e sua esposa agora repousam no colo aconchegante do Seu Senhor. Aleluia.
Edilson Lima Neto.
Primeira Igreja Batista de Formosa do Rio Preto.
#49 por PR.FEIJOLLI-XEREM-RJ em 1 de março de 2012 - 18:03
O cenario cristão protestante brasileiro,esta mais pobre,a lucidez,coragem,a firmeza do bp. Robinson Cavalcante,ja esta fazendo falta.Que o eterno levante outro para ficar na “brecha do muro”.Seus artigos,palestras e escritos muito me edificaram.
#50 por Jefferson Martins em 1 de março de 2012 - 18:14
Então ouvi uma voz dos céus dizendo: “Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante”. Diz o Espírito: “Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão”. Ap 14:13
Na noite desta segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012, assistindo o Jornal da Record, fui surpreendido por uma notícia que me deixou perplexo: a de que Dom Robinson Cavalcanti, bispo da Igreja Anglicana em Olinda, lotado na diocese do Recife – Pernambuco, juntamente com sua esposa Miriam, havia sido assassinado a golpes de faca pelo filho adotivo que estava sob efeito de entorpecentes e que havia acabado de ser deportado dos Estados Unidos, onde estava respondendo a Justiça por crimes de violência e uso de drogas.
Fiquei em estado de choque e imediatamente fui aos prantos, pois conhecia o bispo Robinson pessoalmente e também pelos seus inúmeros artigos, devocionais e ensinamentos bíblicos. Tratava-se de um dos homens mais inteligentes que já conheci. Professor de ciências políticas em duas universidades federais, homem manso, humilde, educado, cordato, dócil, equilibrado, eloqüente e acima de tudo um profundo estudioso e conhecedor da Palavra de Deus – homem do qual o mundo não foi digno!
O Brasil perde um grande ser humano, e o reino de Deus sofre uma baixa de um dos seus mais destemidos soldados. Contudo, sem a menor sombra de dúvida D. Robinson e sua esposa estão agora sob os cuidados do Pai Celestial, acolhidos e afagados pelo seu amor incondicional, juntamente com outros tantos soldados de renome ou anônimos gozando da doce e terna presença do SENHOR.
Meu querido amigo Dom Robinson Cavalcanti, muito obrigado por tudo aquilo que eu pude aprender com você – para mim um grande privilégio; para o mundo, um grande legado!
Jefferson Martins Pastor da Igreja Evangélica de Peruíbe
Lembro-me de que li “Cristianismo e Política” aos 17 ou 18 anos, quando vi nas coisas de minha mãe, que cursava Ciências Políticas, livros de Robinson. Fiquei encantado com a leitura e passei a admirá-lo.
Dou graças ao bom Deus por ter permitido que sua vida e sabedoria fosse compartilhada conosco.
RIP Robinson Cavalcanti
#52 por Janine Ribeiro em 1 de março de 2012 - 18:42
Não tive o prazer de conhecer Robson Cavalcanti pessoalmente, mas ao ler seus textos e ouvir algumas mensagens, tinha a impressão de que ele me conhecia pessoalmente.
Perdemos um grande e humilde cristão.
#53 por Renê Moreira em 1 de março de 2012 - 18:55
Fiquei surpreso ao abrir hoje uma mensagem de Ultimato e deparar-me com a notícia da súbita partida de R. Cavalcanti e sua esposa. Realmente não estamos isentos dos males desse mundo quer sejamos de Deus ou não, assim como o bem está para todos, o mal da mesma maneira. Uma coisa é certa: jamais devemos perder o Alvo (Jesus), pois o convite para o grande encontro pode-se dar a qualquer hora. Amigo irmã, amiga irmã, um dia nos encontraremos lá, na presença do Senhor, vão em paz. – Conheci o rev. R. cavalcanti no pequeno auditório do IMPARH, em Fortaleza, convidado pelo Seminário da Igreja Presbiteriana a mais ou menos 12 anos atrás. – Seu legado literário continuará construindo novas gerações. – Ir. Renê, hoje em Manaus.
O Instituto Brasileiro Pró-Cidadania, lamenta, profundamente o trágico falecimento do estimado e respeitado Dom Robinson Cavalcanti, que no começo da nossa trajetória de 17 anos de existência aceitou ser palestrante em um dos nossos eventos de formação política para jovens inconformados com os descaminhos na política brasileira. Ultimato perde um dos mais respeitados articulistas que fazem dessa revista uma referência nacional em termos de excelência. Petronio Tavares, Presidente do Pró-Cidadania.
#55 por Pr Jonas Júnior em 1 de março de 2012 - 20:18
Aprendi com Dom Robinson Cavalcante existi uma Utopia possível. E que é possível viver de forma integral, ser cidadão do Reino e atuar em todos os aspectos da vida, na igreja, em casa, no trabalho, na política. Sem medo de ser feliz.
#56 por Pr Walter Hélmiton Barbosa em 1 de março de 2012 - 20:24
Profundamente consternado, junto-me aos milhares de órfãos que Dom Edward Robinson de Barros Cavalcanti e sua querida esposa, Miriam Cavalcanti deixaram no Brasil e no Mundo. Um gigante tombou, mas sua vida continuará a ser um referencial para nossas vidas. Consola-nos o fato de que sua obra e sua vida não foram interrompidas e continuarão como auxílio para a Igreja Evangélica Brasileira. Pr Walter Helmiton Barbosa, membro da Primeira Igreja Batista em Três Corações.
#57 por Eliana Shimano em 1 de março de 2012 - 20:30
Sou apenas uma leitora da Ultimato que aprecia a vida e as coisas boas da vida, como por exemplo ler artigos inteligentes e ousados como de Dom Robinson Cavalcanti. Realmente uma notícia triste… Mas vá com Deus irmão! Continuaremos tentando lutar por um mundo mais cristão…
#58 por Pr Walter Hélmiton Barbosa em 1 de março de 2012 - 20:30
Profundamente consternado, junto-me aos milhares de admiradores de Dom Edward Robinson Cavalcanti e de sua querida esposa Míriam Cavalcanti, deixou no Brasil e no Mundo. Suas vidas continuarão a ser referencial para nossas vidas. Consola-nos o fato de que sua obra e seu testemunho não desapareceram e continuarão a ser auxílio para a Igreja Evangélica Brasileira. Pr Walter Helmiton Barbosa, membro da Primeira Igeja Batista em Três Corações.
#59 por Gesaias Sarmento Farias em 1 de março de 2012 - 20:32
Fiz-me presente ao ofício fúnebre de Dom Robinson Cavalcanti e esposa. Conhecendo-o pessoalmente desde os tempos da Aliança Bíblica Universitária, nos anos 1980, acompanhei detidamente sua trajetória a serviço do Reino de Deus, inclusiva sua sagração episcopal. Embora chocado e triste com a brutalidade de sua morte, sua memória será de fundamental significação para os que prezam pela ortodoxia cristã, em tempos de grassante heresia.
Quando os filisteus,mataram Saul e Jonatas David perguntou-se “como caíram os valentes?.como tombaram as espadas de guerra?” A morte de Dom Robson e Sua esposa a Irmã Miriam é uma tragedia para o evangelho no brasil especialmente neste, que vivemos de tanta falta de bons exemplos,de moral e conduta ética, ele foi se juntar aos heróis,que lutaram o combate da fé e guardaram a carreira. pela Vida dele e de sua esposa podemos e devemos dizer Soli Deo Gloria.
#61 por Gesaias Sarmento Farias em 1 de março de 2012 - 20:42
Fiz-me presente ao ofício fúnebre de Dom Robinson Cavalcanti e esposa. Conhecendo-o pessoalmente desde os tempos da Aliança Bíblica Universitária, nos anos 1980, acompanhei detidamente sua trajetória a serviço do Reino de Deus, culminando com a sagração episcopal. Embora chocado e triste com a brutalidade de sua morte, deixa-nos um legado de fundamental significação na defesa da ortodoxia cristã, em tempos de grassante heresia.
#62 por Pb.Celio de Sena Torres em 1 de março de 2012 - 21:17
“Caiu um Príncipe em Israel !!” Está com Jesus, “o que é infinitamente melhor”. Vai também para os braços do Pai sua querida esposa, companheira idônea! Ficamos “orfãos”. à medida que os “evangélicos” do momento vão crescendo em número, os grandes teólogos, os amantes do estudo da Palavra vão desaparecendo, surgindo os “pregadores” do Céu é aqui. Quero minha bênção agora!! O Crente não sofre! etc.etc.
Que Deus nos dê forças para suportar tanta “hipocridade” isto é hipocrisia, associada à iniquidade.
#63 por Paulo Marcos em 1 de março de 2012 - 22:08
Sou leitor de Dom R Cavalcanti pela Ultimado. Como todos fiquei chocado com a notícia. Em troca do amor que sempre dedicou ao seu filho recebeu como paga a ingratidão e a morte. Até em seus últimos momentos Deus permitiu que a vida de Dom Robinson Cavalcanti espelhasse o amor de Deus e a nossa ingratidão humana.
#64 por Pr João José em 1 de março de 2012 - 22:19
Que o exemplo deixado por Dom Robinson Cavalcanti possa servir de incentivo para a Igreja brasileira perseverar no caminho da sã doutrina. Tenho a mais absoluta certeza de que a obra desse servo humilde foi fundamentada na revelação do Cristo e permanecerá para sempre. Que Deus em sua onisciência e infinita misericórdia traga consolo a todos nós, que tínhamos nesse amado pastor, uma referência de fé e virtude.
#65 por José Honório em 1 de março de 2012 - 22:43
15 DIAS ANTES DESSE FATO TRISTE COM DOM ROBINSON, EU FALEI COM ELE POR TELEFONE MARCANDO UM ENCONTRO PARA UM CAFÉ TEOLÓGICO , UMA PENA NÃO TER ACONTECIDO O ENCONTRO. UM HOMEM DE VOZ DOCE , ALMA HUMILDE E DE UMA VIDA INTEIRA DEDICADA AOS MAIS POBRES E DESAMPARADOS. JA SINTO SAUDADES DE UM HOMEM NO QUAL O VI MAIS PARECIDO COM JESUS…
David Wilkerson, John Stott e agora Robinson Cavalcanti (dentre tantos outros menos famosos). Creio que Deus resolveu promover seus servos tão brilhantes porque quis e pronto. Não cumpre a nós questioná-lo, basta crermos que Ele ainda é Soberano e tudo faz como lhe agrada. Às vezes pensamos: “Não podia Deus ter livrado da morte esses profetas?” E por que alguns partiram de modo tão trágico?
Creio firmemente que apesar de existir promessas de livramento para os crentes (Sl 18.48; 34.7), também estamos sujeitos a tragédias terríveis. “E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28). o problema não é morrer, pois afinal, um dia todos morreremos. A grande questão é “como vivemos”. Quais marcas deixamos em nossa geração?
O apóstolo Paulo, que, segundo a tradição, fora decapitado, ainda conseguiu ensinar: “para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21).
E Robinson com certeza marcou sua geração e sua influência ainda será sentida por longos anos, principalmente nessa época de profetas comprados e comprometidos com o seu ventre. Que muitos “Robinsons” se levantem ainda em nossa geração para que ainda se ouça o verdadeiro Evangelho sendo pregado sem barganhas.
Esta noticia tristissima da morte do meu amigo Robinson e sua esposa, mortos pelo proprio filho de criação, estou tirando de um jornal de Pernambuco. Robinson que esteve aqui em Palmas várias vezes, fez o PREFACIO DO MEU LIVRO GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE, publicado em 1973, pela Imprensa Metodista, de São Paulo. Eis os termos da notícia:
“Informações do Jornal FOLHA DE PERNAMBUCO
Um cenário de violência aterrorizou moradores do bairro dos Bultrins, em Olinda.
Eduardo Olimpio Cotias Cavalcanti, de 29 anos, matou a facadas seus pais adotivos, o Bispo da Igreja Anglicana, cientista político, ex-coordenador de graduação Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e ex-diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE (CFCH), Edward Robinson de Barros Cavalcanti, de 64 anos, e a professora aposentada Mirian Nunes Machado, 64.
Tudo aconteceu na noite deste último domingo (26), na casa onde a família morava, localizada na rua Barão de São Borjas, 305, nos Bultrins.
Mirian recebeu um golpe e chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento e morreu antes de dar entrada no Hospital Tri Centenário, em Olinda. Já o Pastor, que levou três facadas, morreu no local. Após o crime o jovem tomou veneno e esfaqueou o próprio corpo na tentativa de suicídio.
Segundo a polícia, Eduardo primeiro esfaqueou o pai, que caiu a poucos metros. Em seguida foi a mãe. Ainda segundo os agentes, um pó branco foi encontrado no quarto do suspeito, que pode ser cocaína.
Uma jovem de 18 anos, que preferiu não ser identificada, também é filha adotiva do casal e presenciou o suspeito amolando a faca na calçada de casa. O instrumento foi utilizado para cometer o crime. De acordo com informações de parentes, o jovem havia chegado dos Estados Unidos há três dias, onde morava desde os 16 anos. Edward foi deportado do país porque havia sido preso mais de 10 vezes.
Policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) atenderam a ocorrência e isolaram a área. Uma equipe da Força Tarefa Norte do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve no local. O suspeito foi socorrido no Hospital da Restauração (HR) e depois de medicado será encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel, em Abreu e Lima.
Os corpos do Bispo Edward Robinson e de sua esposa, Mirian Nunes, foram levados ao Instituto Médico Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, área Central do Recife”
#68 por Alexandre David Barros, pr. presbiteriano em 2 de março de 2012 - 0:26
De fato, foi-se às moradas celestiais alguém relevante para o Reino de Deus cá entre nós. Sua vida foi serviço cabal através de sua voz, duma voz que teve “fome e sede de justiça” social. Ninguém mais influenciou minha visão holística do que Dom Robinson, desde quando o conheci pessoalmente em 1986 na Catedral, nos aflitos em Recife – fui coroado em participar na ocasião duma liturgia tocando para embalar o seu louvor. Sua contribuição para o Reino ultrapassou em muito ao academicismo. Foi uma voz que denunciou o evangelho ralo e insípido, inclusive, ao aventurar-se em fazer seu, um filho de estranhos – doou-se a quem lhe “tirou” a vida! Precisa-se de exemplo maior?! Sua apologia ao evangelho puro e simples não se deu dum gabinete e sim, nos púlpitos, concílios, congressos, revistas, jornais, universidades e nas ruas! Ultimato, a melhor revista cristã que tenho lido, perdeu seu grande parceiro na transformação da consciência cristã brasileira. Que o Pai levante um “novo” Robinson, para que esse progresso não sofra solução de continuidade! “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte (não importando a forma) dos seus santos” é o que nos consola evitando a desesperança. Obrigado Pai, por nos presenteares por vários anos com a vida dele e de sua amada, mulher de oração! Obrigado pelo legado – seu testemunho e seus inúmeros artigos e palestras que valem mais do que ouro refinado! Que o Senhor reavive não apenas a Igreja Anglicana! Que o ocorrido não caia no esquecimento das autoridades que podem mudar essa nação “drogada” e violenta! Faço o coro, Maranata!
#69 por Márcio Simões em 2 de março de 2012 - 7:47
Dom Robinson foi um desses homens raros, de inteligência incomum e, ao mesmo tempo, de uma simplicidade que deixava admiradas as pessoas comuns, com as quais mantinha conversas acaloradas e descontraídas. Foi uma honra e um privilégio ter sido liderado e pastoreado por ele. Um dia nos reencontraremos.
Eu e os membros da minha Igreja estamos profundamente entristecidos pela notícia da morte do respeitável casal Robinson e Miriam Cavalcanti, mas também consolados com a certeza da soberana ação de Deus até mesmo no contexto de manifestação do mal entre os homens.
Ouvi pessoalmente e li atentamente os escritos de Robinson Cavalcanti, por isso, dói saber da morte violenta que ele e sua esposa sofreram, mas também é consolador recordar a esperança em Cristo que sempre acompanhou suas palestras e seus textos.
Rogo a Deus que nos console e nos faça lembrar a cada dia da brevidade da vida, na qual importa servir a Deus e ao próximo com amor.
#71 por Alexandre Caldas Couto em 2 de março de 2012 - 8:55
Com perplexidade recebi a notícia da morte de dom Robison e sua esposa. Dentre as muitas idéias por ele propaladas, uma foi marcante para mim mostrando que o cristão deve estar engajado, e sintonizado com a realidade…”O crente verdadeiro deve andar com a Bíblia embaixo de um braço e o jornal embaixo do outro.” Que Deus conforte os familiares e amigos de seus servos.
Sou leitor de Ultimato e seu assinante há muitos anos. Desde sempre fui influenciado positivamente pelos escritos de Robinson Calvalcanti. Sua lucidez, sua visão holística, sua coragem e sua honestidade, além de seu brilhantismo acadêmico-literário sempre me impressionaram. Fui enriquecido tremendamente com tantos e tantos artigos desse articulista que não foi apenas prolífero mas absolutamente assertivo. Obrigado, Senhor meu Deus, por termos um referencial tão positivo que influenciou tantas pessoas para o Teu Reino.
#73 por Marta M. Merlo em 2 de março de 2012 - 9:17
Nossos corações estao tristes pela morte tragica do rev. Robinson e esposa Miriam, que nos enriqueceu aos participarmos de suas palestras, ainda seminaristas. Agradecemos por sua vida e o seu exemplo.
A terra ficou mais pobre com a saída brusca desse servo do Senhor. Não apenas sua família e igreja perderam um grande homem; nós, que de longe o acompanhávamos, também choramos sua partida e nos sentimos um pouco órfãos.
Um dia, contudo, nos reencontraremos e este privilégio ninguém roubará de nós.
#75 por Pedro j. M. Bianco em 2 de março de 2012 - 9:53
O querido e saudoso pastor e bispo Dom Robinson Cavalcanti edificou seu ministério sobre materiais preciosíssimos, que não se corrompem jamais e nem podem se desfazer. Você pode até pensar que seu assassinato estúpido e brutal tenha as mãos do inimigo de nossas almas por trás. Como alguém já escreveu, poderíamos até supor, por antecipação, quais seriam as palavras de nosso estimado irmão sobre esse gesto tresloucado: “perdoa-o, Pai, porque não sabe o que faz”. Mas ainda que seja difícil compreender, podemos confiar e descansar nesta convicção: o Senhor, em Sua perfeita sabedoria e suprema soberania, sabe que poderia permitir, para nós, essa colossal perda – sim, para nós, os que ficamos, pois para nós é que é uma imensa perda, pela qual sofremos agora o luto: Ele sabe que poderia tomá-los para Sí, pois seu legado permanecerá firme e inabalável, não só na Diocese do Recife, com suas dezenas de comunidades de fé, esperança e amor, mas também por todo o nosso país, com a bela influência que o bispo Dom Robinson plantou em nossos corações ao longo das últimas décadas. Ele viveu pelo firme fundamento. Sua vida e sua morte, neste momento, devem servir de leme para os que permanecem neste fundamento firmados e de alerta para os que deste se desviaram ao longo do caminho. Essa é uma boa hora para uma profunda reflexão e um bom tempo para o arrependimento e a volta à sensatez, especialmente daqueles que têm utilizado em seus ministérios palha e feno para edificação da igreja do Senhor. Essa é minha oração, pois Dom Robinson e sua esposa já estão no melhor lugar que alguém poderia estar. Choro com todos os irmãos sua ausência, porém me alegro em seu legado para a igreja brasileira e no amor e na perfeita sabedoria do Senhor.
#76 por Jonas F Filho em 2 de março de 2012 - 10:40
A oportunidade de conhecer pessoalmente Dom Robinson não foi possível a mim. No entanto, sua caneta, ou o teclado de seu computador me transmitiram o conhecimento a seu respeito que me faz chorar e lamentar a repentina morte desse servo do Altíssimo. Orações em favor de nossa família que perde o ente querido.
#77 por PR JOSÉ PEDRO DE ASSIS em 2 de março de 2012 - 10:46
Tive o privilegio de conhecer pessoalmente o Bispo Robinson quando era mestrando em ciências politicas no Rio de Janeiro. Na ocasião eu estava cursando Licenciatura em Musica no Conservatório de Música de Niterói, como aluno bolsista da UFF. Naquele tempo as reuniões da ABU eram realizadas na residencia do casal de missionários Henry e Betty Bacon e a influencia que recebi do Bispo Robinson foram tamanhas que em 2002 organizei uma igreja com vista a desenvolver a missão integral. As esperiencias desta iniciativa estão no livro que lancei com o nome de “O livro Dourado e o Evangelho Integral de Jesus” disponiblizado por mim na biblioteca da Editora Ultimato. Sou grato a Deus pela maravilhosa influencia que recebi do Bispo Robinson para a minha formação cristã e eclesiástica. Pr. José Pedro de Assis.
#78 por Carlos Catito em 2 de março de 2012 - 10:50
A dor profunda desta perda trágica só é amenizada com o consolo de sabermos que o Pai de Amor está acima de nosso limitado entendimento e que NADA pode nos separar de Seu imenso amor. Em seu estilo pessoal Robinson era instigante, desafiador e ao conversar com ele jamais saíamos da mesma forma. Duas lembranças guardarei com carinho. A primeira de uma alegre conversa à mesa da casa de Robinson, onde ele, Miriam, minha esposa e eu falávamos descontraidamente sobre nossas famílias e por fim Robinson conseguiu terminar este diálogo em uma reflexão sobre Marcuse, Reich e a Bíblia – assim era Robinson, conseguia colocar profundidade nas conversas mais informais. A outra lembrança é de um inverno curitibano e a imagem de Robinson,na sala de nosso apartamento e não conseguia tirar o casaco e as luvas e ironizava a ideia de chamarmos o Brasil de um país tropical – sempre naquele humor ‘inglês’ que lhe era peculiar. Na esperança de ressurreição digo: até breve meu querido irmão!
#79 por Gecy Mary Pereira em 2 de março de 2012 - 11:31
A primeira vez que ouvi o Bispo Robson Cavalcante eu estava começando o meu ministério. Lembro-me como foi forte. Sabe quando você ouve algo e diz. “É isso aí, este é o caminho”. Desde então seus livros, seus artigos tem sido fonte de inspiração para a minha prática cristã. Sei que o Senhor está acima de tudo e nada lhe escapa e que Ele é bom. Agradeço a Deus pela vida deste servo e, certamente, seu legado atravessará gerações.
#80 por Eduardo Bezerra de Oliveira Junior em 2 de março de 2012 - 11:52
Expresso meus sentimentos à família e amigos de Dom Robson Cavalcanti, como também minha sensação de perda por meio da música de João Alexandre: “A vida é como a fumaça, nem bem se fez se desfaz, e cada instante que passa é um passo a menos e a mais, na direção do fim, frio feroz, o fim de todos nós”.
#81 por Marco Antonio da Silva em 2 de março de 2012 - 12:31
Consternado, coração sangrando, e a dor da alma diante de perda tão lastimável. Dom Robinson cavalcanti nos deixa o legado da fé e do comprometimento com a expansão do Reino da face da terra. Seu testemunho cristão genuíno, amor ao próximo e propagador da missão integral da igreja irão continuar ecoando em nossos corações.
Quando morre um ímpio, choramos por sua morte sem Cristo. Quando morre um crente fiel a Jesus Cristo, choramos pelos que ficam.
