Por Jeverton Ledo

Jovem_19_08_15_Prisões_mãosO silêncio, o quarto, os pensamentos e as divagações que querem romper o aprisionamento interior. Vivemos em gaiolas?

Interessante que nosso discurso é o de que somos livres, e vivemos a liberdade como pássaros que se lançam pelos céus.

Deparo-me com uma realidade bem diferente: pessoas encarceradas e prisioneiras de si mesmas, sonhos arquivados em estantes de aço enferrujado, um certo medo de se analisar, como em um mergulho no mar profundo – o seu próprio eu.

Estamos em meio a boicotes existenciais? Não sabemos para onde ir e o que fazer?

Cada vez mais nos deixamos ser massacrados por pressões, horários, cumprimentos de agendas cada vez mais apertadas e, o pior de todos, o pavor do “não posso falhar”.

Não!! Não!! Por que é cada vez mais difícil encarar o não sei, não posso, não curto, não quero ser assim? Por quê?

Onde vive essa tal liberdade, se nosso interior está trancado a sete chaves e sigo minha jornada buscando uma aceitação que está fadada a ficar pela estrada?

Em minha autoanálise, percebo que é tempo de quebrar as correntes, esvaziar a mochila pesada e – por que não? – ressignificar esse estilo de vida moldado por padrões estereotipados, mesclados em preconceitos, pré-análises, discursos cheios de verdades pessoais e incoerências vestidas de experiência.

Desconstrua, liberte-se! A vida não pode ser recriada, mas deve ser vivida e vivenciada na perspectiva da restauração do elo que foi quebrado.

Ao encararmos que quebramos, estamos quebrados e distanciados da essência do ser criado, a distância se encurtará, permitindo assim um experimentar o aprendizado, com um passado não mais aprisionador, um futuro que gera esperança e o passeio pela plenitude do presente.

 

  • Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e pastor de jovens.

 

Imagem: Many Hands/Freeimages

  1. Excelente artigo Magrão! Precisamos mesmo tirar um tempo para fazer esse “mergulho” e nos permitir viver quem realmente queremos ser.
    Seus textos me inspiram muito!
    Grande beijo, com muitas saudades!

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