Por Lucas Peterson Magalhães

Você já viu essa série nova que lançou na Netflix?

E a última temporada de Game of Thrones? (Pode substituir por qualquer outro título de sua preferência, em inglês fica mais legal: E a nova temporada de The Walking Dead, de House of Cards, de How to Get Away with Murder, de Dear White People?)

Não acredito que você não assistiu a este filme. Foi indicado ao Oscar, levou Globo de Ouro e o kikito no Festival de Gramado!

É sério, você tem que ir nessa hamburgueria. Tá na lista das 14 melhores de São Paulo. É o melhor hambúrguer do mundo!

O quê? Você nunca ouviu Belchior? Nem Liniker? Nem aquele álbum de bossa nova do Miles Davis, lançado em 1963? Em que mundo você vive? Já pro Spotify!

E aí, quando é que sai esse casório? E os filhos? Os cachorrinhos? E a pós? A casa?

Eu poderia criar mil outras frases como estas, mas acho que já é o suficiente para demonstrar as diversas exigências cotidianas.

Esse é o mundo no qual a gente vive. Todo dia são milhões de notícias, tweets, posts, snaps, que parecem ser imprescindíveis hoje e para os quais ninguém liga mais amanhã ou depois.

E assim vamos caminhando. Sem querer, nos tornamos “essa pessoa”. Que não apenas corre atrás deste currículo inalcançável, mas exige um nível ainda mais elevado de seus pares. É quase uma condição de sobrevivência.

A boa nova do dia é: não precisamos ser, parecer, ter, ouvir, ler ou saber disso tudo.

A boa nova é lembrar de que para um certo alguém não interessa o que tenho a oferecer, nem o quão culto ou informado eu sou, nem quais são minhas conquistas, nem minha ausência de conquistas. Não preciso fazer tipo, só ser eu mesmo, só ser quem nasci pra ser.

A boa nova é saber que existe um alguém com quem dividir a caminhada, um lugar para depositar o fardo, um porto seguro para, antes de tudo, se encontrar.

Há boa nova! Hoje, isso é tudo que eu preciso saber.

  • Lucas Peterson Magalhães, 26 anos. Formado em Direito, participa da Comunidade Evangélica em São Bernardo do Campo (SP).
  1. Ricardo Gonçalves Libaneo

    Só para eu entender… esse é um artigo cristão para jovens cristãos? A base não deveria ser a Bíblia? Esse artigo ficou parecendo um conselho superficial, que poderia ser dado por um ateu, muçulmano ou satanista. Como esse problema das exigências afeta nosso propósito de glorificar a Deus? Qual é o conselho bíblico para o jovem cristão? Como o evangelho é a boa nova, que traz alívio dessas pressões? Enfim, só preocupa com a Bíblia sendo deixada de lado, e por consequência, o evangelho. (II Tm 3.16-17, e especialmente Sl 119.9 para esse site específico para jovens)

  2. Leandro Soares Bicudo

    Olá Lucas, muito obrigado pois o seu texto veio abrir os meus olhos mente e coração; pois estava dentro deste “circulo”.
    “então me faça alguém real pois o teu amor é real” parafraseando Palankin – bonecos de plástico.

  3. Rosana A R de Oliveira

    “Não preciso fazer tipo, só ser eu mesmo, só ser o que nasci pra ser”. Amei!!!!
    Maravilhoso, esse texto!
    Leve!!! Deixa a gente leve!
    Parece que estou ouvindo vc falar!

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