Na eternidade teremos oportunidade de nos reencontrar e dizer, para a glória do Cordeiro de Deus: Valeu a pena, meu irmão!
#82 por CLÉBIO EDUARDO FERMIANO em 2 de março de 2012 - 12:33
Com meus 62 anos completos não me recordo de ter usado a expressão a seguir. Fiquei tremendamente chocado ao ler a alguns minutos sobre o assassinato do Robson Cavalcanti e sua esposa. Tive a felicidade de conhecer o Pastor Robson em um Encontro da Sepal, se não me falha a memória e de ouvi-lo, não só naquela ocasião como também em um Congresso que deixo de declinar por medo de errar a citação. Não li nenhum de seus livros, embora os tenha visto em catálogos, porém me deliciei ao ler alguns artigos editados por Ultimato. Minha suplica a Deus é que console seus filhos, parentes, amigos e especialmente o rebanho que ele pastoreava e seus colegas de ministério, em Nome do Senhor Jesus.
#84 por Egidio Mascena Duarte em 2 de março de 2012 - 13:09
Uma única frase pode expressa a grandeza deste Professor, Escritor, Teologo. ” A comunidade Evangélica Brasileira perdeu um referencial INTERNACIONAL Dom Robinson Cavalcanti. “
#85 por Nilton Melo (assessor auxiliar ABU-Aracaju) em 2 de março de 2012 - 14:37
Agradeço a Deus pela vida do Bispo Robinson Cavalcanti. Sempre lembrarei de suas preleções, carregadas de humor, conteúdo, provocações e do seu exemplo de vida. Sentiremos muitas saudades.
Considero Robinson Cavalcanti a figura mais emblemática do evangelicalismo brasileiro nos séculos XX e XXI. Tive o privilégio de ser seu amigo por 38 anos e o admirava não apenas pela eloquência da sua fala ou pela profundidade das suas reflexões, mas sobretudo pelo cristão piedoso e solidário que era. Presenciei diversas vezes nosso amigo contribuir com estudantes e pastores em seus desafios diários de militância cristã, tirando recursos do próprio bolso para ajudar os companheiros de caminhada no Reino.
Estive com ele 5 dias antes de sua morte e tive o privilégio de assistir sua ultima palestra. “Versou” sobre “Anjos e demônios” (agenda incomum em suas falas), como a antever seu passamento e de sua maravilhosa companheira em clima de martírio. Foi morto por uma das pessoas a quem mais amou na vida, partindo junto com quem dividiu com ele as glórias e agruras do caminhar humano.
Como ele simbolizou na sua última palestra: estava na IGREJA MILITANTE. Agora, junto com Miriam, pertencem a IGREJA TRIUNFANTE.
Deus seja louvado!!!
#87 por Paul Sergio Freire em 2 de março de 2012 - 18:34
Que impacto a vida de um homem de Deus causa na gente! Nunca o vi, nunca assisti uma mensagem sua ao vivo, mas como já fui edificado com seus artigos na Ultimato. Resta agora ler todo o seu legado deixado para nós, pois estamos carentes de referências eclesiasticas, politicas e humanitárias.
#88 por MARIO RIBEIRO MARTINS em 2 de março de 2012 - 20:08
BIOGRAFIA COMPLETA DE ROBINSON CAVALCANTI, escrita por Mario Martins, para o livro MISSIONÁRIOS AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL EVANGÉLICO(Goiania, Kelps, 2007)
ROBINSON CAVALCANTI(Dom Edward ROBINSON de Barros CAVALCANT), de Recife, Pernambuco, 21.06.1944, escreveu, entre outros, CRISTIANISMO E POLÍTICA, CRISTO NA UNIVERSIDADE BRASILEIRA, O CRISTÃO, ESSE CHATO, UMA BENÇÃO CHAMADA SEXO, AS ORIGENS DO CORONELISMO, IGREJA – AGÊNCIA DE TRANSFORMAÇÃO HISTÓRICA, IGREJA – COMUNIDADE DA LIBERDADE, LIBERTAÇÃO E SEXUALIDADE, A UTOPIA POSSÍVEL, A IGREJA, O PAÍS E O MUNDO, IGREJA – MULTIDÃO MADURA, sem dados biográficos completos nos livros e sem qualquer outra informação ao alcance da pesquisa, via textos publicados.
Filho de Edward Lopes Cavalcanti e Gerusa de Barros Cavalcanti. Após os estudos primários em sua terra natal, deslocou-se para outros centros, onde também estudou.
Com 03 anos de idade, em 1947, mudou-se para União dos Palmares(Alagoas), estudando até a oitava série. Filho de empresário e político, freqüentou a paróquia Santa Maria Madalena(Igreja Católica) e fez parte da União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas(UESA).
Freqüentou também sessões kardecistas, bem como passou a ser evangelizado por batistas e adventistas do sétimo dia.
Em 1960, com 16 anos de idade, foi para o internato do Colégio Evangélico Presbiteriano XV de Novembro, em Garanhuns, Pernambuco, onde iniciou o curso clássico e tornou-se Presbiteriano. Em 1961, matriculou-se no Colégio Nóbrega, dos Jesuítas, no Recife, morando com os seus avós paternos. Neste colégio, é iniciado nos estudos de Maritain, Marcel, Mounier, Jolivet e outros, além dos Documentos Sociais Pontifícios, de Leão XIII a Paulo VI, e os Documentos do Concílio Vaticano II.
Integra a liderança do CESP – Centro dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco. No início de 1962 desvincula-se da Igreja Romana e do Espiritismo Kardecista, quando conclui o Curso Clássico e o Curso de Língua e Cultura Hispânica.
Em 31 de outubro de 1963 (Dia da Reforma) foi confirmado na Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB). De 1963 a 1966 cursou Licenciatura em Ciências Sociais na Universidade Católica de Pernambuco (dos Jesuítas), e Língua Inglesa, na Sociedade Cultural Brasil-EEUU.
De 1963 a 1967 cursou, simultaneamente, o Bacharelado em Direito na Universidade Federal de Pernambuco, participou da política estudantil, integrando o Diretório Acadêmico “Demócrito de Souza Filho”, da Faculdade de Direito, e do Teatro Universitário. Ingressou na ABU (Aliança Bíblica Universitária). Fez estágio no Departamento de Ciências Sociais da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Iniciou sua vida como Advogado, Assessor da ABU (10 anos) e professor nos Colégios Agnes Erskine (Presbiteriano), Americano Batista e Sagrado Coração Eucarístico de Jesus.
Optou pela carreira universitária, como professor de Ciência Política, na Faculdade de Filosofia do Recife (FAFIRE, das Irmãs de Santa Dorotéia), Seminário Presbiteriano do Norte, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Em 1974-1975 cursou o Mestrado em Ciência Política no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), da Universidade Cândido Mendes, defendendo (como denominada então), a tese: “Alagoas – a Guarda Nacional e as Origens do Coronelismo”. Foi Evangelista e Candidato ao Ministério na IELB(Igreja Evangélica Luterana do Brasil).
Participou da fundação (1970) da Fraternidade Teológica Latino-americana (FTL), onde integrou, por sete anos, a sua Comissão Executiva. Integrou, também, a Comissão de Convocação do Congresso de Lausanne (1974), e a Comissão de Lausanne para a Evangelização Mundial (LCWE), por quatro anos, bem como a Comissão Teológica da Aliança Evangélica Mundial (LCWE), na Unidade “Ética e Sociedade”.
Filiou-se aos Gideões Internacionais e ao Rotary Club. Passou a colaborar como articulista na imprensa escrita. Por 10 anos escreveu a coluna dominical “Evangelismo” no Jornal do Commércio, e, por dois anos a coluna “Panorama Evangélico”, do Diário da Noite. Escreveu, por cinco anos, para a revista Kerygma (São Paulo), e é o mais antigo colaborador da revista Ultimato (Viçosa-MG.) Ao todo são mais de 1.000 artigos sobre Teologia e Ciência Política, publicados no Brasil e no Exterior.
Atuou, também, na rádio e na televisão, em programas religiosos e políticos, passando a dar conferências no país e no exterior, principalmente na área de Ética Social. Como convidado do Governo, pregou no Culto Semanal dos Deputados, na Capela do Parlamento da Suécia.
Foi candidato a Deputado Estadual, em 1982, pela oposição ao Regime Militar (e membro do Diretório Municipal do PMDB do Recife), e participou das campanhas pela Anistia e pelas ‘Diretas Já’. Nas Universidades – onde lecionou por 35 anos – integrou quase todos os Colegiados Superiores.
Foi Coordenador de Graduação, de Pós-Graduação (Especialização), de Mestrado, Chefe de Departamento, e, finalmente, Diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE.
Foi professor conferencista-visitante na Universidade do Alabama, em Birmingham, lecionando a disciplina “Sistemas Políticos Comparados”. Foi Assessor do Conselho Regional de Pernambuco do Colégio Notarial do Brasil, da Prefeitura da Cidade do Recife (e membro do Conselho Municipal de Educação) e, do então Deputado Federal, Humberto Costa.
Coordenou, entre as igrejas evangélicas, a nível nacional, as campanhas presidenciais de Lula, de 1989 e 1994. Militou no Partido dos Trabalhadores, onde foi membro do Diretório Municipal e candidato a vice-prefeito de Olinda (1996).
Filiado a duas Seções Sindicais da ANDES – Sindicato Nacional (dos Professores Universitários) foi candidato a uma das vice-presidências da entidade, na chapa encabeçada pela professora e ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenelle.
Foi presidente da ASAS, ONG de apoio aos portadores de HIV/AIDS. Participou da campanha do “Parlamentarismo” e da campanha pelo “Fora Collor”. Por cinco anos, integrou o NIES – Núcleo Interdisciplinar de Estudo sobre a Sexualidade da UFPE, participando de debates sobre o tema em várias instituições, inclusive defendendo, como convidado, a posição ortodoxa da Igreja, na Semana Cultural do “V Congresso Brasileiro de Homossexuais”.
Compatibilizando a defesa da Ética Bíblica com a defesa da Cidadania, integrou o grupo de pastores evangélicos que subscreveu o manifesto de apoio a Emenda Marta Suplicy (direitos patrimoniais e previdenciários).
Definindo-se como um democrata, nacionalista, federalista, regionalista, municipalista, parlamentarista, defensor de uma Sociedade Solidária e de uma Economia pós-Capitalista, inspirada nos valores judaico-cristãos, participou de um sem número de movimentos em defesa da Justiça Social, sempre encarando tal participação como expressão de um ministério profético.
Depois de anos de estudo e aproximação, filiou-se a então Igreja Episcopal do Brasil (IEB), Paróquia da Santíssima Trindade, pelas mãos do Bispo Dom Edmund Knox Sherril, em 21 de junho de 1976, sendo, sucessivamente, Leitor (Ministro Leigo), membro de Junta Paroquial, Postulante e Candidato às Sagradas Ordens, Diácono e Presbítero, trabalhando na Santíssima Trindade, Bom Samaritano, Emanuel e Redenção (sempre não remunerado).
Foi Delegado Sinodal e membro da JUNET mais de uma vez, tendo ministrado em encontros anglicanos em vários países. É membro, há mais de 10 anos, da diretoria internacional da EFAC – Fraternidade dos Evangélicos na Comunhão Anglicana, e membro da Ekklesia.
Em 1997 foi eleito, sagrado e instituído Bispo da Diocese Anglicana do Recife, comparecendo à Conferência de Lambeth, de 1998, participando, ativamente, da rede de correntes ortodoxas anglicanas, no tocante às Sagradas Escrituras, os Credos e a Ética Histórica da Igreja.
Fez sua formação teológica por extensão no Seminário Concórdia (da IELB), no NAET – Recife, e nos Cursos de Capacitação de Obreiros da ABU (IFES – Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos), no Brasil, Equador, EEUU, Áustria e Inglaterra, tendo estudado com vários teólogos anglicanos, como o Rev. John Sttot.
Participou dos seminários internacionais que redigiram os documentos “A Responsabilidade Social da Igreja”, (Grand Rapids, EUA), “O Evangelho e a Cultura” (Willowbank, Bermudas), “Estilo de Vida Simples como Opção Cristã” (Hoddesdon, Inglaterra), “A Declaração de Jarabacoa sobre os Cristãos e a Ação Política” (Jarabacoa, República Dominicana), bem como do Congresso Internacional de Evangelismo (Pattaya, Tailândia), Congresso de Evangelistas Itinerantes (Amsterdã, Holanda), Lausanne II (Manila, Filipinas) e do Seminário para Escritores Evangélicos do Terceiro Mundo (John Haggai Day Center, Cingapura), dentre outros.
É membro da Academia Pernambucana de Educação e Cultura, Academia Pernambucana de Ciências Jurídicas e Morais e Cidadão Honorário da Cidade de Olinda-PE. Como Bispo Diocesano, ordenou 57 Diáconos e 49 Presbíteros.
Nesses sete anos foram abertas 34 das presentes 44 comunidades da Diocese Anglicana do Recife, criados projetos sociais, arcediagados, secretarias e comissões, e reformulados os Cânones, estimuladas as vocações, criado o Diaconato Permanente e o Ministério Local, bem como a instituição de Ministros Leigos e Evangelistas.
Na IEAB foi presidente da Junta Nacional de Educação Teológica – JUNET. Distante do Fundamentalismo e do Liberalismo, considera-se um Cristão, Protestante, Evangélico, Anglicano, defensor da Teologia da Missão Integral da Igreja.
Foi Presidente da OMEB – Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil – Secção de Pernambuco, e um dos idealizadores e membro da primeira diretoria nacional do MEP – Movimento Evangélico Progressista. A Diocese Anglicana do Recife, por suas posições oficiais, integra a maioria ortodoxa da Comunhão Anglicana.
Praticou esportes na juventude (na “terceira idade” está na hidroginástica…), gosta de teatro, cinema e música (do clássico ao folclórico), de uma praia (particularmente Paripueira–AL), e é torcedor do Vasco-RJ, Náutico-PE e CRB-AL.
Atualmente, está aposentado (Professor Adjunto, IV) da UFPE e UFRPE. É casado (desde 05.07.1969) com Miriam, é pai de Eduardo Olímpio e Carla Alessandra, e avô de José e Jahnae.Tem seis irmãos: 3 paternos e maternos: George, Thales e Rose, e 3 paternos: Eddie, Elba e Patrícia.
Em 1973, fez a apresentação do livro do autor destas notas- GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE- publicado pela Imprensa Metodista, de São Paulo.
Apesar de sua importância, não é estudado na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001, ou no “DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO”, da Fundação Getúlio Vargas, publicado em 2001, 5 volumes, 6.211 páginas e nem é convenientemente referido, em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site http://www.usinadeletras.com.br ou http://www.mariomartins.com.br
#89 por Taciana Yara em 2 de março de 2012 - 23:14
Robinson Cavalcanti foi um dos meus mais importantes mentores sobre o Evangelho Integral. A voz que clamava no deserto foi levada ao paraíso, mas aqui deixou muitos que a ouviram, entenderam e, hoje, assumem o compromisso de ensinar a outros.
Taciana Yara – Professora do Seminário Teológico Pentecostal do Nordeste
Agradeço ao Nosso Bom Deus pela Vida de um amigo, professor e Pastor . Tenho guardado momentos muitos especiais na nossa caminhada; Na ABU Recife, Igreja . Sua inteligencia , sabedoria, humildade e seu humor eram maravilhosos.
saudades
Marcos Bezerra Assessor Auxliar ABU Recife
#91 por Verônica Andrade em 3 de março de 2012 - 11:40
A Ultimato é uma revista que leio sem pressa, saboreando. Ela circula entre meu quarto e cozinha, lugares onde passo a maior parte do tempo. Então procuro sempre tê-la à mão.
Foi somente na semana anterior à morte de Dom Robinson Cavalcanti que li seu artigo para Ultimato, ‘Conflito de símbolos e mandato cultural’ (edição 334).
Leitura libertadora, pois há muito tempo nutria o desejo de usar o símbolo da cruz como pingente. Não como amuleto, mas para sempre me lembrar de que ‘foi na cruz, onde um dia eu vi meus pecados carregados em Jesus’.
Agora, quando estiver utilizando este pingente, além de lembrar do meu Amado Cristo, lembrarei deste servo que há tantos trouxe alento com a confortadora Palavra da Verdade que liberta.
Glorifico ao Deus que diz, que tudo coopera para o bem… até mesmo as circunstâncias mais trágicas!
Miquéias da Conceição Silva em 3 de março de 2012
Durante muitos anos li os artigos de Robinson Cavalcante e os achava muito inteligente.A Igreja brasileira perde um de seus grande pensadores a morte de Robinson foi uma lástima fiquei consternado. Robinson deixa uma lacuna na revista Ultimato.
Deixo aqui trecho de pequeno texto que vou partilhar com minha Igreja neste domingo pela manhã a respeito da morte do querido Robinson Cavalcanti:
“Pensemos no legado de 50 anos de trabalho e engajamento.
(1) Ouviu falar de uma perspectiva bíblica e séria sobre a sexualidade desenvolvida por um evangélico brasileiro?
(2) Sabe aquela proposta bíblica de um evangelho integral, que Jesus traz libertação para a alma e o corpo?
(3) Sabe a ideia de que a Igreja não deve negociar com a política e os políticos, mas os cristãos devem sim atuar com integridade, seriedade e paixão na política sindical, corporativa e mesmo partidária?
(4) Sabe a perspectiva de um testemunho criativo e pertinente na universidade, sem vergonha de se assumir cristão, mas sem os ridículos de uma versão piegas e alienante?
Pois bem, Robinson Cavalcanti tem participação nessas mudanças de mentalidade do povo evangélico no Brasil.” (…) “Fiquei muito triste, mas não perdi de vista a gratidão. Estou convicto. Deus levantou Robinson Cavalcanti para fazer história em nosso meio e ele cumpriu seu papel. Queira Deus eu e você estejamos também à altura dos desafios que o Senhor suscita para nós. Que Ele console a família, amigos, os paroquianos e Seu povo dessa perda e que nosso Pai continue a levantar a cada geração novos guerreiros para lutar o bom combate do Reino de Deus.”
Que o bom Deus nos console e nos abençõe!
#94 por Antônio Carlos Santini em 4 de março de 2012 - 15:20
É impossível não pensar na tradição judaica a respeito dos seis justos que existem no mundo a cada geração. Eles vivem ocultos do mundo. Se descobertos, são eliminados. E o Senhor faz surgir outro em seu lugar.
Dom Robinson tinha a minha idade. Choro sua morte a as circunstâncias que a envolvem. Seus textos permanecerão como uma presença entre nós.
Antônio Carlos Santini (da redação de “O Lutador”)
#95 por João Carlos Marques Lopes em 5 de março de 2012 - 8:52
Desde 1989 quando o conheci, nos espaços promovidos pelo ARCA-ISER mobilizando-nos frente a epidemia da AIDS e suas implicações no ambiente da Igreja, Robinson tem marcado minha vida positivamente.
Na madrugada do dia 27 do mês passado, precisamente ás 03:40 da manhã, tive uma triste notícia através de um amigo pelo twitter e logo após a confirmação pelo facebook: o Bispo Dom Robinson Cavalcanti e sua esposa Mirian haviam sido assassinados pelo próprio filho.
No momento, o autor do crime não me chamou atenção, mas sim a morte deste arauto do evangelho, que só encontrei uma vez num culto na Igreja Presbiteriana do Planalto em Brasília, onde tive o prazer de ouvir aquele que há anos havia edificado minha vida através de seus escritos, quer nos livros, quer principalmente na Revista Ultimato.
É interessante como senti a perda do Dom, foi um choque, confesso que fiquei tonto e uma tristeza envolveu-me, pensando no quanto ele poderia ainda contribuir para o Reino de Deus, enquanto alguns prestam um desserviço; mesmo sem conhecê-lo, senti sua perda e comovi-me porque ele foi e continuará sendo uma das vozes que me ajudaram a entender o papel social e político do cristão; que nós não devemos viver alienados aos processos políticos e a situação dos menos favorecidos; que a pratica da cidadania não deixa de ser parte da nossa missão…
Interessante que durante a pregação do dia 26, domingo, o mensageiro da noite disse: “Pedro e Tiago eram discípulos de Jesus, a igreja orava por ambos, no entanto Tiago teve sua cabeça decepada por Herodes, enquanto Pedro foi liberto da prisão. Como entender isso?”
Tentar entender ou justificar o ocorrido é algo que nos foge do entendimento, pelo menos a mim, não obstante a fé cristã nos ajuda a perceber nesta tragédia o consolo, pois a morte não é a última palavra, mas a ressurreição, independente de como ocorreu o mal.
Na confiança que o Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é Soberano e que nada escapa do seu controle, sei onde encontrar o meu consolo!
O que posso dizer do Dom e Mirian? Se não que a lista dos heróis da fé continua sendo escrita, pois ainda hoje homens dos quais o mundo não é digno continuam sendo assassinados.
Naquele que me proporcionará um segundo encontro,
Zé Bruno
Na madrugada do dia 27 do mês passado, precisamente ás 03:40 da manhã, tive uma triste notícia através de um amigo pelo twitter e logo após a confirmação pelo facebook: o Bispo Dom Robinson Cavalcanti e sua esposa Mirian haviam sido assassinados pelo próprio filho.
No momento, o autor do crime não me chamou atenção, mas sim a morte deste arauto do evangelho, que só encontrei uma vez num culto na Igreja Presbiteriana do Planalto em Brasília, onde tive o prazer de ouvir aquele que há anos havia edificado minha vida através de seus escritos, quer nos livros, quer principalmente na Revista Ultimato.
É interessante como senti a perda do Dom, foi um choque, confesso que fiquei tonto e uma tristeza envolveu-me, pensando no quanto ele poderia ainda contribuir para o Reino de Deus, enquanto alguns prestam um desserviço; mesmo sem conhecê-lo, senti sua perda e comovi-me porque ele foi e continuará sendo uma das vozes que me ajudaram a entender o papel social e político do cristão; que nós não devemos viver alienados aos processos políticos e a situação dos menos favorecidos; que a pratica da cidadania não deixa de ser parte da nossa missão…
Interessante que durante a pregação do dia 26, domingo, o mensageiro da noite disse: “Pedro e Tiago eram discípulos de Jesus, a igreja orava por ambos, no entanto Tiago teve sua cabeça decepada por Herodes, enquanto Pedro foi liberto da prisão. Como entender isso?”
Tentar entender ou justificar o ocorrido é algo que nos foge do entendimento, pelo menos a mim, não obstante a fé cristã nos ajuda a perceber nesta tragédia o consolo, pois a morte não é a última palavra, mas a ressurreição, independente de como ocorreu o mal.
Na confiança que o Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é Soberano e que nada escapa do seu controle, sei onde encontrar o meu consolo!
O que posso dizer do Dom e Mirian? Se não que a lista dos heróis da fé continua sendo escrita, pois ainda hoje homens dos quais o mundo não é digno continuam sendo assassinados.
Naquele que me proporcionará um segundo encontro,
Zé Bruno
Todos ainda estamos muito tristes e abalados com a morte de Dom Robinson e Miriam. Cremos que Deus vai fazer (e já está fazendo) algo para que essa tristeza passe e venham rios de alegria em nossa Diocese. Que o Pastor de nossas almas nos guie em todos os lugares e faça sua luz resplandecer neste tempo de trevas. Soli Deo Gloria!
