JS_22_06_16_relacionamentoEm 1 Timóteo 5.1-2 está claro que Timóteo era responsável por uma congregação mista, em se tratando de sexo, pois havia homens e mulheres, incluindo idosos e jovens. Portanto, a idade e o sexo das pessoas deveriam determinar a atitude de Timóteo para com elas. Falemos sobre as pessoas mais velhas primeiro. Timóteo talvez tivesse de admoestar pessoas muito mais velhas que ele. Nesse caso, ele deveria fazer isso como uma exortação e não como uma repreensão. “Não repreenda asperamente o homem idoso, mas exorte-o como se ele fosse seu pai.” Os membros seniores deveriam receber respeito por causa da idade e o afeto devido aos pais. Em outras palavras, ele deveria tratar os homens mais velhos como a pais e as mulheres mais velhas, como a mães.

Muitas vezes sou chamado de “tio John”, e há uma boa razão teológica para isto. Esta é minha autorização bíblica. Sinceramente, acredito que devemos reconhecer a lacuna de gerações na comunidade cristã. Às vezes, os estudantes em Londres se aproximam de mim e me chamam de “John”, mesmo quando não sei quem são e mesmo sendo mais velho que o pai deles ou, em alguns casos, o avô deles! Para mim, isto não é natural. É claro que reconheço que há um elemento cultural aqui, mas, nas culturas africanas e asiáticas, um jovem jamais sonharia em chamar uma pessoa mais velha pelo seu próprio nome, e os jovens sempre chamam os mais velhos de “tio”.

Usemos a própria geração de Timóteo. Ele deveria tratar os mais jovens como a irmãos, ou seja, amando-os e não os menosprezando, e deveria tratar as mulheres mais jovens como a irmãs, amando-as também, mas com absoluta pureza, e tomando as devidas precauções para evitar a imoralidade.

Portanto, a igreja local é uma família. Na igreja local há pais e mães, irmãos e irmãs. Os líderes cristãos jovens devem ser sensíveis a essas diferenças e não tratar a todos de igual modo, mas tratando os idosos com respeito, sua própria geração com igualdade, o sexo oposto com prudência e compaixão e todas as idades de ambos os sexos com o amor que une a família cristã.

Trecho do livro Desafios da Liderança Cristã, de John Stott. Editora Ultimato.

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