(Planeta Sustentável) Parece que a velha máxima de que a Amazônia é terra de riquezas finalmente ganhou um fundamento técnico robusto. O pesquisador José Aroudo Mota, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada estimou em US$ 1,9 quatrilhão o valor das reservas de água, mas isso é só um fator da conta a que vêm se somar ainda biodiversidade, recursos minerais e seqüestro de carbono.

O levantamento poderia até ser comparado a um Relatório Stern versão tupiniquim. O estudo de Sir Nicholas Stern, publicado em 2006, revelou pela primeira vez em termos financeiros o custo da imobilidade no enfrentamento à mudança do clima. Agora, no contexto brasileiro, finalmente sabemos o tamanho da perda econômica associada ao desmatamento. Sem floresta, não tem biodiversidade, não tem captura de carbono e nem água, já que o solo raso perde a capacidade de retê-la.

Segundo reportagem do jornal O Globo, em teoria, a floresta em pé poderia ser considerada o maior ativo econômico do País. É uma conclusão empolgante. Mas não muda o fato de que, ainda hoje, um hectare de terra desmatado na Amazônia pode valer 12 vezes mais que um hectare de floresta no mercado fundiário.

O desafio no radar, inédito na História, é o de traduzir toda essa elucubração teórica para a vida real. O que, para muitos estudiosos, implica desenvolver um mercado real para todos esses ativos ambientais, tais como a biodiversidade e o serviço de produção e distribuição de água por meio da chuva.

Se desmatar é anti-econômico para o País, precisa ser também para os indivíduos. Isso inclui os colonos, os grileiros, os pecuaristas, os agricultores e (como não lembrar deles?) os ruralistas. Grosso modo, essa empreitada esbarra em duas perguntas fundamentais: quem pagará a conta? E como os recursos devem ser distribuídos?

Taí uma charada cascuda, haja vista todas as controvérsias que cercam o mercado de carbono e o nascente mercado da biodiversidade. O jeito é torcer para que as melhores mentes encontrem saídas para corrigir distorções antes que o sistema econômico passe a valorizar os recursos naturais pela via amarga: a mais absoluta escassez.

  1. Esqueceram dos índios? Pois aí está a resposta à tal charada cascuda…! Não foram estes que sempre valorizaram a floresta e souberam extrair dela o sustento, sabendo preservá-la e, assima de tudo, fazendo dela o seu próprio sistema econômico e social, como são as cidades para nós, os ditos civilizados! Vamos aprender com eles agora, aquilo que não aprendemos em 511 anos. Graças a Deus que os preservou. Agora temos um motivo mais que econômico para integrar a região Norte ao grande projeto de desenvolvimento sustentável da Nação brasileira, incluindo os seus povos e culturas milenares, que são a nossa verdadeira riqueza.

  2. Que lixo de postado esse artigo! Essa parte de ULTIMATO incluindo a sessão sobre notícias, está desatualizada, é esquerdizante e pueril. Essa peça de artigo porca aqui no fundo faz a defesa de uma floresta intocável pela via do medo. Não duvido nada que o dedo sujo do Greenpeace está atrás com a grana preta da Fundação Ford.

  3. Nada mais atual do que a discussão sobre a utilização coerente dos recursos econômicos dos nossos biomas. Essa ideia de arrasar para explorar é coisa de 500 anos atrás. Hoje em dia já se tem conciência de que nada é mais lucrativo que manter as fontes de recursos renováveis.

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