#99 por Márcia Rodrigues em 7 de março de 2012 - 16:39
Conheci o Mestre Robinson Cavalcanti ainda adolescente. E foi ele quem me ensinou a pensar, a ter senso crítico. Pensar a vida, o Evangelho, a Política. Por sua influência, fui estudar Ciência Política. Nunca esqueci de suas referências. Na semana anterior à sua morte, falei sobre ele e sua obra à uma amiga. Tendo aprendido a pensar – e que pensar é bom e não dói! – com esse Homem de Deus, ficou menos difícil entender um pouco sobre a realidade que afeta nossas Igrejas nos dias atuais, com tantas doutrinas estranhas e oportunistas. Sentiremos sua falta, Dom Robinson Cavalcanti, você que partiu ao lado da mulher de sua vida, companheira fiel e amada. Deus nos console a todos e nos conserve em Sua esperança.
Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; II Timóteo 2:11.
Palavra tremenda que se aplica para os dois períodos da existência humana.
Um relato pessoal da despedida em Olinda (PE). Aqui deixo meu ato de profundo respeito. Cruzamos várias vezes, sempre um aperto de mão caloroso antes ou depois de ouvir Robinson falar. Foram sempre palavras sabias e maduras. Sentiremos falta.
#102 por Prof. Marcos Tarcisio Pinto Lopes em 7 de março de 2012 - 18:12
Ganhamos ao longo desses anos a companhia exuberante deste servo do Senhor. Sua vida e obra, firmados nos passos de Jesus Cristo nos impulsionam a continuar com ousadia. Muito obrigado Deus Pai por nos ter premiado com tão nobre Pastor. Que tenhamos a coragem para sermos ousados como ele foi. Obrigado Rev. ROBINSON por sua vida e obra!
#103 por Anderson Guimarães em 8 de março de 2012 - 8:28
Certas realidades confrontam nossa fé, mas podemos reconhecer mais um heroi e é uma grande perda a morte de Dr. Robinson e Miriam. Sua obra ficará para contribuir com a aplicação do Reino.
Anderson Guimarães- Itabirito – Minas Gerais
#104 por Humberto Oliveira Ribeiro em 8 de março de 2012 - 8:38
Tive a oportunidade e o prazer de conhecer o Robinson no Congresso Nacional da ABUB em 2000. Aprendi muito com ele e passei a admirirá-lo desde entaão, pela sua coragem, sua irreverência e, principalemente, seu compromisso com Deus. Entristeci-me muito com a notícia de seu falecimento, mas tenho a esperança de reencontrá-lo na glória.
#105 por Pr. Ancelmo Almeida Lima em 8 de março de 2012 - 10:43
Pr. Ancelmo Almeida Lima :
Estava assistendo a TV, no noticiario do SBT, quando vem a manchete do trágico assassinato do Bispo Robson e sua esposa, não suportei a noticia e dei um grito de súbito que chamei a atenção da minha esposa (Fatima) que estava na cozinha. Fiquei transtornado e desesperado com esta má noticia e chamei imediatamente minha esposa para assistir a noticia a seguir. Eu, particularmente gostava muito da pessoa do Bispo como: amigo, palestrante, articulista e pastor. Admirava-o pelo seu talento e pela sua capacidade de vê os fatos evangélicos atraves da historia do protestantismo. Para mim, foi uma perda irreparavel dentro do cristianismo. Acompanhei-o um pouco da sua tragetoria ministerial, assisti o lançamento do seu livro “Cristianismo e Politica” na antiga livraria Betel em Campina Grande (hoje extinta). Convidei-o para ser um dos preletores da I Conferencia Teologica da UFPB, no Campus II na cidade de Campina Grande, e foi um dos melhores palestrantes do evento. Quero deixar o meu lamento pela grande perda no evangelho e pela esperança de nos encontrarmos em breve.
#106 por Pr. Ancelmo Almeida Lima em 8 de março de 2012 - 10:52
Estava assistindo a TV, no noticiario do SBT, quando vem a manchete do trágico assassinato do Bispo Robson e sua esposa, não suportei a noticia e dei um grito de súbito que chamei a atenção da minha esposa (Fatima) que estava na cozinha. Fiquei transtornado e desesperado com esta má noticia e chamei imediatamente minha esposa para assistir a noticia a seguir. Eu, particularmente gostava muito da pessoa do Bispo como: amigo, palestrante, articulista e pastor. Admirava-o pelo seu talento e pela sua capacidade de vê os fatos evangélicos atraves da historia do protestantismo. Para mim, foi uma perda irreparavel dentro do cristianismo. Acompanhei-o um pouco da sua tragetoria ministerial, assisti o lançamento do seu livro “Cristianismo e Politica” na antiga livraria Betel em Campina Grande (hoje extinta). Convidei-o para ser um dos preletores da I Conferencia Teologica da UFPB, no Campus II na cidade de Campina Grande, e foi um dos melhores palestrantes do evento. Quero deixar o meu lamento pela grande perda no evangelho e pela esperança de nos encontrarmos em breve.
Robson Cavalcanti, meu referencial na Universidade Federal de Pernambuco no início da década de 70 quando à época servia aos santos através da ABU. Nossa gratidão a Deus por sua pessoa que só no tribunal de Cristo será revelado a amplitude do bem, que não somente a mim mas a tantos outros universitários em tempos de restrições à fé e ao testemunho cristão, foram agraciados por si. Nossa homenagem a este grande vulto da história cristã no Brasil.
Pr. Clóvis Magno de Lyra Moura
#109 por Pastor - Rubemar Andrade em 8 de março de 2012 - 19:23
O pastor Robson Cavalcante foi um homem com uma mente iluminada pelo Espírito Santo para demonstrar com clareza a Palavra de Deus. Ele sabia combinar muito erudição com piedade, e levar a mente daqueles que o ouviam e o liam pensarem profundamente na vida cristã prática. Ele era um grande pensador de nosso época.
#110 por Rogério Soares da Silva em 8 de março de 2012 - 23:36
Sou membro da 1a Igreja Presbiteriana de Petrolina – PE. Conheci o bispo Robinson Cavalcanti através da Revista Ultimato, que meu primo Presbítero José Edson (Pirangi, Natal – RN) me indicou para ler e me deliciar. Agradeço MUITO a Deus por conhecer estas duas “ferramentas” grandiosas que ELE usa para levar sua palavra: o saudoso bispo e a deliciosa revista. NELE vivemos!
“O grande risco é você morrer e ninguém notar, porque você não tomou decisões.”
+Dom Robinson Cavalcanti
(*21/06/1944- +26/02/2012)
Aos amados irmãos(as),em Cristo e leitores Paz e Bem
É com uma imensa tristeza em meu coração que escrevo esta nota de pesar pela morte do Reverendíssimo Bispo Dom Robison Cavalcanti e de sua esposa Miriam Cavalcanti.
A forma trágica em que se deu a morte desse casal tem me pertubado até agora. Na verdade pra mim a “ficha não caiu”. Pra mim foi uma perda irreparável para o mundo Anglicano e para as demais igrejas evangélicas. Dom Robison deixa um legado de fidelidade e de compromisso com a Santa e Bendita PAlvara de Deus. Sempre defendendo com unhas e dentes a ortodoxia da Bíblia dentro da Igreja Anglicana.
Tive o prazer de Conhecer o Bispo Dom Robison em 2000, num culto na época da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil em Caruaru. Depois desse culto me tornei anglicano desde o dia 28 de maio de 2000 e sempre nutri uma admiração muito grande pelo Bispo. Sempre que encontrava com o Rev. José Rosendo perguntava como estava o Bispo e quando viria a Caruaru para que eu podesse assistir as suas pregações as quais eu gostava muito. Sempre mandava um abraço fraterno para Dom Robson Cavalcante através de outro Reverendo José Quintino Orengo com quem tenho o prazer de trabalhar aqui em Caruaru. Sempre dizia a minha esposa que ouvir as pregações de Dom Robison era muito gratificante e que suas pregações realmente mexia com o nosso ser Cristão.
Pois é, no dia 26/02/2012 a voz inconfudível de Dom Robison foi calada de modo cruel e covarde. Um ministério interrompido de forma grotesca.Resta-nos agora orarmos para que Deus console seus familiares e que ponha no coração do jovem Eduardo Cavalcanti um arrependimento e um remorso pelo crime que cometeu. Que a Justiça seja feita.
Mesmo não fazendo parte hoje em dia de sua Diocese, estou muito trite e chocado com todo acontecimento, acontecimento esse, que não sai de minha cabeça. Cenas mostradas nos programas policiais que não me deixam dormir. Mas ao mesmo tempo tenho tranquilidade por saber que Dom Robison Cavalcante e sua amada Miriam Cavalcanti agora desfrutam de algo maravilhoso ao lado do Pai.
Por fim gotaria de citar uma frase dita por Dom Robison que acredito, encaixa-se muito bem nesse momento:
“O importante, para todos nós cristãos, para todos nós pastores, é que combatamos sempre o bom combate, guardemos a fé até o findar da carreira”.
Bispo Robsison Cavalcanti vai com Deus pois um dia estaremos juntos desfrutando das maravilhas que o Senhor nos proporciona.
Com o Coração enlutado
Bruno Leandro Santiago
Seminarista e
responsável pela Igreja Anglicana Reformada em Caruaru.
Robinson Cavalcanti foi um verdadeiro profeta, um servo que nos deu exemplo de como devemos amar e servir a Jesus, um teológo destemido que ensinou o verdadeiro sentido do Reino de Deus, um professor brilhante que influenciou a vida de muitos inclusive a minha. Neste momento nos resta a esperança da ressurreição.
#113 por Eliabe Farias de Queiroz em 9 de março de 2012 - 13:46
Lamento a partida deste Homem como uma das grandes perdas da igreja Evangélica no país. Grande pensador, mas acima de tudo homem comprometido com o Reino de Deus. Que o Senhor console a todos nós.
#114 por José Moraes em 11 de março de 2012 - 17:20
Não o conheci pessoalmente. Senti muita tristeza ao ser noticiado de sua morte, porém, a certeza que tenho de que ele está nos braços do Pai é que dininui a saudade que sua ausência nos deixou.
Embora saibamos ser a vida efêmera e fugidia, a rigor, nunca concebemos, perder pessoas a quem estimamos e admiramos. Quem diria que Robinson Cavalcanti não estaria conosco hoje, dando-nos sua contribuição teológica, política, sociológica, missionária, histórica, pastoral…?! Mas, já é passado um mês do triste episódio que vitimou violentamente ele e sua esposa, deixando uma lacuna insubstituível no contexto da igreja brasileira e latino-americana.
Conheci o Robinson teólogo, cientista politico e escritor, ainda no Seminário, por meio de seus diversos textos. Que líamos com paixão e compromisso. Vim a conhecê-lo pessoalmente, já no início da década de 1990, em palestra sobre igreja e politica – um tema sempre recorrente para ele – em evento no Rio de Janeiro. Quando fui cursar Ciências Sociais, na universidade, enfrentei diversas crises teológicas e mesmo de fé, porém ele e Orivaldo Jr., estavam sempre em meu pensamento, me ajudando a superar essas dificuldades. Em minha monografia de conclusão do curso faço referência agradecida a estes dois companheiros que me ajudaram a trilhar o caminho teológico e das ciências sociais, comprometido com Deus. Quando fui dar aulas no Seminário, o Robinson, por meio de seus textos, era presença destacada em minhas disciplinas, especialmente em Missão Integral da Igreja e em Reino de Deus e Ministério Profético. Posteriormente convidei-o e ele escreveu, sempre com primor, estudos para a revista Compromisso, onde atuo como redator. Chegou a era do e-mail e, vez ou outra, trocávamos mensagens, como a última, recentemente, tratando de nossa participação em um evento dentro do Clade 5, onde teríamos uma participação conjunta.
Não posso aqui deixar de recordar as diversas conversas que tivemos em Cape Town por ocasião do Congresso Lausanne 3. Com Klênia, Lissander e outros amigos conversamos em diversas ocasiões, tanto no café da manhã, quanto em noites adentro, após as celebrações noturnas do congresso, tratando de assuntos os mais variados, sempre relacionando o passado, o presente e o futuro da igreja evangélica, especialmente no contexto brasileiro. E tudo isso recheado de muito humor, inteligência e critica elegante.
Recebi a mais recente edição de Ultimato e li seu último texto com avidez, em cuja coluna a gente bebeu, aprendeu, criticou, questionou, acostumando-se com sua uma aula-reflexão sempre atenta e pertinente com o mundo atual. Ao concluir a leitura, reli novamente o texto, querendo sorver mais, querendo que o texto se prolongasse. E repeti a leitura das últimas linhas, como a desejar que elas se tornassem elásticas…
Robinson faz falta agora e ainda fará por muito tempo. Ele era como um tio querido, que a gente as vezes discorda, mas não abre mão de dialogar e aprender sempre.
Na semana seguinte á sua morte, utilizei textos deles nas aulas que dei na faculdade de teologia, procurando fazer com as novas gerações de estudantes conheçam melhor e apreendam da rica contribuição acadêmica e engajada de Robinson Cavalcanti.
Deus seja louvado e horado pela vida deste servo especial, bem como de sua esposa, e nos faça, a cada dia, dignos da missão de Jesus de Nazaré, que motivou o Robinson e deve continuar a nos mobilizar hoje.
Venha, Senhor, o Teu Reino e nos faça instrumento de tua justiça e paz.
Devo logo justificar o tratamento de professor, porque nunca estive efetivamente matriculado em nenhuma de suas turmas nas faculdades onde o senhor lecionou. Assim me considero “apenas” pela leitura de seus livros e artigos, a maior parte deles, aqui na Revista Ultimato.
Mesmo que pudesses ler esta carta, talvez não te lembrarias do meu nome, nem tampouco dos dois rápidos encontros que tivemos. Deixe-me, então, tentar trazer-lhes à memória.
Tive a sorte de enquanto lia seu “Cristianismo e Política”, – que revolucionou minha visão do que é ser cristão na sociedade brasileira -, ter a agradável “obrigação” de acompanhar minha esposa a Recife, para visitar minha cunhada. Chegando lá, fiz logo contato por telefone com sua igreja e mais uma vez tive a sorte de encontrá-lo. Com toda a cortesia, o senhor me convidou para assistir na UFPE, a defesa de uma tese por uma aluna sua. Algo sobre presença nazista em Recife, durante o governo de Getúlio Vargas.
Dias depois, em um culto ecumênico realizado na TV Globo Nordeste, no Morro do Peludo, em Olinda, quando o senhor pregou, representando os evangélicos, sobre o sentido do Natal para o cristianismo. Ao término procurei mais uma vez falar com o senhor e embora não tivesse ficado a declaração verbal, estava claramente sinalizada minha admiração por seu ministério como escritor e professor de ciências sociais, bem como por sua visão do Reino de Deus aqui na Terra e, a partir dessa visão, por seu corajoso e incansável engajamento político.
Digo que para mim suas ideias foram revolucionárias sem exageros, uma vez que dentro do fundamentalismo pentecostal onde eu vivia, constantes questionamentos sobre liberdade de pensamento e expressão e debate de ideias me deixavam a ponto de desistir do evangelho, por ver na vivência daquele “evangelho” em minha comunidade um conformismo e um discurso para além morte apenas. Um “evangelho” bom pra morrer, mas incapaz de responder às questões cotidianas que começavam a surgir para mim, na adolescência; não é exagero dizer que foram revolucionárias, porque no ambiente eclesiástico onde eu estava envolvido votar na esquerda era “pecado grave” e em algumas igrejas podia resultar em exclusão do rol de membros. Estranha e incoerentemente, política era coisa mundana e suja na qual não convinha se envolver, mas deixar de votar no candidato que o pastor “aconselhava” era desobediência e rebeldia. (Falo no passado, não porque desconheça que tal prática ainda é realidade em muitas comun idades, mas porque para mim e para muitous outros essa “pregação ideológica”, disfarçada de evangelho, caiu no ridículo e é assim muito graças aos seus textos que fizeram refletir e visualizar que a proposta de um evangelho integral, para o indivíduo e para a sociedade é uma proposta mais abrangente, mais libertadora, menos formal e mais desafiadora).
Hoje quando recebi por email o link da notícia que relatava o seu brutal assassinato, foi como se um filme passasse diante dos meus olhos e então decidi escrever-lhe essa carta póstuma como um agradecimento a Deus por sua vida e o reconhecimento da bênção que o senhor representou para minha vida e para a vida de muitos outros envangélicos no Brasil.
“O Senhor te remunere pelo bem que fizeste, e recebas uma plena recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te acolheste! Rute 2:12”
#118 por Saulo Roberto Oliveira Vieira em 27 de abril de 2012 - 12:46
Tomei conhecimento de seus escritos após o seu falecimento. Logo quando estava pensando em, talvez, conhecê-lo pessoalmente, quem sabe (…). Seu exemplo de vida me tocou. Tenho convicção que o seu legado abençoará as gerações futuras com o amadurecimento do pensamento cristão brasileiro, que perdeu um grande homem de fé. Dom Robinson, obrigado.
#119 por Wagner Oliveira dos Santos em 28 de maio de 2012 - 22:31
Nao sei como, mas o Bispo Robinson entrou na minha vida. Através de suas palestras, pregações, escritos, aprendi muito. Um homem cheio de sabedoria que articulava muito bem a fé crista. Abre-se um vazio, mas ao mesmo tempo, estamos diante de um legado que nos levara a grandes desafios como igreja de Jesus Cristo nesta nação . Até breve mestre Dom Robinson!
Em Cristo Jesus,
Wagner Oliveira dos Santos
#120 por Nina Woody Morway em 12 de junho de 2012 - 11:40
Fui colega de Robinson quando, ainda bem jovens, eramos professores do Colegio Agnes Erksine, no Recife. Assisti ao casamento de Robinson e Miriam. Durante os anos que se passaram, tivemos alguns contatos, mas sempre senti que Robinson era uma pessoa escolhida de Deus para um ministerio sui generis, e que em tudo trazia honra ao Pai. Hoje ele e Miriam estao na presenca de Jesus. Um dia entenderemos os designos de Deus, mas confiamos mesmo assim!
#121 por Marcos Costa em 24 de junho de 2012 - 9:30
Tivemos um profeta entre nós. Daqueles que hebreus cap.11 diz que o mundo não foi digno de sua presença. Homem que fez a teologia ter coração, voz e ouvido para os oprimidos do seu tempo.
Marcos Costa – Articulador da Rede Igreja Amiga da Criança.
Não conheci o pastor Robson Cavalcante pessoalmente, mas o que conheci foi de ouvir amigo que é da ABU e hoje através dos videos na net. O que sei é que gostaria de tê-lo conhecido pois, a igreja carece de homens que declaram sua posição Bíblica para um mundo carente de exemplos corajosos em meio a tanta silenciosa covardia que é incapaz de sofrer com quem sofre.
#123 por Pr. Oséias Rodrigues Barbalho em 11 de setembro de 2013 - 12:16
Tenho gratas lembrança do Bispo Robson. Sua simplicidade e prontindão. Seu notável engajamento nas questões políticas, e o seu chamado a todos os discípulos de Jesus para usar a mente, conforme o chamado do evangelho. Tenho a certeza de que o reencontro com ele é uma questão de tempo, pois o dia de Cristo se aproxima.
Nele, que é a ressurreição e a vida. Pr. Oséias Barbalho
#1 por Carlos Caldas em 29 de fevereiro de 2012 - 9:58
A última semana de fevereiro de 2012 começou péssima. Recebi com assombro e muita tristeza a notícia da morte de Robinson Cavalcanti. Desnecessário dizer que tal notícia me abalou, e muito. Conheci o Robinson em 1986, por ocasião de um congresso nacional da ABU em Fortaleza. Mas antes disso, quando seminarista no Seminário Presbiteriano do Sul em Campinas já havia lido o CRISTIANISMO E POLÍTICA dele. Fiquei maravilhado com a leitura. Desde então tivemos um relacionamento muito bom. Estivemos juntos no CLADE III (Terceiro Congresso Latino-Americano de Evangelização) em Quito em 1992. Toda vez que eu ia ao Recife eu me encontrava com ele. A última vez foi em setembro de 2011. Várias e várias vezes almoçamos e jantamos juntos. Conversávamos frequentemente. Eu sempre me dirigia ele dizendo “Salve meu Bispo!” Durante estes anos todos toda vez que recebia Ultimato eu cumpria um ritual: lia as “Cartas dos leitores” e depois lia o texto do Robinson. Só então ia ler os outros textos. Assisti a muitas palestras dele, e li incontáveis dos seus textos. Admirei muitíssimo sua capacidade rara de se expressar com uma facilidade impressionante tanto no discurso oral como no discurso escrito. Poucos são os que conseguem se sair bem nestas duas possibilidades. Robinson foi um destes poucos. Seu texto era ágil e fluente, suas palestras extremamente bem humoradas. Aliás, o bom humor era uma de suas marcas registradas. Um raciocínio muito rápido, arguto, uma capacidade impressionante de observação. Robinson foi o pioneiro na comunidade evangélica brasileira a introduzir temas para a reflexão como a questão da sexualidade e do envolvimento sócio-político. Não se usava ainda no país a expressão, mas Robinson foi pioneiro no que hoje chamamos de Teologia Pública. Era intensamente apaixonado pelo que fazia. Evangelical convicto, foi pioneiro também na reflexão teológica contextual latino-americana, tendo sido o único brasileiro a participar da reunião de organização da Fraternidade Teológica Latino-Americana em Cochabamba, Bolívia, no início da década de 1970. Gostava de dizer que foi o único brasileiro a participar de todos os congressos de Lausanne e de ter sido o primeiro evangélico brasileiro a estudar Ciência Política em nível de pós-graduação. Ele também era apaixonadíssimo pelo anglicanismo. Dava gosto ver como ele era entusiasmado com a proposta anglicana de “via média”, mas um anglicanismo protestante, fiel à proposta de Richard Hooker, mas ao mesmo tempo um anglicanismo que assume e leva a sério sua herança litúrgica, que é católico mas não é romano. Uma expressão que ele sempre usava era “estadista do Reino”. Robinson Cavalcanti foi um estadista do Reino de Deus. Eu me lembro muito bem de textos dele que me emocionaram muito, por exemplo, quando do falecimento de Dionísio Pape, missionário inglês do movimento estudantil que atuou por muitos anos no Brasil. Robinson influenciou profundamente a minha geração, a mim particularmente. Citei vários de seus textos publicados em Ultimato na minha tese de doutorado a respeito de Orlando Costas, e me lembro dele me falando dos encontros que teve com Orlando em vários encontros da FTL e de outros movimentos protestantes mundiais. Ele era admirador inconteste de Martin Luther King Junior (havia um poster do Rev. King Junior em uma das paredes do escritório de sua diocese no Recife) e de Dietrich Bonhoeffer. Era grato ao legado dos missionários protestantes dos Estados Unidos, especialmente os da primeira leva, que aqui aportaram no século XIX, mas ao mesmo tempo era crítico contundente dos missionários que chegavam especialmente a partir da segunda metade do século XX, marcados por um fundamentalismo estreito e estúpido (dizer que o fundamentalismo estadunidense do pós-guerra que infelizmente é até hoje muito influente na mentalidade evangélica brasileira é estreito e estúpido é o paroxismo do pleonasmo) Todavia, eu discordava de algumas de suas opiniões. Ele era entusiasta da opção episcopal da administração eclesiástica, mas exagerava nas conclusões em sua leitura da história. Um dos seus textos publicados em Ultimato tecia crítica – acertada – ao Estado de Israel em seu tratamento para com os palestinos, mas errava a meu ver ao exagerar até no título: “Palestina, o holocausto dos filhos de Ismael”. Não se pode usar a palavra “holocausto” neste caso. Outro texto dele que causou espécie, também publicado em Ultimato foi “Os terreiros de Jesus”, no qual defendia ousadamente (a audácia e a coragem de inovar eram outras de suas marcas registradas) uma contextualização, a organização de terreiros não de umbanda, mas “de Jesus” como dizia o título do texto. Discordava também de uma expressão que ele usava com frequência para se referir ao anglicanismo – ele defendia que o anglicanismo e o luteranismo faziam parte do que ele chamava de “primeira Reforma”. Nunca entendi em que sentido estas duas correntes do protestantismo seriam uma “primeira” reforma. Discutimos – no bom sentido da palavra – a este respeito. Robinson sofreu muito. Acompanhei algumas das crises que viveu em sua denominação. Foi perseguido e injustiçado internamente em sua denominação mas não abriu mão de suas convicções. Sofreu também muito por questões familiares, ao ponto de ter acontecido o que aconteceu. Escrevo estas linhas mas até agora me recuso a acreditar que Robinson e Míriam tenham nos deixado de maneira tão estúpida e brutal. Lamento muitíssimo e choro de tristeza por esta perda. Robinson representou muito para o evangelicalismo brasileiro. Sua história ainda precisa ser contada. Que o Senhor a quem Robinson serviu conforte os familiares e nos dê forças para continuarmos na caminhada. Robinson deixa legado abençoado. Parafraseando o que Karl Barth disse a respeito de João Calvino, que nós que o conhecemos, com ele convivemos, rimos de suas piadas, celebramos a vida com ele, possamos continuar, apesar de tristes e sem entender porque isto aconteceu, seguindo, não o Robinson, mas aquele que foi o mestre de Robinson.
