Oi pessoal,

a seção Altos Papos desta edição da revista Ultimato trouxe um olhar cristão sobre a felicidade e, como continuação dessa discussão, publicamos hoje mais um texto sobre o tema. Quem compartilha conosco suas inquietações, dessa vez, é Matheus Ortega.

 

Em busca da Felicidade

Todos buscamos a felicidade, como uma das mais preciosas jóias na terra. Ser feliz – viver a mais plena alegria e sorrir diante de tudo. Mas a vida é dura, e muitos deixam de viver para sobreviver.

Muitos desistem de sonhar para subsistir, e se enchem de responsabilidades que os fazem caminhar, mas nunca se encontram com a felicidade. Eu tive uma experiência que marcou minha vida. Encontrei-me com o sentimento mais puro e sincero que existe. Em um momento que parecia eterno, mergulhei em uma presença doce, que trouxe paz ao mais profundo de meu ser. Senti em alguns minutos algo que vale mais que anos de existência; uma felicidade plena, que parecia transbordar por todos meus poros.

Experimentei uma presença que me fez sentir completo, com uma paz que o mundo não pode dar. Mesmo que o mundo desabasse, meus lábios sorririam, meu coração estaria tranqüilo. E então me perguntei: como posso sentir isso para sempre, e transbordar esta felicidade aonde quer que eu esteja?

Como posso acordar de manhã, trabalhar para me sustentar, lutar para conquistar e ser completamente feliz com minha vida?

Este menino mal tem onde dormir ou o que comer. Ele tem muito menos do que qualquer um de nós em bens materiais. Mas ele é feliz. Eu o vi sorrir tantas vezes, sem razão, sem sentido. Não sei explicar porque na Suécia tem o maior índice de suicídios no mundo e no Haiti as pessoas brilham de alegria. Mas sei que em qualquer lugar, Deus quer que vivamos uma vida cheia de paz, alegria e amor.

O Haiti é o país mais pobre do Hemisfério Ocidental, e eu pude ver com meus próprios olhos o que o terremoto, a corrupção, a miséria podem fazer com o ser humano. O sofrimento que vi neste país é incomparável a qualquer sofrimento que já tive. Famílias soterradas sob os escombros, crianças morrendo de fome, uma geração quase que destinada à miséria pela falta de oportunidades.

Mas mesmo assim, eles sorriem. E nós somos mestres em murmurar.

Me recordo desta passagem que nos incentiva a viver uma vida de alegria enquanto somos jovens:

“Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade…”
(Eclesiastes 11:9)

Nós vamos ter aflições neste mundo, pois o caminho da salvação é estreito e não estamos isentos de sofrer. Todos vamos sofrer neste mundo, e esta é uma das poucas certezas que existem na vida. Mas quando nos deparamos com a doce presença de nosso Criador, podemos desfrutar de uma felicidade plena, como nenhuma outra.

Eu aprendi uma lição que mudou minha vida:
Devemos sempre buscar ser simples como uma criança que ama sem saber o porquê, que existe sem questionar a razão das coisas e que vive o Reino de Deus sem medo de ser feliz.

Pois a felicidade consiste em ser como uma criança. E ser como uma criança é pertencer ao Reino de Deus.

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