Por Daniela Piva

Algumas semanas atrás eu tive uma semana de aula que mexeu profundamente com minha vida, minha fé e meu propósito.

Foi uma semana estudando mais sobre Islamismo e escutando histórias de homens e mulheres que dedicaram suas vidas para que aqueles que nunca o ouviram ouçam-no. Ouçam que o Salvador chegou, Ele veio e continua à porta de nossas vidas até o deixarmos entrar. E há poucos dias que estamos de comemorar o natal, o nascimento da pessoa mais importante que já existiu, eu me percebo lembrando do que ouvi naquela semana.

Enquanto escutava as aulas, acho que o que eu não estava esperando era chegar ao entendimento de que eu continuo precisando deixar o senhor Jesus entrar no meu portão todos os dias. Continuo precisando encontrar seu olhar de amor a cada hora. Porque cada minuto que passo da minha vida sem me lembrar de seu olhar, mais longe dele vou ficando.

Os métodos e as falas desses homens e mulheres não pareciam com outros que eu e você já teríamos ouvido. Eram coisas tão simples, mas ao mesmo tempo tão profundas. Não é assim o reino dos céus, afinal? Daqueles que se fazem como crianças? Daqueles que são puros de coração e que compartilham do pão juntos, compartilham do chá, dos sorrisos e de lágrimas.

Pra mim, esses homens e mulheres se tornaram uma inspiração. Isso foi o que eles mais fizeram, se fizeram como crianças, crianças que não têm preconceitos, que não olham a cor da pele, a vestimenta, o boletim de notas, a conta bancária, a perfomance no trabalho, a vida religiosa.

Não, para os que são como crianças, todos que se arrependem e O encontram ganham um lugar à sua mesa. Que notícia mais linda!

Então eu oro para não me esquecer de uma história que espero ficar gravada até Ele voltar.

Essa mulher muçulmana achava que Jesus era muito distante dela, “muito ocidental”, ela disse, como se Ele não se importasse com a sua história, sua família, sua vila, sua comunidade.

Mas naquela noite, ela teve um sonho. Um sonho em que Jesus a esperava ao portão de sua casa, e seus olhos cheios de amor a disseram que ele sabia tudo de sua vida, e que se ela quisesse, ele poderia morar junto com ela em seu coração.

Assim uma mulher encontrou o amor de sua vida, e eu fico me perguntando o tanto que eu preciso me encontrar de novo e de novo com o nosso, com nosso Jesus e Salvador. Que eu nunca me esqueça de seu nascimento, de sua vinda, seu sacrifício, e principalmente de seu olhar de amor, e não só não me esqueça, mas que eu o tenha, que eu olhe com seus olhos e ame com seu coração.

Que eu seja também como criança. Que nesse Natal o menino Jesus nos encontre sentados à mesa com aqueles que precisam. Que nossos corações sejam mais sinceros que nossos lábios.

Que a vida seja mais do que as regras da religião. Que a vida seja celebrada. Afinal, você vive, Jesus veio!

  • Daniela Piva é psicóloga. Filha do Criador. Psicodramatista. Viajante do mundo por chamado e paixão. Escritora e Artista amadora. Curiosa e questionadora. Cozinheira por hobby. Aprendiz da vida. Em busca de uma vida mais saudável de corpo, alma e espírito. Texto publicado originalmente em seu blog pessoal.

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