#2 por Rev. Pr, João Batista em 1 de março de 2012 - 8:49
Tive o privilégio de conhecê-lo a 12 anos, suas palavras sempre foram de grande firmeza e valor teológioco para a igreja. Certamente uma falta terrível ele fará no nosso meio, como pessoa, como mestre e como pastor.
Que Deus possa consolar-nos, a todos nós que nos consideramos da sua família.
#3 por Ricardo Mattos em 29 de fevereiro de 2012 - 12:30
Obrigado Amigo Carlos Caldas, por tão emocionada e sincera homenagem ao Amigo e Irmão Robinson Cavalcanti. Deus console todos os que estão se considerando órfãos neste momento, de um dos grandes pensadores, teólogos e especialmente Servos comprometidos com o SENHOR JESUS, como foi Dom Robinson.
Compartilho de seu sentimento e pesar.
Pr. Ricardo Mattos
Campinas – SP
#4 por Elsie B. C. Gilbert em 29 de fevereiro de 2012 - 14:03
Robinson Cavalcante na minha vida
Aos 19 anos, eu sofria de uma dicotomia teológica que debilitava minha fé. De um lado, entendia a importância de trabalhar para o reino de Deus, de outro, via o que meus amigos marxistas insistiam em apontar: uma igreja totalmente alienada da vida real e sofrida de tantos ao meu redor.
A gota d’água foi quando a Dona Antônia, uma selhora de 60 anos, negra e quase cega, caiu numa fossa aberta na calçada à caminho da igreja e como consequência teve sua perna amputada. Ao visitá-la, o meu pastor escolheu ler para ela aquela passagem: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.”
Só que ele não julgou importante levar alguma palavra de Deus para o hospital que tinha demorado 10 horas para prestar assistência, ou para o médico que a atendera sem sequer lhe dar um banho, ou para a cidade que insistia em manter fossas nas calçadas das ruas. Era uma fé muito privada. Parecia que Deus não tinha nada a dizer sobre a injustiça. Saí da igreja.
Minha fé continuou débil até o Robinson Cavalcanti passar pela minha cidade, numa série de palestras eletrizantes que me mostraram que o Jesus da Bíblia não estava nenhum pouco alienado da situação política e social do meu país, do meu povo. Gravei suas palestras numa daquelas fitas cassetes e elas se tornaram o meu talismã. Eu carregava a fita para todo lado. Elas serviram como o meu guia de sobrevivência durante os anos de formação universitária.
O Bispo Robinson foi a primeira pessoa a me dizer que o meu interesse pelas questões sociais estava em sintonia com a visão de Jesus para o nosso mundo e até para a minha vida. Ele foi o primeiro a me dizer que os profetas não estavam mortos.
Como um bom profeta, ele dizia muitas coisas provocativas, tinha um humor altamente sofisticado, um palavreado rebuscadíssimo que nos deixava matutando sobre o quê exatamente quis dizer. Às vezes nos deixava irados. Isto foi muito bom para mim. Voltar às suas palavras, rever o que disse, tentar traduzir suas máximas, se tornou um exercício importante para a minha vida.
Dou graças a Deus pela sua vida e me uno a milhares, quem sabe milhões, num profundo lamento pela nossa perda. O que me consola, um pouquinho, é imaginar as conversas dele com Jesus naquele espaço eterno que nos é vedado mas que é o novo contexto do Pr. Robinson e sua esposa Miriam. Nos vemos lá, um dia.
#5 por Leonardo Morais, Jr. em 29 de fevereiro de 2012 - 14:42
Recebi a notícia da trágica partida do nosso bispo e de sua esposa justamente no momento em que eu estava me deleitando em algumas de suas palestras, entre elas uma proferida num congresso da ABU, e outra, proferida num simpósio da editora Vida Nova. Estava a admirar o gênio e a perspicácia de Dom Robinson ao tratar de fatos concretos os mais variados e inusitados possíveis no âmbito da existência humana. Acima de tudo, para mim, no ouvi-lo falar, havia sempre uma rica oportunidade de aprender como apresentar as Boas Notícias de Nosso Senhor Jesus Cristo como uma dínamo transformador de nossa realidade concreta e, também, como fornecer, mediante essa mesma mensagem, respostas e soluções plausíveis para os dilemas dos homens e mulheres de nosso tempo. Confesso que, como estudante universitário, sinto-me cada dia mais compelido a fazer de seus exitosos passos no mundo acadêmico uma trilha para mim. No mesmo sentido, através de seu labor pastoral, pude entender da melhor e mais nítida forma possível o que é que significa ser um bispo, um pastor de almas. Antes de aprender o sentido do episcopado com Dom Robinson, eu achava que “bispo” era apenas umas das peças de tabuleiro de xadrez… Mas, enfim, aquela notícia ingrata não era uma pegadinha, como eu muito desejei que fosse: ele realmente se foi! Conosco então, que ainda militamos, irá permanecer o seu vasto legado. Contudo, para esse momento em que percebemos um enorme vácuo, precisamos de forças, de ânimo e das consolações do Divino Espírito Santo para prosseguirmos. Que Deus nos ajude e nos conduza adiante, rumo à Canaã.
Asp. Leonardo Morais, Jr., ofa
Ponto Missionário Anglicano de Santo Estevão Mártir -DAR
Francisco Beltrão-PR
#6 por Alex Fajardo em 29 de fevereiro de 2012 - 15:12
Em 2002 li pela primeira vez um livro de Robinson Cavalcanti, o relançamento feito pela Editora Ultimato de “Cristianismo e Política”. Entretanto fui ouvir ele pessoalmente apenas em 2007 em São Paulo. De lá para cá estive presente em suas palestras/pregações pelo menos uma dezena de vezes, seja em Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
Por duas vezes tive o privilégio de estar à mesa com ele e ouvir suas histórias. A primeira em 2010 em São Paulo, logo após sua pregação na IBAB, juntamente com Volney Faustini e os pastores Fabricio Cunha e Levi Araújo, tivemos um jantar repleto de histórias trazidas pela memória do bispo e palavras de incentivo e sabedoria.
A última vez foi em Campinas no final de 2011 onde ele palestrou na FTL (Fraternidade Teológica Latino Americana) da qual foi um dos fundadores na década de 70. Fomos jantar com alguns pastores, entre eles Wilson Costa e João Leonel. Mais uma vez sua simplicidade e alegria estiveram presentes a mesa.
Nos últimos três anos esteve envolvido na gestação da recém criada Aliança Cristã Evangélica Brasileira. Participou de sua fundação no final de 2010 e era um de seus principais entusiastas. Tive o privilégio de estar envolvido com ele neste processo, achei graça quando me chamou de “ministro das comunicações” da Aliança Evangélica. O humor era algo que nunca lhe faltava.
Na terra deixou saudades. Porém para os que crêem na ressurreição do corpo, dizemos um até breve!
Parabéns a equipe Ultimato por tão bela homenagem.
Alex Fajardo
#7 por Eduardo Bomfim (Dudu Ébano) em 29 de fevereiro de 2012 - 16:00
Em 2000 no Congresso Nacional da ABUB em Belo Horizonte tive o primeiro contato com o D. Robinson. Me lembro muito bem de uma frase que falou na ocasião “o Reino de Deus nos capacita a sermos cidadãos do céus e da terra”. Pra mim foi muito marcante ver alguém com uma mensagem tão contundente num momento tão importante em minha vida. Aos 16 anos de idade eu estava me descobrindo como missionário no ambiente estudantil.
Depois daí tive acesso regular aos seus textos por meio da revista Ultimato. Estes sempre me serviram de referencial profético sobre cidadania e vida cristã.
Na ABU Nordeste pude vivenciar sua simplicidade, pois mesmo com agenda lotada nunca negou nossos convites. Em 2008, em ocasião do Curso de Férias da ABU Nordeste tivemos o prazer de ouvir seu testemunho: falou sobre o seu chamado e como exercia a docência, a assessoria auxiliar durante dez anos e o episcopado; falou também sobre suas relações pessoais, como conheceu sua esposa Míriam, também falou como conseguia conciliar tantos afazeres e manter uma vida com certa tranquilidade e uma rotina devocional.
O que posso dizer é que toda vez que o D. Robinson esteve presente em nosso meio voltávamos pra casa encorajados e dispostos a exercer o ministério onde quer que fosse.
Minha noiva era responsável pelo contato da ABU Recife com os profissiosnais e ex-abeuenses, portanto, necessáriamente teve muita aproximação com o Robinson e na segunda-feira desta semana, chorando muito ela me deu a triste notícia. Agora neste momento ela está no velório do Robinson e de sua esposa Míriam.
Ainda estamos muito abalados com o triste acontecimento e pela forma que este ocorreu. Estamos preocupados com a família do Robinson, mas de certa forma sabendo que em breve estaremos juntos eternamente.
Grande saudade.
Eduardo e Mauricélia
#8 por George Henrique Kling de Moraes em 29 de fevereiro de 2012 - 16:01
Muito dolorida esta morte tão prematura. Como pode ser lido nos comentários anteriores foi um exemplo de cristão moderno. Deixará muitas saudades. Mas temos que continuar nossa peregrinação nesta espaçonave terra. Que o Deus do Universo nos sustente durante a cicatrização desta ferida. George Moraes
#9 por Ramon Velasquez em 29 de fevereiro de 2012 - 16:39
Tristeza, consternação e saudades de nosso Amigo e Mestre Robinson Cavalcanti…um Guerreiro que ao longo de sua Jornada, defendeu como poucos, o Evangelho…um Discípulo de Cristo, pois sempre posicionou-se a favor dos direitos dos pobres e oprimidos, defendendo todas as causas favoráveis aos mesmos…e um Profeta que soube erguer sua voz e sua caneta para exortar, admoestar, ensinar e denunciar as mazelas de nosso tempo…fomos Amigos de luta no MEP, em várias causas, em Campanhas Eleitorais (89, 90, 94, 2002), na maioria das vezes, preferia o anonimato, mas jamais se furtou à responsabilidade de proclamar o Evangelho…foi para mim um Grande Exemplo de Cristão…já sentimos sua falta!!!
Ramon Velasquez – Ex-Prefeito de Rio Grande da Serra-SP, ex-Presidente do Consórcio de Prefeitos do Grande ABC Paulista e ex-Presidente do MEP-SP
#10 por Ednilson Rodrigues em 29 de fevereiro de 2012 - 16:42
Perdi um mestre…. Alguém que ouvia com admiração e procurava seguir na caminhada. Que Deus console a todos. Bispo Robinson Cavalcanti, ainda chocado e inconformado pela noticia, agradeço a Deus por sua vida e obra.
#11 por Denicce em 29 de fevereiro de 2012 - 16:45
Sábio, conselheiro, e que nos levava a todos a repensar o papel da igreja na sociedade atual. Certamente suas palavras nos farão falta, mas seu exemplo nos inspirará a seguir adiante, rumo a Cidade Celeste onde todos havemos de nos encontrar um dia.
#12 por Fabricio Cunha em 29 de fevereiro de 2012 - 17:20
MINHA DESPEDIDA
Todos têm razão em ficar perplexos.
Uma tragédia dessas, um filho que mata a facadas pai e mãe, nos tiraria a paz no dia.
Isso se agrava quando pai e mãe brutalmente assassinados, são dois arautos do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Todos têm razão. Perde a Igreja, perde o povo do Deus altíssimo, perde a sociedade em geral.
Mas, irmãos um pouco mais distantes, vocês não têm ideia do quanto se perde de alegria, do quanto as mesas ficarão mais tristes. As histórias serão menos interessantes. Os dados e informações voltarão a ser frios. As conversas serão mais enfadonhas.
Aquele que sabia contar histórias como ninguém, fazer rir e chorar, que sabia bater sem doer, que esticava monólogos que tinham tudo para dar sono, mas instigavam e faziam com que duas ou três horas parecessem poucos minutos, se foi.
Se foi ontem de forma rápida, como sempre, sem despedir-se, como nunca soube fazer muito bem.
Foi-se Dom Robinson, homem ilustre e ilibado. Servo fiel do Deus altíssimo, que recebeu-o pessoalmente na glória. Homem cuja humildade era tão extensa quanto seu curriculum.
Um bom amigo mais velho, que enchia a nossa vida, a dos mais novos, de sonhos e esperança.
De tantas coisas a se lamentar, lamento o fato de que as mesas e as histórias nunca mais serão as mesmas…
De seu colega mais novo, Fabricio Cunha.
http://fabriciocunha.com.br/minha-despedida-a-dom-robinson-cavalcanti/
#13 por Marcelo Barreto em 29 de fevereiro de 2012 - 17:59
Mesmo não tendo contato pessoal com o Robinson posso dizer que ele, por meio de seus escritos e palestras, contribuiu significativamente para a minha formação cristã, especialmente no que se refere a vida em sociedade. Confio na soberania de Deus para saber que mesmos as más notícias estão sob seu controle. Podemos aprender e nos submeter à vontade de Deus, ainda que nos custe dor.
#14 por Guilherme de Carvalho em 29 de fevereiro de 2012 - 18:40
A coisa toda doeu em mim e doeu muito. Mas sei que não doeu tanto quanto para inúmeros irmãos que o conheciam pessoalmente e de perto, que andaram e lutaram com ele. Só posso imaginar a dor de gente como o Carlos aí em cima, ou o Nelson Bomílcar, ou o Valdir, ou a turma da ABU, e a turma da Ultimato, e tanta gente…
Apenas trocamos idéias por email e nos vimos no encontro Ultimato 40 anos. Tivemos sim, um intercâmbio de idéias: li, como tantos outros, “Cristianismo e Política” no comecinho de minhas indagações sobre fé e cultura, e tivemos a honra de ter o prefácio de nosso livro “Cosmovisão Cristã e Transformação” escrito por ele, com uma compreensão e um entusiasmo que me deixaram constrangido. Devo dizer que esse prefácio nos deu a confiança necessária para entrar no universo do pensamento de missão integral brasileiro, no qual éramos e ainda somos iniciantes.
Não concordava com tudo o que ele dizia sobre política e ordem social, mas foi com alegria que testemunhei o crescimento de seu espírito evangélico nos últimos anos, com a firme decisão de se opôr à dissolução da ortodoxia e à sua absorção por qualquer ideologia secular. Ao contrário do que muitos irmãos mais à direita dizem, o Robinson acabou se mostrando mais cristão que social-democrata – ao contrário de tantos hoje que são mais definidos por sua posição política à esquerda ou à direita do que por sua fé.
Puxa, eu tinha “contas a acertar” com ele… ainda íamos nos encontrar e ter aquela séria conversa sobre o futuro da política cristã no Brasil, mas não deu, Deus não quis.
Agora resta o lamento, o “porquê?”, o luto e a luta com Deus, para que a nossa fé cresça mais um pouco. Deve ter sido terrível o peso da alma, no Robinson e na Miriam, morrendo naquelas circunstâncias, pela mão daquele rapaz; mas para eles o véu já foi removido, e já está tudo ou quase tudo explicado.
Mas não para nós. Precisamos de ajuda; precisamos que o Senhor aumente a nossa fé e a nossa esperança; que o Senhor não nos deixe vacilar na confiança diante da escuridão, coisa que o Robinson com certeza reprovaria. Lembremo-nos, então, de que anda que a terra seja sem forma e vazia, e haja trevas sobre a face do abismo, ainda assim o Espírito de Deus está ali.
#15 por Leon Souza em 29 de fevereiro de 2012 - 18:46
Quero agradecer a Deus por ter nos dado o grande prazer de desfrutarmos da presença, do ensino e da sabedoria de seu servo Robinson Cavalcanti, um nordestino que nos orgulha, um homem que nos inspira. O conheci na ABUB em 2000 no SESC-BH, e a ultima vez que o vi e o cumprimentei também foi no SESC-BH em 2010, ambas as ocasiões por conta do Congresso Nacional da ABUB. As lagrimas são inevitáveis, mas o consolo do Espírito Santo nos cobrirá.
A mim e minha família, junta-se toda a ALIANÇA BÍBLICA SECUNDARISTA, que completa 40 anos em 2012, e sem dúvida foi fruto de muito esforço dele também, e do seu apoio ao longo dos anos enquanto esteve entre nós.
Saudades!
#2012abs40anos
#16 por João Marcos em 29 de fevereiro de 2012 - 20:26
A primeira vez que ouvi falar do Dom Robinson foi numa época em que eu pensava que anglicanismo era algo que só existia nos livros de História. Nascido e criado em berço pentecostal, me chamou atenção aquela figura com camisa roxa, gola clerical e cruz pendurada no pescoço nas páginas de uma revista evangélica. Podia ser um clérigo da Igreja Romana, mas o que ele estaria fazendo numa matéria dedicada a “celebridades evangélicas”? Fiquei surpreso ao ler, no rodapé da foto que ele era bispo da Igreja Anglicana.
Nessa mesma época, eu vinha sendo incomodado pela falta de identidade dos evangélicos e, ver um ministro evangélico com “roupa de padre” intensificou meu interesse por estudar aquele grupo social em que eu estava inserido, agora, com um desafio maior. Eu estava convencido de que era necessário estudar a História da Igreja, conhecer as várias doutrinas, liturgias, costumes. Eu precisava entender, historicamente, o que me separava de um católico romano, bem como entender o por quê de um bispo anglicano se vestir daquela maneira, muito mais parecido com um católico do que com um evangélico.
Em pouco tempo eu já tinha visitado várias igrejas históricas, conversado com pastores e leigos, lido textos sobre os mais diversos assuntos. Dentre centenas de textos que lia, os de Robinson Cavalcanti e de outros ministros da Diocese Anglicana do Recife sempre me despertavam especial interesse. Passei a admirar a Igreja Anglicana e, apesar de nunca ter sido membro desta igreja, nutri, por anos, muito carinho pelo anglicanismo.
Talvez, não por acaso, meu desencantamento com a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil começou num momento de crise da instituição que culminou na sua divisão. De um lado estava a maioria da igreja, teologicamente liberal, adepta de um inclusivismo sem limites, altamente influenciada pelo secularismo da Episcopal Church of USA. Do outro lado, ministros e leigos do norte e nordeste que, liderados por Dom Robinson, mantiveram-se firmes ao cristianismo bíblico e conservador.
Contudo, um dos assuntos abordados constantemente por Dom Robinson que mais me chamavam a atenção não estava diretamente relacionado ao anglicanismo. Trata-se da Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB ou simplesmente ABU). No dia em que me matriculei na UNESP em Assis-SP, tratei logo de encontrar evangélicos e buscar informações sobre a ABU. Não havia ABU em Assis, mas havia um grupo de cristãos sedentos e interessados pela missão integral da Igreja, numa luta que não é apenas espiritual, mas também social, por um mundo mais justo, pacífico e que respeite o meio-ambiente. Em pouco tempo estávamos participando dos encontros da ABU e, embora fôssemos um grupo muito pequeno, éramos o suficiente para incomodar os “alérgicos” ao cristianismo, o que talvez seja um bom sinal!
Hoje estou formado e muito feliz ao ver que a ABU está de pé e atuante em Assis. Ver aquela molecada falando de Deus na universidade e recepcionando os calouros me enche de uma alegria inexplicável. Sinto-me satisfeito e com a sensação de que, por pouco que eu tenha contribuído, uma semente muito boa foi plantada ali.
Sinto-me profundamente triste com a morte desse que, tenho certeza, foi uma das personagens mais importantes na História recente da Igreja Evangélica no Brasil. Alegro-me, no entanto, pela sua influência na minha vida espiritual e acadêmica, e pela certeza de que há muitos frutos do seu ministério espalhados por todo o mundo.
Que Deus conforte os familiares e tenha misericórida do rapaz que o matou.
Kyrie eleison!
(Senhor, tem piedade!)
#17 por alzira em 29 de fevereiro de 2012 - 20:33
Como todos,recebi a noticia da morte do amado consternada!!!! Chorei muito!!!! nunca o vi! lia seus artigos na Ultimato, e o respeitava por tudo o que ele era!!!! AInda estou chocada!!!!!
Deus abençoe e console familiares, amigos, colaboradores, e leitores ( como eu).
#18 por Revda.Solange em 29 de fevereiro de 2012 - 20:41
Registro meu sentimento de orfandade, Dom Roblnson deixa um grande vazio no espaço Teológico, grande pensador, um profeta a frente do seu tempo, expresso minha gratidão ao nosso Deus por sua vida e todo o seu legado incalculável. Que o Senhor nosso Deus, derrame do seu consolo sobre todos
#19 por Pr. Jamerson Lopes em 29 de fevereiro de 2012 - 21:37
O Bispo Robinson Cavalcanti, sem sombra de dúvida, fora um dos líderes evangélicos que melhor contribuiu para a formação de meu caráter enquanto pessoa e para o desenvolvimento de meu ministério enquanto pastor.
Sua pena afiada, assim como sua eloquência jovial, ficaram para sempre em minha memória.
Portanto, como uma humilde homenagem ao seu poderoso legado, faço coro as palavras do rei Davi:
“Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um príncipe e um grande homem?” 2 Sm 3.38b
Que o Senhor em sua misericórdia conforte a todos os familiares e amigos.
Até logo Bispo Robinson!
#20 por inaldo f barreto em 29 de fevereiro de 2012 - 21:53
Um Bispo que deu brilho ao episcopado brasileiro. Suas palavras, seu estilo, seu humor, respeito, sabedoria e fé, ficarão como uma marca na história da Igreja brasileira.
