Somos portadores de uma “vida abundante”, mesmo em uma geração vazia e incoerente. Se nos cabe o papel de reconhecer o sofrimento, desarmar estruturas pecaminosas e esvaziar o orgulho, igualmente importante é assumir o papel pastoral de “ao passar pelo vale de Baca (‘vale de lágrimas’), fazer dele um lugar de fontes” (Sl 84.6).

meninos_fatos_correlatosImagino isso na prática. Cada comunidade cristã vista e reconhecida como aquela que surpreendentemente enche o vazio da vida, inunda o solo árido, traz alegria para um caminho de tristeza. Em outras palavras: comunidades, grupos, famílias que assumem a tarefa de oferecer soluções pastorais, e não apenas revelar problemas; de mobilizar pessoas para o bem prático e desafiador, e não apenas separar os bons dos maus; de não somente fazer discursos sobre os “grandes problemas da sociedade”, mas assumi-los missionariamente como problemas nossos – mesmo que não sejam cometidos diretamente por nós, são problemas gerados em nossa geração e deverão atingir as gerações dos nossos filhos e netos.

O Salmo 84 é uma declaração piedosa de quem descobriu que não há nada mais prazeroso do que perceber a presença e o acolhimento de Deus. E nesta descoberta, descobrimos o abraço afetuoso do Pai para nós e para muitos outros. “Até o pardal achou um lar, e a andorinha um ninho para si, para abrigar os seus filhotes” (Sl 84.3).

A revelação da presença de Deus nos leva ao pastoreio corajoso e surpreendente de uma geração que vive “como ovelhas sem pastor”; de uma geração que, lamentavelmente, há tempos perdeu o caminho de casa.

 

  1. É, Lissânder, muitas coisas nós temos que ir à frente e mudar como cristãos, uma delas é a política do nosso país e as políticas públicas também. Essas duas questões têm gerado muitas dificuldades em várias comunidades. Um exemplo disso é o Nordeste, o nosso “quintal”. Ninguém quer saber de investir porque não gera lucro.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *