Nove fatores; a pobreza, a baixa escolaridade, a exploração do trabalho infantil, a privação da convivência familiar e comunitária, os assassinatos, a gravidez, a exploração e o abuso sexual, o uso e abuso de drogas e as doenças sexualmente transmissíveis e o hiv/aids, por causa da desigualdade brasileira. Afetam de diferentes maneiras os 21 milhões de adolescentes de 12 a 17 anos. As quatro formas de desigualdade são: Cor da pele, ser adolescente homem ou mulher, ter algum tipo de deficiência, e o local onde vive.

O impacto da cor da pele:

A forma mais cruel de desigualdade é a de raça e etnia, os meninos negros são as maiores vítimas de mortes violentas. Segundo o índice de Homicídios na Adolescência (IHA), lançado em 2009, o risco de um adolescente de 12 a 18 anos ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior em comparação a adolescentes brancos. Vemos também que adolescentes negros estão afetados pela pobreza. A média nacional de adolescentes vivendo em situação de extrema pobreza era de 17,6% em 2009, entre os meninos e meninas negros, o índice verificado foi de 22%. A diferença maior se encontra na região Norte, enquanto 13% dos adolescentes brancos vivem em extrema pobreza, os negros são quase o dobro, 24%. Em relação a educação 75,6% dos adolescentes brancos entre 16 e 17 anos tinham o ensino fundamental completo. Entre os negros, esse percentual era de 56% e, entre os indígenas, de 61,8%. Em relação a anos de estudo vemos que adolescentes brancos estudam em média 7,8 anos, os indígenas 7 e os negros 6,8. Em relação a gravidez na adolescência o número de meninas negras gravidas é quase o dobro, sendo assim 6,1% enquanto 3,9% de adolescentes brancas de 15 a 17 anos.

O impacto de ser menino ou menina:

Os adolescentes homens estão mais sujeitos à exclusão no sistema educacional e mais expostos a violência, mas as meninas são mais vulneráveis à exploração e ao abuso sexual, ao abandono da escola em decorrência a gravidez precoce, e às DST/aids. Segundo o Pnad, em 2004, a taxa de mortalidade por homicídios entre meninos de 15 a 19 anos era de 77,8 em cada grupo de 100 mil habitantes da mesma faixa etária, enquanto o das meninas era de 6,0. Em 2009 a taxa de mortalidade por homicídios entre os garotos de 15 a 19 anos era de 79,3 por 100 mil habitantes da mesma faixa etária. Já para as meninas, o número ficou em 6,3. Em relação a conciliar trabalho com estudo, os meninos são os mais afetados. 17,8% dos meninos trabalham e estudam, enquanto o número de meninas era de 10,6%. 4,9% dos meninos largaram os estudos para apenas trabalhar, enquanto as meninas é menos que a metade, um número de 1,9%. O que representa 195 mil adolescentes, dentro de 534 mil adolescentes, que tinham no Brasil. Em relação ao estudo há uma grande diferença também enquanto a proporção de meninas de 16 e 17 anos com o ensino fundamental completo era de 71,5% e a de meninos ficou em 58,5%.

O impacto de ser um adolescente com deficiência:

Hoje existem cerca de 24 milhões de pessoas com deficiência, entre essas 1,3 milhão tem entre 15 e 19 anos. Segundo o Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 483,4 mil alunos deficientes em escolas regulares e 218,2 mil em escolas especiais. Em 2009 14,3% das escolas de ensino médio no Pais possuíam dependências e vias adequadas para alunos com deficiências ou mobilidade reduzida. Das 25.923 escolas públicas que oferecem o ensino médio no País, 24,8% possuem dependências adequadas. Segundo a pesquisa Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) feito com alunos da penúltima série do ensino fundamental regular, da última série do ensino médio regular e de Educação de Jovens e Adultos (EJA), professores, diretores, profissionais de educação que atuam nas escolas, pais, mães e responsáveis por alunos, em 500 escolas do País, mostrou que 32,4% do público entrevistado tem preconceito em relação aos alunos com deficiência.

O impacto do local onde mora:

Outro fato de desigualdade é o local onde vivi. Adolescentes entre 12 e 17 anos que vivem extrema pobreza na Região Nordeste é praticamente o dobro da média nacional, 32% (quando a média nacional é de 17,6%), o que seriam 2,1 milhões de adolescentes vivendo na miséria. Na região Norte há 418 mil meninos e meninas nessas condições, 22% do total. A média nacional de adolescentes não alfabetizados era de 1,6% em 2009, no Nordeste o índice era de 4%.. A taxa de conclusão do ensino fundamental no Nordeste era de 50,3% enquanto na Sudeste 75,3%. A maior incidência de adolescentes fora da escola e sem trabalhar era na Região Norte são 6,5%, na Nordeste 6,1%, Centro- Oeste 5,9%, Sul 5,5% e Sudeste 4,5%. O número de mãe adolescentes em 2009, a média nacional era de 2,8%, na região Norte, são 4,6% As maiores taxas foram nos Estados do Acre 5,3%, Amazonas 5,2% e Amapá 4,9%.

Fonte: “Direito de Ser Adolescente: Oportunidade para Reduzir Vulnerabilidades e Superar Desigualdades”, UNICEF, 2011.

 

  1. BOM DIA, LENDO ESTA REPORTAGEM, TENHO O DESPRAZER DE CONCORDAR,FICAREI FELIZ VENDO O GOVERNO CRIAR UMA POLITICA PUBLICA, NÃO DE DAR LIVrOS, BOLSAS FAMILIA, MAS DANDO AS VARAS PARA AS MÃES PESCAREM EM SUAS CASAS E COM ISTO TOMAREM CONTA DOS SEUS ADOLESCENTES, SENDO QUE ESTA ATITUDE ENVOLVE RENUNCIA, MUITA RENUNCIA. SE HOJE SOMOS MAIS ESCLARECIDOS, TIREMOS OS FATOS RUINS DOS ANOS ANTERIORes ( ANOS 60,50) ANOS 60, BANDIDOS ERAM HOMENS FEITOS . HOJE MENINOS (AS) VIRAM MARGINAIS E MENINAS ENTRAM NA PROSTITUIÇÃO MUITO CEDO ,VAMOS VER ONDE ESTÃO ESSAS MÃES, A MAIORIA DELAS ESTÃO TRABALHANDO , E OS FILHO DEIXADOS Á PRÓPRIA SORTE.AOS SENHORES DESTE PAÍS CABE GERAR MEIOS PARA MELHORAR.ENQUANTO O DIABO ESTÁ CUMPRINDO SUA VONTADE MATANDO OS HOMENS .(ADOLESCENTES) MENINOS (AS).

    • Maria José, concordo com sua indignação com relação ao deleixo que temos hoje e suas consequëncias na vida de tantas crianças. Acredito no entanto que os livros e o bolsa família são programas do Governo voltados justamente para atender a demanda de mães que precisam trabalhar para prover as necessidades básicas de seus filhos e filhas. Muitas dessas mães, nas décadas de 50 e 60 acabaram dando seus filhos e em muitos casos colocando-os em situações de semi-escravidão e abandono. Hoje, crianças pobres tem a garantia de vaga nas escolas. Agora falta garantirmos uma educação de qualidade pare eles. Lamento com você a situação de milhares de adolescentes precocemente envolvidos no mundo do crime!

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