Nestes dias de Natal, nada melhor que um pouco de leitura bíblica e reflexão. Após a leitura de Mateus 1-2; Lucas 2.41-51; 3.23-38, caminhemos um pouco ao lado de Frederick Buechner:

Não se pode culpar José por considerar a possibilidade do divórcio ao descobrir que, não por sua causa, Maria estava grávida. Entretanto, quando lhe foi explicado, ele encarou os fatos como um homem, e tudo foi perdoado. Assim que recebeu a palavra em um sonho de que o rei Herodes estava planejando matar todos os meninos na vizinhança na expectativa de que o Messias fosse um deles, José tomou a criança e Maria e partiu para o Egito, onde teve o bom senso de permanecer até que encontrou o nome de Herodes na coluna de obituários. Mais tarde, quando perderam Jesus em Jerusalém com a idade de 12 anos, José ficou tão nervoso quanto Maria e tão completamente feliz quanto ela ao reencontrar o menino.

Quando Mateus, no seu evangelho, registra a genealogia de Jesus, ele a trala através da linhagem de sua mãe, em deferência à doutrina que ensina que Jesus era de fato o filho de Deus. Quando Lucas registra isso, por outro lado, embora não fosse menos crente, ele não se acanha em listar o nome de José como pai de Jesus e reconstruir sua linhagem através dele.

Como Jesus mesmo nunca se revelou preocupado com teologia, é difícil deixar de crer que, pelos velhos bons tempos, ele teria preferido a versão de Lucas. (Buechner, Beyond Words, p. 202).

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