#21 por Aldair B. Quintanilha em 29 de fevereiro de 2012 - 22:06
É lamentável… a Igreja evangélica brasileira fica sem um de seus grandes pensadores.
No ano passado presenteei um professor da minha faculdade com o livro de autoria do Pr. Robson Cavalcanti – “A Igreja, o país e o mundo”. O professor fez muitos elogios ao livro.
fica aqui registrado minha gratidão a Deus pela contribuição do Pr. Robson a minha vida.
#22 por eduardo ribeiro mundim em 29 de fevereiro de 2012 - 22:23
Robinson, lamento sua partida, principalmente o modo. Junto a Péricles Couto e Jonh Stott, você se ajunta à grande nuvem de testemunhas citada pelo autor de Hebreus.
Até a eternidade, nos braços do Pai
#23 por Raniere em 29 de fevereiro de 2012 - 22:24
Sou grato a Deus por ter tido o privilégio de poder conviver com o Bispo Robinson e sua doce esposa Mirian. Seu exemplo de cristão, pensador, pastor e amigo sempre terá influência sobre toda uma geração. Por tudo que ouvi, li do Bispo Robinson Cavalcanti, nunca esquecerei de uma palavra que ele me disse, em uma de nossas muitas conversas em seu gabinete episcopal: “Nossos erros nos tornam mais humanos”. Que Deus receba nossa gratidão pelo convívio com inesquecível casal, bem como, nos console e derrame perdão em nossos corações.
#24 por Elias Bispo em 29 de fevereiro de 2012 - 22:38
Robinson Cavalcanti influenciou a minha vida cristã através dos seus livros e artigos na revista Ultimato, ao longo dos últimos 35 anos.
Peço-lhes licença para honrá-lo, pois a sua atuação política-cristã influenciou a minha vida, desde os tempos do Movimento Cristão Democrático de Centro – MCDC, quando ainda jovem universitário, no alvorecer da abertura política, me dirigia ao salão cedido pela 1a. Igreja Presbiteriana em Recife, aos sábados à tarde, para escutá-lo.
Tive o prazer de votar nele para Deputado Estadual poucos anos depois e conferir a apuração da urna – só tinha aquele voto para ele, o meu.
Robinson continuou influenciando a minha trajetória de vida através dos livros: Cristianismo e Política, Libertação e Sexualidade, A Utopia Possível, dentre outros, além dos artigos publicados na revista Ultimato, da qual sou leitor há quase 30 anos.
Os seus escritos sobre o evagelicalismo integral têm permeado a minha mente até hoje, pois o Evangelho todo para o homem todo e para todos os homens, revelam que a humanidade é feita a imagem de Deus e que a fé sem obra é morta.
Precisamos de uma redenção do todo e uma restauração da mãe-terra e do universo.
Resta-nos o consolo de saber que quando o CÉU ganha, ninguém perde…
Robinson e Miriam partiram para a eternidade e estão desfrutando da presença do Senhor.
#25 por Cláudio Roberto de Souza em 29 de fevereiro de 2012 - 22:39
Conheci Robinson Cavalcanti em 1989, durante a primeira campanha de Lula para a presidência, quando eu tinha 18 anos. Morava em uma cidade da Zona da Mata de Pernambuco, participava de grupos jovens e ingressava naquele ano também no curso de história na Faculdade de Formação de Professores de Nazaré da Mata(FFPNM/UPE). Fiz o curso em um momento singular da própria história, onde caía o muro de Berlim, as eleições diretas eram retomadas no Brasil, a democracia se consolidava, e na década seguinte, o número de evangélicos em todo o país apenas cresceria. Nos anos seguintes, Robinson nunca se furtou a visitar nossa cidade, Timbaúba, e dar palestras em grupos de jovens, em reuniões políticas ou em eventos que fazíamos para comemorar alguma data. Essa, por sinal, é uma das coisas que mais chamavam a atenção. Robinson era uma pessoa que nunca negava ir a nenhum lugar, mesmo que a atividade fosse pequena. A ideia de ser fermento na massa e que as mudanças eram um processo longo de transformações nunca desanimou o nosso querido bispo. Encontrei-o novamente por diversas vezes na Universidade Federal de Pernambuco, onde flertei um pouco com o mestrado em Ciências Políticas. Terminei por cursar o mestrado em história, mas trabalhando um tema que era caro ao intelectual Robinson, que era a questão das oligarquias e relações de poder. Pela providência do Senhor, fui aprovado em concurso para professor e fui designado para trabalhar em uma escola onde Miriam, sua esposa, também era professora. Pessoa simples, nunca alardeou ser esposa de quem era. Pessoa corajosa, disposta sempre a ajudar, como fez até seu último dia. Com muito orgulho, participei de alguns programas na televisão e rádio com o velho mestre, já eu também agora, formado, um profissional, um historiador. Num deles, um debate na TV onde avaliávamos os resultados das eleições de 2010, estava absolutamente feliz, imaginem todos! fazendo comentários políticos ao lado do mestre Robinson! Um misto de satisfação e frio na barriga, reconhecimento de quem sabia do tamanho da pessoa ali, ao lado. E, tenho certeza, Robinson também estava satisfeito com o antigo aluno. Nosso querido amigo e bispo vai fazer falta.
#26 por Anderson Moraes em 1 de março de 2012 - 8:58
Conheci a obra de Dom Robinson Cavalcanti por meio da ABU e pude ouvi-lo falar em dois congressos, pela primeira vez em 2000, pela última, em 2010. Nesse intervalo de dez anos, a igreja, o governo, o mundo, tudo mudou. Mas a coerência de Dom Robinson continuou a mesma e meu prazer em aprender com ele também. Uma pena que não terei a oportunidade de ouvi-lo novamente.
#27 por Sonia Couto em 1 de março de 2012 - 9:40
No início de 2011 Robinson trocava emails e telefonemas com meu pai, Péricles, sobre o livro “Igreja: Agente de Transformação” lançado naquela época com a abertura de um nordestino da estirpe e trajetória singular de Robinson Cavalcanti, palavras do meu pai. O livro foi possível “pela graça de Deus e pela colaboração voluntária de autores vinculados à Fraternidade Teológica Latino-Americana devido ao ideário que os une de buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça”. Robinson havia aceitado o convite de ser também o palestrante do treinamento dos líderes e envolvidos na Missão Aliança no Brasil em outubro de 2011, onde o livro seria a base de um diálogo sobre as experiências dos projetos sociais apoiados pela Missão. Mas em agosto, em meio a descoberta de um câncer atroz, Deus chamou meu pai para Si. Ficamos perplexos e sem chão. Mas minha mãe Alva, suportada pelas mãos do Senhor perseverou em completar os planos mais imediatos que meu pai perseguia. E Robinson se juntou a ela cumprindo sua palavra, segundo ele mesmo, uma dívida com o amigo Péricles, e alimentou os líderes da Missão Aliança naquele outubro ainda triste, e de forma extremamente carinhosa, trouxe ânimo a todos. Somos imensamente gratos ao Senhor pela vida e testemunho do casal Cavalcanti. Por serem amigos de caminhada de fé. Foi uma busca nutrida em amor, do Reino de Deus e sua justiça. Agora, quem poderia prever? Robinson e Miriam se juntam ao meu pai e a tantos outros soldados de Cristo, como bem expressou acima Eduardo Mundim. A nós, que ainda perplexos, seguimos em frente, nos resta dizer: “Nós te saudamos, ó Cruz, nossa única esperança”, Henri J. M. Nouwen em “Uma Carta de Consolação”, ed. Cultrix.
#28 por evandro em 1 de março de 2012 - 10:01
Não tenho palavras para expressar a dor e o lamento que invadiram o meu coração pela triste e repentina partida de nosso profeta tupiniquim – Robinson Cavancanti. Certamente ele foi um dos maiores pensadores que a igreja evangélica brasileira já teve. Fico com minhas lágrimas e doce lembrança de sua vida e humor caracteristico.
#29 por Paulo F Ribeiro em 1 de março de 2012 - 11:01
Caro Irmão Robinson,
Se ainda pudesses ouvir te diria:
De quanto o Senhor te usou como benção na minha vida.
Em 1973 eu chegava a ABU, confuso e atordoado – – –
com as múltiplas demandas da vida de jovem adulto – – –
com a mente desorientada pelos sinais conflitantes da igreja e sociedade – – –
sob a ditadura militar – – – que propagava injustiça e terror – – –
com a igreja – – – voltada apenas ao evangelismo – – –
Foi numa das reuniões da terças na sala da ABU em Recife que te ouvi pela primeira vez.
Ouvi tua mensagem coerente de esperança:
não apenas na luta contra as injustiças da ditadura – – –
não apenas na rejeição da sociedade secular – – –
mas
na visão de um evangelho transformador – – –
da missão integral da igreja – – –
com base nas escrituras – – –
dentro de uma fundamentação e realidade histórica da reforma protestante – – –
Não precisou muito: os pontos estavam conectados.
Renovei meus votos de dedicação ao Senhor – – – E entrei na luta com grande confiança.
Ao me graduar encorajaste os formandos da ABU de 1975 a começar a Aliança Bíblica Profissional. Com o teu apoio aceitei relutatmente ser o primeiro presidente do grupo em Recife. Quanto apredemos – – – com tua contribuição
Depois veio o Partido Cristão Democrático de Centro – – – a criação do primeiro comitê do Partido Popular em Recife. Os artigos inspiradores no Jornal do Comercio, as muitas palestras e chamados ao engajamento socio-politico
Lembro quando ajudastes me a escreve um manifesto dos funcionários Cristãos da CHESF contra a participação incondicional nas demonstrações de greve geral, e que convidava a uma refleção mais profunda do contexto social-economico-politico.
Após isto imigramos para os Estados Unidos e perdemos contatos – embora sempre li com grande interesse e edificação teus artigos no Ultimato.
Tua influencia, contudo, e palavras de encorajamento e visão do Reino sempre permaneceram comigo, dando forma as minhas decisões na vida.
Choro a tua partida precoce, mas meu coração regozija de louvor ao Senhor pela tua vida.
Que benção que partiste juntos com a tua amada e fiel Miriam.
Um dia iremos recordar tudo de bom – tudo que foi redimido pelo poder do evangelho pelo qual lutastes como poucos – e com uma consistência e dons dados pelo Espírito do Santo.
E nesta esperança continuamos.
Maranata! Vem Senhor Jesus.
Do teu irmão Paulo F Ribeiro (que carinhosamente sempre chamavas de Paulinho)
Eindhoven, Holanda
#30 por Andréa Pavel em 1 de março de 2012 - 11:53
Tive a oportunidade como produtora da Rádio Trans Mundial de entrevistar o Bp.Robinson em dois encontros da Sepal. Um homem simples com uma palavra concreta e forte. Alguém que se indignava com a injustiça e que ensinava que cristão “tem sim” que envolver-se em política, praticando a igreja como Missão Integral. Lembro que dá última vez, nada do que falamos foi registrado pelo meu gravador e ele me sorriu e disse: “Filha, há preocupações maiores que eu deixar registrada minhas palavras”. Combinamos de gravar novamente, mas não deu. Quantas lições naqueles quinze minutos… Reli por coincidência um artigo seu na semana passada, em um exemplar de Ultimato e ainda pensei: como esse homem é profundo no que escreve… como não dá pra passar rápido por sua escrita sem deter-se e refletir… como seria bom se na igreja entendesse essas bandeiras erguidas… Foi isso. Uma análise descompromissada, mero pensamento, uma lembrança fugaz e a terrível notícia no domingo seguinte. A certeza que restou é doravante ele e sua esposa estarem nos braços do Pai. Aleluia.
#31 por Geovane Grangeiro em 1 de março de 2012 - 13:03
Ainda como estudante universitário, no fervor inicial da academia, um colega metodista, Tonny, me entregou uma fita K7 com uma mensagem gravada. Era uma palestra do Bispo Robinson. Ela falava sobre a herança greco-romana à cultura ocidental e ainda sobre a necessidade de o cristão estudar vertentes teóricas ainda que dela discorde, como o marxismo. De lá para cá o nome Robinson Cavalcanti nunca mais saiu do meu imaginário. Não parei mais de consultar seus escritos, fontes de constante aprendizado. Ainda guardava a esperança de um dia vê-lo pessoalmente ministrando uma palestra ou pregação. Não é mais possível. Seguirei seu exemplo para um dia poder encontrá-lo no Céu. A Esperança continua viva.
#32 por Israel Lins de Oliveira Santos em 1 de março de 2012 - 14:12
Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado…
Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles.
Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei.
Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase :
“Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!”
Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal…
Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus.
Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele.
Você acredita nessas coisas? Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu. . . Sabe por quê? Por que… Ser seu amigo já é um pedaço dele!
Vinicius de Moraes
#33 por Pedro de Lucca em 1 de março de 2012 - 14:24
Quedava-me absorto ao ouvi-lo. E não raro, meus olhos vertiam em lágrimas ao receber a Vida que de suas palavras e viver brotavam. Para mim, Dom Robinson e irmã Míriam foram mártires das drogas. Que não deixa de ser “leões” soltos nas arenas da vida…Sua partida, fez brotar na minha alma, a urgência de deixar de ser mera testemunha do Reino, e tomar lugar ativo e lúcido contra as drogas e violência que instalou-se em inúmeros lares. Cabe a nós – Igreja – colocarmos em prática a mensagem pura e genuína do evangelho reproduzida por este Pastor de Almas.
Que levantem-se Homens e Mulheres da envergadura de Dom Robinson. Maranata!
#34 por Régis em 1 de março de 2012 - 14:33
Precisamos aproveitar o máximo cada relacionamento, porque por mais intenso que provamos o outro a brevidade da vida se encarregará de nos dizer que ainda foi pouco. Sentiremos saudades do Rev. Cavalcanti.
#35 por Idauro Campos em 1 de março de 2012 - 14:54
Meu primeiro contato com Robinson Cavalcanti foi em 1997, em meu primeiro ano no Seminário Teológico Congregacional do Rio de Janeiro, através de seus artigos publicados em ULTIMATO. Havia uma assinatura coletiva entre professores e alunos. Desde então, em todos esses anos em que leio a revista, seu artigo sempre foi a minha primeira leitura ao abrir as páginas de ULTIMATO.
Em 2010 Robinson Cavalcanti veio a Niterói para falar na Semana Teológica promovida pelo Projeto Água da Vida, sob o tema “ Luz na Mente. Fogo no Coração”. Foi o preletor principal. Ministrou em dois dias. Fui aos dois. Cheguei em minha cidade por volta da 01: 00 da manhã, mas feliz por ter ouvido uma das mentes mais brilhantes do país.
Em 2011 o Projeto novamente o convidou e tive a honra de receber o convite do Rev. Leclaer Victer para compor uma mesa com o Robinson Cavalcanti para participar de um debate após as suas preleções, mas, com problemas de sáude, não pude comparecer.
Lembro-me das cômicas palavras do Rev. Paulo Leite, meu professor de Exposição Bíblica ( Profetas), quando nos disse que conhecia três pessoas inteligentes na Igreja Brasileira: “Caio Fábio, Russel Shedd e Robinson Cavalcanti. Com um diferencial: Robinson sabe que sabe. E o que é pior: sabe que você não sabe”. Nós, alunos, fomos às gargalhadas.
Quem o perdeu não foi apenas sua família e sua igreja, mas todos que o conheciam e o admiravam pela inteligência, piedade, seriedade, amor ao Evangelho de Cristo e pela sua imensa simplicidade e humildade.
É uma pena! A Igreja Evangélica no Brasil está cada vez mais vazia de boas referências em sua liderança.
Com pesar…
Rev. Idauro Campos
Pastor da Igreja Congregacional de Niterói.
#36 por Isabella Passos em 1 de março de 2012 - 15:29
Sem precisar pensar muito digo que ele era o pensador cristão mais consistente de nosso país. Seu trabalho em continuidade abraçando as rupturas necessárias demonstram a sua relevância para o cenário evangélico tão esquizofrênico que temos vivido. Todos perdemos com sua morte, tanto os de perto quanto os de longe. A revista sem sombra de dúvidas perde seu maior colunista, tanto pelo tema quanto pelo tom da abordagens. Graças à Deus por Robinson Cavalcanti.
#37 por Lucas Ferreira em 1 de março de 2012 - 15:36
Conheci o ainda recente Bispo Robinson Cavalcante na Igreja Episcopal do Bom Samaritano no Bairro de Boa Viagem, Recife-PE, onde iniciei minha caminhada cristã, eu e meus amigos. Digo recente, por que tinha acabado de ser ordenado, evento que eu e toda a igreja participamos. Caravanas e tudo mais.
Lembro com muita alegria de uma brincadeira que fizemos com ele, foi assim: Quando o conhecemos, e passamos a conviver com ele praticamente todos os dias, achamos ele muito parecido com um dos personagens dos Simpsons, se não me engano, um diretor de uma escola. Fizemos uma caricatura do Bispo com esse personagem e colocamos no seu gabinete por baixo da porta. No outro dia, um colega que trabalhava na igreja foi na minha casa e disse que o Bispo Robinson estava nos chamando em seu gabinete. Chegamos lá, todos muito nervosos. Esperamos alguns minutos quando então ele nos chamou. Entramos de cabeça baixa, ele nos pediu para sentar, pegou o desenho que fizemos e perguntou – Quem fez? Apontamos o meliante, e ele disse – Ficou muito bom. Ufa!!! Rsrs… Mas, aproveitou para nos aconselhar, orientar, e dizer que não é certo colocar nada por baixo da porta de ninguém, etc, etc, etc… Guardo esse momento no coração, e guardarei para sempre. Breve nos encontraremos, quando eu também for promovido.
#38 por Elieuda em 1 de março de 2012 - 16:44
Primeiramente gostaria de parabenizar esta renomada Revista pela iniciativa de homengear Robinson Cavalcant através deste espaço. Gente, falar de robinson não é fácil, pois em toda a minha vida de cristã nunca vi ninguém tão coerente em suas ações, foi para mim um líder espiritual na época de adolescência e juventude, como leitora por muitos anos da Revista Ultimato, era impressindível não ler os textos dele ou utilizá-los em trabalhos da universidade. Quando recebi anotícia da tragédia, pensei: Difícil vai ser ler a Ultimato agora! Mas, acredito que Deus levantará outros como ele que desperte em nós uma postura atenta de serviço e de exercício dos dons que Deus nos deu, tendo como referência a unidade da Igreja na busca de uma sociedade justa e igualitária. Amigo que se foi eu hoje sonho, mas sei que esta noite vai passar pra sempre, sempre ser um dia lindo que nunca poderá nos separar.
#39 por Marilene Ferreira Marques em 1 de março de 2012 - 17:16
“Perece o justo e não há quem se impressione com isso, e os homens piedosos são arrebatados sem que alguém considere nesse fato, pois o justo é levado antes que venha o mal, e entra na paz; descansam nos seus leitos os que andam em retidão”. Isaías 57:2 e 3
#40 por Jorge Alberto de Carvalho em 1 de março de 2012 - 17:21
O Brasíl e o mundo perdeu um grande servo de Deus. Atuante, militante com as armas da paz e do amor. Fui muito abençoado com os seus escritos na Revista Ultimato e também com seus livros. Um deles que marcou minha e de minha esposa, foi “Uma bênção chamada Sexo”, onde ele nos contextualiza desde o descobrimento do Brasil. Que continue trazendo conforto a todos os familiares, parente e amigos. Oremos também pelo projeto Cristolândia, que já tem uma base em Recife. No amor de Cristo, Jorge & Mariluza Carvalho.
#41 por Djair Pinho Alves em 1 de março de 2012 - 17:30
Na manhã de segunda-feira, 27/2, pedi para Amanda, filha do Pr. Éder Flávio (meu filho na fé), para que falasse ao seu pai para que este me enviasse 2 CDs ( A Igreja Suicida e outro)do Bispo Robinson que eu havia lhe emprestado, pois eu necessitava ouví-los em razão de um trabalho que estava preparando. Qual não foi a minha perplexidade algumas horas depois ao receber a notícia da trágica morte deste baluarte do verdadeiro evangelho nestes tempos de hipocrisia e do evangelho da porta e do caminho largo. Por coincidência, estou fazendo a leitura do livro “O Deus que eu não entendo”. O que nos conforta é que, mesmo não entendendo os mistérios do Deus Eterno, sabemos que o Bispo Robinson e sua amada esposa repousam nos braços amorosos daquele que tem nas mãos o controle de todas as coisas, nos céus e na terra. A presença física, alegre e esclarecedora, do Bispo Robinson nos fará muita falta, mas o seu legado com certeza, continuará inspirando as futuras gerações de “bereanos”.
#42 por Pr Silair Garcia - Ig. Metodista Wesleyana em Valadares/MG em 1 de março de 2012 - 17:31
Realmente perdemos uma grande voz na proclamação das verdades bíblicas, verdades estas que eram tão bem explicadas pelo Rev. Cavalcante.
Quem sabe talvez a partir desse momento possamos refletir a necessidade de nos posicionarmos frente a esta tão grande tarefa, cumprindo com zelo o IDE do Senhor…
Que Deus nos abençoe a todos.
#43 por Ed Sarro em 1 de março de 2012 - 17:44
Além de ter lido livros e artigos de Dom Robinson Cavalcanti na revista Ultimato e na imprensa secular, tive o prazer de conversar com Dom Robinson anos atrás, num encontro do Movimento Progressista Evangélico aqui em São Paulo: era um homem culto e de uma clareza muito grande quanto ao Evangelho e ao papel da Igreja Brasileira. Suas visões e ideias colaboraram muito para minha maturidade como cristão e como cidadão. Vai fazer muita falta.
#44 por Fábio de Mattos em 1 de março de 2012 - 17:44
Mais do que os muitos títulos que precediam seu nome, Robinson Cavalcante foi um grande servo!
Mais do que teoria, suas teses nos constrangem a uma prática teológica simples, porém extremamente relevante.
#45 por Mauro Ricciardi Leira em 1 de março de 2012 - 17:48
Prof. Robinson. Minha última lembrança foi de nosso encontro em Boston, onde pudemos conversar sobre seu tempo de ABU, e meu tempo de ABU; como seus escritos nos impactaram.
Se tivermos que eleger alguns ‘Pais da Igreja’ brasileira, você certamente estará nessa lista.
Nunca vou me esquecer de “expulsar demônios num lado da praça, e fazer passeata do outro…”
Obrigado Professor. Até um dia, onde estaremos no Grande Diálogo com Ele.
#46 por Marcelo Eliziário Vidal em 1 de março de 2012 - 17:48
“Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.” – Ap 14. 13
Foi brutalmente assassinato, no domingo (26) pelo filho adotivo, o bispo da Igreja Anglicana em Recife, D. Robinson Cavalcanti. Sua esposa, Mirian Nunes Machado Cotias Cavalcanti, também morreu neste crime bárbaro. A noticia foi divulgada nesta madrugada no site oficial da Igreja Anglicana Diocese do Recife.
O Diário de Pernambuco informou que, de acordo com a policia, o autor do crime é o filho adotivo do casal, Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, de 29 anos. O rapaz morava nos Estados Unidos desde os 16 anos de idade e já havia sido preso várias vezes devido ao envolvimento com drogas e outros delitos. Ele havia chegado ao Brasil há mais ou menos 15 dias.
Essa noticia abalou-me ao abrir o computador nesta manhã!Nunca o conheci pessoalmente. Eu o conhecia através de seu trabalho e de sua voz corajosa e profética no meio protestante. Já li diversos textos seus e lamento, profundamente, que uma vida tão preciosa tenha sido ceifada de forma tão brutal e sem sentido.
Sua voz humana foi silenciada. No entanto, o seu grito corajoso e profético há de se transformar, pelo poder de Deus, num eco que se estenderá ao longo dos anos que virão, animando velhos crentes e despertando novas gerações; gerações não-desfibradas, mas sim, corajosas, firmes e cheias de tino!
Em lágrimas, oro, rogando a Deus que o Seu Santo Espírito Console, abundante e sobrenaturalmente, a família, os amigos chegados e o rebanho que ficou orfanado de seu precioso pastor!
Paz!
#47 por Rodrigo da Palma em 1 de março de 2012 - 17:52
Já lia o Bispo Robinson antes de assisti-lo na Sepal em 2010. Perdemos uma retumbante voz profética com “p” maiúsculo. Profeta de verdade. Voz de denúncia, voz consciente, voz informada pela centralidade na Palavra de Deus. Que Deus nos retire o nó da garganta e nos dê uma porção da unção que derramou sobre ela para que inspirados nesse exemplo, não sejamos omissos e não nos calemos.
#48 por Edilson Lima Neto em 1 de março de 2012 - 17:56
Uma angústia tomou-me o coração, comprimindo-o. Não consegui acreditar até que percebi que era verdade. Não conheci Dom Robinson pessoalmente. Nunca o ouvi. Mas deleitei-me em lê-lo. E que leituras! Transformadoras, elucidativas, questionadoras! Sentirei sua ausência na Ultimato, por exemplo. Mas tenho para mim que o céu está celebrando a chegada deste servo do Senhor. Ele e sua esposa agora repousam no colo aconchegante do Seu Senhor. Aleluia.
Edilson Lima Neto.
Primeira Igreja Batista de Formosa do Rio Preto.
#49 por PR.FEIJOLLI-XEREM-RJ em 1 de março de 2012 - 18:03
O cenario cristão protestante brasileiro,esta mais pobre,a lucidez,coragem,a firmeza do bp. Robinson Cavalcante,ja esta fazendo falta.Que o eterno levante outro para ficar na “brecha do muro”.Seus artigos,palestras e escritos muito me edificaram.
#50 por Jefferson Martins em 1 de março de 2012 - 18:14
Então ouvi uma voz dos céus dizendo: “Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante”. Diz o Espírito: “Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão”. Ap 14:13
Na noite desta segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012, assistindo o Jornal da Record, fui surpreendido por uma notícia que me deixou perplexo: a de que Dom Robinson Cavalcanti, bispo da Igreja Anglicana em Olinda, lotado na diocese do Recife – Pernambuco, juntamente com sua esposa Miriam, havia sido assassinado a golpes de faca pelo filho adotivo que estava sob efeito de entorpecentes e que havia acabado de ser deportado dos Estados Unidos, onde estava respondendo a Justiça por crimes de violência e uso de drogas.
Fiquei em estado de choque e imediatamente fui aos prantos, pois conhecia o bispo Robinson pessoalmente e também pelos seus inúmeros artigos, devocionais e ensinamentos bíblicos. Tratava-se de um dos homens mais inteligentes que já conheci. Professor de ciências políticas em duas universidades federais, homem manso, humilde, educado, cordato, dócil, equilibrado, eloqüente e acima de tudo um profundo estudioso e conhecedor da Palavra de Deus – homem do qual o mundo não foi digno!
O Brasil perde um grande ser humano, e o reino de Deus sofre uma baixa de um dos seus mais destemidos soldados. Contudo, sem a menor sombra de dúvida D. Robinson e sua esposa estão agora sob os cuidados do Pai Celestial, acolhidos e afagados pelo seu amor incondicional, juntamente com outros tantos soldados de renome ou anônimos gozando da doce e terna presença do SENHOR.
Meu querido amigo Dom Robinson Cavalcanti, muito obrigado por tudo aquilo que eu pude aprender com você – para mim um grande privilégio; para o mundo, um grande legado!
Jefferson Martins Pastor da Igreja Evangélica de Peruíbe
#51 por Pablo B. em 1 de março de 2012 - 18:40
Lembro-me de que li “Cristianismo e Política” aos 17 ou 18 anos, quando vi nas coisas de minha mãe, que cursava Ciências Políticas, livros de Robinson. Fiquei encantado com a leitura e passei a admirá-lo.
Dou graças ao bom Deus por ter permitido que sua vida e sabedoria fosse compartilhada conosco.
RIP Robinson Cavalcanti
#52 por Janine Ribeiro em 1 de março de 2012 - 18:42
Não tive o prazer de conhecer Robson Cavalcanti pessoalmente, mas ao ler seus textos e ouvir algumas mensagens, tinha a impressão de que ele me conhecia pessoalmente.
Perdemos um grande e humilde cristão.
#53 por Renê Moreira em 1 de março de 2012 - 18:55
Fiquei surpreso ao abrir hoje uma mensagem de Ultimato e deparar-me com a notícia da súbita partida de R. Cavalcanti e sua esposa. Realmente não estamos isentos dos males desse mundo quer sejamos de Deus ou não, assim como o bem está para todos, o mal da mesma maneira. Uma coisa é certa: jamais devemos perder o Alvo (Jesus), pois o convite para o grande encontro pode-se dar a qualquer hora. Amigo irmã, amiga irmã, um dia nos encontraremos lá, na presença do Senhor, vão em paz. – Conheci o rev. R. cavalcanti no pequeno auditório do IMPARH, em Fortaleza, convidado pelo Seminário da Igreja Presbiteriana a mais ou menos 12 anos atrás. – Seu legado literário continuará construindo novas gerações. – Ir. Renê, hoje em Manaus.
#54 por Petronio Omar Querino Tavares em 1 de março de 2012 - 19:22
O Instituto Brasileiro Pró-Cidadania, lamenta, profundamente o trágico falecimento do estimado e respeitado Dom Robinson Cavalcanti, que no começo da nossa trajetória de 17 anos de existência aceitou ser palestrante em um dos nossos eventos de formação política para jovens inconformados com os descaminhos na política brasileira. Ultimato perde um dos mais respeitados articulistas que fazem dessa revista uma referência nacional em termos de excelência. Petronio Tavares, Presidente do Pró-Cidadania.
#55 por Pr Jonas Júnior em 1 de março de 2012 - 20:18
Aprendi com Dom Robinson Cavalcante existi uma Utopia possível. E que é possível viver de forma integral, ser cidadão do Reino e atuar em todos os aspectos da vida, na igreja, em casa, no trabalho, na política. Sem medo de ser feliz.
#56 por Pr Walter Hélmiton Barbosa em 1 de março de 2012 - 20:24
Profundamente consternado, junto-me aos milhares de órfãos que Dom Edward Robinson de Barros Cavalcanti e sua querida esposa, Miriam Cavalcanti deixaram no Brasil e no Mundo. Um gigante tombou, mas sua vida continuará a ser um referencial para nossas vidas. Consola-nos o fato de que sua obra e sua vida não foram interrompidas e continuarão como auxílio para a Igreja Evangélica Brasileira. Pr Walter Helmiton Barbosa, membro da Primeira Igreja Batista em Três Corações.
#57 por Eliana Shimano em 1 de março de 2012 - 20:30
Sou apenas uma leitora da Ultimato que aprecia a vida e as coisas boas da vida, como por exemplo ler artigos inteligentes e ousados como de Dom Robinson Cavalcanti. Realmente uma notícia triste… Mas vá com Deus irmão! Continuaremos tentando lutar por um mundo mais cristão…
#58 por Pr Walter Hélmiton Barbosa em 1 de março de 2012 - 20:30
Profundamente consternado, junto-me aos milhares de admiradores de Dom Edward Robinson Cavalcanti e de sua querida esposa Míriam Cavalcanti, deixou no Brasil e no Mundo. Suas vidas continuarão a ser referencial para nossas vidas. Consola-nos o fato de que sua obra e seu testemunho não desapareceram e continuarão a ser auxílio para a Igreja Evangélica Brasileira. Pr Walter Helmiton Barbosa, membro da Primeira Igeja Batista em Três Corações.
#59 por Gesaias Sarmento Farias em 1 de março de 2012 - 20:32
Fiz-me presente ao ofício fúnebre de Dom Robinson Cavalcanti e esposa. Conhecendo-o pessoalmente desde os tempos da Aliança Bíblica Universitária, nos anos 1980, acompanhei detidamente sua trajetória a serviço do Reino de Deus, inclusiva sua sagração episcopal. Embora chocado e triste com a brutalidade de sua morte, sua memória será de fundamental significação para os que prezam pela ortodoxia cristã, em tempos de grassante heresia.
#60 por Pr.Joseano Laurentino em 1 de março de 2012 - 20:41
Quando os filisteus,mataram Saul e Jonatas David perguntou-se “como caíram os valentes?.como tombaram as espadas de guerra?” A morte de Dom Robson e Sua esposa a Irmã Miriam é uma tragedia para o evangelho no brasil especialmente neste, que vivemos de tanta falta de bons exemplos,de moral e conduta ética, ele foi se juntar aos heróis,que lutaram o combate da fé e guardaram a carreira. pela Vida dele e de sua esposa podemos e devemos dizer Soli Deo Gloria.
#61 por Gesaias Sarmento Farias em 1 de março de 2012 - 20:42
Fiz-me presente ao ofício fúnebre de Dom Robinson Cavalcanti e esposa. Conhecendo-o pessoalmente desde os tempos da Aliança Bíblica Universitária, nos anos 1980, acompanhei detidamente sua trajetória a serviço do Reino de Deus, culminando com a sagração episcopal. Embora chocado e triste com a brutalidade de sua morte, deixa-nos um legado de fundamental significação na defesa da ortodoxia cristã, em tempos de grassante heresia.
#62 por Pb.Celio de Sena Torres em 1 de março de 2012 - 21:17
“Caiu um Príncipe em Israel !!” Está com Jesus, “o que é infinitamente melhor”. Vai também para os braços do Pai sua querida esposa, companheira idônea! Ficamos “orfãos”. à medida que os “evangélicos” do momento vão crescendo em número, os grandes teólogos, os amantes do estudo da Palavra vão desaparecendo, surgindo os “pregadores” do Céu é aqui. Quero minha bênção agora!! O Crente não sofre! etc.etc.
Que Deus nos dê forças para suportar tanta “hipocridade” isto é hipocrisia, associada à iniquidade.
#63 por Paulo Marcos em 1 de março de 2012 - 22:08
Sou leitor de Dom R Cavalcanti pela Ultimado. Como todos fiquei chocado com a notícia. Em troca do amor que sempre dedicou ao seu filho recebeu como paga a ingratidão e a morte. Até em seus últimos momentos Deus permitiu que a vida de Dom Robinson Cavalcanti espelhasse o amor de Deus e a nossa ingratidão humana.
#64 por Pr João José em 1 de março de 2012 - 22:19
Que o exemplo deixado por Dom Robinson Cavalcanti possa servir de incentivo para a Igreja brasileira perseverar no caminho da sã doutrina. Tenho a mais absoluta certeza de que a obra desse servo humilde foi fundamentada na revelação do Cristo e permanecerá para sempre. Que Deus em sua onisciência e infinita misericórdia traga consolo a todos nós, que tínhamos nesse amado pastor, uma referência de fé e virtude.
#65 por José Honório em 1 de março de 2012 - 22:43
15 DIAS ANTES DESSE FATO TRISTE COM DOM ROBINSON, EU FALEI COM ELE POR TELEFONE MARCANDO UM ENCONTRO PARA UM CAFÉ TEOLÓGICO , UMA PENA NÃO TER ACONTECIDO O ENCONTRO. UM HOMEM DE VOZ DOCE , ALMA HUMILDE E DE UMA VIDA INTEIRA DEDICADA AOS MAIS POBRES E DESAMPARADOS. JA SINTO SAUDADES DE UM HOMEM NO QUAL O VI MAIS PARECIDO COM JESUS…
#66 por Pr; Antônio Pereira Júnior em 1 de março de 2012 - 22:45
David Wilkerson, John Stott e agora Robinson Cavalcanti (dentre tantos outros menos famosos). Creio que Deus resolveu promover seus servos tão brilhantes porque quis e pronto. Não cumpre a nós questioná-lo, basta crermos que Ele ainda é Soberano e tudo faz como lhe agrada. Às vezes pensamos: “Não podia Deus ter livrado da morte esses profetas?” E por que alguns partiram de modo tão trágico?
Creio firmemente que apesar de existir promessas de livramento para os crentes (Sl 18.48; 34.7), também estamos sujeitos a tragédias terríveis. “E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28). o problema não é morrer, pois afinal, um dia todos morreremos. A grande questão é “como vivemos”. Quais marcas deixamos em nossa geração?
O apóstolo Paulo, que, segundo a tradição, fora decapitado, ainda conseguiu ensinar: “para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21).
E Robinson com certeza marcou sua geração e sua influência ainda será sentida por longos anos, principalmente nessa época de profetas comprados e comprometidos com o seu ventre. Que muitos “Robinsons” se levantem ainda em nossa geração para que ainda se ouça o verdadeiro Evangelho sendo pregado sem barganhas.
SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER
#67 por MARIO RIBEIRO MARTINS em 1 de março de 2012 - 23:05
27/02/2012
http://WWW.BLOGDOMARIOMARTINS.ZIP.NET
MORTE DO MEU AMIGO ROBINSON CAVALCANTI.
Esta noticia tristissima da morte do meu amigo Robinson e sua esposa, mortos pelo proprio filho de criação, estou tirando de um jornal de Pernambuco. Robinson que esteve aqui em Palmas várias vezes, fez o PREFACIO DO MEU LIVRO GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE, publicado em 1973, pela Imprensa Metodista, de São Paulo. Eis os termos da notícia:
“Informações do Jornal FOLHA DE PERNAMBUCO
Um cenário de violência aterrorizou moradores do bairro dos Bultrins, em Olinda.
Eduardo Olimpio Cotias Cavalcanti, de 29 anos, matou a facadas seus pais adotivos, o Bispo da Igreja Anglicana, cientista político, ex-coordenador de graduação Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e ex-diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE (CFCH), Edward Robinson de Barros Cavalcanti, de 64 anos, e a professora aposentada Mirian Nunes Machado, 64.
Tudo aconteceu na noite deste último domingo (26), na casa onde a família morava, localizada na rua Barão de São Borjas, 305, nos Bultrins.
Mirian recebeu um golpe e chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento e morreu antes de dar entrada no Hospital Tri Centenário, em Olinda. Já o Pastor, que levou três facadas, morreu no local. Após o crime o jovem tomou veneno e esfaqueou o próprio corpo na tentativa de suicídio.
Segundo a polícia, Eduardo primeiro esfaqueou o pai, que caiu a poucos metros. Em seguida foi a mãe. Ainda segundo os agentes, um pó branco foi encontrado no quarto do suspeito, que pode ser cocaína.
Uma jovem de 18 anos, que preferiu não ser identificada, também é filha adotiva do casal e presenciou o suspeito amolando a faca na calçada de casa. O instrumento foi utilizado para cometer o crime. De acordo com informações de parentes, o jovem havia chegado dos Estados Unidos há três dias, onde morava desde os 16 anos. Edward foi deportado do país porque havia sido preso mais de 10 vezes.
Policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) atenderam a ocorrência e isolaram a área. Uma equipe da Força Tarefa Norte do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve no local. O suspeito foi socorrido no Hospital da Restauração (HR) e depois de medicado será encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel, em Abreu e Lima.
Os corpos do Bispo Edward Robinson e de sua esposa, Mirian Nunes, foram levados ao Instituto Médico Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, área Central do Recife”
#68 por Alexandre David Barros, pr. presbiteriano em 2 de março de 2012 - 0:26
De fato, foi-se às moradas celestiais alguém relevante para o Reino de Deus cá entre nós. Sua vida foi serviço cabal através de sua voz, duma voz que teve “fome e sede de justiça” social. Ninguém mais influenciou minha visão holística do que Dom Robinson, desde quando o conheci pessoalmente em 1986 na Catedral, nos aflitos em Recife – fui coroado em participar na ocasião duma liturgia tocando para embalar o seu louvor. Sua contribuição para o Reino ultrapassou em muito ao academicismo. Foi uma voz que denunciou o evangelho ralo e insípido, inclusive, ao aventurar-se em fazer seu, um filho de estranhos – doou-se a quem lhe “tirou” a vida! Precisa-se de exemplo maior?! Sua apologia ao evangelho puro e simples não se deu dum gabinete e sim, nos púlpitos, concílios, congressos, revistas, jornais, universidades e nas ruas! Ultimato, a melhor revista cristã que tenho lido, perdeu seu grande parceiro na transformação da consciência cristã brasileira. Que o Pai levante um “novo” Robinson, para que esse progresso não sofra solução de continuidade! “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte (não importando a forma) dos seus santos” é o que nos consola evitando a desesperança. Obrigado Pai, por nos presenteares por vários anos com a vida dele e de sua amada, mulher de oração! Obrigado pelo legado – seu testemunho e seus inúmeros artigos e palestras que valem mais do que ouro refinado! Que o Senhor reavive não apenas a Igreja Anglicana! Que o ocorrido não caia no esquecimento das autoridades que podem mudar essa nação “drogada” e violenta! Faço o coro, Maranata!
#69 por Márcio Simões em 2 de março de 2012 - 7:47
Dom Robinson foi um desses homens raros, de inteligência incomum e, ao mesmo tempo, de uma simplicidade que deixava admiradas as pessoas comuns, com as quais mantinha conversas acaloradas e descontraídas. Foi uma honra e um privilégio ter sido liderado e pastoreado por ele. Um dia nos reencontraremos.
#70 por Tarcísio Farias Guimarães em 2 de março de 2012 - 8:13
Eu e os membros da minha Igreja estamos profundamente entristecidos pela notícia da morte do respeitável casal Robinson e Miriam Cavalcanti, mas também consolados com a certeza da soberana ação de Deus até mesmo no contexto de manifestação do mal entre os homens.
Ouvi pessoalmente e li atentamente os escritos de Robinson Cavalcanti, por isso, dói saber da morte violenta que ele e sua esposa sofreram, mas também é consolador recordar a esperança em Cristo que sempre acompanhou suas palestras e seus textos.
Rogo a Deus que nos console e nos faça lembrar a cada dia da brevidade da vida, na qual importa servir a Deus e ao próximo com amor.
#71 por Alexandre Caldas Couto em 2 de março de 2012 - 8:55
Com perplexidade recebi a notícia da morte de dom Robison e sua esposa. Dentre as muitas idéias por ele propaladas, uma foi marcante para mim mostrando que o cristão deve estar engajado, e sintonizado com a realidade…”O crente verdadeiro deve andar com a Bíblia embaixo de um braço e o jornal embaixo do outro.” Que Deus conforte os familiares e amigos de seus servos.
#72 por Claudio Ernani Ebert em 2 de março de 2012 - 9:14
Sou leitor de Ultimato e seu assinante há muitos anos. Desde sempre fui influenciado positivamente pelos escritos de Robinson Calvalcanti. Sua lucidez, sua visão holística, sua coragem e sua honestidade, além de seu brilhantismo acadêmico-literário sempre me impressionaram. Fui enriquecido tremendamente com tantos e tantos artigos desse articulista que não foi apenas prolífero mas absolutamente assertivo. Obrigado, Senhor meu Deus, por termos um referencial tão positivo que influenciou tantas pessoas para o Teu Reino.
#73 por Marta M. Merlo em 2 de março de 2012 - 9:17
Nossos corações estao tristes pela morte tragica do rev. Robinson e esposa Miriam, que nos enriqueceu aos participarmos de suas palestras, ainda seminaristas. Agradecemos por sua vida e o seu exemplo.
#74 por WESLEI ODAIR ORLANDI em 2 de março de 2012 - 9:48
A terra ficou mais pobre com a saída brusca desse servo do Senhor. Não apenas sua família e igreja perderam um grande homem; nós, que de longe o acompanhávamos, também choramos sua partida e nos sentimos um pouco órfãos.
Um dia, contudo, nos reencontraremos e este privilégio ninguém roubará de nós.
#75 por Pedro j. M. Bianco em 2 de março de 2012 - 9:53
O querido e saudoso pastor e bispo Dom Robinson Cavalcanti edificou seu ministério sobre materiais preciosíssimos, que não se corrompem jamais e nem podem se desfazer. Você pode até pensar que seu assassinato estúpido e brutal tenha as mãos do inimigo de nossas almas por trás. Como alguém já escreveu, poderíamos até supor, por antecipação, quais seriam as palavras de nosso estimado irmão sobre esse gesto tresloucado: “perdoa-o, Pai, porque não sabe o que faz”. Mas ainda que seja difícil compreender, podemos confiar e descansar nesta convicção: o Senhor, em Sua perfeita sabedoria e suprema soberania, sabe que poderia permitir, para nós, essa colossal perda – sim, para nós, os que ficamos, pois para nós é que é uma imensa perda, pela qual sofremos agora o luto: Ele sabe que poderia tomá-los para Sí, pois seu legado permanecerá firme e inabalável, não só na Diocese do Recife, com suas dezenas de comunidades de fé, esperança e amor, mas também por todo o nosso país, com a bela influência que o bispo Dom Robinson plantou em nossos corações ao longo das últimas décadas. Ele viveu pelo firme fundamento. Sua vida e sua morte, neste momento, devem servir de leme para os que permanecem neste fundamento firmados e de alerta para os que deste se desviaram ao longo do caminho. Essa é uma boa hora para uma profunda reflexão e um bom tempo para o arrependimento e a volta à sensatez, especialmente daqueles que têm utilizado em seus ministérios palha e feno para edificação da igreja do Senhor. Essa é minha oração, pois Dom Robinson e sua esposa já estão no melhor lugar que alguém poderia estar. Choro com todos os irmãos sua ausência, porém me alegro em seu legado para a igreja brasileira e no amor e na perfeita sabedoria do Senhor.
#76 por Jonas F Filho em 2 de março de 2012 - 10:40
A oportunidade de conhecer pessoalmente Dom Robinson não foi possível a mim. No entanto, sua caneta, ou o teclado de seu computador me transmitiram o conhecimento a seu respeito que me faz chorar e lamentar a repentina morte desse servo do Altíssimo. Orações em favor de nossa família que perde o ente querido.
#77 por PR JOSÉ PEDRO DE ASSIS em 2 de março de 2012 - 10:46
Tive o privilegio de conhecer pessoalmente o Bispo Robinson quando era mestrando em ciências politicas no Rio de Janeiro. Na ocasião eu estava cursando Licenciatura em Musica no Conservatório de Música de Niterói, como aluno bolsista da UFF. Naquele tempo as reuniões da ABU eram realizadas na residencia do casal de missionários Henry e Betty Bacon e a influencia que recebi do Bispo Robinson foram tamanhas que em 2002 organizei uma igreja com vista a desenvolver a missão integral. As esperiencias desta iniciativa estão no livro que lancei com o nome de “O livro Dourado e o Evangelho Integral de Jesus” disponiblizado por mim na biblioteca da Editora Ultimato. Sou grato a Deus pela maravilhosa influencia que recebi do Bispo Robinson para a minha formação cristã e eclesiástica. Pr. José Pedro de Assis.
#78 por Carlos Catito em 2 de março de 2012 - 10:50
A dor profunda desta perda trágica só é amenizada com o consolo de sabermos que o Pai de Amor está acima de nosso limitado entendimento e que NADA pode nos separar de Seu imenso amor. Em seu estilo pessoal Robinson era instigante, desafiador e ao conversar com ele jamais saíamos da mesma forma. Duas lembranças guardarei com carinho. A primeira de uma alegre conversa à mesa da casa de Robinson, onde ele, Miriam, minha esposa e eu falávamos descontraidamente sobre nossas famílias e por fim Robinson conseguiu terminar este diálogo em uma reflexão sobre Marcuse, Reich e a Bíblia – assim era Robinson, conseguia colocar profundidade nas conversas mais informais. A outra lembrança é de um inverno curitibano e a imagem de Robinson,na sala de nosso apartamento e não conseguia tirar o casaco e as luvas e ironizava a ideia de chamarmos o Brasil de um país tropical – sempre naquele humor ‘inglês’ que lhe era peculiar. Na esperança de ressurreição digo: até breve meu querido irmão!
#79 por Gecy Mary Pereira em 2 de março de 2012 - 11:31
A primeira vez que ouvi o Bispo Robson Cavalcante eu estava começando o meu ministério. Lembro-me como foi forte. Sabe quando você ouve algo e diz. “É isso aí, este é o caminho”. Desde então seus livros, seus artigos tem sido fonte de inspiração para a minha prática cristã. Sei que o Senhor está acima de tudo e nada lhe escapa e que Ele é bom. Agradeço a Deus pela vida deste servo e, certamente, seu legado atravessará gerações.
#80 por Eduardo Bezerra de Oliveira Junior em 2 de março de 2012 - 11:52
Expresso meus sentimentos à família e amigos de Dom Robson Cavalcanti, como também minha sensação de perda por meio da música de João Alexandre: “A vida é como a fumaça, nem bem se fez se desfaz, e cada instante que passa é um passo a menos e a mais, na direção do fim, frio feroz, o fim de todos nós”.
#81 por Marco Antonio da Silva em 2 de março de 2012 - 12:31
Consternado, coração sangrando, e a dor da alma diante de perda tão lastimável. Dom Robinson cavalcanti nos deixa o legado da fé e do comprometimento com a expansão do Reino da face da terra. Seu testemunho cristão genuíno, amor ao próximo e propagador da missão integral da igreja irão continuar ecoando em nossos corações.
Quando morre um ímpio, choramos por sua morte sem Cristo. Quando morre um crente fiel a Jesus Cristo, choramos pelos que ficam.
Na eternidade teremos oportunidade de nos reencontrar e dizer, para a glória do Cordeiro de Deus: Valeu a pena, meu irmão!
#82 por CLÉBIO EDUARDO FERMIANO em 2 de março de 2012 - 12:33
Com meus 62 anos completos não me recordo de ter usado a expressão a seguir. Fiquei tremendamente chocado ao ler a alguns minutos sobre o assassinato do Robson Cavalcanti e sua esposa. Tive a felicidade de conhecer o Pastor Robson em um Encontro da Sepal, se não me falha a memória e de ouvi-lo, não só naquela ocasião como também em um Congresso que deixo de declinar por medo de errar a citação. Não li nenhum de seus livros, embora os tenha visto em catálogos, porém me deliciei ao ler alguns artigos editados por Ultimato. Minha suplica a Deus é que console seus filhos, parentes, amigos e especialmente o rebanho que ele pastoreava e seus colegas de ministério, em Nome do Senhor Jesus.
#83 por CLÉBIO EDUARDO FERMIANO em 2 de março de 2012 - 12:38
Por favor onde se lê Tife, leia-se Tive
#84 por Egidio Mascena Duarte em 2 de março de 2012 - 13:09
Uma única frase pode expressa a grandeza deste Professor, Escritor, Teologo. ” A comunidade Evangélica Brasileira perdeu um referencial INTERNACIONAL Dom Robinson Cavalcanti. “
#85 por Nilton Melo (assessor auxiliar ABU-Aracaju) em 2 de março de 2012 - 14:37
Agradeço a Deus pela vida do Bispo Robinson Cavalcanti. Sempre lembrarei de suas preleções, carregadas de humor, conteúdo, provocações e do seu exemplo de vida. Sentiremos muitas saudades.
#86 por Abel Duarte em 2 de março de 2012 - 17:06
Considero Robinson Cavalcanti a figura mais emblemática do evangelicalismo brasileiro nos séculos XX e XXI. Tive o privilégio de ser seu amigo por 38 anos e o admirava não apenas pela eloquência da sua fala ou pela profundidade das suas reflexões, mas sobretudo pelo cristão piedoso e solidário que era. Presenciei diversas vezes nosso amigo contribuir com estudantes e pastores em seus desafios diários de militância cristã, tirando recursos do próprio bolso para ajudar os companheiros de caminhada no Reino.
Estive com ele 5 dias antes de sua morte e tive o privilégio de assistir sua ultima palestra. “Versou” sobre “Anjos e demônios” (agenda incomum em suas falas), como a antever seu passamento e de sua maravilhosa companheira em clima de martírio. Foi morto por uma das pessoas a quem mais amou na vida, partindo junto com quem dividiu com ele as glórias e agruras do caminhar humano.
Como ele simbolizou na sua última palestra: estava na IGREJA MILITANTE. Agora, junto com Miriam, pertencem a IGREJA TRIUNFANTE.
Deus seja louvado!!!
#87 por Paul Sergio Freire em 2 de março de 2012 - 18:34
Que impacto a vida de um homem de Deus causa na gente! Nunca o vi, nunca assisti uma mensagem sua ao vivo, mas como já fui edificado com seus artigos na Ultimato. Resta agora ler todo o seu legado deixado para nós, pois estamos carentes de referências eclesiasticas, politicas e humanitárias.
#88 por MARIO RIBEIRO MARTINS em 2 de março de 2012 - 20:08
BIOGRAFIA COMPLETA DE ROBINSON CAVALCANTI, escrita por Mario Martins, para o livro MISSIONÁRIOS AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL EVANGÉLICO(Goiania, Kelps, 2007)
ROBINSON CAVALCANTI(Dom Edward ROBINSON de Barros CAVALCANT), de Recife, Pernambuco, 21.06.1944, escreveu, entre outros, CRISTIANISMO E POLÍTICA, CRISTO NA UNIVERSIDADE BRASILEIRA, O CRISTÃO, ESSE CHATO, UMA BENÇÃO CHAMADA SEXO, AS ORIGENS DO CORONELISMO, IGREJA – AGÊNCIA DE TRANSFORMAÇÃO HISTÓRICA, IGREJA – COMUNIDADE DA LIBERDADE, LIBERTAÇÃO E SEXUALIDADE, A UTOPIA POSSÍVEL, A IGREJA, O PAÍS E O MUNDO, IGREJA – MULTIDÃO MADURA, sem dados biográficos completos nos livros e sem qualquer outra informação ao alcance da pesquisa, via textos publicados.
Filho de Edward Lopes Cavalcanti e Gerusa de Barros Cavalcanti. Após os estudos primários em sua terra natal, deslocou-se para outros centros, onde também estudou.
Com 03 anos de idade, em 1947, mudou-se para União dos Palmares(Alagoas), estudando até a oitava série. Filho de empresário e político, freqüentou a paróquia Santa Maria Madalena(Igreja Católica) e fez parte da União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas(UESA).
Freqüentou também sessões kardecistas, bem como passou a ser evangelizado por batistas e adventistas do sétimo dia.
Em 1960, com 16 anos de idade, foi para o internato do Colégio Evangélico Presbiteriano XV de Novembro, em Garanhuns, Pernambuco, onde iniciou o curso clássico e tornou-se Presbiteriano. Em 1961, matriculou-se no Colégio Nóbrega, dos Jesuítas, no Recife, morando com os seus avós paternos. Neste colégio, é iniciado nos estudos de Maritain, Marcel, Mounier, Jolivet e outros, além dos Documentos Sociais Pontifícios, de Leão XIII a Paulo VI, e os Documentos do Concílio Vaticano II.
Integra a liderança do CESP – Centro dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco. No início de 1962 desvincula-se da Igreja Romana e do Espiritismo Kardecista, quando conclui o Curso Clássico e o Curso de Língua e Cultura Hispânica.
Em 31 de outubro de 1963 (Dia da Reforma) foi confirmado na Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB). De 1963 a 1966 cursou Licenciatura em Ciências Sociais na Universidade Católica de Pernambuco (dos Jesuítas), e Língua Inglesa, na Sociedade Cultural Brasil-EEUU.
De 1963 a 1967 cursou, simultaneamente, o Bacharelado em Direito na Universidade Federal de Pernambuco, participou da política estudantil, integrando o Diretório Acadêmico “Demócrito de Souza Filho”, da Faculdade de Direito, e do Teatro Universitário. Ingressou na ABU (Aliança Bíblica Universitária). Fez estágio no Departamento de Ciências Sociais da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Iniciou sua vida como Advogado, Assessor da ABU (10 anos) e professor nos Colégios Agnes Erskine (Presbiteriano), Americano Batista e Sagrado Coração Eucarístico de Jesus.
Optou pela carreira universitária, como professor de Ciência Política, na Faculdade de Filosofia do Recife (FAFIRE, das Irmãs de Santa Dorotéia), Seminário Presbiteriano do Norte, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Em 1974-1975 cursou o Mestrado em Ciência Política no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), da Universidade Cândido Mendes, defendendo (como denominada então), a tese: “Alagoas – a Guarda Nacional e as Origens do Coronelismo”. Foi Evangelista e Candidato ao Ministério na IELB(Igreja Evangélica Luterana do Brasil).
Participou da fundação (1970) da Fraternidade Teológica Latino-americana (FTL), onde integrou, por sete anos, a sua Comissão Executiva. Integrou, também, a Comissão de Convocação do Congresso de Lausanne (1974), e a Comissão de Lausanne para a Evangelização Mundial (LCWE), por quatro anos, bem como a Comissão Teológica da Aliança Evangélica Mundial (LCWE), na Unidade “Ética e Sociedade”.
Filiou-se aos Gideões Internacionais e ao Rotary Club. Passou a colaborar como articulista na imprensa escrita. Por 10 anos escreveu a coluna dominical “Evangelismo” no Jornal do Commércio, e, por dois anos a coluna “Panorama Evangélico”, do Diário da Noite. Escreveu, por cinco anos, para a revista Kerygma (São Paulo), e é o mais antigo colaborador da revista Ultimato (Viçosa-MG.) Ao todo são mais de 1.000 artigos sobre Teologia e Ciência Política, publicados no Brasil e no Exterior.
Atuou, também, na rádio e na televisão, em programas religiosos e políticos, passando a dar conferências no país e no exterior, principalmente na área de Ética Social. Como convidado do Governo, pregou no Culto Semanal dos Deputados, na Capela do Parlamento da Suécia.
Foi candidato a Deputado Estadual, em 1982, pela oposição ao Regime Militar (e membro do Diretório Municipal do PMDB do Recife), e participou das campanhas pela Anistia e pelas ‘Diretas Já’. Nas Universidades – onde lecionou por 35 anos – integrou quase todos os Colegiados Superiores.
Foi Coordenador de Graduação, de Pós-Graduação (Especialização), de Mestrado, Chefe de Departamento, e, finalmente, Diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE.
Foi professor conferencista-visitante na Universidade do Alabama, em Birmingham, lecionando a disciplina “Sistemas Políticos Comparados”. Foi Assessor do Conselho Regional de Pernambuco do Colégio Notarial do Brasil, da Prefeitura da Cidade do Recife (e membro do Conselho Municipal de Educação) e, do então Deputado Federal, Humberto Costa.
Coordenou, entre as igrejas evangélicas, a nível nacional, as campanhas presidenciais de Lula, de 1989 e 1994. Militou no Partido dos Trabalhadores, onde foi membro do Diretório Municipal e candidato a vice-prefeito de Olinda (1996).
Filiado a duas Seções Sindicais da ANDES – Sindicato Nacional (dos Professores Universitários) foi candidato a uma das vice-presidências da entidade, na chapa encabeçada pela professora e ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenelle.
Foi presidente da ASAS, ONG de apoio aos portadores de HIV/AIDS. Participou da campanha do “Parlamentarismo” e da campanha pelo “Fora Collor”. Por cinco anos, integrou o NIES – Núcleo Interdisciplinar de Estudo sobre a Sexualidade da UFPE, participando de debates sobre o tema em várias instituições, inclusive defendendo, como convidado, a posição ortodoxa da Igreja, na Semana Cultural do “V Congresso Brasileiro de Homossexuais”.
Compatibilizando a defesa da Ética Bíblica com a defesa da Cidadania, integrou o grupo de pastores evangélicos que subscreveu o manifesto de apoio a Emenda Marta Suplicy (direitos patrimoniais e previdenciários).
Definindo-se como um democrata, nacionalista, federalista, regionalista, municipalista, parlamentarista, defensor de uma Sociedade Solidária e de uma Economia pós-Capitalista, inspirada nos valores judaico-cristãos, participou de um sem número de movimentos em defesa da Justiça Social, sempre encarando tal participação como expressão de um ministério profético.
Depois de anos de estudo e aproximação, filiou-se a então Igreja Episcopal do Brasil (IEB), Paróquia da Santíssima Trindade, pelas mãos do Bispo Dom Edmund Knox Sherril, em 21 de junho de 1976, sendo, sucessivamente, Leitor (Ministro Leigo), membro de Junta Paroquial, Postulante e Candidato às Sagradas Ordens, Diácono e Presbítero, trabalhando na Santíssima Trindade, Bom Samaritano, Emanuel e Redenção (sempre não remunerado).
Foi Delegado Sinodal e membro da JUNET mais de uma vez, tendo ministrado em encontros anglicanos em vários países. É membro, há mais de 10 anos, da diretoria internacional da EFAC – Fraternidade dos Evangélicos na Comunhão Anglicana, e membro da Ekklesia.
Em 1997 foi eleito, sagrado e instituído Bispo da Diocese Anglicana do Recife, comparecendo à Conferência de Lambeth, de 1998, participando, ativamente, da rede de correntes ortodoxas anglicanas, no tocante às Sagradas Escrituras, os Credos e a Ética Histórica da Igreja.
Fez sua formação teológica por extensão no Seminário Concórdia (da IELB), no NAET – Recife, e nos Cursos de Capacitação de Obreiros da ABU (IFES – Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos), no Brasil, Equador, EEUU, Áustria e Inglaterra, tendo estudado com vários teólogos anglicanos, como o Rev. John Sttot.
Participou dos seminários internacionais que redigiram os documentos “A Responsabilidade Social da Igreja”, (Grand Rapids, EUA), “O Evangelho e a Cultura” (Willowbank, Bermudas), “Estilo de Vida Simples como Opção Cristã” (Hoddesdon, Inglaterra), “A Declaração de Jarabacoa sobre os Cristãos e a Ação Política” (Jarabacoa, República Dominicana), bem como do Congresso Internacional de Evangelismo (Pattaya, Tailândia), Congresso de Evangelistas Itinerantes (Amsterdã, Holanda), Lausanne II (Manila, Filipinas) e do Seminário para Escritores Evangélicos do Terceiro Mundo (John Haggai Day Center, Cingapura), dentre outros.
É membro da Academia Pernambucana de Educação e Cultura, Academia Pernambucana de Ciências Jurídicas e Morais e Cidadão Honorário da Cidade de Olinda-PE. Como Bispo Diocesano, ordenou 57 Diáconos e 49 Presbíteros.
Nesses sete anos foram abertas 34 das presentes 44 comunidades da Diocese Anglicana do Recife, criados projetos sociais, arcediagados, secretarias e comissões, e reformulados os Cânones, estimuladas as vocações, criado o Diaconato Permanente e o Ministério Local, bem como a instituição de Ministros Leigos e Evangelistas.
Na IEAB foi presidente da Junta Nacional de Educação Teológica – JUNET. Distante do Fundamentalismo e do Liberalismo, considera-se um Cristão, Protestante, Evangélico, Anglicano, defensor da Teologia da Missão Integral da Igreja.
Foi Presidente da OMEB – Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil – Secção de Pernambuco, e um dos idealizadores e membro da primeira diretoria nacional do MEP – Movimento Evangélico Progressista. A Diocese Anglicana do Recife, por suas posições oficiais, integra a maioria ortodoxa da Comunhão Anglicana.
Praticou esportes na juventude (na “terceira idade” está na hidroginástica…), gosta de teatro, cinema e música (do clássico ao folclórico), de uma praia (particularmente Paripueira–AL), e é torcedor do Vasco-RJ, Náutico-PE e CRB-AL.
Atualmente, está aposentado (Professor Adjunto, IV) da UFPE e UFRPE. É casado (desde 05.07.1969) com Miriam, é pai de Eduardo Olímpio e Carla Alessandra, e avô de José e Jahnae.Tem seis irmãos: 3 paternos e maternos: George, Thales e Rose, e 3 paternos: Eddie, Elba e Patrícia.
Em 1973, fez a apresentação do livro do autor destas notas- GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE- publicado pela Imprensa Metodista, de São Paulo.
Apesar de sua importância, não é estudado na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001, ou no “DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO”, da Fundação Getúlio Vargas, publicado em 2001, 5 volumes, 6.211 páginas e nem é convenientemente referido, em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site http://www.usinadeletras.com.br ou http://www.mariomartins.com.br
#89 por Taciana Yara em 2 de março de 2012 - 23:14
Robinson Cavalcanti foi um dos meus mais importantes mentores sobre o Evangelho Integral. A voz que clamava no deserto foi levada ao paraíso, mas aqui deixou muitos que a ouviram, entenderam e, hoje, assumem o compromisso de ensinar a outros.
Taciana Yara – Professora do Seminário Teológico Pentecostal do Nordeste
#90 por Marcos Bezerra em 3 de março de 2012 - 9:43
Agradeço ao Nosso Bom Deus pela Vida de um amigo, professor e Pastor . Tenho guardado momentos muitos especiais na nossa caminhada; Na ABU Recife, Igreja . Sua inteligencia , sabedoria, humildade e seu humor eram maravilhosos.
saudades
Marcos Bezerra Assessor Auxliar ABU Recife
#91 por Verônica Andrade em 3 de março de 2012 - 11:40
A Ultimato é uma revista que leio sem pressa, saboreando. Ela circula entre meu quarto e cozinha, lugares onde passo a maior parte do tempo. Então procuro sempre tê-la à mão.
Foi somente na semana anterior à morte de Dom Robinson Cavalcanti que li seu artigo para Ultimato, ‘Conflito de símbolos e mandato cultural’ (edição 334).
Leitura libertadora, pois há muito tempo nutria o desejo de usar o símbolo da cruz como pingente. Não como amuleto, mas para sempre me lembrar de que ‘foi na cruz, onde um dia eu vi meus pecados carregados em Jesus’.
Agora, quando estiver utilizando este pingente, além de lembrar do meu Amado Cristo, lembrarei deste servo que há tantos trouxe alento com a confortadora Palavra da Verdade que liberta.
Glorifico ao Deus que diz, que tudo coopera para o bem… até mesmo as circunstâncias mais trágicas!
#92 por Márcia em 3 de março de 2012 - 16:30
Miquéias da Conceição Silva em 3 de março de 2012
Durante muitos anos li os artigos de Robinson Cavalcante e os achava muito inteligente.A Igreja brasileira perde um de seus grande pensadores a morte de Robinson foi uma lástima fiquei consternado. Robinson deixa uma lacuna na revista Ultimato.
Rio de Janeiro,RJ
#93 por André Ricardo em 3 de março de 2012 - 21:50
Deixo aqui trecho de pequeno texto que vou partilhar com minha Igreja neste domingo pela manhã a respeito da morte do querido Robinson Cavalcanti:
“Pensemos no legado de 50 anos de trabalho e engajamento.
(1) Ouviu falar de uma perspectiva bíblica e séria sobre a sexualidade desenvolvida por um evangélico brasileiro?
(2) Sabe aquela proposta bíblica de um evangelho integral, que Jesus traz libertação para a alma e o corpo?
(3) Sabe a ideia de que a Igreja não deve negociar com a política e os políticos, mas os cristãos devem sim atuar com integridade, seriedade e paixão na política sindical, corporativa e mesmo partidária?
(4) Sabe a perspectiva de um testemunho criativo e pertinente na universidade, sem vergonha de se assumir cristão, mas sem os ridículos de uma versão piegas e alienante?
Pois bem, Robinson Cavalcanti tem participação nessas mudanças de mentalidade do povo evangélico no Brasil.” (…) “Fiquei muito triste, mas não perdi de vista a gratidão. Estou convicto. Deus levantou Robinson Cavalcanti para fazer história em nosso meio e ele cumpriu seu papel. Queira Deus eu e você estejamos também à altura dos desafios que o Senhor suscita para nós. Que Ele console a família, amigos, os paroquianos e Seu povo dessa perda e que nosso Pai continue a levantar a cada geração novos guerreiros para lutar o bom combate do Reino de Deus.”
Que o bom Deus nos console e nos abençõe!
#94 por Antônio Carlos Santini em 4 de março de 2012 - 15:20
É impossível não pensar na tradição judaica a respeito dos seis justos que existem no mundo a cada geração. Eles vivem ocultos do mundo. Se descobertos, são eliminados. E o Senhor faz surgir outro em seu lugar.
Dom Robinson tinha a minha idade. Choro sua morte a as circunstâncias que a envolvem. Seus textos permanecerão como uma presença entre nós.
Antônio Carlos Santini (da redação de “O Lutador”)
#95 por João Carlos Marques Lopes em 5 de março de 2012 - 8:52
Desde 1989 quando o conheci, nos espaços promovidos pelo ARCA-ISER mobilizando-nos frente a epidemia da AIDS e suas implicações no ambiente da Igreja, Robinson tem marcado minha vida positivamente.
#96 por Zé Bruno em 5 de março de 2012 - 15:01
Na madrugada do dia 27 do mês passado, precisamente ás 03:40 da manhã, tive uma triste notícia através de um amigo pelo twitter e logo após a confirmação pelo facebook: o Bispo Dom Robinson Cavalcanti e sua esposa Mirian haviam sido assassinados pelo próprio filho.
No momento, o autor do crime não me chamou atenção, mas sim a morte deste arauto do evangelho, que só encontrei uma vez num culto na Igreja Presbiteriana do Planalto em Brasília, onde tive o prazer de ouvir aquele que há anos havia edificado minha vida através de seus escritos, quer nos livros, quer principalmente na Revista Ultimato.
É interessante como senti a perda do Dom, foi um choque, confesso que fiquei tonto e uma tristeza envolveu-me, pensando no quanto ele poderia ainda contribuir para o Reino de Deus, enquanto alguns prestam um desserviço; mesmo sem conhecê-lo, senti sua perda e comovi-me porque ele foi e continuará sendo uma das vozes que me ajudaram a entender o papel social e político do cristão; que nós não devemos viver alienados aos processos políticos e a situação dos menos favorecidos; que a pratica da cidadania não deixa de ser parte da nossa missão…
Interessante que durante a pregação do dia 26, domingo, o mensageiro da noite disse: “Pedro e Tiago eram discípulos de Jesus, a igreja orava por ambos, no entanto Tiago teve sua cabeça decepada por Herodes, enquanto Pedro foi liberto da prisão. Como entender isso?”
