Por Daniel Theodoro

Pertenço ao seleto grupo de gente que tem ideias brilhantes debaixo do chuveiro na hora do banho. A maior parte dos pensamentos vai para o ralo. Outra parte significativa nunca é concluída porque devaneios costumam ser longos, e banhos precisam ser curtos. Mas há aquelas teorias que podem ser desenvolvidas em cinco minutos entre uma ensaboada e outra.

Pautado pela atual agenda política brasileira, meu último brain-shower-storm resultou em uma proposta de solução para nossa crise. Sim, achei uma saída, caro leitor! Trata-se do Bolsa-Bíblia, um programa de transferência de esperança para a população que vive abaixo da linha de qualquer perspectiva.

Há algum tempo vive-se próximo à miséria da descrença no Brasil. Desde as manifestações de 2013, parece que todo dia é um novo 7×1. De lá para cá, o brasileiro perdeu a perspectiva em função de impeachment, ocupação escolar, dólar a R$ 4, calamidade financeira decretada por estados, maior taxa de desemprego já registrada pelo IBGE, greve dos bancários, tragédia de Mariana, diárias denúncias de corrupção, parcialidade no STF, epidemia de dengue, Zika vírus, aumento na conta de luz, rumores de intervenção militar, greve de caminhoneiros e pior seca no nordeste em mais de 50 anos.

Soma-se a tudo isso o fato de que o brasileiro está de mau humor. Para 72% da população, a situação do país piorou nos últimos dois anos, segundo pesquisa Datafolha publicada no início do mês de junho. Apesar de tudo, o pulso do brasileiro ainda pulsa, embora tenha sido mais difícil passar a enxergar o copo meio cheio porque desde 2014 falta água uma vez que ainda enfrentamos a pior crise hídrica nacional.

Talvez por estar tomando banho mais curtos há quatro nos, a ideia de proposta suprapartidária do Bolsa-Bíblia não tenha tido tempo para ser desenvolvida antes e só veio à cabeça na semana passada diante da confirmação dos nomes presidenciáveis para a futura vaga no poder executivo.

Sem querer partir para a análise política – não sou cientista político, nem afiliado partidário, nem motorista do Uber -, acho que nenhum deles oferece aquilo de que o brasileiro mais precisa no momento: esperança! Por outro lado, acredito na Bíblia. Ela sempre deu esperança à gente descrente.

Por isso, com o único objetivo de incentivar a leitura, o estudo e a meditação na Palavra de Deus antes da tomada de qualquer decisão importante, o Bolsa-Bíblia segue a linha de pensamento de que há tempo de abraçar um candidato e tempo de afastar-se de abraçá-lo; tempo de arrancar ideologias políticas frustradas enraizadas no coração e tempo de semear o Evangelho Puro e Simples em nossa agenda política diária; tempo de subir num palanque para falar e tempo de se calar para escutar o que o Espírito Santo tem a dizer sobre nossas decisões na esfera política. Somente um compromisso fiel com a leitura suficiente e satisfatória da Palavra de Deus pode transferir esperança a corações exauridos, apenas a Escritura Sagrada tem poder para dar um novo tempo a uma nação historicamente regida por corações corruptos.

Quem sabe a tão esperada e fundamental reforma política necessária para a garantia do funcionamento institucional brasileiro comece, antes de tudo, com um movimento reformista da comunidade cristã evangélica brasileira que rejeite indicações políticas pouco condizentes com a Palavra de Deus e apadrinhamento de candidatos interessados na expansão de seus próprios reinos em detrimento do Reino de Deus.

Somente a Escritura, nada além dela, é suficiente para o início do processo de resgate de esperança nacional, uma iniciativa urgente para a reconstrução do país. Brasileiros e brasileiras, lembrem-se de que a verdadeira esperança não está em uma urna eletrônica, mas sim no Livro Sagrado inviolável, inerrante e imprescindível ao ser humano.

  • Daniel Theodoro, 33 anos. Cristão em reforma, casado com a Fernanda. Formado em Jornalismo e Letras.
  1. Bolsa Bíblia?
    Estou até agora tentando entender o seu texto.
    A sua proposta ficou no ar, e mesmo que eu me agarre ao título não faz sentido nenhum, pois nem se quer vc conseguiu fundamentar com o contexto apresentado.
    Me desculpe, péssimo texto.

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