Um caminho para vencer a dependência virtual
Por Jean Francesco
Uma pesquisa feita pelo Ibope constatou que 95% dos adolescentes que vivem em grandes centros urbanos se dizem “viciados” em tecnologia. Indo direto ao ponto, é como se esse dado estivesse nos dizendo que é quase impossível ser um jovem entre 12 e 25 anos e viver sem celular ou conectado à internet.
Os números não variam tanto no que diz respeitos aos jogos virtuais. Uma pesquisa feita com adolescentes em Ontario, no Canadá, concluiu que pouco mais da metade dos adolescentes entre 13 e 16 anos jogam ou já jogaram “games”, principalmente os violentos. O grande lance da pesquisa foi descobrir que aqueles que gastam muito tempo jogando esse tipo de game (mais de 3 horas por dia) tem fortes tendências antissociais, isto é, tem dificuldades com os relacionamentos “reais”.
O estudo destaca que muitos adolescentes podem jogar esse tipo de jogo e não desenvolver nenhuma mudança de comportamento. A questão varia na qualidade dos relacionamentos e na quantidade de horas jogadas pelo adolescente/jovem. De fato, é quase um milagre passar mais de 3 horas por dia jogando jogos violentos e, ao mesmo tempo, conseguir ter relacionamentos sociais profundos.
Quando olhamos para tudo isso a partir da perspectiva cristã, precisamos agir com sabedoria. De um lado do extremo, alguns afirmam: “jogar vídeo game é pecado; jogos violentos, pior ainda. É uma fábrica de monstros que sairão matando por aí!”. Por outro lado, alguns suavizam muito a questão: “É só um jogo, não há problema nenhum, o mundo virtual não interfere muito na vida real, a violência só acontece nas telas e não na convivência real do jogador”. Continue lendo →