Conteúdo de “Mais na Internet” da revista Ultimato 365

Por Jacqueline Meireles

1.

Defina a “Teoria da Mudança” (Theory of Change) de seu projeto: muito utilizada pela Unicef, a Teoria da Mudança é basicamente uma descrição e uma ilustração sobre como e porque uma mudança ocorreria em um determinado contexto. A ideia é, a partir da mudança final desejada, decompor esta meta em condições que devam ser atendidas para que a mudança ocorra no longo prazo. A partir deste mapeamento, ficam, então, mais claras as intervenções necessárias e seus pontos de controle, para que o projeto cumpra seu propósito. Mas atenção: não podemos definir a Teoria da Mudança para a população-alvo. É de extrema importância ouvir e considerar os anseios dessa população – caso contrário, corremos o risco de construir algo que vai na contramão de seus interesses.

2.

Defina o escopo de atuação de seu projeto detalhadamente: a partir da definição da sua teoria da mudança, você deve trabalhar na definição e priorização do seu trabalho de intervenção (o escopo). Este deve ser sempre definido levando em consideração as expectativas da população atendida, dos potenciais doadores e de seus potenciais voluntários. Lembre-se de que um projeto social existe para servir à sociedade, e buscar um denominador comum entre esses três atores é fundamental para a longevidade de seu projeto.

3.

Planeje seu orçamento: pense que seus doadores estão investindo em seu projeto de transformação do mundo. Apresente ao contribuidores em potencial não somente o que você quer transformar, mas também quanto isto custará, em detalhes, e como você pretende conseguir todos os recursos de que precisa para que seu planejamento se torne um sucesso. Antes de apresentar o orçamento, verifique se ele compreende todas as requisições do escopo. Caso algo não tenha sido considerado, tenha em mãos os motivos pelos quais eles não serão atendidos neste momento.

4.

Defina prazos: evite a procrastinação. Definir prazos, validar se eles são factíveis e alinhar as expectativas são vitais para manter o envolvimento de cada interessado no projeto (comunidade, voluntários e doadores). Verifique também se as atividades delegadas a diferentes pessoas estão interconectadas; quando isso ocorrer, garanta que ambas as partes mantenham uma comunicação ativa durante a execução das tarefas.

5.

Comunique-se: 80% do trabalho de um líder é permanecer disponível. Comunicação é muitas vezes estar disposto a ouvir o que o outro tem a dizer e a oferecer. Quando falar, tenha coesão e objetividade; muitas pessoas não contribuem por não receberem uma mensagem suficientemente clara de que algo é necessário. Por fim, busque o canal de comunicação mais efetivo com sua audiência: fale a língua deles.

6.

Comunhão: projetos sociais são difíceis! Busque líderes como você, à frente de projetos sociais, pois eles diariamente enfrentam dificuldades muito similares às suas, e há muito o que compartilhar sobre o tema!

7.

Lembre-se: “Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.” – Josué 1.9 (NVI)

(As dicas foram redigidas por André Dumont, presidente do Projeto Soprar.)

Como contribuir com o Projeto Soprar

Voluntariado: Nossas oportunidades de voluntariado são constantemente divulgadas em nossa página do Facebook. Solicitamos aos candidatos que preencham um formulário com informações básicas para que possamos entrar em contato.

Contribuições Financeiras:
Nome: Associação Projeto Soprar
CNPJ: 23.399.024/0001-60
Banco do Brasil
Agencia: 6503-X
Conta Corrente: 4140-8

• Jacqueline Meireles tem 26 anos, é psicóloga e coordenadora da área de cuidado integral do projeto Soprar, um projeto educacional desenvolvido em Campinas (SP), desde 2012.

Confira fotos do projeto Soprar:

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