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Às vezes é bom revisitar o passado e reviver as marcas, os rastros deixados pelo caminho, o rumo dos pés. É claro que a paisagem não é a mesma, árvores se foram, amigos se foram. Como diz Walter Benjamin: “Nunca podemos recuperar totalmente o que foi esquecido. E talvez seja bom assim. O choque do resgate do passado seria tão destrutivo que, no exato momento, forçosamente deixaríamos de compreender nossa saudade” (Infância em Berlim).

 

Lá no início dos anos 1980 escrevi esta canção em parceria com um amigo querido: o Marcos Albuquerque Barbosa. A canção fala de amizade, tema do qual gosto muito e que tem acompanhado minhas reflexões ao longo da vida. Um amigo falso dói e um amigo traidor é uma faca no peito, mas quando se encontra um amigo verdadeiro e com ele se compartilha alegria e dor, trabalho e ócio, palavra e silêncio, então a vida ganha uma profundidade sem par.

 

“Amigo”

(Marcos Albuquerque Barbosa & Gladir Cabral)

 

Amigo meu,

Quão longe estás.

Não ouço mais

O teu cantar.

Calou-se em mim

A tua voz

E teu olhar

Não posso ver.

 

Mas sempre é bom

Saber, irmão,

Que não se pode

Separar

O que o Senhor

Pra sempre uniu,

O que selou

Com seu amor.

 

|: Andemos juntos

Em comunhão,

Cantando assim

Nossa canção,

Unidos, sim,

No caminhar,

Pois nosso Deus Conosco está : |

Para ouvir a canção => https://soundcloud.com/gladir/amigo-meu

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