Estima-se que mais de 100 milhões de cristãos no mundo sejam perseguidos. A Classificação de países por perseguição, compilada e divulgada anualmente pela Portas Abertas, aponta as 50 nações que mais perseguem o Evangelho. Desses, 2/3 do total e oito entre os dez primeiros são predominantemente muçulmanos. Acrescente a isso a convivência com leis que proíbem a troca de religião, acusações inventadas de blasfêmia, prisões absolutamente sem fundamentos, espancamento e até a morte.

Centenas de milhares de jovens têm se convertido a Jesus em países onde é praticamente impossível ser cristão. Quando se mantêm secretos, adiam um pouco seu sofrimento. Mas, quando cumprem a grande missão e pregam o Evangelho, começam os problemas. A família é um dos focos de perseguição. Jovens convertidos passam a conviver com a dualidade entre o amor que sentem por Jesus e o amor pelos membros da família, e a escolha que são obrigados a fazer. Muitos são forçados a escolher entre deixar Jesus e voltar à sua antiga fé ou sair de casa sem uma única peça de roupa, exceto a do corpo. Quando escolhem a Jesus, sabem que o “pão nosso de cada dia” será de fato provido pelo Senhor. Os jovens são deserdados, humilhados, espancados e expulsos de casa sem um único centavo no bolso.

Há centenas de testemunhos de jovens que vivem em países hostis ao Evangelho que optaram por “viver piedosamente em Cristo Jesus” e, portanto, “padecer perseguição”. A compreensão que têm desse versículo de 2 Timóteo 3:12 é mais séria do que podemos imaginar. Esses jovens esperam que a perseguição aconteça porque basearam sua decisão em viver piedosamente em Cristo Jesus.

Um exemplo é o jovem do Uzbequistão, Tohar Haydarov, um cristão batista de 27 anos que foi preso em janeiro deste ano, sob acusação de posse e distribuição de drogas. Em março ele foi condenado a dez anos de prisão. Tohar teve seu recurso rejeitado pelo Tribunal Regional, e o jovem foi transferido para um campo de trabalho em Qarshia, a 400 km de sua cidade natal. Cristãos, colegas e vizinhos insistem que ele é um homem bom e inocente e que a polícia forjou as provas porque ele se recusa a voltar para o islamismo. Uma campanha de cartas foi lançada pela Portas Abertas no mundo inteiro para encorajamento desse jovem. Participe e faça diferença na vida de um cristão perseguido. Acesse a página de apoio a este jovem.

Na Turquia, o Evangelho tem sido compartilhado de uma maneira bastante peculiar: por meio do testemunho de viúvas, órfãos e amigos de cristãos que foram assassinados. Perdoar os assassinos tem transformado vidas e deixado, nos últimos seis anos, uma nação turca boquiaberta por tamanha demonstração de amor. A Missão Portas Abertas tem ajudado esses jovens da Igreja Perseguida a perseverar por meio de orações, ajuda financeira e ministério de presença. Eles contam conosco para que suas histórias sejam recontadas e para que a Igreja brasileira conheça a dura realidade em que vivem.

Aqui no Brasil temos o ministério de jovens da Portas Abertas, o underground (www.underground.org.br), que em 2011 comemora dez anos. Todo ano, o ministério realiza o acampamento de simulação de perseguição, onde se pode conhecer um pouco do que é viver sob intensa pressão psicológica e física. A idade mínima para participar é 18 anos e não há limite máximo. Se você acredita que envolver-se com a causa da Igreja Perseguida enobrece e transforma o ser humano, tem, no mínimo, 100 milhões de pessoas no mundo aguardando sua ajuda. Seja um parceiro deles por meio da Missão Portas Abertas. Para conhecer mais, acesse www.portasabertas.org.br.

Enviado por Carlos Alfredo de Sousa, secretário geral da Missão Portas Abertas.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *