Cerca de 70 milhões de jovens estão desempregados neste ano em todo o mundo, de acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esse número representa mais de 35% da população desempregada, e a OIT estima que o volume do desemprego juvenil deve aumentar em mais 200 mil em 2018, atingindo um total de 71,1 milhões.

Globalmente, houve um aumento considerável nas taxas de desemprego entre a juventude de 2010 a 2016 no norte da África, nos Estados árabes e na América Latina e Caribe, enquanto as melhorias nos mercados de trabalho juvenil aconteceram na Europa, na América do Norte e na África subsaariana.

Em 2017, 39% dos 160,8 milhões de jovens trabalhadores no mundo emergente e em desenvolvimento vivem em pobreza moderada ou extrema, ou seja, com menos de 3,10 dólares por dia.

Atualmente, mais de dois em cada cinco jovens na força de trabalho estão desempregados ou estão trabalhando enquanto continuam na pobreza, uma realidade impressionante que afeta sociedades do mundo todo.

Para muitos deles, presente e futuro estão na economia informal. Três em cada quatro jovens mulheres e homens empregados estão no emprego informal, em comparação com três em cada cinco adultos. Nos países em desenvolvimento, essa proporção chega a 19 em cada 20 jovens mulheres e homens.

O desafio do emprego juvenil não é, portanto, apenas sobre a criação de emprego, mas também — e principalmente — sobre a qualidade do trabalho e empregos decentes para a juventude.

“Lidar com esses persistentes desafios sociais e do mercado de trabalho enfrentados por jovens mulheres e homens é crucial, não só para alcançar um crescimento sustentável e inclusivo, mas também para o futuro do trabalho e a coesão social”, disse a diretora-geral adjunta para políticas da OIT, Deborah Greenfield.

Tendências de trabalho entre os jovens

– Os setores com algumas das maiores taxas de crescimento de emprego juvenil na última década incluem finanças, comércio e saúde;

– Os jovens são relativamente mais fluentes em tecnologia do que os trabalhadores mais velhos e aproveitam isso cada vez mais para ganhar a vida;

– Houve um declínio na busca por capacidades de nível médio, enquanto a procura por trabalhadores altamente qualificados está crescendo;

– Cada vez mais os jovens à procura de emprego e os empreendedores recorrem à Internet, à economia sob demanda das plataformas digitais, conhecida como gig economy;

– Os jovens muitas vezes iniciam suas vidas profissionais em empregos temporários, sabendo que talvez nunca consigam conquistar “segurança no
trabalho”;

– Quanto mais tempo uma pessoa jovem estuda, menor é o tempo de transição para o emprego.

Com informações de ONU Brasil

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