Pequenas mãos juntas.
Parece tentar compreendê-las,
Como se fosse o grande primeiro mistério da vida,
O horizonte nascente dos curiosos.

Gosto de achar que, enquanto explora os mecanismos das mãos, ele ora.
Uma oração simples.
Não dos desesperados, mas dos seguros,
Dos acolhidos no descanso do colo.

Ele ora, enquanto sorri;
Enquanto se alimenta, ora;
Enquanto o mundo ainda não o ameaça, ora.
E a vida tão nova se torna uma única oração.

Gosto de vê-lo assim, simples.
Com as pequenas mãos juntas.

 

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Para Miguel (15.01.2013).

 

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