O povo cigano é literalmente um povo esquecido nos sertões do nordeste brasileiro. A chegada dos ciganos ao Brasil é datada pelos historiadores de por volta do século XVII e sua presença no sertão é conhecida desde, no mínimo, o Brasil Imperial. Vítima de bastante preconceito, essa etnia carece de assistência por parte dos governos, da sociedade e da igreja.

Os ciganos estão presentes em todos os estados nordestinos. Na Paraíba sua presença é mais intensa no município de Sousa, onde cerca de 300 famílias ciganas estão distribuídas em dois ranchos localizados na periferia da cidade. Quem visita um desses ranchos, especialmente o chamado “rancho de baixo”, ficará chocado com a péssima qualidade de vida desse povo. Falta saneamento básico, água encanada, moradias dignas, assistência social, acesso a saúde, documentos, enfim, condições básicas de sobrevivência. Muitas famílias destas localidades encontram-se em um estado de verdadeira miséria.

Entre tantas carências desta população, podemos destacar também a espiritual. O povo cigano, ao contrário do que muitos cristãos pensam, são muito abertos a palavra de Deus. Infelizmente o preconceito e o desinteresse impregnado em muitas comunidades cristãs da região impede que atividades sociais-evangelísticas sejam desenvolvidas.

No rancho de baixo, onde centenas de ciganos estão esquecidos pelo resto do mundo, já foram desenvolvidas algumas atividades por parte de alguns crentes. Todavia os trabalhos encontram-se parados a muitos meses, ao ponto dos ciganos reclamarem na inconstância por parte dos grupos evangélicos que prometem assistência mas não cumprem. O próprio povo cigano solicita atividades por parte das igrejas, entretanto permanece a insensibilidade por parte destas.

No mês de junho passado tive a honra de visitar esta comunidade e fiquei surpreso( e ao mesmo tempo envergonhado) ao escutar alguns ciganos manifestarem suas indignações: “Vocês crentes dizem que vão nos ajudar mas nem sequer aparecem”, “Nós gostaríamos de escutar a Palavra de Deus mas vocês se esqueceram de nós”, ou ainda, “Já pedimos para vocês virem realizar cultos aqui, mas nem isso acontece”.

A própria missão Amigos dos Ciganos, coordenada pelo pastor Igor Shimura, oferece assistência a qualquer grupo que estiver disposto a começar um trabalho com essa comunidade. Infelizmente ainda não temos boas noticias, apenas motivos para lamentar.

O chamado “rancho de cima” é beneficiado por um trabalho promovido pela missão Juvep, mas mesmo assim o trabalho carece de apoio. Ore pelos ciganos do sertão, ore pelos ciganos de Sousa, especialmente pelos do rancho de baixo. Mobilize-se em prol dessa etnia, faça alguma coisa por este povo tão necessitado de ajuda.
“Abra sua boca; julga retamente, e faze justiça ao pobre e ao necessitado.” (Prov. 31.9)

Helton de Assis Freitas é de João Pessoa, PB.

  1. Quando vemos isto só temos motivos para lamentarmos, a falta de compromisso de nós cristãos,onde deveríamos ser o primeiro a chegar a este local,não fazemos, somos levados por tal discriminação que ficamos com os olhos fechados diante daquilo que deveria ser nosso compromisso;levar a palavra transformadora de CRISTO,que possamos acorda e ouvir o clamor deste povo, isto a começar por mim,DEUS SEJA LOUVADO.

  2. Precisamos de igrejas que olhem pra esse grupos minoritários e envie-lhes evangelizadores. Temos que deixar de se preocupar somente com os grandes centros. Ciganos precisam de salvação.

  3. sou cigano e tenho um objetivo de quebrar protocolos em vez de africa vamos ganhar nosso povo pra cristo
    temos dialetos romani . lingua distintas amo esse povo e vou orar e ter condições de ganha – lo pra cristo

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