O governo federal determinou a mobilização de 500 militares das Forças Armadas, um hospital de campanha e três navios da Marinha para socorrer as vítimas de uma grande enchente no Amazonas, segundo o Ministério da Defesa.
O transbordamento dos rios Negro, Solimões e Madeira começou em março e já deixaram 70 mil famílias desabrigadas – sendo 10 mil só em Manaus.
Segundo o vice-governador do Amazonas, José Melo, 39 municípios estão em “situação crítica”.
De acordo com o governo, essa pode ser a maior cheia da história do Estado. Até então, o último recorde havia sido registrado em 2009, quando o Rio Negro atingiu o nível de 29 metros e 77 centímetros.
Nesta quarta-feira, o nível do rio estava em 29 metros e 57 centímetros. A cheia, no entanto, ainda não chegou ao seu ápice e o nível das águas continua a subir cinco centímetros por dia.
Ajuda
Os 500 militares que participarão do socorro já estão na região amazônica. Eles começaram a ser deslocados para as regiões mais afetadas pela cheia nos últimos cinco dias, segundo o general José Carlos De Nardi, chefe do Estado Maior Conjunto do Ministério da Defesa. O contingente mobilizado é formado por 200 militares do Exército, 260 da Marinha e 40 da Força Aérea.
Hospital de campanha da Força Aérea montado sobre uma balsa ajudará no socorro às vítimas
O hospital de campanha da Aeronáutica – que já atuou no Haiti e no México – foi montado sobre uma balsa, atualmente ancorada no município de Barcelos (a 490 km de Manaus).
Ele se deslocará para regiões afetadas ao longo dos 60 dias previstos para durar a operação de socorro.
Outras centrais de atendimento a feridos funcionarão nos navios de assistência hospitalar Soares de Meirelles, atualmente atracado em Santo Antônio do Içá (região do Alto Solimões) e Doutor Montenegro, em Tefé (Médio Solimões).
A terceira embarcação da Marinha, o navio patrulha Pedro Teixeira, já está em Manaus socorrendo moradores em áreas de risco.

Fonte: BBC Brasil

Foto: Chico Batata/Agecom

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