p10_03_01_14_cruzSou mais animal do que gente
Não sou inteligente
Nunca aprendi a ser sábio
Não conheço o Deus Santo.

Quem subiu aos céus e de lá desceu?
Quem controlou o vento em suas mãos?
Quem prendeu as águas com sua veste?
Quem estabeleceu os limites da terra?

Você sabe quem ele é?
Qual é o seu nome?
E o nome de seu filho?
Apresente-me o pai e o filho!

Quem criou Deus?
Onde ele está?
Ele é uma força ou uma pessoa?
De que lado Deus está?
Da justiça ou da injustiça?
Do oprimido ou do opressor?

Deus se escondeu?
Deus abdicou de seu poder?
Deus está morto?

Deus pode acabar com o mal?
Deus pode acabar com o sofrimento?
Deus pode acabar com a morte?

Deus sabe quem eu sou?
Deus me vê?
Deus se interessa por mim?

Quem sou?
De onde venho?
Para onde vou?

Declare-me não-inocente
Derrube por terra minha defesa
Mostre-me minha culpa.

Deus pode me perdoar?
Deus pode me salvar?
Deus pode me transformar?

Conte-me a velha história!
Com pausa e paciência
Pois quero penetrar
A altura do mistério
Que Deus me pode amar!

Conte-me a velha história!
Fale-me com doçura
Do amado Redentor
A mim que tanto sofro
Por ser um pecador!

Conte-me a velha história!
Fale-me sobre o Natal
Sobre a Sexta-feira da Paixão
Sobre o túmulo vazio
Sobre a ascensão de Jesus.

Conte-me a velha história!
Fale-me sobre a parúsia
Sobre a ressurreição dos mortos
Sobre os novos céus e terra
Sobre a plenitude da salvação!

Nota

Texto publicado originalmente na revista Ultimato 316 (janeiro-fevereiro/2009). Para ler a edição completa, clique aqui.

As três primeiras estrofes são palavras de Agur, retiradas de Provérbios 30.1-4 (NTLH e NVI). A antepenúltima e a que a antecede são versos do hino “A Velha História”.

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