Neil Barreto na primeira noite do Vocare 2016

Neil Barreto na primeira noite do Vocare 2016

Por Amanda Ameida

Com animação e disposição próprias de quem trabalha com adolescentes, Raul Ferreira e seus amigos foram os primeiros a descer da arquibancada para dançar ao som da música no ginásio da Unicesumar, em Maringá (PR), na primeira noite do Vocare 2016.

Raul, de 25 anos, veio de Campinas (SP) a convite de um amigo, que havia participado da Vocare 2015. Ele faz parte da Missão JOY!, que tem como foco a evangelização de adolescentes entre 13 e 17 anos, e se inscreveu no Vocare 2016 com o desejo de ter contato com outras experiências no trabalho missionário.

As primeiras experiências que ele ouviu foram os relatos do Pr. Faruk, iraquiano que atua no contexto da igreja perseguida no Oriente Médio. Na visão do pastor, a perseguição tem trazido milhões de pessoas a Deus. Através da perseguição, “corações, antes duros, foram abertos, a fé foi aperfeiçoada, sentimentos foram apurados”, disse.

Após louvor com a TS Band, do Instituto TeenStreet Brasil, a palavra ficou por conta do pastor Neil Barreto, que relatou como passou por uma crise ao perder o foco em sua vocação no início de seu ministério. “A minha vocação mal desenvolvida estava me matando”, admitiu, e acrescentou que a crise se acentuava por causa da sua performance no púlpito em busca de aceitação.

Para Barreto, vários jovens “não sabem qual o seu lugar no corpo, não sabem o que Jesus quer deles”. E sua resposta foi simples: nossa vocação é amar. E quem está tentando encontrar sua vocação não precisa buscar saber o que fazer, precisa ser.

Através da reflexão sobre a parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37), a exposição de Neil abordou a identidade do discípulo, que não tem a ver com o lugar para o qual vamos, mas o que fazemos no caminho. Ser alguém vocacionado é ser alguém que descobriu quem é, e o é. “Posso fazer um milhão de coisas para Deus, mas se não faço aquilo para o que eu nasci, me sinto inútil”, concluiu.

Mas se a vocação do cristão é amar e existem tantos cristãos em nosso país, como não vemos esse amor escorrendo pelas ruas? Segundo Neil Barreto, um dos motivos é nossa relação rasa conosco mesmos: “perdemos de vista o valor da reflexão e da quietude”. O pastor concluiu a pregação lembrando os conferencistas de Salmos 46:10: “aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”.

Em meio à extensa lista de atividades do Vocare 2016, os participantes podem se dedicar à oração no Quarto de Guerra e à leitura bíblica ininterrupta até o fim da programação. Você pode acompanhar o Vocare 2016 em vocare.org.br/aovivo

• Amanda Almeida é jornalista e integra a equipe de comunicação da Ultimato no Vocare 2016.

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