Tentar entender ou justificar o ocorrido é algo que nos foge do entendimento, pelo menos a mim, não obstante a fé cristã nos ajuda a perceber nesta tragédia o consolo, pois a morte não é a última palavra, mas a ressurreição, independente de como ocorreu o mal.
Na confiança que o Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é Soberano e que nada escapa do seu controle, sei onde encontrar o meu consolo!
O que posso dizer do Dom e Mirian? Se não que a lista dos heróis da fé continua sendo escrita, pois ainda hoje homens dos quais o mundo não é digno continuam sendo assassinados.
Naquele que me proporcionará um segundo encontro,
Zé Bruno
http://zebruno.wordpress.com/2012/03/05/o-dom-voltou-para-o-alto/#more-770
#97 por Zé Bruno em 5 de março de 2012 - 15:03
O Dom voltou para o Alto…
Na madrugada do dia 27 do mês passado, precisamente ás 03:40 da manhã, tive uma triste notícia através de um amigo pelo twitter e logo após a confirmação pelo facebook: o Bispo Dom Robinson Cavalcanti e sua esposa Mirian haviam sido assassinados pelo próprio filho.
No momento, o autor do crime não me chamou atenção, mas sim a morte deste arauto do evangelho, que só encontrei uma vez num culto na Igreja Presbiteriana do Planalto em Brasília, onde tive o prazer de ouvir aquele que há anos havia edificado minha vida através de seus escritos, quer nos livros, quer principalmente na Revista Ultimato.
É interessante como senti a perda do Dom, foi um choque, confesso que fiquei tonto e uma tristeza envolveu-me, pensando no quanto ele poderia ainda contribuir para o Reino de Deus, enquanto alguns prestam um desserviço; mesmo sem conhecê-lo, senti sua perda e comovi-me porque ele foi e continuará sendo uma das vozes que me ajudaram a entender o papel social e político do cristão; que nós não devemos viver alienados aos processos políticos e a situação dos menos favorecidos; que a pratica da cidadania não deixa de ser parte da nossa missão…
Interessante que durante a pregação do dia 26, domingo, o mensageiro da noite disse: “Pedro e Tiago eram discípulos de Jesus, a igreja orava por ambos, no entanto Tiago teve sua cabeça decepada por Herodes, enquanto Pedro foi liberto da prisão. Como entender isso?”
Tentar entender ou justificar o ocorrido é algo que nos foge do entendimento, pelo menos a mim, não obstante a fé cristã nos ajuda a perceber nesta tragédia o consolo, pois a morte não é a última palavra, mas a ressurreição, independente de como ocorreu o mal.
Na confiança que o Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é Soberano e que nada escapa do seu controle, sei onde encontrar o meu consolo!
O que posso dizer do Dom e Mirian? Se não que a lista dos heróis da fé continua sendo escrita, pois ainda hoje homens dos quais o mundo não é digno continuam sendo assassinados.
Naquele que me proporcionará um segundo encontro,
Zé Bruno
#98 por Valdolirio Junior em 6 de março de 2012 - 15:31
Todos ainda estamos muito tristes e abalados com a morte de Dom Robinson e Miriam. Cremos que Deus vai fazer (e já está fazendo) algo para que essa tristeza passe e venham rios de alegria em nossa Diocese. Que o Pastor de nossas almas nos guie em todos os lugares e faça sua luz resplandecer neste tempo de trevas. Soli Deo Gloria!
#99 por Márcia Rodrigues em 7 de março de 2012 - 16:39
Conheci o Mestre Robinson Cavalcanti ainda adolescente. E foi ele quem me ensinou a pensar, a ter senso crítico. Pensar a vida, o Evangelho, a Política. Por sua influência, fui estudar Ciência Política. Nunca esqueci de suas referências. Na semana anterior à sua morte, falei sobre ele e sua obra à uma amiga. Tendo aprendido a pensar – e que pensar é bom e não dói! – com esse Homem de Deus, ficou menos difícil entender um pouco sobre a realidade que afeta nossas Igrejas nos dias atuais, com tantas doutrinas estranhas e oportunistas. Sentiremos sua falta, Dom Robinson Cavalcanti, você que partiu ao lado da mulher de sua vida, companheira fiel e amada. Deus nos console a todos e nos conserve em Sua esperança.
#100 por Joás Aguiar em 7 de março de 2012 - 17:36
Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; II Timóteo 2:11.
Palavra tremenda que se aplica para os dois períodos da existência humana.
#101 por Alison M Worrall em 7 de março de 2012 - 17:52
Um relato pessoal da despedida em Olinda (PE). Aqui deixo meu ato de profundo respeito. Cruzamos várias vezes, sempre um aperto de mão caloroso antes ou depois de ouvir Robinson falar. Foram sempre palavras sabias e maduras. Sentiremos falta.
http://ultimato.com.br/sites/paralelo10/2012/03/despedida/
#102 por Prof. Marcos Tarcisio Pinto Lopes em 7 de março de 2012 - 18:12
Ganhamos ao longo desses anos a companhia exuberante deste servo do Senhor. Sua vida e obra, firmados nos passos de Jesus Cristo nos impulsionam a continuar com ousadia. Muito obrigado Deus Pai por nos ter premiado com tão nobre Pastor. Que tenhamos a coragem para sermos ousados como ele foi. Obrigado Rev. ROBINSON por sua vida e obra!
#103 por Anderson Guimarães em 8 de março de 2012 - 8:28
Certas realidades confrontam nossa fé, mas podemos reconhecer mais um heroi e é uma grande perda a morte de Dr. Robinson e Miriam. Sua obra ficará para contribuir com a aplicação do Reino.
Anderson Guimarães- Itabirito – Minas Gerais
#104 por Humberto Oliveira Ribeiro em 8 de março de 2012 - 8:38
Tive a oportunidade e o prazer de conhecer o Robinson no Congresso Nacional da ABUB em 2000. Aprendi muito com ele e passei a admirirá-lo desde entaão, pela sua coragem, sua irreverência e, principalemente, seu compromisso com Deus. Entristeci-me muito com a notícia de seu falecimento, mas tenho a esperança de reencontrá-lo na glória.
#105 por Pr. Ancelmo Almeida Lima em 8 de março de 2012 - 10:43
#106 por Pr. Ancelmo Almeida Lima em 8 de março de 2012 - 10:52
Estava assistindo a TV, no noticiario do SBT, quando vem a manchete do trágico assassinato do Bispo Robson e sua esposa, não suportei a noticia e dei um grito de súbito que chamei a atenção da minha esposa (Fatima) que estava na cozinha. Fiquei transtornado e desesperado com esta má noticia e chamei imediatamente minha esposa para assistir a noticia a seguir. Eu, particularmente gostava muito da pessoa do Bispo como: amigo, palestrante, articulista e pastor. Admirava-o pelo seu talento e pela sua capacidade de vê os fatos evangélicos atraves da historia do protestantismo. Para mim, foi uma perda irreparavel dentro do cristianismo. Acompanhei-o um pouco da sua tragetoria ministerial, assisti o lançamento do seu livro “Cristianismo e Politica” na antiga livraria Betel em Campina Grande (hoje extinta). Convidei-o para ser um dos preletores da I Conferencia Teologica da UFPB, no Campus II na cidade de Campina Grande, e foi um dos melhores palestrantes do evento. Quero deixar o meu lamento pela grande perda no evangelho e pela esperança de nos encontrarmos em breve.
#107 por Pastor Cláudio Scarparo Silva em 8 de março de 2012 - 11:02
Tive a oportunidade de ler seus artigos e me alegrar com palavras, que vêm de um verdadeiro homem de Deus.
#108 por clóvis em 8 de março de 2012 - 11:57
Robson Cavalcanti, meu referencial na Universidade Federal de Pernambuco no início da década de 70 quando à época servia aos santos através da ABU. Nossa gratidão a Deus por sua pessoa que só no tribunal de Cristo será revelado a amplitude do bem, que não somente a mim mas a tantos outros universitários em tempos de restrições à fé e ao testemunho cristão, foram agraciados por si. Nossa homenagem a este grande vulto da história cristã no Brasil.
Pr. Clóvis Magno de Lyra Moura
#109 por Pastor - Rubemar Andrade em 8 de março de 2012 - 19:23
O pastor Robson Cavalcante foi um homem com uma mente iluminada pelo Espírito Santo para demonstrar com clareza a Palavra de Deus. Ele sabia combinar muito erudição com piedade, e levar a mente daqueles que o ouviam e o liam pensarem profundamente na vida cristã prática. Ele era um grande pensador de nosso época.
#110 por Rogério Soares da Silva em 8 de março de 2012 - 23:36
Sou membro da 1a Igreja Presbiteriana de Petrolina – PE. Conheci o bispo Robinson Cavalcanti através da Revista Ultimato, que meu primo Presbítero José Edson (Pirangi, Natal – RN) me indicou para ler e me deliciar. Agradeço MUITO a Deus por conhecer estas duas “ferramentas” grandiosas que ELE usa para levar sua palavra: o saudoso bispo e a deliciosa revista. NELE vivemos!
#111 por Bruno Leandro em 9 de março de 2012 - 11:08
“O grande risco é você morrer e ninguém notar, porque você não tomou decisões.”
+Dom Robinson Cavalcanti
(*21/06/1944- +26/02/2012)
Aos amados irmãos(as),em Cristo e leitores Paz e Bem
É com uma imensa tristeza em meu coração que escrevo esta nota de pesar pela morte do Reverendíssimo Bispo Dom Robison Cavalcanti e de sua esposa Miriam Cavalcanti.
A forma trágica em que se deu a morte desse casal tem me pertubado até agora. Na verdade pra mim a “ficha não caiu”. Pra mim foi uma perda irreparável para o mundo Anglicano e para as demais igrejas evangélicas. Dom Robison deixa um legado de fidelidade e de compromisso com a Santa e Bendita PAlvara de Deus. Sempre defendendo com unhas e dentes a ortodoxia da Bíblia dentro da Igreja Anglicana.
Tive o prazer de Conhecer o Bispo Dom Robison em 2000, num culto na época da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil em Caruaru. Depois desse culto me tornei anglicano desde o dia 28 de maio de 2000 e sempre nutri uma admiração muito grande pelo Bispo. Sempre que encontrava com o Rev. José Rosendo perguntava como estava o Bispo e quando viria a Caruaru para que eu podesse assistir as suas pregações as quais eu gostava muito. Sempre mandava um abraço fraterno para Dom Robson Cavalcante através de outro Reverendo José Quintino Orengo com quem tenho o prazer de trabalhar aqui em Caruaru. Sempre dizia a minha esposa que ouvir as pregações de Dom Robison era muito gratificante e que suas pregações realmente mexia com o nosso ser Cristão.
Pois é, no dia 26/02/2012 a voz inconfudível de Dom Robison foi calada de modo cruel e covarde. Um ministério interrompido de forma grotesca.Resta-nos agora orarmos para que Deus console seus familiares e que ponha no coração do jovem Eduardo Cavalcanti um arrependimento e um remorso pelo crime que cometeu. Que a Justiça seja feita.
Mesmo não fazendo parte hoje em dia de sua Diocese, estou muito trite e chocado com todo acontecimento, acontecimento esse, que não sai de minha cabeça. Cenas mostradas nos programas policiais que não me deixam dormir. Mas ao mesmo tempo tenho tranquilidade por saber que Dom Robison Cavalcante e sua amada Miriam Cavalcanti agora desfrutam de algo maravilhoso ao lado do Pai.
Por fim gotaria de citar uma frase dita por Dom Robison que acredito, encaixa-se muito bem nesse momento:
“O importante, para todos nós cristãos, para todos nós pastores, é que combatamos sempre o bom combate, guardemos a fé até o findar da carreira”.
Bispo Robsison Cavalcanti vai com Deus pois um dia estaremos juntos desfrutando das maravilhas que o Senhor nos proporciona.
Com o Coração enlutado
Bruno Leandro Santiago
Seminarista e
responsável pela Igreja Anglicana Reformada em Caruaru.
#112 por Célio Bezerra em 9 de março de 2012 - 12:07
Robinson Cavalcanti foi um verdadeiro profeta, um servo que nos deu exemplo de como devemos amar e servir a Jesus, um teológo destemido que ensinou o verdadeiro sentido do Reino de Deus, um professor brilhante que influenciou a vida de muitos inclusive a minha. Neste momento nos resta a esperança da ressurreição.
#113 por Eliabe Farias de Queiroz em 9 de março de 2012 - 13:46
Lamento a partida deste Homem como uma das grandes perdas da igreja Evangélica no país. Grande pensador, mas acima de tudo homem comprometido com o Reino de Deus. Que o Senhor console a todos nós.
#114 por José Moraes em 11 de março de 2012 - 17:20
Não o conheci pessoalmente. Senti muita tristeza ao ser noticiado de sua morte, porém, a certeza que tenho de que ele está nos braços do Pai é que dininui a saudade que sua ausência nos deixou.
#115 por Clemir Fernandes em 28 de março de 2012 - 23:40
Embora saibamos ser a vida efêmera e fugidia, a rigor, nunca concebemos, perder pessoas a quem estimamos e admiramos. Quem diria que Robinson Cavalcanti não estaria conosco hoje, dando-nos sua contribuição teológica, política, sociológica, missionária, histórica, pastoral…?! Mas, já é passado um mês do triste episódio que vitimou violentamente ele e sua esposa, deixando uma lacuna insubstituível no contexto da igreja brasileira e latino-americana.
Conheci o Robinson teólogo, cientista politico e escritor, ainda no Seminário, por meio de seus diversos textos. Que líamos com paixão e compromisso. Vim a conhecê-lo pessoalmente, já no início da década de 1990, em palestra sobre igreja e politica – um tema sempre recorrente para ele – em evento no Rio de Janeiro. Quando fui cursar Ciências Sociais, na universidade, enfrentei diversas crises teológicas e mesmo de fé, porém ele e Orivaldo Jr., estavam sempre em meu pensamento, me ajudando a superar essas dificuldades. Em minha monografia de conclusão do curso faço referência agradecida a estes dois companheiros que me ajudaram a trilhar o caminho teológico e das ciências sociais, comprometido com Deus. Quando fui dar aulas no Seminário, o Robinson, por meio de seus textos, era presença destacada em minhas disciplinas, especialmente em Missão Integral da Igreja e em Reino de Deus e Ministério Profético. Posteriormente convidei-o e ele escreveu, sempre com primor, estudos para a revista Compromisso, onde atuo como redator. Chegou a era do e-mail e, vez ou outra, trocávamos mensagens, como a última, recentemente, tratando de nossa participação em um evento dentro do Clade 5, onde teríamos uma participação conjunta.
Não posso aqui deixar de recordar as diversas conversas que tivemos em Cape Town por ocasião do Congresso Lausanne 3. Com Klênia, Lissander e outros amigos conversamos em diversas ocasiões, tanto no café da manhã, quanto em noites adentro, após as celebrações noturnas do congresso, tratando de assuntos os mais variados, sempre relacionando o passado, o presente e o futuro da igreja evangélica, especialmente no contexto brasileiro. E tudo isso recheado de muito humor, inteligência e critica elegante.
Recebi a mais recente edição de Ultimato e li seu último texto com avidez, em cuja coluna a gente bebeu, aprendeu, criticou, questionou, acostumando-se com sua uma aula-reflexão sempre atenta e pertinente com o mundo atual. Ao concluir a leitura, reli novamente o texto, querendo sorver mais, querendo que o texto se prolongasse. E repeti a leitura das últimas linhas, como a desejar que elas se tornassem elásticas…
Robinson faz falta agora e ainda fará por muito tempo. Ele era como um tio querido, que a gente as vezes discorda, mas não abre mão de dialogar e aprender sempre.
Na semana seguinte á sua morte, utilizei textos deles nas aulas que dei na faculdade de teologia, procurando fazer com as novas gerações de estudantes conheçam melhor e apreendam da rica contribuição acadêmica e engajada de Robinson Cavalcanti.
Deus seja louvado e horado pela vida deste servo especial, bem como de sua esposa, e nos faça, a cada dia, dignos da missão de Jesus de Nazaré, que motivou o Robinson e deve continuar a nos mobilizar hoje.
Venha, Senhor, o Teu Reino e nos faça instrumento de tua justiça e paz.
#116 por Guttemberg Lopes em 29 de março de 2012 - 11:32
Carta Póstuma ao Professor Robinson Cavalcanti
Caro, Professor,
Devo logo justificar o tratamento de professor, porque nunca estive efetivamente matriculado em nenhuma de suas turmas nas faculdades onde o senhor lecionou. Assim me considero “apenas” pela leitura de seus livros e artigos, a maior parte deles, aqui na Revista Ultimato.
Mesmo que pudesses ler esta carta, talvez não te lembrarias do meu nome, nem tampouco dos dois rápidos encontros que tivemos. Deixe-me, então, tentar trazer-lhes à memória.
Tive a sorte de enquanto lia seu “Cristianismo e Política”, – que revolucionou minha visão do que é ser cristão na sociedade brasileira -, ter a agradável “obrigação” de acompanhar minha esposa a Recife, para visitar minha cunhada. Chegando lá, fiz logo contato por telefone com sua igreja e mais uma vez tive a sorte de encontrá-lo. Com toda a cortesia, o senhor me convidou para assistir na UFPE, a defesa de uma tese por uma aluna sua. Algo sobre presença nazista em Recife, durante o governo de Getúlio Vargas.
Dias depois, em um culto ecumênico realizado na TV Globo Nordeste, no Morro do Peludo, em Olinda, quando o senhor pregou, representando os evangélicos, sobre o sentido do Natal para o cristianismo. Ao término procurei mais uma vez falar com o senhor e embora não tivesse ficado a declaração verbal, estava claramente sinalizada minha admiração por seu ministério como escritor e professor de ciências sociais, bem como por sua visão do Reino de Deus aqui na Terra e, a partir dessa visão, por seu corajoso e incansável engajamento político.
Digo que para mim suas ideias foram revolucionárias sem exageros, uma vez que dentro do fundamentalismo pentecostal onde eu vivia, constantes questionamentos sobre liberdade de pensamento e expressão e debate de ideias me deixavam a ponto de desistir do evangelho, por ver na vivência daquele “evangelho” em minha comunidade um conformismo e um discurso para além morte apenas. Um “evangelho” bom pra morrer, mas incapaz de responder às questões cotidianas que começavam a surgir para mim, na adolescência; não é exagero dizer que foram revolucionárias, porque no ambiente eclesiástico onde eu estava envolvido votar na esquerda era “pecado grave” e em algumas igrejas podia resultar em exclusão do rol de membros. Estranha e incoerentemente, política era coisa mundana e suja na qual não convinha se envolver, mas deixar de votar no candidato que o pastor “aconselhava” era desobediência e rebeldia. (Falo no passado, não porque desconheça que tal prática ainda é realidade em muitas comun idades, mas porque para mim e para muitous outros essa “pregação ideológica”, disfarçada de evangelho, caiu no ridículo e é assim muito graças aos seus textos que fizeram refletir e visualizar que a proposta de um evangelho integral, para o indivíduo e para a sociedade é uma proposta mais abrangente, mais libertadora, menos formal e mais desafiadora).
Hoje quando recebi por email o link da notícia que relatava o seu brutal assassinato, foi como se um filme passasse diante dos meus olhos e então decidi escrever-lhe essa carta póstuma como um agradecimento a Deus por sua vida e o reconhecimento da bênção que o senhor representou para minha vida e para a vida de muitos outros envangélicos no Brasil.
“O Senhor te remunere pelo bem que fizeste, e recebas uma plena recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te acolheste! Rute 2:12”
No Senhor Jesus,
Guttemberg Aguiar Lopes
#117 por Lília Albino em 20 de abril de 2012 - 12:09
Lília Albino: trata-se de um site muito bem concebido. Vale a pena visitar. Lília Albino
#118 por Saulo Roberto Oliveira Vieira em 27 de abril de 2012 - 12:46
Tomei conhecimento de seus escritos após o seu falecimento. Logo quando estava pensando em, talvez, conhecê-lo pessoalmente, quem sabe (…). Seu exemplo de vida me tocou. Tenho convicção que o seu legado abençoará as gerações futuras com o amadurecimento do pensamento cristão brasileiro, que perdeu um grande homem de fé. Dom Robinson, obrigado.
#119 por Wagner Oliveira dos Santos em 28 de maio de 2012 - 22:31
Nao sei como, mas o Bispo Robinson entrou na minha vida. Através de suas palestras, pregações, escritos, aprendi muito. Um homem cheio de sabedoria que articulava muito bem a fé crista. Abre-se um vazio, mas ao mesmo tempo, estamos diante de um legado que nos levara a grandes desafios como igreja de Jesus Cristo nesta nação . Até breve mestre Dom Robinson!
Em Cristo Jesus,
Wagner Oliveira dos Santos
#120 por Nina Woody Morway em 12 de junho de 2012 - 11:40
Fui colega de Robinson quando, ainda bem jovens, eramos professores do Colegio Agnes Erksine, no Recife. Assisti ao casamento de Robinson e Miriam. Durante os anos que se passaram, tivemos alguns contatos, mas sempre senti que Robinson era uma pessoa escolhida de Deus para um ministerio sui generis, e que em tudo trazia honra ao Pai. Hoje ele e Miriam estao na presenca de Jesus. Um dia entenderemos os designos de Deus, mas confiamos mesmo assim!
#121 por Marcos Costa em 24 de junho de 2012 - 9:30
Tivemos um profeta entre nós. Daqueles que hebreus cap.11 diz que o mundo não foi digno de sua presença. Homem que fez a teologia ter coração, voz e ouvido para os oprimidos do seu tempo.
Marcos Costa – Articulador da Rede Igreja Amiga da Criança.
#122 por Joilson em 5 de novembro de 2012 - 22:53
Não conheci o pastor Robson Cavalcante pessoalmente, mas o que conheci foi de ouvir amigo que é da ABU e hoje através dos videos na net. O que sei é que gostaria de tê-lo conhecido pois, a igreja carece de homens que declaram sua posição Bíblica para um mundo carente de exemplos corajosos em meio a tanta silenciosa covardia que é incapaz de sofrer com quem sofre.
#123 por Pr. Oséias Rodrigues Barbalho em 11 de setembro de 2013 - 12:16
Tenho gratas lembrança do Bispo Robson. Sua simplicidade e prontindão. Seu notável engajamento nas questões políticas, e o seu chamado a todos os discípulos de Jesus para usar a mente, conforme o chamado do evangelho. Tenho a certeza de que o reencontro com ele é uma questão de tempo, pois o dia de Cristo se aproxima.
Nele, que é a ressurreição e a vida. Pr. Oséias Barbalho
#124 por Elton Roney Carvalho em 16 de maio de 2020 - 21:56
Professor que faz uma falta imensa no âmbito da relação da fé cristã com a política. Um homem simples com uma mente arrojada.
#125 por Evaldo JOrge Mendes em 3 de setembro de 2020 - 12:35
Textos primorosos, bíblico em suas reflexões…um notável legado à cristandade brasileira. Nossa gratidão à Deus pela vida do bispo Robinson Cavalcanti.