Por Jeverton Ledo [Magrão]

pierrotPara nossa alegria mal começamos mais um ano e um longo feriado nos espera. Viagens, amigos e, para muitos que se retiram do barulho e das nuvens cinzas de poluição, até mesmo outra “atmosfera”. Jovens e adolescentes de diferentes comunidades e igrejas estão de malas prontas para o tão planejado e aguardado acampamento de carnaval. Antes da saída temos o pré -acamp, um “esquenta as turbinas” para esses dias onde tudo parece tão diferente.

Sempre me intrigou as coisas que acontecem durante esses quatro ou cinco dias “mágicos”. São dias que nos enchem de uma força tão grande. Parece que na volta seremos capazes de vencer tudo que vier como obstáculo que impeça o prosseguir nessa estrada da vida.

Você pode se perguntar se esse texto é um desabafo, ou uma crítica. Olho com outra perspectiva. A perspectiva da preocupação do dia seguinte, ou melhor, da continuidade da nossa caminhada. Nesses dias nos embriagamos de emoções, sentimentos, renovamos votos, nos reencontramos, juntamo-nos em grupo em uma clara demonstração das necessidades que gritam em rostos juvenis.

Por vezes pensei como seria bom se isso não terminasse numa quarta-feira de cinzas. Se ao invés de voltarmos, simplesmente nos fosse permitido continuar ali, na espera daquele grande dia do nosso resgate.

Tenho certeza que você já pensou assim. Felizmente, a volta, o “pós” nos espera. Fica a pergunta: o que faremos ao retornar?

Corremos para nos manter animados, cheios de esperança e certos que agora tudo será diferente. Será possível? Para muitos essa força parece ir se esvaindo em dias, ou semanas. Será que o confronto com a realidade de um mundo carente nos abate, e nos vemos novamente impotentes? O pós tem muito a nos ensinar. Onde você estiver nesses dias, aproveite para ter um encontro real e pessoal na perspectiva correta que mais do que a ida, a volta é mais importante. Fica a reflexão, e que cada um compreenda que os outros 300 e tantos dias são um constante desafio de prática do amor, paciência e esperança.

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Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e capelão escolar.

  1. Com exceção dos últimos anos sempre fui participante dos acampamentos de carnaval onde os dias de plena comunhão são realmente mágicos….E em todas as vezes me questionava: Será possível um retorno diferente? Como vai ser daqui para frente?
    Acredito que nosso grande desafio para o Pós Carnaval e Pós Acampamento é cultivar essa “atmosfera” em nossas vidas com um buscar insaciável da presença de Deus, um olhar diferente para a sociedade que tanto necessita de uma mensagem viva e transformadora, um envolvimento com a missão da Igreja de Cristo, um olhar atento as necessidades do próximo, um viver em unidade na diversidade com nossos irmãos. Que Deus nos ajude.

  2. Nosso acamp será em Torrinha S.P como já acontece o AcampGer@ação desde 2007, nosso tema será “Venha como estás, mas saia transformado” nossa esperança e oração é que esse “pós carnaval” seja de uma verdadeira transformação de 130 adolescentes. Oremos por esses e por todos acampantes deste Carnaval!

  3. A paz. Tenho por certo que esses encontros são validos nos dia que vivemos hoje. Ganhamos um tempo precioso em relação a intimidade com Deus.Temos trabalhado a tempo com retiros como esses de carnaval, que alias foi onde recebi o chamado de Deus. Se não fosse o acampamento, estaria a frente de uma escola de samba, hoje pela Graça de Deus, ajudo a tirar jovens da badalação. Entendi o artigo e como pastor, quero ser usado por Deus, antes, durante e depois de acampamentos, encontros, retiros.A Ele a Glória.

  4. Advento do Espírito de Verdade
    5 – Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar os incrédulos que acima deles reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas. Eu revelei a doutrina divina; e, como um segador, liguei em feixes o bem esparso pela humanidade, e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis!”
    Mas os homens ingratos se desviaram da estrada larga e reta que conduz ao Reino de meu Pai, perdendo-se nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana. Ele quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, ou seja, mortos segundo a carne, porque a morte não existe, sejais socorridos, e que não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos que se foram, faça-se ouvir para vos gritar: Crede e orai! Porque a morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida, durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e desenvolver-se como o cedro.
    Homens fracos, que vos limitais às trevas de vossa inteligência, não afasteis a tocha que a clemência divina vos coloca nas mãos, para iluminar vossa rota e vos reconduzir, crianças perdidas, ao regaço de vosso Pai.Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não misturem o joio ao bom grão, as utopias com as verdades.
    Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!
    ESPÍRITO DE VERDADE
    Paris, 1860
    6 – Venho ensinar e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem sua resignação ao nível de suas provas; que chorem, porque a dor no Jardim das Oliveiras, mas que esperem, porque os anjos consoladores virão enxugar as suas lágrimas.Trabalhadores, traçai o vosso sulco. Recomeçai no dia seguinte a rude jornada da véspera. O trabalho de vossas mãos fornece o pão terreno aos vossos corpos, mas vossas almas não estão esquecidas: eu, o divino jardineiro, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos. Quando soar a hora do repouso, quando a trama escapar de vossas mãos, e vossos olhos se fecharem para a luz, sentireis surgir e germinar em vós a minha preciosa semente. Nada se perde no Reino de nosso Pai. Vossos suores e vossas misérias formam um tesouro, que vos tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas, e onde o mais desnudo entre vós será talvez o mais resplandecente.

    Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são os meus bem-amados. Instrui-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos ensina o objetivo sublime da prova humana. Como o vento varre a poeira, que o sopro dos Espíritos dissipe a vossa inveja dos ricos do mundo, que são freqüentemente os mais miseráveis, porque suas provas são mais perigosas que as vossas. Estou convosco, e meu apóstolo vos ensina. Bebei na fonte viva do amor, e preparai-vos, cativos da vida, para vos lançardes um dia, livres e alegres, no seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfeitos, e deseja que modeleis vós mesmos a vossa dócil argila, para serdes os artífices da vossa imortalidade.

    ESPÍRITO DE VERDADE
    Paris, 1861
    8 – Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que a suplicam. Seu poder cobre a Terra, e por toda parte, ao lado de cada lágrima, põe o bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua e encerram profundo ensinamento: a sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender estas verdades, em vez de reclamar contra as dores, os sofrimentos mortais, que são aqui na Terra o vosso quinhão. Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará a tranqüilidade de espírito e a resignação. O coração bate melhor, a alma se acalma, e o corpo já não sente desfalecimentos, porque o corpo sofre tanto mais, quanto mais profundamente abalado estiver o espírito.

    ESPÍRITO DE VERDADE
    Havre, 1863

    Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/o-evangelho-segundo-o-espiritismo/cap-vi-advento-do-espirito-da-verdade/#ixzz2Dj7BKtDS

  5. Estou no meio da organização de mais um retiro. Ontem fez 35 anos que me converti na mesma ocasião. Hoje já descobri que a vida espirtual deve ser ancorada no cotidiano, suportar a rotina e nela florescer. Então, agora na direção, procuro sempre diminuir as “expectativas” imediatistas, peço que aosairem guardem “o pouco que fica” mas transforma. Todavia não posso negar o clima “mágico’

  6. (complementando pois teclei errado) Todavia não posso negar o clima mágico, mas entendo que este acontece por conta da viabilização de um període fértil de comunhão extensa, algo que não ocorre na correria do dia a dia. Imagino que uma vez “pego o gosto” por esta comunhão “mágica”, os “acampantes” vão encontrar um jeito de pratica-la sempre.

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