Por Camila Nogueira

Foi ao som de “Minha Pequena Luz”, com o grupo Arte de Transformar, que o último Celebra Vocare começou na noite de ontem, sábado (23), e animou os jovens participantes, no ginásio da Unicesumar em Maringá (PR).

Com muitos jogos de luzes, animação e criatividade, o grupo ADT levantou o público no início da celebração, com direito a danças, músicas com tambores, e até mesmo fogo e faíscas. Ao final da apresentação, a palavra Jesus podia ser lida nos tambores da equipe.

De muitos, um

Os testemunhos da noite ficaram com Ricardo Poquiviqui Terena e Henrique Terena, nativos da etnia Terena em membros do Conselho Nacional de Pastores e Líderes Indígenas Evangélicos (Conplei). Ricardo não escondeu a emoção ao falar da realidade indígena hoje no Brasil, lembrando que no começo da história do país havia cerca de 6 milhões de índios, e hoje em dia apenas 800 mil.

Ricardo contou sobre como a evangelização dos povos indígenas tem ocorrido e fez o público refletir com palavras fortes: “Algumas pessoas acham que elas não têm chamado para trabalhar com indígenas. Mas elas deviam se lembrar, que antes de ser chamado para um grupo específico, somos chamados para compartilhar a salvação com todas as pessoas”.

Henrique Terena falou sobre o Conplei Jovem, um encontro para jovens indígenas. Ele contou que em edição passada o congresso chegou a reunir 1800 jovens de diferentes etnias. Ele convidou todos os presentes para comparecerem ao próximo Conplei.

Ao final do testemunho, Ricardo, de maneira simbólica, colocou um cocar na cabeça de Rodrigo Gomes, líder do Vocare, simbolizando a unidade da igreja. “Nós somos todo iguais. Que possamos caminhar juntos”, afirmou.

O evento termina, mas o Movimento continua

Foi a vez de José Libério, da Toca do Estudante, trazer momentos de reflexão e desafios. “Eu sou Vocare”, fez o público falar em coro. “E sabe o que isso significa? Eu sou chamado”, afirmou. Libério ressaltou mais uma vez a mensagem de que todos têm uma vocação, um chamado.

Ele contou também um pouco da sua história e sobre como Deus revelou seu chamado e missão. “Eu entrei numa luta, levantei bandeira de partido, achando que quando nosso país elegesse um presidente, as coisas mudariam. Nós elegemos, e nada mudou. Então eu resolvi ser padre, porque as pessoas gostam de religiosos, e eu queria fazer a diferença. No seminário eu levei uma rasteira do Senhor. Ele falou comigo e disse que ia transformar meu coração de pedra em carne”, contou emocionado.

José chamou atenção para a paciência de Deus e a maneira com que Ele nos revela sua vontade. “Para fazermos diferença, temos que andar com aquele que foi diferente. A glória do Deus eterno nos foi oferecida, e mais importante: Ele nos aceitou, e repartiu essa glória conosco”, afirmou.

Em um momento de apelo e oração, Cassiano Luz relembrou três valores do Movimento Vocare: todos somos vocacionados, todos somos iguais e alguns são chamados para funções específicas. Ele também destacou aos participantes que “o Vocare não acaba hoje. Ele começa”.

O melhor está por vir! Sê Valente.

Após o apelo, Weslley Silva, um dos coordenadores do evento, anunciou oficialmente o Vocare 2017. Os jovens aplaudiram animados após a confirmação do encontro, que deve acontecer nos dias 21, 22 e 23 de abril. Weslley enfatizou: “o melhor ainda está por vir”.

Depois das reflexões e tantos desafios, o encerramento da última noite do Vocare2016 ficou por conta do som de Marcos Almeida. O jovem que decidiu levar a sério sua vocação, mas ainda tem dúvidas e medo sobre os próximos passos, pôde cantar e ouvir em alto e bom som: “O medo se vai quando ouço a voz do alto a me dizer: Sê valente, Sê valente!”.

• Camila Nogueira é estudante de jornalismo e integra a equipe comunicação da Ultimato no Vocare2016.

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