mandelaLeia: Filipenses 2.5-11

 

Embora fosse esperado, o informe oficial da morte de Nelson Mandela no dia cinco deste mês trouxe um sentimento de profunda tristeza e prostração ao mundo todo. Madiba, como os sul-africanos carinhosamente o chamam, estava morto.

Empresas de notícias se apressaram para transmitir a notícia e veicular matérias com o histórico dessa grande líder sul-africano. Os canais de televisão exploraram à exaustão o fato.

Mandela foi comparado a Gandhi e a Martin Luther King, entre outros. Sua luta contra o apartheid e pelos direitos dos negros de seu país durou décadas e o fez conhecido em todos os cantos da terra. A lucidez, a consciência de fazer política pelos desfavorecidos, e o espírito pacífico de Madiba inspiraram e ainda inspiram multidões.

No início de suas atividades, Mandela estava tomado por um espírito bélico, chegando a participar de ações armadas. Preso, passou 27 anos em reclusão, sendo libertado com 72 anos de idade. Atribui-se ao período de cativeiro a mudança de espírito em Mandela. A privação da liberdade certamente permitiu uma profunda reflexão a respeito dos destinos de sua nação e de como atuar para transformá-la.

Encarnação. Deus feito homem. O apóstolo Paulo reflete e afirma que Jesus Cristo “não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens” (Fp 2.6-7. Nova Versão Internacional).

A encarnação foi um profundo ato de humilhação. O Verbo, a segunda pessoa da Trindade, sendo Deus assumiu a forma humana com todas as suas limitações e viveu entre nós. E fez ainda mais. Tornou-se nosso servo. Jesus viveu sua vida visando servir-nos a ponto de caminhar para a cruz e sacrificar-se nela. Mas não foi o fim. Deus o ressuscitou e o exaltou a fim de que todos se dobrem, reconhecidos, diante dele.

Humildade, humilhação. Nelson Mandela tornou-se um grande estadista, entre outras coisas, por ter aprendido lições de humildade. Jesus, sem necessitar, resolveu fazer-se humilde e servo.

Paulo inicia o texto de Filipenses afirmando que devemos ter o mesmo sentimento de Jesus Cristo (v. 5).

Natal, tempo de alegria, tempo de celebrar a encarnação do Filho de Deus. Tempo de lembrarmos que devemos seguir seu exemplo. Amarmos os seres humanos para além das barreiras de cor, gênero, nacionalidade, status social, credo religioso. Tempo de sermos servos uns dos outros. Tempo de sermos discípulos de Jesus Cristo.

Ouça. Medite. Ore. Compartilhe este hino: “Nkosi Sikelel’ iAfrika” (Deus abençoe a Africa)   http://www.youtube.com/watch?v=vmv8FSlrStQ

João Leonel

 

PS:

Esta canção virou um símbolo da luta contra o Apartheid. A canção foi escrita em 1897 por Enoch Sontoga, professor de uma missão metodista. Foi escrito originalmente na língua isiXhosa. Parte desse hino cristão acabou sendo anexado ao hino nacional da

 

África do Sul.

O Senhor abençoa a África

Que seu espírito se eleve às alturas

Ouve suas orações

 

Abençoe-nos o Senhor.

Senhor, abençoa a África

Acaba com as guerras e as lutas

 

Senhor, abençoa a nossa nação

Nossa África do Sul.

Reverberando do nosso céu azul

De nossos mares profundos

Sobre as montanhas eternas

Onde o eco dos penhascos ressoa…

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