Por Nathasha Lemos Borges

O Dia Nacional da Consciência Negra foi criado para lembrar e comemorar as contribuições africanas à sociedade e cultura de nosso país, assim como a sua luta e resistência. Foram mais de 300 anos de escravidão negra e são 131 anos de abolição da mesma. O Brasil ainda sangra pelo racismo e desigualdades raciais e de oportunidades que afetam os descendentes de escravos.

Isso fica evidente quando observamos que a maioria dos brasileiros em condição de pobreza são negros; são os mais expostos as situações de violência e homicídio, além de maior parcela dos presos no sistema penitenciário nacional; são o grosso entre os desempregados e os sem acesso à educação; são os principais moradores das periferias das grandes cidades; a maioria das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social é formada por negros e pardos.

Aos negros, também, estão associados estereótipos racistas – herança de um pensamento europeu e eugenista – que os coloca como inferiores, menos capazes, mais propensos à criminalidade. Isso acontece quando um dos irmãos de nossa comunidade, por sua cor, é taxado de ladrão e visto como uma ameaça quando está apenas parado em frente ao prédio da namorada para buscá-la. Ou quando uma de nossas irmãs é vigiada constantemente pela funcionária de uma loja ao tentar fazer a compra de uma roupa (diferente da postura com outros clientes).

Entretanto, o que o Evangelho tem a dizer sobre isso? Gênesis relata a perfeita criação da humanidade à semelhança de seu Criador (Gn 1.26-27). Negro, pardo, branco, amarelo, indígena, homem, mulher. Todos e todas criados à semelhança de Deus. Porém, com a queda, o pecado adentrou o mundo e com ele o racismo, o preconceito, e todas as formas de desigualdades que são contrárias aos desígnios de Deus.

Somente o sangue de Cristo tem poder para nos libertar de nossos pecados, restaurar nossa comunhão com Deus e uns com os outros. “Cristo é tudo que importa, e ele vive em todos” (Co 3.11). De modo semelhante, somente o evangelho da reconciliação pode curar o Brasil do racismo e de suas desigualdades.

  • Nathasha Lemos Borges, 26. É natural de São Paulo. Chegou em Viçosa em 2016 para cursar História na UFV e desde então congrega na Igreja Presbiteriana de Viçosa. Foi estagiária na Ultimato e é reconhecida por ter uma bela voz.
  1. É notório que haja racismo de uma ínfima parcela da sociedade, mas os negros não são maioria nestes quesitos porque são negros apenas. Generalizar a todos como racista não é inteligente. Isso ocorre pelo inconsciente coletivo. As pessoas desconfiam mais dos negros por que são os que mais veem nos telejornais sendo presos por diversos crimes e isso não ocorre por serem negros, mas porque são maioria no país. Porém nunca ouço dizer que são os melhores esportistas, músicos e cantores de primeira. Quando se diz que alguém é racista deve-se dar o nome da pessoa ou grupo, pois generalizar além de mentira é injusto. Não sou racista, tenho diversos amigos e irmãos negros em sua maioria e são os melhores músicos com quem já toquei.
    Como disseste há muitos ocupados com o sincretismo religioso africano, notoriamente contrário à Bíblia e isso afasta a sabedoria e a benção de Deus. O que se precisa é Jesus nessa nação e senso de unidade junto ao Pai.

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