Foto: http://www.sudema.pb.gov.br/index.php?view=detail&id=43&option=com_joomgallery Um abaixo-assinado foi lançado na internet em defesa do Parque Estadual do Pico do Jabre. A reserva está localizada entre os municípios de Mãe D’água e Matureia, no estado da Paraíba, e foi instituída em 2002.

Segundo dados da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), o parque possui aproximadamente 850 hectares de área composta de espécies da Mata Atlântica e Caatinga e é uma área reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como uma das maiores fontes de pesquisas biológicas do país. O Pico do Jabre encontra-se no ponto mais alto do Nordeste (mais de 1200 metros de altitude), de onde se pode ver, a olho nu, os Estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco.

De acordo com John Medcraft, criador do abaixo-assinado, a área nunca foi desapropriada. “Hoje, antenas gigantes e ilegais desgraçam o visual do ponto mais alto da Paraíba. A caça e tráfico de fauna são intensos. O desmatamento e o lixo fazem o nome Unidade de Conservação uma farsa!”, argumenta Medcraft.

Clique aqui e veja o abaixo-assinado.

Foto: http://www.sudema.pb.gov.br/index.php?view=detail&id=43&option=com_joomgallery

  1. Existem diversos tipos de reservas.
    Todas elas têm a mão do governo.
    Funciona mais ou menos assim: percebendo a necessidade de preservar áreas, seja de reserva legal, seja para estabelecer um patrimônio para as próximas gerações, como por exemplo, o Parque Nacional de Yosemite nos Estados Unidos, ou Iguaçu aqui entre nós, a Serra da Canastra em Minas, o governo entra com um documento e demarca a área. E tome papelada ao longo desse processo.

    Lindo, não?
    Lindo. Só que o governo faz isso através de órgãos, entre eles o Ministério do Meio Ambiente e suas sub-agências.

    Beleza!
    O particular? Bem, este que está na área cerca de 3 a 4 gerações, subitamente vê fiscais nas suas camionetes vistosas, importadas, chegando e já dando ordens: todo mundo sai em dois meses.

    E aí?
    Aí a coisa se arrasta anos a fio. Afinal, os que estão lá não querem e nem vão sair. Pronto, está armado o barraco e as ações judiciais varam os anos.

    Mas e o parque?
    Bem, quem invadiu, continua invadindo. Quem morava lá, continua morando. A dilapidação continua a todo vapor.

    Mas e o cidadão de bem?
    E desde quando no Brasil o governo respeita o cidadão de bem? Pelo contrário, qualquer ONG que desejar melhorar a coisa vai sentir na pele o que é a força de um governo com ares estatizantes.

    Grana?
    Ora bolas. O governo desapropria, não cria infraestrutura nenhuma, e nem se lembra de que isso tudo depende de dinheiro.

    Subitamente aparece um cidadão de bem, este que está a produzir um abaixo assinado. Vou desencoraja-lo, não. Estou até pensando em jogar tinta fora e assinar a tal petição. Se brincar ele corre o risco de enfrentar violência. A Paraíba tem, como muitos estados brasileiros, a tradição de peitar certas coisas. “Paraíba masculina, muié macho sim sinhô!”, diz a música.

    John Medcraft, uma pessoa profundamente bem intencionada, corre o risco de ver seu projeto morrer na praia.

    Imagina se tudo der certo?
    E o dinheiro para fazer as mudanças? Em uma situação em que o país vive atualmente, com a Paraíba sofrendo com a ausência de recursos, a hora é inapropriada.

    Aqui perto, em Pipa, tem uma reserva de um inglês, que resolveu com recursos próprios preservar uma área enorme voltada para o mar. Aberto a visitação, paga-se 5 reais.

    Mr. David tem sofrido para manter aquilo ali. Se ão fosse o apoio advindo do exterior, já teriam tocado fogo em tudo.

    Antes, claro, o MMA desapropriaria, meteria uma placa proibindo a entrada, grana para manter, nada, e aquilo que hoje é uma beleza, tornar-se-ia mais uma das grandes PLACAOBRAS: aqui jaz uma reserva florestal.

    Isso, claro, se o MST não invadir.

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