Por Héber Negrão

Em janeiro deste ano começamos uma nova etapa no nosso ministério. Mudamos para a cidade de Paragominas, no nordeste do Pará para trabalhar com o povo indígena Tembé. Já tivemos contato com eles anteriormente por ocasião da Dedicação do Novo Testamento Tembé quando visitamos a aldeia Tekohaw tanto para planejar quanto para participar deste evento.
Quando precisam cuidar da saúde os Tembé vem até Paragominas e se hospedam na CASAI (Casa de Apoio à Saúde Indígena). Várias vezes por semana temos feito visitas a este local e nas conversas que tivemos com os indígenas percebemos a insatisfação deles face ao descaso dos órgãos do governo em relação à saúde indígena. Há falta de medicamento nos postos das aldeias e a CASAI está em situação precária, impossível de receber mais pessoas.
Como forma de manifestação, na terça-feira (25) eles detiveram três funcionários da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e três da SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) na aldeia Cajueiro, há 100km de Paragominas. Os Tembé exigem a presença do representante do Ministério da Saúde para conversarem sobre a situação da saúde, mudança para outra casa de apoio à saúde e negociarem a liberação dos seis funcionários.
Estive na CASAI na quinta-feira (27) e conversei com alguns indígenas sobre esta situação. Eles disseram que os funcionários do governo estão sendo muito bem tratados na aldeia e que não há qualquer tipo de agressão ou ameaças às suas vidas. Segundo eles já tiveram uma resposta do representante do Ministério da Saúde que afirmou que deverá chegar a Paragominas no dia 03 de abril juntamente com o governador do Estado do Pará, Simão Jatene.

Mais informações aqui.


 

 

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